Andréia se associa às páginas “Vítimas da Estilista”

 Andréia se associa às páginas “Vítimas da Estilista”



Este é o último post que vamos abordar sobre o caso da Andréia: o vídeo final que ela publicou sobre mim, baseado em um conteúdo repostado pela Patrícia e pelas páginas “Vítimas da Estilista”. Nesse vídeo, a Patrícia afirma que eu chamei a Andréia de “mucama de gringo”, entre outras acusações.

O que Patrícia omite — e que precisa ficar claro — é que quem começou a usar esse termo foi ela mesma, junto com a Zarute, e não eu. Inclusive, eu nem conhecia essa expressão antes delas, e reconheço hoje que foi um erro ter repetido sem entender que se tratava de um termo racista. Quero deixar registrado meu pedido de desculpas por isso, pois jamais foi minha intenção ofender a Andréia com conotação racial. Desde o início, tratei a Andréia como amiga, como fica evidente em diversos prints e mensagens trocadas entre nós.

O problema nunca foi racial — pelo contrário, meu cuidado e amizade com a Andréia eram genuínos. Mas ela deixou claro, com suas atitudes, que nunca me considerou amiga de verdade. Afinal, para ela, tornou-se muito mais lucrativo me atacar publicamente do que manter nossa amizade em off. E é importante lembrar: tudo isso só tomou essa proporção porque a própria Andréia escolheu tornar público, começando com postagens e insinuações que abriram espaço para a campanha de difamação.

Posteriormente, após a postagem feita no perfil “Vítimas da Estilista”, Andréia gravou esse último vídeo em que afirma ter registrado um boletim de ocorrência contra mim. A seguir, vamos analisar essa fala dela e esclarecer o que realmente aconteceu depois disso.


  • Transcrição do vídeo de Andréia – Caso “Vítimas da Estilista”

“Que eu deveria agradecer que ela aceitou a parceria comigo porque os outros ateliês não aceitariam a parceria com alguém do meu perfil, digamos assim. Foi feito o que outros lugares não fariam nem 10% do que a gente fez. Não fariam, te garanto isso. Porque mesmo com engajamento alto, tal, não fariam, porque a galera aqui de São Paulo não quer esse perfil de público no perfil deles. Então, pera. Pra eles, se fosse, né, uma menina padrãozinha, bonitinha, loirinha, rica, aí eles parariam:

Eu sei que não causa, não. Esse é o discurso de tantos outros, de brancos que insistem em tentar nos salvar de alguma coisa. Eu posso te pisar, eu posso te humilhar, eu posso mandar em você. Se você disser não, eu te ameaço com isso.

Ah, Brasil preconceituoso do c***. Eu, eu fumo porque eu tenho dor, filha. Ainda tava lá morrendo de dor no seu casamento pra mimar a mucama de gringo. Agora eu adorei o nome que deram pra ela: mucama de gringo.

E eu espero de coração: quem continua defendendo, faça negócio com essa pessoa. Só não vem nas redes sociais depois. Não, não vem. Agora, quem vai decidir se é racismo ou não, não são vocês, a internet, é o inquérito policial que já foi aberto em julho. Processo cível, nenhum dano moral vai pagar tudo que aconteceu, e principalmente os traumas que eu estou carregando, porque literalmente eu quero excluir o dia do meu casamento da minha mente. Foi um dia tão traumatizante que eu não consigo nem olhar as fotos. Nada disso.

Um processo cível não vai pagar. Eu quero que essa pessoa pague criminalmente pelos seus atos. E eu só vou me perdoar de fato quando isso acontecer. Do contrário, eu continuo assim. É a vida. E terapia serve pra isso, né? É isso. Não quero mais falar sobre esse assunto. Por favor, não insistam.

O crime de racismo e de injúria racial, eles são inafiançáveis e são imprescritíveis. Ou seja, não adianta a pessoa ficar fugindo de inquérito, ficar fugindo de processo achando que um dia esse crime vai prescrever, porque não vai. No momento em que a polícia achar ela pra prestar depoimento, esse inquérito vai andar, esse processo vai andar, entendeu? Se tem materialidade e se tem nexo entre a pessoa e o fato ocorrido, ela vai responder.

Também vale lembrar que racismo e injúria racial são crimes dolosos. O que é um crime doloso? É aquele que tem intenção. Ela não tem como alegar que foi sem querer. Não existe racismo culposo. Então, ela não pode, nem a pessoa que comete o racismo ou injúria racial, não pode nem usar isso, entendeu, meus amores? Sinceramente, o que vocês querem que eu fale sobre esse assunto? Eu tô perguntando de coração, não me leve a mal, porque vocês estão perguntando aqui, estão perguntando na rede vizinha, e eu queria realmente entender o que vocês querem que eu fale, sabe? Tudo que eu tinha pra falar, eu falei na época.

E sabe o que aconteceu quando eu falei? Eu fui invalidada, eu tive o discurso anulado, fui chamada de manipuladora, de ingrata, rifei meu casamento. Se eu tivesse pago, isso não teria acontecido, né? Enfim, dentre outras coisas.

Fala pra mim, quantos de vocês conhecem pessoas pretas com poder aquisitivo grande? Levanta a mão aí. Quantos de vocês conhecem uma pessoa preta que tem condição de pagar 100, 150 mil em um vestido de noiva de um estilista de luxo, como Lucas Anderi, Carlos Bac? Quantas? Agora vamos falar de estatística. Mais de 55% da população brasileira é considerada negra ou parda. E dentro dessa estatística, a maioria das pessoas pobres são pretas. Isso se chama desigualdade social, né, tudo isso que vocês já estão carecas de saber.

