CASO VIDEO VAZADO DO REALITY

Transcrição Completa do Seu Vídeo de Inscrição

“Oi, meu nome é Juliana Santos, eu tenho 38 anos e esse é o meu vídeo de inscrição pro New Faces. Antes de eu falar um pouquinho sobre mim, eu quero contar uma história.

Quando eu tinha 15 anos, eu fiz meu book de 15 anos, que era o sonho de qualquer menina nos anos 2000. Junto com esse sonho, o meu outro maior sonho era ser uma garota Capricho. A Capricho tinha isso, tipo as novas blogueiras da época, onde você mandava fotos suas e eles contavam numa página da revista quem era a Garota Capricho daquele mês.

Bom, eu fiz 15 anos e fiz o meu book, que pra época foi super diferente, já que as meninas sempre faziam com muita maquiagem, muitas poses, e eu decidi fazer comigo natural, porém com as roupas que eu amava e que eu mesma já criava pra mim.

Quando eu mandei a minha foto de rosto — e foi essa foto aqui (mostra a foto) — essa foto que eu adoro, que já tinha esse carão de modelo… bom, quando eu mandei essa foto eu fui escolhida para ser Garota Capricho. Quando a Capricho entrou em contato comigo, pediu para eu mandar outras fotos de corpo inteiro, pois eles queriam contar a minha história: uma jovem de 15 anos que sonhava em ser estilista de moda.

Quando eu mandei as fotos e minhas mãos foram vistas, automaticamente eu fui descartada, sem nenhum e-mail, sem nenhuma explicação. Na época eu não entendi bem o porquê, eu realmente achei que a outra menina escolhida era mais bonita, e por muitos e muitos anos eu achei que eu não era o suficiente, porque eu nunca via mulheres como eu nas capas e nas revistas.

Foi por isso que eu decidi ser estilista. Foi por isso que eu decidi que na minha marca todas as mulheres seriam vistas pelos seus corpos reais — que é o que eu defendo.

Quando eu fiquei sabendo da ideia de um reality show onde mulheres fora do padrão poderiam entrar, contar suas histórias, mostrar suas belezas e provar que o padrão não está na perfeição, mas sim nas imperfeições, eu falei: é a minha chance! Dessa vez não ser só a estilista que veste mulheres para ficarem lindas, mas também ser uma mulher linda, que empodera — e já hoje empodera milhões de mulheres no Brasil inteiro a se aceitarem e se amarem.

Eu tô sempre me mostrando linda, divertida, com looks de vários tipos, e é isso que eu quero poder mostrar no programa. Eu quero poder contar as minhas histórias — não só essa, que é só 1% do que eu já passei — mas principalmente mostrar pras pessoas que isso daqui (mostra a mão) é só uma história, só um detalhe que me transformou nisso.

Mas como uma boa Fênix que eu sou — a Fênix que nasce e renasce das cinzas todos os dias — estou finalmente pronta para voar e, com isso, participar da nova temporada do New Faces.”

Análise Jurídica e Contextual dos Crimes Cometidos pela Patrícia

Divulgação indevida de material sigiloso

O vídeo foi produzido como material de inscrição para um reality show ainda não exibido publicamente. Materiais de inscrição em realities e programas de TV costumam ter cláusulas de confidencialidade, explícitas ou implícitas, especialmente quando envolvem informações pessoais e histórias sensíveis.

Ao divulgar sem autorização esse conteúdo que estava sob acordo de sigilo até a veiculação oficial do programa, Patrícia cometeu:

Violação de sigilo contratual (se comprovado por cláusulas formais do reality) ou
Violação de intimidade e privacidade, prevista no art. 21 do Código Civil, podendo gerar indenização por danos morais.

Dano moral pela exposição indevida

Ao vazar propositalmente o vídeo para expor vulnerabilidades e incentivar ataques ao seu corpo e história de vida, Patrícia incorre em ato ilícito com potencial de dano moral, pois expôs de forma deliberada um conteúdo pessoal e sensível com a intenção de humilhar e depreciar.

