CASO 3 -Análise da Acusação de Racismo: Recorte do Áudio Compartilhado com Bel

 Análise da Acusação de Racismo: Recorte do Áudio Compartilhado com Bel



Fala da Bel no vídeo:

No encerramento de seu vídeo, Bel traz à tona um recorte de áudio que compartilhei em confiança, usando um trecho em que comento sobre o cenário do mercado de ateliês de noiva, dizendo:
"se interessou sabe por quê porque a maioria dos atelies nem é do preta quer colocar no feed vai se dizer no preta de Osasco e família favelada com perdão da palavra"
Ela usa esse recorte para insinuar que fui racista em relação à Andrea e xenofóbica em relação à sua própria história, atribuindo a mim preconceitos que jamais demonstrei. Afirma ainda que eu teria um padrão de desrespeito e manipulação com todas as parcerias e presentes, em qualquer lugar do Brasil, igualando situações completamente distintas e descontextualizando os fatos.

Meu Relato e o Contexto Real

O trecho de áudio apresentado foi, de fato, um desabafo feito em um momento de exaustão, enviado exclusivamente para a Bel, em privado, com o objetivo de compartilhar a minha frustração pela postura da assessoria da Andrea, que não colaborou com o combinado da parceria, dificultando a devolução do vestido e causando prejuízos profissionais e emocionais.

Cabe ressaltar:


- Confiança e amizade: O áudio foi enviado em confiança, dentro de um contexto de amizade e parceria, quando a própria Bel sempre demonstrou entusiasmo em participar do processo do vestido da Andrea. Ela acompanhou de perto as etapas, pediu fotos, opinou, elogiou o resultado (como mostram os prints anexos), e até afirmou que queria que eu fizesse seu próprio vestido de casamento.

- Desabafo, não preconceito: Quem ouvir o áudio completo perceberá que falo sobre minha frustração com a quebra do combinado, a falta de reconhecimento do meu trabalho e a ausência de profissionalismo da assessoria. Meu erro foi desabafar com alguém que se aproveitaria desse momento para distorcer minhas palavras.
- Nunca houve racismo: Em toda a negociação com a Andrea e sua equipe, nunca houve qualquer postura ou fala racista. Muito pelo contrário: sempre tratei com respeito, admiração e profissionalismo, mesmo diante das dificuldades, tratando todos igualmente e entregando um vestido impecável, reconhecido até por ela própria e por Bel nos prints.
- Manipulação e acusação leviana: A forma como Bel utiliza esse recorte no vídeo, atribuindo a mim um suposto racismo, é uma clara tentativa de me difamar, usando pautas sensíveis e importantes como arma em uma disputa pessoal. Trata-se de uma acusação leviana, sem qualquer respaldo na realidade dos fatos.

Provas Anexas

Os prints anexados mostram:
- Bel participando ativamente do processo, elogiando o vestido da Andrea, pedindo fotos, opinando e demonstrando empolgação genuína.
- Minhas mensagens evidenciando dedicação, entrega e respeito em todo o trabalho com a Andrea.
- O contexto real das conversas, mostrando que todo o desabafo foi motivado por questões profissionais, nunca por preconceito.

Conclusão

A acusação de racismo baseada em um recorte de áudio tirado de contexto é, além de injusta, profundamente irresponsável. Utilizar pautas tão sérias para manipular narrativas e atacar a reputação alheia demonstra o grau de má-fé envolvido. Em nenhum momento houve racismo, ofensa ou desrespeito; todo o material mostra que minha postura sempre foi de respeito, profissionalismo e acolhimento – tanto com Andrea quanto com Bel.

As evidências provam que:
- Houve distorção deliberada das minhas palavras e intenções.
- O relacionamento com Andrea e Bel sempre foi cordial até o rompimento, quando começou a manipulação dos fatos.
- Bel usou confidências privadas e desabafos, confiados a ela como amiga, para criar uma narrativa falsa com o objetivo de prejudicar minha imagem e reputação.

