CASO 2 - O VIDEO DA MADRINHA DE ANDREIA
O relato da madrinha de Andréia: Maria Eduarda Barbosa
O caso de Andréia não começa diretamente com ela. Na verdade, tudo se inicia com o relato de sua madrinha, Maria Eduarda Barbosa, que publicou dois vídeos no TikTok denunciando supostos maus-tratos de minha parte como estilista.
Nos vídeos, Maria Eduarda afirma que eu seria conhecida por destratar clientes que não são famosas, e que agora, segundo ela, até clientes famosas estariam sendo maltratadas. Esses vídeos rapidamente ganharam visibilidade: poucos dias após a publicação, eles começaram a viralizar, e já no dia seguinte fui marcada inúmeras vezes neles.
Antes mesmo de conversar com Andréia sobre a situação, cheguei a receber directs alertando sobre os vídeos, mas não encontrei nada em um primeiro momento e até pensei que fosse uma confusão ou boato. No entanto, a enxurrada de marcações me fez perceber a proporção que aquilo estava tomando.
Foi a partir daí que se iniciou, de fato, o conflito entre mim e Andréia, pois ao questioná-la sobre os vídeos, surgiram novas discussões e acusações. É importante, portanto, analisarmos com atenção as falas da madrinha, já que elas foram o estopim para toda a situação que se desenrolou depois — e serviram de base tanto para meus vídeos de resposta quanto para o vídeo que Andréia publicou em seguida.
Transcrição Completa – Áudio Madrinha da Andréia
Fui madrinha de casamento de um influencer e a estilista mandava mais que a noiva. Vocês devem estar acompanhando por aqui o caso dessa estilista que é bem polêmica e eu vi muitos vídeos de gente falando que “ela só trata bem quem é famosa, quem é conhecida, quem vai trazer algum retorno pra ela” e eu vim aqui dizer que não, não é bem assim.
No mês passado a minha amiga veio pro Brasil para fazer o casamento dela aqui e, faltando tipo uma semana e pouquinho, ela resolveu mudar o vestido porque queria um vestido ombro a ombro e não estava achando em nenhum lugar. Ela tinha fechado em outro lugar, mas acabou não gostando de como ficou e fechou com essa estilista aqui no Brasil. Em menos de uma semana o vestido estava pronto e belíssimo, do jeito que minha amiga sonhou. Até aí, tudo certo.
Quando chegou o dia da última prova, aquela já com cabelo, maquiagem, sapato, tudo, ela e a equipe dela foram pro atelier da estilista para se arrumar lá. E aí começou o problema: minha amiga tinha mandado fazer um sapato sob medida para o casamento e a estilista não deixou ela usar. Ela teve que comprar outro sapato mais simples na semana do casamento para “não tirar o brilho do vestido”.
Penteado: minha amiga queria de um jeito – “não dá, você não é debutante”. Batom: minha amiga queria de um jeito – “esse batom não tá bom”. Tudo ela queria palpitar e dizer como a noiva devia fazer. Minha amiga até achou que eram só sugestões e tentou relevar, mas acho que a opinião da noiva deveria ter prevalecido.
Faltando um dia para o casamento, o noivo me mandou mensagem dizendo que queria fazer uma surpresa: entregar um colar, um buquê de girassóis e uma carta para ela entrar com o colar. Ele foi enfático: “Quero que ela entre com meu presente”. Como eu já tinha visto tudo do look dela, fui guiando ele. Ele foi sozinho ao shopping, comprou a correntinha delicada com pingente de luz. Combinamos com a cerimonialista que as madrinhas entregariam o presente ou que ela entraria com ele, como pedido do noivo.
Na hora da cerimônia, a noiva entrou sem o colar. O noivo me olhou e perguntou: “Por que ela não está usando o presente?” A noiva perguntou: “Que presente?”. Eu queria chorar. Falei com a cerimonialista e ela disse que a estilista não permitiu que a noiva entrasse com o colar porque “não combinava com o vestido”. O noivo ficou super chateado porque esse era o único pedido dele. A noiva chorou muito depois que soube. Aproveitou a festa depois, mas ficou arrasada.
