A 1 ANO SOU VITIMA DE STALKERS NA INTERNET E CRIMES DE ODIO ABSURDOS: MEU NOME E JULIANA E ESSA E MINHA HISTORIA
Meu nome é Juliana Pereira dos Santos, tenho 39 anos e sou estilista de noivas há 12 anos. Comecei meu ateliê em Goiânia e, em 2022, me mudei para São Paulo, trazendo meu trabalho para cá. Ao longo da minha trajetória, já entreguei mais de 2.000 vestidos de noiva, sem contar outros projetos como vestidos de festa, fantasias, tênis pintados à mão (durante e após a pandemia) e roupas sob encomenda. No total, são cerca de 2.300 peças únicas confeccionadas com dedicação.
Minha presença na internet também é antiga: estou nas redes há mais de 15 anos, mostrando não apenas meu trabalho, mas também minha história e minha rotina. Comecei com um blog de criações autorais e, em 2015, me tornei conhecida nacionalmente após participar de programas como o Encontro com Fátima Bernardes (outubro) e A Hora do Faro (novembro). Essas aparições impulsionaram minha carreira e trouxeram uma enxurrada de novos seguidores tocados pela minha história.
Aos 4 anos de idade, sofri um acidente com queimaduras graves. Perdi todos os dedos da mão esquerda e metade da mão direita, além de amputações nos dedos dos pés. Fiquei com cicatrizes nas pernas, mas meu rosto e tronco permaneceram intactos. Após o acidente, fui abandonada por minha mãe biológica no hospital de queimaduras de Goiânia. Foi lá que conheci minha família adotiva, que, inicialmente, apenas me ajudaria, mas acabou me adotando por amor.
Essa nova família me deu educação, apoio e liberdade para explorar as artes. Foi entre os 8 e 10 anos de idade que nasceu minha paixão por moda: comecei fazendo roupas para minhas bonecas, depois para mim mesma. Sempre gostei de me expressar com cores, ousadia e originalidade. E, apesar da deficiência, nunca abaixei a cabeça. Sempre fui uma mulher de opinião firme, que se recusou a ser humilhada ou diminuída.
Muitos chamam minha trajetória de história de superação. Isso me trouxe milhões de seguidores (hoje, são mais de 3 milhões) — e também muito hate. O capacitismo é sutil, mas cruel, especialmente quando uma mulher com deficiência desafia todas as estatísticas e se torna bem-sucedida. Enquanto muitos se inspiram, outros se incomodam profundamente. Há quem sinta raiva por ver alguém que “não deveria dar certo” ser feliz, criativa, independente e admirada.
E CADA POST AQUI IRA PROVAR DE FATO O QUE REALMENTE ACONTECEU.

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