Denúncia acusação de estelionato 2018- vítimas Marina, Jessica, Ana e Nadia

Caso Marina Luiz Ribeiro – 

Acusações apresentadas

Resumo do registro policial

  1. Data do fato: 21/06/2017
  2. Valor do vestido: R$ 3.000,00 (à vista)
  3. Objeto: Prestação de serviço para confecção de vestido de noiva
  4. Local: Ateliê Juliana Santos Couture

Acusações principais feitas pela cliente:

  1. Contratação do serviço e pagamento à vista:
  2. Marina afirma que contratou o serviço para confeccionar seu vestido de noiva, com entrega prevista para dezembro de 2017, e pagou R$ 3.000,00 à vista.
  3. Remarcações de provas:
  4. Alega que você (Juliana) teria remarcado inúmeras vezes as datas para prova do vestido, dificultando o acompanhamento do processo.
  5. Falta de entrega do vestido:
  6. Segundo Marina, até dois dias antes do casamento, o vestido não teria sido entregue, mesmo após ela ter ido até sua casa para buscar.
  7. Aluguel de outro vestido às pressas:
  8. Alega que, diante da não entrega, foi obrigada a alugar um vestido de última hora, tendo mais um prejuízo financeiro.
  9. Devolução parcial prometida, mas não efetivada:
  10. Diz que teria recebido mensagem informando que seria devolvido 30% do valor pago, porém até o registro do boletim nada havia sido devolvido.
  11. Relato de outros possíveis casos:
  12. Marina afirma que ouviu relatos de outras pessoas que também teriam tido problemas semelhantes com você, sugerindo um suposto “padrão” de comportamento.
  13. Contrato apresentado como prova:
  14. O contrato formal, assinado, está anexado ao inquérito, detalhando obrigações, condições de provas, entrega e garantias.

Termo de Declaração – Pontos relevantes do depoimento:

  1. Confirma o pagamento à vista e a expectativa de entrega para dezembro/2017.
  2. Cita que você teria “dispensado um tratamento totalmente arrogante com a declarante”.
  3. Diz que o contrato foi encaminhado para ela via e-mail, sem assinatura imediata.
  4. Reforça que foi até sua casa em 11/12/2017 (dois dias antes do casamento) e que naquele momento decidiu não esperar mais e alugou outro vestido.
  5. Reclama da demora nas respostas e da ausência de solução mesmo após várias tentativas de contato.

Relato do Caso Marina Luiz Ribeiro


No dia 2 de novembro, entrei em contato com a Marina para agendar a prova do vestido dela. O modelo que ela havia fechado era simples, pensado para uma cerimônia civil seguida de um almoço, e, justamente por isso, de rápida confecção. Como a contratação também foi feita de última hora, encaixei o pedido na agenda da forma mais ágil possível.


Já nesse início, ficou clara uma peculiaridade importante: Marina tem seios grandes e queria um vestido decotado em V, tanto na frente quanto nas costas. Por questões técnicas, orientei que ela trouxesse um sutiã específico na prova. Nas conversas, ela reconhece sua ansiedade, diz que ainda não conseguiu o sutiã, e eu, como sempre, procuro acalmá-la, dizendo que no final tudo se resolve e que nenhum problema é maior que a felicidade dela no casamento. Eu estava ali para ajudá-la, não para piorar o estresse. Ela concorda, fala que precisa ficar calma e sugere marcar a prova para o dia 17, chamando uma amiga para acompanhá-la.

Expliquei a necessidade de retirar as medidas antes e pedi para ela comparecer no dia 13, pois nos outros dias eu teria outros compromissos do ateliê. Ela aceitou, perguntou sobre o sutiã e seguiu as orientações. Sempre que algum imprevisto surgia, como a alta demanda do feriado, eu a informava e tentava acomodar a necessidade dela, inclusive me dispondo a abrir o ateliê em horários alternativos para não prejudicá-la. Ela, por sua vez, se mostrou compreensiva.


No meio desse processo, houve um imprevisto com outra noiva, o que atrasou uma das provas da Marina. Para compensar e mostrar meu cuidado, decidi, por conta própria, comprar e adicionar ao vestido dela uma renda bordada com pérolas, um presente meu, já que o contrato dela previa apenas vestido liso. Ela agradeceu e seguimos para a prova.


No dia 24, avisei que precisaríamos remarcar a segunda prova, pois após a primeira (onde fizemos vários ajustes), seria necessário revisar o caimento antes de aplicar a renda. Propus o dia 27, depois das 15h. Acabamos transferindo para o dia 28, mas nesse dia ela avisou que o noivo havia sofrido um acidente e precisou ir para Hidrolândia. Eu fiquei preocupada, desejei melhoras e aguardei um novo contato — que só veio mais de uma semana depois.


