CASO 5- VIDEO 7 PATRICIA
Relatório – Vídeo 7: Cartomante de Patrícia
Dados do Vídeo
• Título: Cartomante de Patrícia
• Visualizações: 177 mil
• Data: 22/09/2024
• Fonte: Lista de reprodução · Juliana Estilista
Relato Completo
No vídeo, Patrícia Lélis faz uma consulta à cartomante Marcela Pereira para saber se deveria encomendar um sobretudo com Juliana Estilista, a quem descreve de forma pejorativa como “famosinha do TikTok” envolvida em “babados”. Patrícia diz sentir pena pela quantidade de hater que Juliana recebe, mas ao mesmo tempo expressa receio de se envolver e pede que a cartomante veja “se vai dar merda”.
Marcela, por sua vez, faz um jogo de cartas e responde de forma totalmente negativa, dizendo que as cartas mostram prejuízo, riscos, cortes, desencontros, “personalidade duvidosa”, além de prever até rompimento de amizade. Ao final, a cartomante ainda reforça que Patrícia pode se decepcionar muito, que o trabalho não é confiável e sugere claramente que a cliente não feche nenhum acordo com Juliana.
Análise das Acusações e Crimes
1. Incentivo à Difamação e Descredibilização Profissional
Diversos comentários debocham do trabalho e da reputação de Juliana. Exemplos: “A bicha é doida mesmo”, “Mds sim kkkkkkkkkkkk muito eu”, “Mulher eu ri tanto, melhor comentário”, “Não tenho a pena dessa estilista por ser narcisista”. Há um ambiente coletivo de deboche e ataque à imagem, normalizando o discurso de que Juliana seria “problemática”, afastando potenciais clientes.
2. Uso do Nome para Promover a Cartomante
Há grande quantidade de pessoas pedindo o contato da cartomante, associando a exposição negativa à “eficácia” da consulta: “Me passa contato da taróloga”, “Quero o número na minha mesa”, “Manda o contato dessa diva”, “Quero o contato da Marcela”, “Preciso do contato dessa taróloga! Amei!”. O conteúdo viralizou, com pessoas usando a exposição negativa para procurar diretamente os serviços da cartomante, gerando fluxo de clientes e publicidade gratuita para Marcela Pereira. O nome de Juliana foi convertido em “isca” para atrair audiência e novos clientes, caracterizando uso indevido de imagem e concorrência desleal.
3. Confirmação do Ciclo de Influência
Seguidores transformam a narrativa da cartomante em verdade, reforçando discurso místico para justificar boicote e exclusão. Exemplo: “A Padilha com a mão na cintura, gritando: EU AVISEEEEI!!!”.
4. Normalização do Boicote e Ataques Pessoais
O boicote vira “conselho coletivo”, com discurso espiritualista usado para legitimar ataques e reforçar que contratar Juliana seria um erro, de forma pública.
5. Autopromoção da Cartomante (com anuência de Patrícia)
Em vários comentários, a própria Patrícia responde marcando o arroba da cartomante: “@cartomantemarcela”. A autora do vídeo usa os comentários para transformar o episódio em ferramenta de divulgação, direcionando centenas de pessoas para os serviços da cartomante, utilizando a imagem e o nome de Juliana como moeda de troca. Ou seja, além de prejudicada, Juliana impulsiona o negócio de terceiros sem consentimento.
Relato dos Comentários
Os comentários expostos nos prints evidenciam:
• Difamação e dano moral coletivo: Comentários zombam, acusam e reforçam imagem negativa sem base factual.
• Concorrência desleal: O nome de Juliana foi utilizado para gerar engajamento e captar clientela para a cartomante Marcela Pereira, com benefício comercial direto para ambas.
• Exposição pública e constrangimento: Os comentários alimentam um ciclo de ataques, diminuindo o valor profissional e pessoal da vítima.
• Lucro indireto sobre sua imagem: O episódio gerou publicidade, novos clientes e engajamento nas redes, às custas do prejuízo emocional e reputacional da vítima.
Comentários recorrentes:
– Pedidos pelo contato/arroba da cartomante (“me passa o contato dela”, “quero jogar também”, “quero o contato da Marcela”)
– Deboche, incentivo ao boicote e piadas a respeito da reputação de Juliana.
– Relatos de pessoas que, baseadas apenas no vídeo, passaram a desconfiar da estilista.
– Autopromoção explícita nos comentários, com o arroba da cartomante sendo divulgado pela própria Patrícia.
Resumo Final
O vídeo representa uso indevido de imagem e instrumentalização de difamação para autopromoção e publicidade. Patrícia Lélis utiliza a polêmica envolvendo Juliana para criar conteúdo viral, gerando clientes para a cartomante Marcela Pereira, sem critério ético, profissional ou espiritual. O nome de Juliana vira commodity, usado para engajamento e lucro de terceiros, enquanto a profissional prejudicada sofre danos reais à reputação, saúde emocional e atividade econômica.


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