O áudio foi retirado de um contexto maior em que discuto, sim, as dificuldades enfrentadas por noivas que fazem parte de minorias. A grande maioria dos ateliês de noiva e profissionais do setor de casamentos, se você pesquisar nos perfis, raramente mostra noivos ou noivas pretos, gordos, LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência — inclusive, eu mesma quase nunca vi. Isso é um reflexo de um problema estrutural do mercado, que já comentei anteriormente em conversas com o André e com a Bel, destacando como tratar dessas pautas sempre foi difícil, pois era rapidamente rotulado como “mimimi” e acabava gerando cancelamentos.

Para ilustrar melhor essa realidade, vou anexar abaixo um vídeo em que faço pesquisas simples no Pinterest — uma das principais plataformas de inspiração usada por noivas — para mostrar como, em resultados de busca sobre casamento, aparecem quase exclusivamente mulheres brancas, magras, altas e dentro do padrão. Esse cenário é reflexo de como o casamento, historicamente, foi vendido como um “sonho” apenas para quem se encaixa nesse padrão: pessoas brancas, ricas e tidas como perfeitas. Afinal, se olharmos a história, veremos que casamentos sempre foram tratados como negócios entre famílias, não como celebrações de amor, e grandes festas serviam principalmente como demonstração de status, dinheiro e perfeição.



O áudio foi retirado de um contexto maior em que discuto, sim, as dificuldades enfrentadas por noivas que fazem parte de minorias. A grande maioria dos ateliês de noiva e profissionais do setor de casamentos, se você pesquisar nos perfis, raramente mostra noivos ou noivas pretos, gordos, LGBTQIA+ ou pessoas com deficiência — inclusive, eu mesma quase nunca vi. Isso é um reflexo de um problema estrutural do mercado, que já comentei anteriormente em conversas com o André e com a Bel, destacando como tratar dessas pautas sempre foi difícil, pois era rapidamente rotulado como “mimimi” e acabava gerando cancelamentos.

Para ilustrar melhor essa realidade, vou anexar abaixo um vídeo em que faço pesquisas simples no Pinterest — uma das principais plataformas de inspiração usada por noivas — para mostrar como, em resultados de busca sobre casamento, aparecem quase exclusivamente mulheres brancas, magras, altas e dentro do padrão. Esse cenário é reflexo de como o casamento, historicamente, foi vendido como um “sonho” apenas para quem se encaixa nesse padrão: pessoas brancas, ricas e tidas como perfeitas. Afinal, se olharmos a história, veremos que casamentos sempre foram tratados como negócios entre famílias, não como celebrações de amor, e grandes festas serviam principalmente como demonstração de status, dinheiro e perfeição.

Deixo nesse vídeo também uma crítica ao mercado, explicando exatamente o que falei à Andrea e à Bel, mostrando que essa realidade não começou comigo, mas existe muito antes. Inclusive, ainda hoje é possível encontrar profissionais que, nas próprias bios, deixam claro que não atendem determinados públicos, especialmente pessoas LGBTQIA+. Muitos estilistas até postam fotos com modelos pretos para marketing, mas quando mostram suas clientes reais, destacam apenas clientes brancas, magras e dentro do padrão. Essa é a realidade do mercado, e incomoda porque muitos não querem ouvir a verdade.

Minha fala foi feita para exemplificar essa situação estrutural de exclusão. Prova disso é que a própria Andrea comentou que outros dois estilistas a procuraram, mas ela escolheu fechar comigo justamente porque já me seguia e via que eu falava sobre inclusão. No entanto, ela acabou usando essas minhas falas, tiradas de contexto, para me acusar injustamente de racismo.



Minha fala foi feita para exemplificar essa situação estrutural de exclusão. Prova disso é que a própria Andrea comentou que outros dois estilistas a procuraram, mas ela escolheu fechar comigo justamente porque já me seguia e via que eu falava sobre inclusão. No entanto, ela acabou usando essas minhas falas, tiradas de contexto, para me acusar injustamente de racismo.

Anexos: Prints das Conversas (Provas)


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