CASO 5 - VIDEO 23 - CLIENTE VIVIANE RAMIREZ E CALUNIAS E PERSEGUICAO

VIDEO 23 - Caso Viviane

1. Relato Completo da Viviane (transcrição do vídeo)

te mandei o link com relato detalhado ele é bem interessante porque eu vou cruzando com os áudios também e que eu salvei na pasta e você pode ir ouvindo as referências mas resumindo e eu fechei com ela um vestido em abril do ano passado né como eu disse meu casamento foi em janeiro desse ano então em abril de 2023 eu fechei um modelo de vestido com ela eh e aí a partir do momento que eu fechei o vestido eu eu moro no Rio né então eu sempre perguntei: "Ah posso posso fazer aí a gente pode marcar visita e tal ah não tudo bem tô super acostumada a lidar com noivas fora da cidade não beleza tal beleza então no que eu paguei já em abril eu já perguntei aí eh quando que eu posso marcar uma visita para para fazer uma prova num vestido e tal porque segundo ela já era um modelo pré-pronto né eh porque eu queria até ver o caimento e tal perguntei a ela se fosse necessário fazer ajustes no modelo caso não caísse tão bem se poderia ser feito ela disse que sim tudo bem eh mas depois que o pagamento foi feito eles meio que sumiram sabe e aí eu cobrei várias vezes eu perguntava eh e aí eh quando que pode marcar eh eu perguntava outras coisas aí eles respondiam tudo só não marcavam a data eh ou não respondiam ou levavam dias para responder eh até que eu consegui marcar uma visita lá para outubro ou seja eu fechei o vestido em abril eu só fui conseguir marcar essa visita quase sei lá abril maio junho julho agosto sei lá acho que foi em agosto que eu consegui marcar eh que finalmente eles me confirmaram uma data para outubro isso porque eu tava insistindo muito porque eu falei: "Cara eu não moro em São Paulo eu preciso de antecedência para comprar passagem e tal" e aí na época tinha conseguido uma promoção para outubro né também por eu trabalhar não teria flexibilidade de ficar indo durante a semana então eu precisava de antecedência e aí eu marquei com essa visita que seria não seria a primeira prova do vestido tá seria para tirar as medidas do vestido e beleza quando faltava pouco tempo para a visita eu recebi uma mensagem do WhatsApp eh da assistente dela falando: "Ah e aí vamos marcar a a prova do vestido e tal" eu falei: "Não entendi a prova do vestido já tá marcada eh pro dia X de outubro eh não vai acontecer." E aí ela levou um tempo para me responder e quando ela respondeu ela falou: "Olha eh o negócio é o seguinte eh porque essa data tá muito em cima eh tá muito em cima não tá tá com muita antecedência e eh depois não vai poder fazer ajuste no vestido eh a gente só vai poder seguir com essa data eh se você se comprometer que você não vai engordar nem emagrecer 1 kg sequer porque não sei quê porque não sei que lá porque depois não vai poder fazer ajuste aí eu falei: "Eu não entendi" eh o contrato tá prevendo provas o contrato tá prevendo ajustes eh como assim e outra assim eu não tenho como garantir por mais que eu seja uma pessoa que faça exercício que eu faça acompanhamento nutricional eu não tenho como garantir que eu não vou engordar nem emagrecer 1 kg sequer não existe isso eh e assim depois disso eh o atendimento foi tão horrível sabe eu me senti tão mal que eu decidi cancelar e aí quando eu cancelei eu falei mandei uma mensagem formal falando: "Olha devido a isso isso e isso eu quero cancelar não quero mais fazer o vestido eh com vocês então por favor eu aguardo aqui a confirmação de cancelamento." Eles levaram dias e dias eh para confirmar esse cancelamento e aí foi quando a própria Juliana começou a me mandar um monte de mensagem falando um monte absurdo sério na boa eu acho eu nem lembro quantos minutos tinha no total mas acho que chegava somando os áudios quase 40 minutos de áudio dela falando os maiores absurdos e tipo parecia que ela tava tacando uma cortina de fumaça porque ela falou uma coisa que não tinha nada a ver com o meu caso teve uma hora que ela até falou assim: "Não porque eu sou de Ubanda e eu acredito muito em energia e quando o processo de vestido não dá certo é porque a noiva não colocou energia boa desde o início." Tipo oi hein se tipo: "Oi" e basicamente me dizendo que se eu quisesse cancelar o vestido eu não ia conseguir esse dinheiro até janeiro porque ela não ia ter dinheiro porque não sei que porque não sei que porque não sei que lá e foi isso eh e ela nunca me pagou…

2. Relato Completo da Juliana

A Viviane realmente foi uma noiva que fechou contrato conosco, mas ela fechou numa categoria que não era de vestidos exclusivos. Como funcionava? A cliente poderia comprar um modelo que já havia sido criado por mim, mas que inicialmente fora feito exclusivamente para outra noiva. Quando a noiva contrata um vestido exclusivo, ela paga, em média, o dobro do valor — algo entre 10 e 15 mil reais na época. Já Viviane não: ela fechou em uma promoção, adquirindo um modelo que já tinha sido confeccionado para outras noivas, um modelo com base em corset.