Depois começaram reclamações de vários fornecedores: a estilista queria mandar em tudo, deu carteirada no bar porque queria mais de um drink, falando que “tenho 2 milhões de seguidores”. Discutiu com a social media da minha amiga, foi grosseira, queria dar ordens.
Após o casamento, durante a lua de mel, minha amiga recebia várias mensagens cobrando conteúdo, sendo que no feed só tinha vídeo da estilista. Mesmo assim minha amiga postou tudo. Eu só fiz esse vídeo porque vi gente dizendo que “ela só trata mal quem não é famosa” – não, é o jeito dela. Inclusive tratou as madrinhas mal: quando nos encontramos, fomos animadas falar com ela e ela só disse: “Oi”. Quando comentei “vocês parecem umas fadinhas”, ela respondeu “é a intenção”. Enfim, uma querida.
Análise de Trecho - Sapato da Noiva
Trecho do áudio da madrinha:
“A minha amiga tinha mandado fazer um sapato sob medida do jeito que ela queria para o casamento e a estilista não deixou ela usar. Ela teve que comprar um sapato de última hora na semana do casamento, um sapato mais simples, que era para não tirar o brilho do vestido.”
Análise do trecho:
Neste momento do relato, a madrinha faz uma acusação direta de que a estilista proibiu o uso do sapato encomendado pela noiva, supostamente por “não querer que nada tirasse o brilho do vestido”. A fala tenta construir a imagem de uma estilista arrogante, controladora e preocupada apenas em destacar sua própria criação
No entanto, as evidências registradas contradizem essa narrativa. Conforme comprovado por mensagens, conversas e cronograma do vestido:
- O sapato encomendado pela noiva foi enviado via PAC por uma loja de Goiânia, e a previsão de entrega ultrapassava a data do casamento, tornando impossível utilizá-lo no dia do evento.
- Além disso, a barra do vestido foi marcada com outro sapato, diferente do que seria usado. Para ajustar corretamente a barra de um vestido de noiva, é indispensável que a altura do salto seja a mesma do sapato que será utilizado no casamento. Como o sapato encomendado não chegou a tempo, não havia como substituir por outro de altura diferente sem comprometer o caimento do vestido.
Portanto, não houve qualquer imposição ou desdém da estilista quanto ao sapato escolhido, mas sim uma necessidade técnica decorrente de um imprevisto de entrega, somada à responsabilidade em manter a qualidade do acabamento e o ajuste do vestido no corpo da noiva.
Essa distorção do relato demonstra como a fala da madrinha inverte a realidade dos fatos para reforçar uma narrativa de suposto abuso de autoridade da estilista, quando na verdade se tratou de uma situação prática e comum em processos de produção de vestidos de noiva sob medida.
Análise do trecho – Teste de cabelo, maquiagem e escolha do batom
Fala da madrinha (transcrita):
“Tudo bem. Penteado: ah, minha amiga queria de um jeito. Não dá, porque você não é debutante. Minha amiga queria um batom. Esse batom não tá bom. Tudo ela queria palpitar e dizer como a minha amiga devia fazer, e acabou que ela fez. Até aí tudo bem, ela não tinha visto nenhum problema e ok, podia ser sugestões, ela entende o que ela tá falando porque ela trabalha com isso, certo? Certo. Mas eu ainda acho que a opinião da noiva vale muito e o que a noiva quer. Mas tudo bem…”
Análise:
- - O relato transmite a ideia de que eu teria imposto minha vontade sobre o penteado e maquiagem da noiva, sugerindo que agi de forma autoritária ou desrespeitosa com suas preferências.
- - O que de fato aconteceu – como comprovado em mensagens, áudios e relatos anteriores – foi que a Andrea precisou realizar o teste de cabelo e maquiagem em meu ateliê porque precisava organizar todos os detalhes do visual final junto ao vestido, já que o vestido foi feito em apenas quatro dias e precisávamos otimizar tempo e deslocamentos.
