ANALISE ULTIMOS VIDEOS DE ALINE USADOS PARA PUBLICIDADE COM MEU NOME

 A “Formanda do Vestido 012” e a Monetização do Cancelamento: Últimos Vídeos de Aline no TikTok




No último ciclo de polêmicas envolvendo o meu nome, Aline — que se autointitula “a formanda do vestido 012” — decidiu, exatamente um ano após o primeiro vídeo, relembrar e repostar a história que originou toda a onda de ataques e cancelamentos. Desta vez, com um detalhe importante: agora existe o TikTok Shop, ferramenta que permite ao criador de conteúdo vincular produtos em seus vídeos e receber comissão por cada venda originada ali. Ou seja, cada visualização se transforma em potencial lucro.

Como funcionou a estratégia?

Aline publicou três vídeos em sequência, cada um com menos de três minutos. No total, as três partes somam menos de oito minutos de conteúdo, todas recontando a mesma história sob diferentes ângulos, mas sempre com um produto atrelado: chapinha, ondulador de cabelo e blush/batom/sombra. Ela chegou a repetir o mesmo item em partes diferentes, demonstrando claramente a intenção de impulsionar o engajamento e maximizar as vendas.

Além do impacto financeiro via vendas (já que quanto mais visualizações, mais chances de comissão), o formato em partes faz com que, pelo menos um dos vídeos “bombe” no algoritmo, entregando a história a um público ainda maior. É uma tática já conhecida no TikTok: dividir histórias polêmicas em vários episódios para multiplicar engajamento, tempo de exibição e, claro, monetização.

Por que isso importa para o meu caso?

  • Uso comercial de polêmica: Aline não só se beneficia financeiramente da exposição, mas utiliza diretamente meu nome, minha história e informações distorcidas para gerar lucro próprio, reforçando um ciclo de difamação rentável.

  • Divulgação de informações falsas: Os vídeos continuam propagando versões falsas e caluniosas dos fatos, agora associadas a uma loja, o que multiplica o dano à minha reputação e transforma a história em “conteúdo de venda”.

  • Prejuízo contínuo: Cada novo vídeo, repostagem ou episódio patrocinado reabre feridas e repercute para novos públicos, ampliando os danos emocionais, profissionais e financeiros que venho sofrendo há mais de um ano.


Resumo dos vídeos:

  • Vídeo 1: “Como que 4 vídeos deu início à polêmica mais caótica desse TikTok”. Produto destacado: Blush Batom Sombra 3x1 Darling.

  • Vídeo 2: “Eu fiz meu vestido de formatura com a estilista mais polêmica do TikTok, e é lógico que deu muito ruim”. Produto destacado: Chapinha Triondas Ondulador.

  • Vídeo 3: Continuação da história, mais uma vez repetindo o produto da chapinha, reforçando a estratégia de vendas atreladas à polêmica.

Além das curtidas, comentários e compartilhamentos, há um evidente crescimento nos números sempre que o vídeo contém acusações contra mim. É esse ciclo de exposição negativa que alimenta o algoritmo — e agora, também, o bolso de quem lucra com meu sofrimento.

Relatório – Análise dos Três Últimos Vídeos de Aline sobre o Caso “Vestido 012” (TikTok, Maio de 2025)



Resumo dos Dados

  • Vídeo 1:

    Título/Legenda: “Como que 4 vídeos deu início à polêmica mais caótica desse TikTok”

    Produto divulgado: Blush Batom Sombra 3x1 Darling

    Visualizações: 47 mil

    Curtidas: 753

    Comentários: 70

    Compartilhamentos: 37

  • Vídeo 2:

    Título/Legenda: “Eu fiz meu vestido de formatura com a estilista mais polêmica do TikTok”

    Produto divulgado: Chapinha Triondas Ondulador

    Visualizações: 342 mil

    Curtidas: 12,2 mil

    Comentários: 225

    Compartilhamentos: 581

  • Vídeo 3:

    Título/Legenda: Continuação da mesma história, também com publicidade de chapinha

    Produto divulgado: Chapinha Triondas Ondulador

    Visualizações: 58 mil

    Curtidas: 3.275

    Comentários: 82

    Compartilhamentos: 61


Totalização dos Engajamentos

  • Visualizações totais: 447 mil

  • Curtidas totais: aprox. 16,2 mil

  • Comentários totais: 377

  • Compartilhamentos totais: 679


Pontos Relevantes para o Relatório


1. Estratégia de Monetização

  • Divisão da história em partes: O mesmo caso foi fragmentado em três vídeos de menos de 3 minutos, favorecendo o aumento de visualizações e engajamento no algoritmo, e possibilitando múltiplos pontos de publicidade.

  • Inserção de produtos no TikTok Shop: A autora utilizou links de produtos (chapinha e blush/batom) vinculados à própria narrativa, lucrando financeiramente sobre uma história que contém acusações, calúnias e deturpações envolvendo a estilista citada (você).