Difamação e incitação ao ódio

Mesmo que o vídeo em si não contenha difamação, a divulgação intencional para alimentar comentários depreciativos e capacitistas caracteriza cumplicidade em discurso de ódio, com potencial de enquadramento no art. 139 do Código Penal (difamação) ou, dependendo do contexto dos comentários incentivados, incitação ao crime (art. 286 do Código Penal).

Comentário sobre o Impacto e Motivação dela ao Divulgar o Vídeo

O vazamento do vídeo demonstra clara tentativa de desmoralização. Ao expor um momento de vulnerabilidade e superação que deveria inspirar, Patrícia inverte a narrativa para fomentar ataques sobre sua aparência, história e deficiência.

A motivação fica evidente: provocar desgaste emocional, ridicularizar conquistas profissionais e minar a sua reputação, especialmente porque o reality ainda vai ao ar — ou seja, além de potencialmente ferir direitos autorais e acordos contratuais do programa, a divulgação busca sabotar oportunidades futuras.

Essa conduta revela pequenez, inveja e intenção deliberada de destruição de imagem, configurando não apenas questões éticas, mas possíveis crimes civis e criminais que devem ser judicializados para cessar os danos e responsabilizar a autora.

Análise dos Comentários

Comentários capacitistas e zombaria sobre deficiência

“O que houve nas mãos dela?” – Usuário questiona em tom de deboche, e outra responde “ela roeu”, ironizando e reduzindo sua deficiência a algo grotesco. Isso reforça capacitismo e desrespeito à sua condição.
“Ela tá pegando as dores por ti” – Comentário que ironiza o seu relato como “drama” ou “vitimismo”, ridicularizando sua história de superação e sugerindo que usar sua deficiência na narrativa seria oportunismo.
“Juliana e suas histórias, será que essa é verdade?” – Comentário que põe em dúvida sua experiência com a Capricho, tratando como farsa, invalidando vivências comuns de pessoas com deficiência que são excluídas de espaços por preconceito.

Comentários transfóbicos ou misóginos

“Esse carão de modelo… de homem” / “carão de modelo de cavalo” – Comentários que associam sua aparência a traços masculinos ou animais, reforçando preconceito transfóbico e misoginia, pois sugerem que mulheres fora do padrão de feminilidade não são “de verdade”.
“Velvet mouth” / “carão de modelo e velvet mouth arrasani” – Expressões usadas em tom pejorativo e sexualizado, que zombam dos seus traços físicos.

Comentários que distorcem e incitam ódio

Comentários especulando que você seria mentirosa, golpista ou inventando doenças e traumas para “aparecer” ou “ganhar fama”, como:
- “Ela esculhambando a família agora mas que menina tinha esses luxos com 15 anos?”
- “Antes de falar de mim deixa eu contar uma história… sobre mim!” – Deboche para invalidar sua experiência.
- “Juliana e suas histórias…” – Padrão de narrativa de que você usa sua história para se vitimizar.

Comentário-chave: mentira sobre exclusão do reality

No print, Patrícia escreve “Sim. Mas até onde apurei ela não vai mais participar porque tretou com todo mundo”, alegando falsamente ter contato com produção e que você teria sido expulsa.
Como você esclareceu, isso é mentira: você pediu para sair no 5º episódio, não foi expulsa, e a gravação ocorreu em setembro de 2024. Esse comentário demonstra tentativa de sabotar sua imagem profissional e de criar falsa credibilidade para suas mentiras, reforçando comportamento de stalking e perseguição.