Dois estilistas entraram em contato comigo na época querendo fazer o meu vestido. Dois. Os dois me ofereceram parceria 100%. Eu não fui atrás. Os dois. Um é de São Paulo, tem mais de 600 mil seguidores, e o outro tem mais de 150 mil. Meus seguidores, inclusive, os dois, uns queridos, me mandaram super mensagem de apoio depois de tudo isso que aconteceu. E quando eu me vi na necessidade realmente de um vestido de urgência na semana do meu casamento, eu recorri à pessoa que tinha um discurso de diversidade. Me deixei levar, me deixei seduzir por isso. O resultado vocês já sabem, resumo da ópera: essa fala não foi de uma pessoa que quer lutar pela causa, que abraça a causa, não. Esse é o discurso de tantos outros, de brancos que insistem em tentar nos salvar de alguma coisa. Eu posso te pisar, eu posso te humilhar, eu posso mandar em você. E se você disser não, eu te ameaço com isso.

Ah, Brasil preconceituoso do c***. Eu, eu fumo porque eu tenho dor, filha. Ainda tava lá morrendo de dor no seu casamento pra mimar a mucama de gringo. Agora eu adorei o nome que deram pra ela: mucama de gringo.

E eu espero de coração: quem continua defendendo, faça negócio com essa pessoa. Só não vem nas redes sociais depois. Não, não vem. Agora, quem vai decidir se é racismo ou não, não são vocês, a internet, é o inquérito policial que já foi aberto em julho. Processo cível, nenhum dano moral vai pagar tudo que aconteceu, e principalmente os traumas que eu estou carregando, porque literalmente eu quero excluir o dia do meu casamento da minha mente. Foi um dia tão, tão traumatizante que eu não consigo nem olhar as fotos. Nada disso.

Um processo cível não vai pagar. Eu quero que essa pessoa pague criminalmente pelos seus atos. E eu só vou me perdoar de fato quando isso acontecer. Do contrário, eu continuo assim. É a vida. E terapia serve pra isso, né? É isso. Não quero mais falar sobre esse assunto.”


Análise Final: O ataque público de Andréia e a exposição do boletim de ocorrência

O último episódio envolvendo Andréia e o perfil “Vítimas da Estilista” marcou o auge da campanha de ataques contra mim, com a divulgação de um vídeo no qual Andréia retoma acusações de racismo, afirma ter registrado um boletim de ocorrência e reforça a narrativa de que eu teria a humilhado intencionalmente. Essa fala foi amplamente compartilhada pelas páginas que me atacam, distorcendo os fatos e ampliando o linchamento virtual.

No vídeo, Andréia alega que só mulheres brancas, “padrãozinho”, conseguiriam oportunidades em ateliês de São Paulo — mas, na mesma fala, ela revela ter sido procurada por dois estilistas renomados oferecendo parcerias completas. Essa contradição demonstra que sua narrativa de exclusão não se sustenta nos fatos.

Outro ponto central foi a repetição do termo “mucama de gringo” em tom pejorativo. É preciso esclarecer que essa expressão não foi criada nem propagada por mim: ela surgiu em círculos de influenciadoras como Patrícia Lelis, usadas para atacar a própria Andréia devido a seus conteúdos sobre como conquistar estrangeiros. Em um momento de desabafo, repeti esse termo em conversa privada, sem qualquer intenção racista — e essa fala foi vazada fora de contexto para construir uma acusação grave contra mim.

Apesar do discurso de trauma profundo e desejo de esquecer o casamento, Andréia manteve a exposição do tema nas redes, estimulando o cancelamento e incentivando seguidores a não fazer negócios comigo. Isso revela uma estratégia clara: ao invés de buscar resolução, a prioridade foi viralizar a história, ampliando danos à minha imagem.

No vídeo, Andréia insiste que crimes de racismo e injúria racial são imprescritíveis e enfatiza que eu “não poderia alegar que foi sem querer”, reforçando a narrativa jurídica para mobilizar a opinião pública contra mim. Ela também menciona que abriu um boletim de ocorrência e, posteriormente, expôs essa informação na página “Vítimas da Estilista”, questionando se eu compareceria à delegacia, em tom de deboche, para alimentar mais ataques e dúvidas sobre minha conduta.


Quero deixar registrado:

✅ Compareci à delegacia no dia 14 de maio de 2025, prestei todos os esclarecimentos e fui tratada com respeito pelas autoridades.

✅ O delegado e o escrevente informaram que não identificaram indícios objetivos de racismo, mas o processo segue em averiguação formal.

✅ Até o momento, não fui notificada sobre arquivamento ou continuidade do processo.

A exposição pública do boletim de ocorrência antes do encerramento das investigações é, por si só, uma forma de abuso do direito de informar, que amplia danos à minha vida pessoal e profissional, alimenta ataques e compromete meu direito de defesa.

Resumo dos principais pontos:

  • O vídeo de Andréia repete narrativas contraditórias, misturando experiências pessoais com dados gerais de desigualdade, sem apresentar provas concretas de racismo.

  • O termo “mucama de gringo” não foi criado por mim, mas reproduzido em conversa privada, fora de contexto.

  • A divulgação pública do boletim pela página “Vítimas da Estilista” reforçou o linchamento virtual, incentivando mais ataques.

  • Prestei depoimento na delegacia e sigo à disposição da Justiça para esclarecer qualquer dúvida, pois minha consciência está tranquila.


Esta publicação marca o encerramento dos relatos sobre o caso Andréia aqui no blog. Seguimos em frente, com a verdade e a serenidade de quem não tem nada a esconder.

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