No dia 5 de dezembro, Marina retorna dizendo que restam nove dias para o casamento e que precisa remarcar a prova. Eu entendo a urgência, explico o contexto do aniversário da minha filha, mas reservo um horário exclusivo para ela, mesmo com a agenda apertada. Ela confirma presença para o sábado. No entanto, na véspera, Marina avisa que não pode comparecer. Sugeri então uma nova tentativa para segunda-feira, com a presença da minha costureira-chefe para o ajuste final e aplicação da renda.


O que acontece a seguir é que, no dia combinado, Marina aparece no ateliê, mas se recusa a vestir o vestido — que já estava mais de 80% pronto, restando apenas ajustes finais de zíper, barra e aplicação da renda. Nem espera a minha chegada, comunica à minha equipe que estava desistindo do vestido e pede o reembolso. Na época, orientei que seria devolvido 30%, conforme cláusula contratual, mas posteriormente minha advogada esclareceu que não caberia devolução, pois o vestido já havia sido confeccionado sob medida, com características muito específicas do corpo dela, inviabilizando o reaproveitamento para outra noiva.

Depois disso, Marina some. Nunca buscou reembolso judicialmente, nunca mais entrou em contato. Só ressurgiu meses depois, motivada por reportagens e denúncias de outras pessoas, para dar um depoimento na delegacia — que, aliás, não apresentou provas nem diálogo real, como foi demonstrado na ata notarial completa das nossas conversas.

Em toda essa história, atendi a Marina fora do horário comercial, adaptei minha rotina para ajudar, entreguei mais do que previa o contrato e, mesmo com as dificuldades típicas de um ateliê pequeno, sempre priorizei entregar o vestido e manter o diálogo aberto. Fui acusada injustamente, e o inquérito não apresentou provas de crime, porque nunca houve crime — apenas ansiedade, imprevistos e desistência da cliente.

O que se vê, mais uma vez, é a distorção dos fatos por pura conveniência, criando uma narrativa de “vítima” que simplesmente não se sustenta diante dos registros reais. Não houve sumiço, não houve golpe, não houve abandono. Só houve trabalho, boa-fé, empatia e respeito. O restante é história recontada para alimentar outras agendas.

Análise Geral das Falas e da Postura de Marina Luiz Ribeiro

A análise completa das conversas entre o ateliê e Marina Luiz Ribeiro revela, acima de tudo, a total boa-fé da minha parte enquanto profissional e do funcionamento do ateliê. Todas as mensagens comprovam diálogo aberto, acolhimento, tentativa constante de solução, respeito ao contrato e até gestos de carinho e generosidade — como o acréscimo de renda bordada, além do que foi contratado, só para agradar uma cliente ansiosa e realizar um sonho.

Em nenhum momento há recusa de atendimento, má vontade ou sumiço. Pelo contrário: os registros mostram minha disposição em marcar provas fora do horário comercial, abrir exceções na agenda, ajustar processos diante dos imprevistos pessoais e familiares da própria cliente, e uma paciência quase maternal diante da ansiedade dela. Toda a estrutura do ateliê, pequeno e artesanal, foi mobilizada para tentar garantir que Marina realizasse o sonho do vestido de noiva.

Do outro lado, o que se percebe é que Marina, mesmo sendo informada de todos os passos, nunca contestou formalmente nada. Quando optou pela desistência, foi por iniciativa própria, sem esgotar as possibilidades de solução, sem sequer tentar um acordo, propor o uso do vestido em outra data ou qualquer negociação — alternativas que o ateliê ofereceu e ela ignorou. Mais importante: em momento algum ela entrou com processo judicial, contestou a multa contratual, ou sequer pediu oficialmente o reembolso, mesmo ciente do seu direito a buscar a Justiça caso se sentisse lesada.

Ainda mais curioso é que, após sumir e não dar retorno, Marina só reaparece quando as reportagens caluniosas começam a surgir, motivada muito mais pelo desejo de vingança ou frustração pessoal do que por um suposto prejuízo material. Ela passa a relatar na TV uma versão totalmente diferente do que consta nas conversas, distorcendo fatos, omitindo sua própria desistência, o acidente do noivo e até mesmo o andamento real do processo do vestido. Não há, no inquérito, nenhuma comprovação de que ela realmente casou, de que alugou outro vestido, nem mesmo de que tenha arcado com qualquer despesa extra — ao contrário de outros casos, onde contratos de outros ateliês são apresentados.