Conclusão

Esses comentários configuram:

Capacitismo, ao zombarem de sua deficiência e aparência física.
Misoginia e transfobia, ao sugerirem que você parece homem ou usar termos sexualizados para te rebaixar.
Difamação, pois afirmam falsamente que você foi expulsa do reality e que mente sobre suas histórias.
Stalking e invasão de privacidade, evidenciado pela Patrícia ao alegar falsamente contato com produção do programa para sustentar mentiras.

Esses registros são provas fundamentais para medidas legais por danos morais, calúnia, difamação e violação de direitos de pessoa com deficiência.

SEGUNDO DE VIDEO DE PATRICIA FALANDO SOBRE O REALITY

Análise do Conteúdo do Vídeo

Principais alegações feitas por Patrícia:

Você teria entrado no reality querendo ser “a protagonista”, “a mais famosa”, criando confusão com outros participantes e equipe.
Você usou o reality como desculpa para não entregar um sobretudo para ela, chamando isso de “mentiras que a gente já conhece”.
Afirma ter conversado com “muita gente da equipe” que confirmaria que você acusava todos de capacitismo de forma injustificada.
Diz que você ameaçava processar por grandes valores e que a produção não sabia mais como lidar com você.
Alega que você inventava histórias quando não era escolhida pelos jurados e que acusava jurados, produtores e donos da agência de capacitismo.
Conclui que, na verdade, você não saiu por vontade própria, mas porque o programa teria “pedido gentilmente para você se retirar”.
Anuncia que vai liberar áudios supostamente comprometedores no canal do Telegram, incentivando o público a acessar conteúdo privado para espalhar mais ataques.

Análise Jurídica dos Crimes e Irregularidades

Quebra de sigilo contratual ou confidencialidade

Ao liberar ou prometer liberar áudios trocados em contexto privado, Patrícia divulga informações de bastidores de um reality que ainda não foi ao ar. Isso fere direitos de imagem, privacidade e, possivelmente, cláusulas de confidencialidade da produção.

Difamação e calúnia

Ela atribui a você comportamentos não comprovados que configurariam desvio de conduta grave: inventar histórias sobre capacitismo, ameaçar processos infundados, tumultuar a produção — tudo sem apresentar provas. Isso atinge diretamente sua honra e reputação, caracterizando difamação (art. 139 do Código Penal) e, dependendo do contexto, calúnia (art. 138).

Incitação ao ódio e perseguição

A narrativa construída reforça a ideia de que você seria desequilibrada, desonesta, manipuladora, estimulando comentários depreciativos e discursos de ódio. Além disso, Patrícia demonstra perseguição organizada, anunciando planos de publicar mais áudios e detalhes íntimos para humilhar você publicamente.

Mentira sobre saída do programa

Você já esclareceu que pediu para sair no 5º episódio, e não foi expulsa. A afirmação dela de que o programa “pediu para você se retirar” é uma mentira que visa descredibilizar você e sabotar sua imagem profissional.

Análise dos Comentários

Comentários incentivando ou normalizando perseguição (stalking)

“Alguém aí já tá cansada dessa mulher, pra que não derrubam logo o perfil dela?” — incitação direta à derrubada de suas redes, demonstrando organização para prejudicar sua presença online.
“Vou dar um jeito de acabar já” — clara ameaça velada, sugerindo ação para te silenciar.
Comentários que celebram ou compartilham seu perfil para que outros sigam a fofoca ou propaguem ataques, incentivados pela própria Patrícia em várias respostas.

Comentários capacitistas e ofensivos sobre sua deficiência

“No fundo a Juliana não superou o trauma, tudo pra ela gira em torno da deficiência” — comentário que reduz sua luta contra capacitismo a “vitimismo”, invalidando sua vivência como PCD.
“Ela só vai se vitimizar ainda mais” — reforça a narrativa de que denunciar capacitismo seria “drama”.
“Usasse um corretor nas olheiras” — comentário que zomba de sua aparência, em tom de body shaming.