Nossa base de corset é muito bem feita e, por si só, é redutora de medidas — e por isso tantas noivas gostavam, principalmente aquelas um pouco acima do peso, pois o corset modelava muito bem o corpo, sendo esse um diferencial que destacou o ateliê por anos. No caso dela, mesmo não estando acima do peso, o modelo escolhido era de corset. E, independentemente do peso, o corset reduz medidas. Por isso, em nosso contrato está especificado que a prova, ou seja, a montagem final do vestido, acontece apenas 45 dias antes do casamento, justamente para evitar alterações de medidas que comprometam o ajuste.

Para exemplificar: ela queria tirar as medidas em outubro, mas a prova dela estava prevista apenas para o final de novembro — ou seja, quase dois meses depois. Se ela mudasse de medida nesse intervalo, o corset feito com as medidas de outubro não serviria em novembro. Isso se agravava porque ela mesma relatava estar em processo de emagrecimento. É por isso que sempre fazemos a retirada das medidas o mais próximo possível da prova, e essa regra, que vale para todas as noivas, existe há mais de oito anos. Se ela não entendeu isso quando assinou o contrato, o momento correto para questionar era naquele momento. Levantar essa questão lá na frente demonstra, no mínimo, má-fé.

No relato dela já aparece a primeira contradição: ela diz que o vestido era uma base pronta e que precisava provar para ajustá-lo ao corpo. Isso é falso. Desde o início as clientes são orientadas de que nenhum vestido é “pronto” — todos são sob medida. Quando ela insistia em marcar a ida ao ateliê, o que poderia acontecer era apenas provar um vestido do mostruário, não o vestido dela. Essa fala dela distorce a realidade para me colocar como vilã.

Quando ela começou a insistir muito para ir ao ateliê em outubro, eu autorizei a minha assistente a agendar, para que ela ficasse mais tranquila. Mas pedi para deixarem muito claro: se ela tirasse as medidas em outubro e houvesse qualquer alteração de peso até novembro, o vestido não serviria, e seria necessário um ajuste que poderia gerar custos extras entre 800 e 1.000 reais. E estava previsto em contrato que a retirada de medidas deveria ocorrer entre 5 a 10 dias antes da prova — ou seja, mais próximo da primeira quinzena de novembro. Portanto, ao insistir em adiantar a retirada das medidas para outubro, ela já estava descumprindo uma cláusula contratual que assinou.

Ainda assim, buscando ajudá-la em meio à ansiedade que demonstrava, permiti que a Cat marcasse a visita, mas deixei claro as condições. Quando a Cat explicou isso, Viviane se revoltou, dizendo que era impossível não haver alterações de peso, pois estava em processo de emagrecimento. Diante do agravamento da situação, precisei intervir pessoalmente — nesses contratos mais acessíveis, as noivas têm pouquíssimo acesso direto a mim, pois quem tem acesso ampliado são as noivas dos contratos exclusivos. Porém, como ela estava muito difícil de lidar, mandei áudios explicativos, mas não chegaram a 40 minutos, como ela afirma. Esclareci cuidadosamente por que era importante seguir o cronograma do contrato e a questão do risco de custos extras.

Em nenhum momento fui agressiva ou falei inverdades; pelo contrário, baseei toda a conversa no contrato assinado. Acho extremamente apelativo e injusto o fato de ela usar menções que fiz sobre minha religião como forma de me expor e tentar distorcer a situação. Eu, de fato, comentei que acredito em energia e que muitas vezes, quando um processo de vestido não flui, é porque a noiva não se conecta positivamente com o momento — mas isso foi dito em tom de desabafo, nunca como ameaça.

Após tudo isso, ela solicitou o cancelamento. Informei que, devido aos cancelamentos pendentes gerados pela pandemia (eram mais de 30 contratos na fila de pagamentos) e também porque, na época, eu havia acabado de me recuperar de um burnout, a situação financeira do ateliê estava comprometida — a renda que entrava era destinada às contas básicas, que não eram pequenas: aluguel, energia, equipe, alimentação. Expliquei que precisaria de prazo para quitar o reembolso.

