Caso Bel: um retrato do discurso de ódio e a campanha que me representa
Caso Bel: um retrato do discurso de ódio e a campanha que me representa
Ao longo de todos esses posts, contei em detalhes como o caso da Bel destruiu minha vida em 2023. Como um vídeo de seis minutos, cheio de distorções e insinuações, desencadeou uma avalanche de ódio, ameaças, ataques capacitistas e perseguição contra mim, minha família e até meus clientes.
Mostrei como tudo começou: a proposta de uma collab sem contrato, a entrega do vestido, os problemas na edição do vídeo, a recusa dela em publicar o material e, por fim, a publicação de um vídeo sensacionalista que me transformou em vilã de uma história que não contei.
Relatei como, em poucas horas, recebi centenas de mensagens de ódio, ameaças de morte, incitação ao suicídio, ataques à minha deficiência, ofensas à minha maternidade e comentários misóginos e xenofóbicos. Muitos vieram de crianças e adolescentes — uma prova clara do tamanho do impacto que influenciadores podem ter sobre o público mais vulnerável.
Mostrei também que a Bel, mesmo vendo a violência que se espalhava, não apagou o vídeo, não pediu para que os ataques parassem e, em alguns casos, chegou a curtir comentários violentos. Tudo isso fez com que eu perdesse mais de 18 contratos, somando mais de R$ 80 mil em prejuízos, além de causar danos irreparáveis à minha saúde emocional e à rotina da minha família.
É por isso que, ao escrever este blog, encontrei na Campanha Nacional de Enfrentamento ao Discurso de Ódio, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, uma forma de fortalecer minha denúncia. Essa campanha tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre como falas de ódio podem levar a tragédias reais, incentivando ataques, perseguições e até suicídios — exatamente o que vivi.
A campanha mostra que:
O discurso de ódio não é liberdade de expressão;
Ele destrói vidas, causa medo, afasta pessoas de seus trabalhos, escolas e famílias;
E que todos somos responsáveis por não propagar, não incentivar e não naturalizar esse tipo de violência.
Meu caso com a Bel é um retrato fiel do que a campanha alerta: o ódio virtual pode arruinar uma vida em questão de horas. Pode afastar clientes, destruir reputações, colocar famílias em risco e traumatizar crianças que nada têm a ver com a história.
Com este blog, deixo um registro público de tudo que vivi, com provas, prints, análises, e principalmente com coragem para mostrar a verdade. E faço um apelo: que a justiça seja feita e que essa campanha não seja apenas um slogan bonito, mas que resulte em medidas concretas contra quem usa sua influência para incitar ódio — seja por capricho, ego ou busca por engajamento.
Este blog é meu grito por justiça — por mim, pelos meus filhos, pelos meus clientes e por todas as pessoas que sofrem caladas com ataques virtuais como os que vivi.
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