- - Em relação ao penteado: minha sugestão de não usar o cabelo do jeito que ela queria não foi por arbitrariedade, mas sim por análise estética profissional, já que o penteado pensado inicialmente não harmonizava com o modelo ombro a ombro escolhido, e poderia criar um volume que descaracterizaria o desenho do vestido. É prática comum estilistas aconselharem penteados que realcem a silhueta e detalhes do vestido, pois o stylist também e feito pelo estilista sempre buscando valorizar o conjunto da obra.
- - Sobre o batom: igualmente, apresentei uma sugestão profissional para que a maquiagem ficasse equilibrada e condizente com o conjunto do vestido, do cabelo e do tom do evento. A decisão final sempre esteve com a noiva, que poderia manter sua escolha, mas a Andrea seguiu minhas sugestões porque concordou com elas na hora. Inclusive, temos provas disso em fotos do teste e mensagens trocadas com elogios ao resultado.
- - A narrativa da madrinha é subjetiva e construída para reforçar a imagem de que eu teria agido com autoritarismo, mas não há evidência de imposição ou de desrespeito, apenas orientações de quem tem experiência em harmonizar todos os elementos visuais do grande dia.
Conclusão:
A forma como a madrinha descreve esse momento deturpa completamente a realidade, transformando sugestões profissionais em imposições, com o único objetivo de sustentar a narrativa de arrogância que ela tenta colar em mim. Tudo que foi feito nesse processo visou realçar a beleza da noiva e garantir que o resultado final fosse harmônico e marcante para o evento.
Análise das Contradições – Trecho do Colar
Falas da madrinha:
“E aí a noiva olhou para mim e fez: ‘Que presente ele tá falando?’ Nessa hora eu queria chorar e tudo bem. Eu fiquei meio sem reação, falei para ele que não sabia o que tinha acontecido, que eu ia falar com a cerimonialista porque já tava tudo certo, era para ela entrar com o presente dele. Fui falar com a cerimonialista e ela me falou que a estilista não permitiu que a minha amiga entrasse com o colar que o marido dela deu para ela porque não combinava com o vestido…”
Contradições e fatos:
✅ O colar estava com a cerimonialista, não com a madrinha.
Ela diz que o noivo perguntou sobre o colar, mas o próprio noivo entregou o presente para a cerimonial, que ficou responsável pela entrega. Portanto, ele sabia exatamente onde estava o colar e quem estava cuidando disso.
✅ A decisão foi alinhada com a assessoria, não imposta por mim.
A versão da madrinha é de que eu teria “proibido” o uso do colar para que não tirasse o brilho do vestido, mas nas conversas trocadas com a assessoria, fica claro que minha sugestão era que fosse respeitado o uso das joias da parceira ja fechada para o casamento ja que eu não poderia passar por cima dessa parceria ja fechada antes, inclusive sugeri que ele desse o colar na festa onde ela poderia colocar sem problemas o colar e o brinco pois ja teria sido feito as fotos oficiais do casamento Não houve imposição — e sim, alinhamento com profissionais responsáveis.
✅ O momento de entrega foi registrado em vídeo.
O colar foi entregue em um momento reservado entre a Andrea, o noivo, a equipe de foto/vídeo e cerimonial, como previsto. Existe vídeo que comprova que ela recebeu o presente antes de entrar na festa. Portanto, se ela realmente ficou sabendo nesse momento que o noivo desejava que ela usasse durante a cerimônia, ela poderia ter colocado o colar imediatamente. Eu já não estava mais no evento, não havia nenhum impedimento.
✅ Mentira sobre o suposto choro no camarim.
A madrinha diz que a noiva ficou sabendo só depois, chorou muito no camarim e ficou mal no casamento — mas o vídeo da entrega mostra a Andrea tranquila, recebendo o presente, guardando-o na caixinha e não colocando no pescoço por escolha própria. Se isso fosse motivo de tristeza tão profunda, ela poderia ter corrigido a situação na mesma hora, colocando o colar, mas optou por não fazê-lo.
✅ Remoção dos stories reforça tentativa de controle da narrativa.
A Andrea apagou todos os stories e destaques do casamento em seu perfil, dificultando a verificação dos fatos por terceiros e fortalecendo a impressão de que há uma tentativa de construir uma narrativa que a coloque como vítima de algo que não corresponde à realidade.