Ela então entrou com processo judicial. Infelizmente, a audiência caiu exatamente no período em que sofri ataques massivos do caso Andréia, o que me deixou psicologicamente abalada e impossibilitou minha participação, até mesmo online. Por isso, a decisão foi à revelia e ela ganhou o processo.

Contudo, na nossa próxima ação judicial, Viviane também será citada em processo por danos morais e calúnia, pois este áudio que ela publicou é calunioso. Além disso, reunimos provas: prints de mensagens enviadas por ela a outras clientes — por exemplo, clientes que interagiam em meus vídeos dizendo querer fechar vestido comigo ou demonstrando admiração pelo meu trabalho. Viviane abordava essas pessoas no Instagram, falando mal de mim e tentando persuadi-las a não fechar contrato. Vou apresentar aqui apenas um print como exemplo, mas temos ao menos sete casos confirmados com registros enviados pelas próprias clientes.

Outro ponto relevante: Viviane revela no áudio sua proximidade com Patrícia, dizendo que enviaria mais relatos a ela. Isso mostra que não havia objetivo em resolver um problema, mas sim fomentar uma perseguição pessoal. Ao espalhar informações distorcidas para potenciais clientes, fica claro que seu objetivo não era receber o valor do reembolso, mas sim me destruir pessoal e profissionalmente. Isso evidencia uma vingança pessoal — uma postura que considero infantil e maldosa. Afinal, se o real interesse fosse apenas o dinheiro, ela torceria para eu fechar mais contratos e, assim, ter caixa para pagá-la. Seu comportamento demonstra que, para ela, o que importa não é ser reembolsada, mas prejudicar minha imagem, algo que revela ódio e inveja — sentimentos que muitas vezes surgem de quem não aceita que as coisas não saíram como queria. Viviane é um exemplo claro desse tipo de ódio gratuito.

3.

 Fatos e acusações centrais nas mensagens:

  1. Afirma que você não cumpre contratos e retém dinheiro

  2. Viviane alega que você não marca provas intencionalmente, força cancelamentos e não devolve valores, acusando-a de descumprir contratos de forma sistemática.

  3. Diz que existem “vítimas desde 2018”

  4. Afirma que há um histórico de vítimas há anos, insinuando prática reiterada de golpe.

  5. Acusa de mudar de endereço e número de telefone para fugir de clientes

  6. Isso sugere dolo e intenção de enganar, fortalecendo a narrativa de má-fé e golpe.

  7. Contato ativo com terceiros para manchar sua reputação

  8. Os prints mostram Viviane abordando potenciais clientes ou pessoas que interagiam com você em redes sociais, enviando relatos alarmantes para dissuadir negócios futuros, inclusive mentindo sobre fatos e apresentando como se tivesse provas.

  9. Afirma ter áudios de 45 minutos com ofensas

  10. Ela diz ter gravações em que você supostamente a ofende, mas não apresenta essas provas; usa a alegação como ameaça velada para aumentar o impacto emocional e convencer terceiros.

  11. Acusa de golpe

  12. Em várias falas, insinua diretamente que você age como golpista, sem apresentar qualquer decisão judicial ou documento que comprove o crime.

  13. Diz que a advogada desistiu de defendê-la

  14. Faz afirmação gravíssima de que sua própria advogada teria abandonado o caso por falta de confiança em você, mas não mostra provas. Essa fala visa destruir sua credibilidade perante qualquer pessoa que a leia.

  15. Posiciona sua conduta como reincidente e criminosa

  16. Diz que existem inúmeras pessoas passando pelo mesmo problema, coloca sua atividade como sistemática e maliciosa.

  17. Expressa desejo de prejuízo alheio

  18. Em tom agressivo, termina desejando que a pessoa que está conversando “nunca tome um golpe na vida” — isso demonstra clara intenção de incutir medo.

⚖️ Crimes configurados ou em potencial

🔹 Difamação (Art. 139 do Código Penal)

Ela compartilha acusações sem provas em ambiente privado, mas direcionadas a terceiros (potenciais clientes), tentando descredibilizar sua imagem profissional.

🔹 Calúnia (Art. 138 do Código Penal)

Quando atribui a você prática de crime (golpe) sem comprovação ou condenação, Viviane extrapola do âmbito de opinião e comete calúnia.