Isso levanta, inclusive, uma dúvida legítima: será que o casamento realmente aconteceu? Ou será que a frustração de não realizar esse sonho, talvez devido a fatores alheios ao ateliê, acabou se convertendo em ressentimento e, por fim, em calúnia pública? Afinal, como alguém que teria sido tão prejudicada se contentaria só com uma denúncia midiática, sem buscar nenhuma reparação formal, acordo, diálogo ou reaproveitamento do serviço já realizado?

Por tudo isso, fica claro: não houve crime, não houve má-fé do ateliê e não houve dano real. O que houve foi uma distorção da narrativa, uma busca por vingança ou autopromoção, um uso midiático de uma frustração pessoal não resolvida. O ateliê agiu com ética, profissionalismo e boa vontade do começo ao fim. O restante é história mal contada — e o processo, as conversas e a ausência de ação judicial falam por si

Meu Relato: casos de família

Agora chegamos em mais um daqueles capítulos que parecem roteiro de novela ruim, mas que, infelizmente, foram minha vida real. Mais uma vez, lá estava eu sendo alvo de denúncia, dessa vez vinda de uma prima – e prima essa que, sinceramente, nem deveria ter pisado numa delegacia para falar de mim, quanto mais participar de reportagem. Jéssica apareceu logo depois do estouro das denúncias anteriores (Sandra, Fernanda, Liz, Ravena…), como se fosse só mais uma querendo os seus minutos de fama no embalo do linchamento público.

A Jéssica sempre foi uma decepção afetiva pra mim. Mesmo vindo do lado da família do meu pai adotivo (que nunca foi fonte de grande afeto pra mim), ela e os pais sempre me acolheram de um jeito diferente, quase como se fossem uma ilha em meio àquele mar de desprezo. Sempre tive um carinho por ela. Então, ver meu nome na boca dela na delegacia, e depois na TV, foi um choque amargo – daqueles que você nunca esquece.

Na época, ela estava se formando em Psicologia e meu ateliê ainda era pequeno, funcionava dentro do meu próprio apartamento. Eu estava começando minha carreira e, pra ser bem honesta, fazia o que dava pra mostrar que sabia costurar. Aceitava trabalhos de comissão de formatura porque era o que aparecia. E olha, vou ser sincera: enquanto fui garota de programa, era mais feliz do que costurando pra essas comissões de faculdade particular de Goiânia. Quem já lidou com esse tipo de grupo sabe: é muita expectativa de gente acostumada a comer arroz achando que tá comendo caviar.


O vestido que elas queriam era um modelo criado por mim, azul, com aquele jacquard “pique” que virou moda na época da formatura de Psicologia. Fiz para elas usarem nas fotos do convite e sugeri que poderiam reaproveitar para o culto ecumênico. Era tudo sobre padronização, mesmo eu, como estilista, achando isso um desperdício (afinal, cada corpo pede um vestido diferente – quem entende minimamente de moda sabe disso). Mas padronização era o mantra da comissão, mesmo que isso significasse sacrificar o caimento em nome do “todo mundo igualzinho”.


O mais curioso? A única prova apresentada por Jéssica foi uma lista com os nomes das outras formandas. Ninguém mais foi depor, ninguém reclamou oficialmente. Só ela apareceu na delegacia e, depois, como cereja do bolo, ainda deu entrevista ao jornal, se vitimizando e citando o fato de ser minha prima. Diz que fui abusiva, que prejudiquei o sonho delas, mas omite o principal: cada uma queria um ajuste diferente, principalmente o comprimento, mesmo depois de ter sido combinado que o vestido não podia ser curto para não despadronizar o culto. No final, as que queriam vestido curto brigaram com as que queriam longo, e adivinha em quem sobrou a culpa? Pois é.


Desde 2018, guardo comigo as fotos desse episódio. Fotos de todas animadas, sorrindo, arrumadas, absolutamente felizes nas roupas que escolheram. Nada de caras longas, nada de vestido improvisado, nada de sonho destruído. Tudo o que ela diz na denúncia é desmentido pelas próprias imagens. Aliás, nunca recebi reclamação formal, pedido de ajuste ou de reembolso depois do serviço. Ninguém nunca pediu para consertar nada. Simplesmente, a vida seguiu – até Jéssica resolver reviver o drama, anos depois, para aparecer quando começou o circo midiático

O mais triste é que eu sempre defendi que cada corpo merece um vestido feito sob medida. Sempre tentei sugerir variações para cada biotipo – mas, naquela época, comissão queria padronização e ponto final. Era a ditadura do corpo “padrão”, não importando se a modelagem ficava ótima para umas e péssima para outras. Quando tentei argumentar, fui ignorada. Quando fui sincera demais, virei a “vilã gordofóbica”. A diferença é que quando um estilista homem fala isso na TV, é visto como mestre. Quando sou eu, sou preconceituosa, incapaz e digna de inquérito policial.