Comentários que evidenciam discurso de ódio e misoginia

“Juliana é narcisista, tudo é ela, tudo gira em torno dela, chata”, “Tenho tanta preguiça da Juliana, ela é chata, acha que é protagonista de novela das 9” — ataques pessoais com intuito de ridicularizar, reforçando misoginia e descrédito.
“Onde essa mulher toca vira merda”, “Chaterriiiima” — ataques genéricos para desqualificar, sem qualquer argumentação, apenas para humilhar.

Patrícia incentivando e centralizando ataques

Nos prints, Patrícia aparece respondendo repetidamente aos seguidores, incentivando-os a acessar seu canal no Telegram, onde supostamente postaria mais conteúdos sobre você.
Ela reafirma no vídeo e nos comentários que teria conversado com “a produção do reality”, o que você já demonstrou ser mentira, configurando difusão deliberada de fake news.
Patrícia cria ambiente propício para discurso de ódio e perseguição organizada, moderando e participando ativamente dos comentários.

Conclusão

Esses prints mostram provas diretas de perseguição organizada (stalking digital), difamação, discurso capacitista e incentivo ao ódio, reforçados pela presença ativa da Patrícia. Esses comentários podem ser anexados em processos judiciais como demonstração de dano moral, assédio virtual e prática de stalking, crimes previstos no Código Penal.

Observações Contextuais

Manipulação do público:

Patrícia repete frases como “a história da equipe é totalmente diferente da dela” e “a maioria queria falar em off”, mas não apresenta nenhuma prova concreta — apenas insinua contatos inexistentes para sustentar sua narrativa.

Incentivo ao stalking:

Ela orienta abertamente seguidores a acessarem o Telegram, mostrando a intencionalidade de espalhar ataques em múltiplos canais.

Grave discurso capacitista e gordofóbico:

No áudio que ela apresenta, você relata ter chamado um jurado de “velho gordo chato” em conversa privada. Mesmo que a fala seja sua, Patrícia usa essa exposição de forma sensacionalista para incitar comentários de ódio e reforçar preconceitos.

Conclusão

Este vídeo mostra clara tentativa de destruição de reputação, com:

Divulgação indevida de áudios privados;
Acusações não comprovadas que configuram difamação;
Incentivo a ataques coordenados e perseguição digital;
Mentira sobre sua saída do reality, afetando diretamente sua imagem profissional.

Essa análise deve ser anexada ao dossiê jurídico como prova de crime contra sua honra e quebra de confidencialidade.

Crimes e Condutas Ilícitas Cometidas pela Patrícia no Vídeo

Stalking (Art. 147-A do Código Penal)

Patrícia admite publicamente estar procurando pessoas próximas a você para obter informações sobre sua vida pessoal e profissional, numa conduta repetitiva de vigilância, perseguição e exposição — configurando assédio que gera sofrimento emocional e ameaça sua integridade psíquica.

A lei define como crime “perseguir alguém reiteradamente, ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica, ou restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade”.

Difamação (Art. 139 do Código Penal)

Ao afirmar falsamente que você foi expulsa do reality, que causou confusão, e que mentiu sobre sua participação, Patrícia ataca sua honra objetiva (sua reputação perante terceiros), espalhando informações inverídicas para manchar sua imagem.

Calúnia (Art. 138 do Código Penal)

Ela sugere que você cometeu crimes como estelionato (ao associar sua participação no reality a supostos “golpes”), imputando falsamente fato criminoso — mesmo que de forma indireta, essa conduta pode caracterizar calúnia.

Violação de sigilo e divulgação de conteúdo privado sem autorização (Art. 21 do Código Civil + Art. 154 do Código Penal)

Patrícia divulga áudios confidenciais que você enviou em contexto pessoal e profissional, expondo sua intimidade sem consentimento, o que viola seu direito de privacidade e dignidade.

Incitação ao ódio e difusão de discurso capacitista

Ao ridicularizar suas limitações, disseminar deboche sobre sua deficiência e incentivar