2. Exposição e Dano Moral

  • Falas com potencial criminoso: A repetição de versões distorcidas dos fatos, acusações sem provas e apelos para o público tomar partido (“ela pegou tecido que tinha disponível no ateliê e fez seu vestido, o real é esse. O seu dinheiro devia ter sido tornado a você”) configuram calúnia, difamação e dano à reputação.

  • Multiplicação de ataques: Os comentários do público, incentivados pela narrativa da criadora, seguem o mesmo tom depreciativo, com ofensas, ironias, questionamentos maldosos e acusações.


Exemplos de Comentários com Potencial Criminoso


Difamação, Calúnia, Incitação e Ofensa Moral

  • “Ela simplesmente pegou o tecido que tinha disponível no ateliê e fez seu vestido, o real é esse, o seu dinheiro devia ter tornado a você”

    (Acusação de má-fé e fraude — calúnia e difamação)

  • “Dava uma coça bem dada, queria ver só kkk”

    (Incitação à violência e constrangimento)

  • “Eu queimava o vestido, filmava e postava!”

    (Incentivo ao ódio e humilhação pública)

  • “O pior é que já vi isso e já entrei sabendo disso.”

    (Generalização e reforço de reputação negativa)

  • “A diva que abriu a caixa de Pandora que é essa estilista.”

    (Metáfora depreciativa, reforçando escândalo e caos)

  • “Esse povo não tem personalidade, trocou o vestido as clientes aceitou, mudou o penteado, a cliente é escrota…”

    (Ofensa direta à cliente e estilista)

  • “Pela descrição eu imaginei o vestido mais horrendo do mundo.”

    (Desqualificação e humilhação pública)

  • “Moça, mostra o vestido pra gente, por favor.” / “Cadê a foto?” / “Quero ver o vestido.”

    (Insinua que há algo a esconder, reforçando a narrativa negativa)

  • “Meu Deus, ela só acabou com sua formatura, rindo pra não chorar.”

    (Associação do trabalho à tragédia pessoal)

  • “Essa estilista tem resposta pra tudo né, e sempre os clientes errados ela nunca erra.”

    (Acusação reiterada de má-fé)


Exposição e Pedido de Provas

  • “Você tem os desenhos do projeto que pediu?”

  • “Mostra o vestido azul? Achei ele lindíssimo.”

  • “Cadê esse vestido, tô muito curiosa.”

  • “Cadê a foto do vestido? Não aparece no outro vídeo.”

  • “Fotos e vídeos desse desastre, por favor.”

    (Pressão pública e humilhação, instigando outros usuários a atacarem e cobrarem a exposição)


Análise 

A estratégia de fragmentar o conteúdo, impulsionar comentários negativos e lucrar diretamente em cima de uma narrativa construída sobre ataques e distorções configura, além de potencial infração à plataforma, crimes de calúnia, difamação, injúria e até incitação à violência e perseguição (stalking digital).

É essencial registrar a totalidade dos prints, especialmente comentários que citam o nome da estilista, mencionam “fraude”, “má-fé”, “enganar cliente”, “devia apanhar”, etc. Estes exemplos fortalecem a argumentação de dano moral, cyberbullying e prejuízo profissional contínuo para a vítima


Análise das Falas da Influenciadora Aline – Vídeos “Vestido 012”


1. Contradições, Mentiras e Fatos

a) Mentira sobre escolha da cor e ausência de brilho


“Eu queria brilho… o tecido não tinha brilho… o vestido era azul, mas o que eu tinha pedido era verde…”


  • Fato: Só de pedraria foi gasto mais de R$ 200 no vestido, além da contratação de uma bordadeira exclusivamente para bordar a parte de cima. No vídeo é possível ver claramente o quanto ele brilha. Inclusive, o tecido anterior que ela havia escolhido tinha bem menos brilho do que o utilizado na entrega final.

  • A cor azul foi aprovada por ela antes da confecção e jamais um tecido seria comprado sem a aprovação da cliente, principalmente em vestidos de formatura, onde a cor é um dos itens mais importantes.


b) Afirmação de que não foi atendida ou ouvida


“Eu pedi pra ela mudar, ela falou que não tinha como… me tratou de forma diferente, foi grossa, mal me olhava…”


  • Fato: Existem registros de conversas educadas, tentativas de ajustes e feedback. Mudanças estruturais no vestido em prazo curtíssimo são inviáveis tecnicamente, o que foi explicado diversas vezes.

  • Ela pediu para ter mais brilho somente no dia seguinte à prova, e não pediu alteração para corset. Por isso foi feito um custo extra para adicionar mais bordados, conforme pedido. A cor foi aprovada por ela. Não existe prova de grosseria; pelo contrário, fui educada, atendi fora do horário comercial, aceitei que ela levasse diversas pessoas em horários alternativos na minha casa para as provas, sempre respeitando a agenda dela.


c) Exageros e distorções – fala completa do vestido rasgado e do suposto abandono


“O vestido rasgou e quando entrei em contato com ela para contar o que tinha acontecido, mandei um textinho todo bonitinho fui ignorada com sucesso…”


  • Fato: Existem prints mostrando tentativas de resolução, orientações sobre uso e os cuidados necessários em vestidos de aluguel.