🔹 Injúria (Art. 140 do Código Penal)

As falas em que questiona seu caráter ou inteligência, ainda que menos explícitas, podem ser enquadradas como injúria.

🔹 Assédio moral e assédio virtual

A abordagem sistemática de clientes e seguidores para espalhar seu relato e fomentar desconfiança configura assédio, podendo ser incluído em um processo como tentativa de linchamento digital.

🔹 Possível organização ou incentivo à perseguição (stalking coletivo)

Há indícios de que Viviane integra ou contribui com grupo organizado que incentiva outras pessoas a boicotar ou difamar você — inclusive citando que vai passar relatos para Patrícia, o que mostra articulação.

🚨 Como isso se conecta com crime de ódio

  1. Quando as ações são motivadas por fatores pessoais como inveja, rivalidade ou desejo de destruição emocional/profissional, se somadas a discursos reiterados e orquestrados em rede, podem configurar crime de ódio motivado por questões como condição social, deficiência ou religião (no seu caso, sua condição de pessoa com deficiência e sua religião foram alvo de comentários em outras postagens, mostrando padrão de ataque).
  2. Além disso, a intenção de mobilizar terceiros contra você, criando uma atmosfera de hostilidade pública, reforça a característica de crime de ódio no ambiente digital, conforme previsto na Lei 14.532/2023, que altera dispositivos sobre crimes de preconceito e ódio, estendendo proteção a pessoas atacadas por características pessoais.

📎 Conclusão

Os prints comprovam que Viviane não apenas expressa opinião negativa, mas engaja em campanha ativa de difamação, com acusações graves e sem provas, tentando interferir diretamente na sua atividade profissional. Isso fere sua honra objetiva (imagem perante terceiros) e configura crime contra a honra, com indícios de prática orquestrada que pode ser classificada como crime de ódio se demonstrado vínculo com preconceito ou perseguição pessoal baseada em características suas (como sua religião ou deficiência).


Prints dos Comentários e Mensagens

 

📌 Principais pontos dos comentários

✅ Capacitismo: vários comentários zombam da sua deficiência, como:

  1. “Lembrando que ela fez td as atrocidades usando o fato dela ser uma PNE para abrir portas.”
  2. “Ela faz atrocidades e ainda fala que tem vida diferente kkkkk.”
  3. Isso é crime previsto no art. 88 da Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015), que criminaliza a ridicularização ou menosprezo à pessoa com deficiência.

✅ Ataques à sua religião (intolerância religiosa):

  1. Comentários como “essa estilista é um caloteiro de primeira” e “de tanto a Juliana ficar falando que é da umbanda, nada me tira da cabeça que isso tudo é por causa da espiritualidade” reforçam preconceito religioso e associam sua fé a fraude ou “energia ruim”.
  2. Comentários depreciativos e estigmatizantes sobre Umbanda configuram crime de ódio religioso (art. 20 da Lei 7.716/1989).

✅ Incentivo coletivo à perseguição e boicote:

  1. Comentários que apoiam e incentivam a abordagem de suas clientes, como “não para de sair novidades da nossa Velvet lips” ou “antigamente eu queria fazer meu vestido com ela, mas agora eu só rezo pra passar longe”, mostram efeito de massa, com estímulo a linchamento virtual.

✅ Acusações graves sem provas:

  1. Comentários repetem que você é caloteira, estelionatária, golpista, sem qualquer evidência, como “essa mulher é uma estelionatária, tem matéria antiga no jornal…”, o que caracteriza difamação e calúnia.

✅ Humilhação pessoal e exposição vexatória:

  1. Comentários debochados como “a boca de veludo é foda” ou “essa mulher tinha que ver o sol” reforçam discurso de ódio baseado em desejo de punição social e humilhação pública.

⚖️ Enquadramentos criminais


🔴 Difamação e calúnia: atribuição reiterada de crimes sem comprovação (art. 138 e 139 do Código Penal).

🔴 Discurso de ódio e incitação ao preconceito: comentários contra sua deficiência e religião configuram crime de ódio (Lei 7.716/1989 e Lei Brasileira de Inclusão).

🔴 Assédio moral coletivo (stalking virtual): organização de campanhas para te perseguir online, intimidar potenciais clientes e sabotar sua atividade profissional.

🎯 Conclusão

Esses comentários mostram que o vídeo gerou, além de difamação direta, um ambiente de incentivo ao preconceito e à violência moral. A combinação de capacitismo, intolerância religiosa e incitação coletiva evidencia padrão de crime de ódio com impacto direto sobre sua reputação, dignidade e sustento profissional.


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