Conclusão:
A versão apresentada pela madrinha contém várias contradições internas e em relação ao que realmente aconteceu, segundo os registros que possuímos. Ela distorce fatos para construir uma história mais dramática, reforçando uma narrativa de desrespeito e sofrimento que não se sustenta quando confrontada com as evidências. Há fortes indícios de que tudo foi combinado para criar comoção e desviar o foco dos erros da própria noiva e equipe e trazer o perfil de Andreia de volta para o hype.
✅ Fotos anexadas: momentos do casamento, tiradas após a entrega do colar, quando os noivos já estavam a caminho da festa. Em todas as imagens, a noiva aparece extremamente sorridente, feliz e radiante, sem o colar em seu pescoço, exatamente no momento em que poderia tê-lo colocado, caso quisesse. É importante ressaltar que, depois dessas fotos, a noiva seguiu para o local da festa, e em nenhum momento houve retorno para camarim, até porque o espaço não possuía camarim de noiva. Logo após essas fotos, ela continuou em sessão de foto e vídeo e entrou direto para a recepção.
Análise das Acusações sobre o Comportamento na Festa
Fala da madrinha:
“E assim não acabou por aí. Foi todo mundo pra festa, foi todo mundo comer, dispersou, tava tudo certo, passou, era para ser um caso isolado. Só que aí começaram várias reclamações de todos os fornecedores e de todo mundo que estava trabalhando na festa. Tipo, todo mundo que tava fazendo algum tipo de trabalho na festa estava reclamando porque em tudo ela queria dar carteirada. Ela deu carteirada no bar porque ele não queria dar mais de um drink para ela, porque como funcionava: você pegava uma fila, pegava um drink, pegava a fila, pegava um drink. Ela queria mais de um. E um padrinho viu ela falando pro barman que, tipo: ‘eu tenho 2 milhões de seguidores’. E daí? E daí? Daqui a pouco vem a social mídia da minha amiga falar que ela destratou ela, que ela foi grosseira, que ela queria dar ordens nela, como se, tipo, ela pudesse, né gente. É sério, eu não consigo entender o que se passa na cabeça da pessoa de num dia tão especial causar tantos probleminhas que, tipo, no final foi muito estressante…”
Análise dos fatos:
✅ Falta de provas: A madrinha relata diversos episódios em tom grave, mas não apresenta qualquer evidência (fotos, vídeos ou testemunhos consistentes) que comprovem suas acusações. Sua narrativa é inteiramente baseada em relatos subjetivos.
✅ Contradição com meu relato: Eu já relatei detalhadamente que, no episódio do bar, não houve grosseria gratuita. O que houve foi uma situação pontual, causada pela dor que eu estava sentindo naquele dia, e em nenhum momento usei minha visibilidade como argumento para ser atendida. Meu pedido foi apenas para não precisar ficar na fila devido à minha condição de saúde, algo que é previsto em lei como direito da pessoa com deficiência.
✅ Narrativa sem fundamento: Ela descreve como se eu tivesse tido um comportamento de “bruxa”, tratando mal todo mundo, mas não apresenta nenhuma prova. É importante destacar que outros profissionais e convidados que estavam presentes não relataram qualquer comportamento agressivo da minha parte.
✅ Ausência de registros: Se houve tantas reclamações assim de fornecedores e prestadores de serviço, por que nenhum deles entrou em contato comigo ou registrou oficialmente qualquer queixa? A narrativa da madrinha se sustenta apenas em falas, sem qualquer documento, vídeo ou áudio que corrobore o que ela diz.
✅ Facilidade em difamar: É muito fácil construir uma história carregada de insinuações quando não se precisa apresentar provas. Essa é uma estratégia clássica de difamação: relatar em tom emocional e dramático para comover e convencer sem apresentar evidências.
Conclusão:
As acusações de que eu teria sido antipática, dado “carteirada” ou destratado fornecedores não se sustentam diante da falta total de provas e dos registros que temos do evento. Tudo indica que as falas da madrinha foram usadas para reforçar a narrativa da noiva de que ela foi “vítima” de uma estilista arrogante, desviando o foco dos problemas reais que ocorreram no casamento.
Comentários
Postar um comentário