  • Ela mesma admite que o vestido foi entregue danificado. Sendo um vestido de aluguel, pelas regras do contrato, ela deveria arcar com o valor da compra do vestido (mais R$ 1.800), já que foi entregue estragado.

  • A própria fala mostra dois pontos: 1) a cliente admite o dano ao vestido e ignora a responsabilidade; 2) evidencia que toda a exposição e ataque foram motivados principalmente por frustração pessoal e insatisfação por não ter recebido a atenção que gostaria. Quando deixou de ser “fã”, resolveu atacar publicamente para obter engajamento e apoio.


2. Acusações Falsas e Crimes


a) Calúnia e Difamação

  • Dizer que o dinheiro deveria ser devolvido (“seu dinheiro devia ter tornado a você”), afirmar que a estilista age de má-fé, faz “vestido com o tecido que tem no ateliê” e que existe “obsessão com o corpo da cliente” são exemplos claros de:

    • Calúnia (Art. 138 CP): Atribuição falsa de crime, como “pega o dinheiro e não entrega o contratado”, “enganou a cliente”.

    • Difamação (Art. 139 CP): Manchar a reputação profissional, dizendo que não entrega o que vende, age de má-fé ou engana clientes.

    • Injúria (Art. 140 CP): Ofensas pessoais sobre caráter e conduta, como “grossa”, “desesperada por atenção”, “circo”.


b) Incitação ao ódio

  • Frases como “devia ter feito barraco ali mesmo”, “devia ter devolvido o dinheiro”, “ela faz circo, é desesperada por atenção” incentivam hostilidade, ridicularização e assédio público.


c) Manutenção de perseguição e campanha de difamação

  • Incentivar seguidores a comentar, compartilhar, curtir, seguir a playlist para “saber toda a verdade” (a partir de uma versão única e distorcida) perpetua o ambiente de linchamento virtual e stalking.


3. Manipulação Emocional e Autopromoção

  • Insere publicidade de produtos no meio da narrativa (“essa cor de batom maravilhosa, Melu, link aqui…”) usando o caso como chamariz comercial.

  • Reforça constantemente a posição de vítima (“eu era fã”, “me arrependo do fundo da alma”, “não tinha ninguém para me ajudar”), estimulando empatia e engajamento.

  • Convoca outras pessoas a relatarem suas histórias, criando um ciclo de retroalimentação de acusações.


4. Relação com Monetização

  • Todos os vídeos analisados possuem links para produtos, utilizando a polêmica como combustível para vendas e engajamento.

  • Quanto maior o número de curtidas, comentários e visualizações, maior a chance de vendas e de o vídeo ser impulsionado no TikTok Shop (com remuneração direta via comissão).



Conclusão Final: Crimes Cometidos ao Utilizar Minha Imagem para Marketing


O comportamento da influenciadora analisada ultrapassa os limites do direito de expressão e da liberdade de crítica, configurando grave violação dos meus direitos de personalidade e dos princípios fundamentais de respeito à imagem e à honra. Ao associar minha história e meu nome a campanhas de marketing e venda de produtos no TikTok Shop, ela demonstra plena consciência do potencial de engajamento da polêmica — e, principalmente, da possibilidade de lucrar financeiramente a partir da minha exposição negativa.

Em todos os vídeos analisados, fica claro que minha imagem e reputação foram exploradas intencionalmente como “gancho” para impulsionar publicidade de chapinha, batom, blush, entre outros itens, sem qualquer autorização, sem direito de resposta, e com repetidas distorções dos fatos. Essa prática não só viola o Código Civil (art. 20 e 21, proteção ao direito de imagem e à privacidade), como configura crimes previstos no Código Penal, tais como:

  • Calúnia e difamação (arts. 138 e 139), ao imputar fatos falsos e ofensivos à minha reputação profissional e pessoal.

  • Injúria (art. 140), ao promover ofensas diretas à minha honra subjetiva.

  • Violação de direito de imagem (art. 20, Código Civil), ao utilizar indevidamente meu nome, história e imagem para obtenção de vantagem econômica.

  • Assédio e cyberbullying, ao incentivar uma plateia a comentar, compartilhar e alimentar uma narrativa de hostilidade, gerando danos emocionais e financeiros contínuos.


Além do aspecto jurídico, a gravidade do ocorrido reside no fato de que toda a narrativa foi estrategicamente editada para aumentar engajamento, audiência e vendas, sem qualquer preocupação com a verdade dos fatos, o contraditório ou a ética. O caso serve de exemplo claro de como a internet pode ser usada para monetizar a desgraça alheia, colocando vítimas em situações de humilhação pública permanente e promovendo lucros indevidos com base na dor do outro.

Portanto, fica evidente que houve, em todo momento, total consciência e intenção da parte dela ao explorar meu nome e história, única e exclusivamente para se beneficiar financeiramente, expandir sua própria imagem nas redes sociais e criar uma rede de seguidores baseada no linchamento digital. Tal conduta é antiética, criminosa e deve ser combatida tanto judicialmente quanto socialmente, como alerta para que outras vítimas não sejam expostas da mesma forma.

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