Por isso, essa história me marca tanto. Não foi só mais uma cliente insatisfeita – foi alguém da família, que viu a oportunidade de ganhar espaço se somando ao coro do cancelamento. E o mais doído: uma família que, quando eu era “orgulho da casa”, me exibia como troféu. Depois que virei alvo de ataques, foram os primeiros a me apedrejar. Família que ignorou meus abusos, que nunca me enxergou de verdade, e que só sabia me amar enquanto eu não “incomodava” demais.

Hoje, olho pra tudo isso e vejo: o sucesso incomoda muito mais quando vem de quem nunca deveria ter tido chance. Não basta você vencer – tem que vencer calada, sem fazer barulho, sem “ameaçar” a autoestima de quem sempre se achou melhor. O caso da Jéssica foi só mais um episódio desse roteiro. E, felizmente, dessa novela, eu já cansei de ser a vilã inventada por gente que nunca teve coragem de ser protagonista da própria história.

EU PROTAGONISTA?

Junto com toda essa análise, quero falar de algo que virou quase um bordão nos comentários sobre mim: “Juliana tem síndrome de protagonista”. Como se, na minha história, todo mundo estivesse errado e só eu acertasse. Confesso que por muito tempo isso mexeu comigo. Por um tempo, cheguei a acreditar que o problema era mesmo comigo. E, olha, talvez até fosse, mas não do jeito que tentam pintar. O que incomoda essas pessoas é que eu nunca me curvo. Eu não abaixo a cabeça para quem tenta me diminuir. A cada tombo, a cada não, a cada humilhação pública, eu insisto em crescer. Aprendo com a vida, mesmo apanhando, mesmo errando. O que me diferencia é que eu não parei no primeiro erro — nem no segundo, nem no milésimo.

Sempre usei todos os “nãos” que a vida me deu como escada. E, acredite, já foram muitos. Às vezes, minha trajetória parece mesmo uma novela meio absurda. Hoje tenho poucos amigos — e sou grata por isso. Porque nesse último ano apocalíptico, eu realmente descobri quem estava comigo pelo que sou, e quem só estava por interesse. Agradeço aos meus orixás por terem varrido da minha vida quem não era de verdade. Os que ficaram, sempre dizem: “Ju, é difícil ser seu amigo. Difícil porque, olhando pra você, eu percebo que não tenho nenhuma limitação real pra ser incrível… mas também não tenho seu dom, sua coragem, sua potência. Em você, isso é tão natural, tão escancarado.”

Eu sou essa pessoa que não finge ser nada que não é. Sempre expus minha vida sem filtro, mostrando inclusive os erros — e o mais importante: o processo de me reconstruir depois de cada queda. Isso inspira muita gente, sim. Mas, ao mesmo tempo, irrita profundamente outros tantos. Porque não é fácil assistir alguém que nasceu programada para ser coadjuvante, para ser o exemplo “de superação”, virar protagonista e, pior, ocupar espaços onde só os “escolhidos” deveriam estar.

O que incomoda não é eu ser uma pessoa com deficiência — é eu nunca ter aceitado o papel que me deram. Eu não sou inspiração, não sou vítima, não sou lição de moral para ninguém. Meu talento é justamente não desistir, correr atrás, aprender com cada tombo e não me acomodar no papel de fracassada ou de pobrezinha que a sociedade adora entregar pra gente. Eu errei muito — e alguns erros, eu demorei a entender, tanto que, se eu tivesse aprendido tudo lá em 2018, não teria passado pelo que passei no último ano.

Mas sigo mudando, crescendo, tropeçando e recomeçando. Quem é meu amigo hoje é porque vê beleza nessa minha insistência. E quem não suporta, normalmente é porque se enxerga pequeno diante disso e prefere atacar, deslegitimar, diminuir, do que admitir que não teve coragem de fazer diferente. Por isso, preferem construir essa narrativa de que eu sou pilantra, golpista, que “nunca mereci nada”.

Mas quer saber? Talvez eu seja mesmo a protagonista dessa história absurda — de um crime que inventaram e de uma perseguição que, se você olhar com um mínimo de senso crítico, já percebeu que é só um espetáculo maldoso e distorcido. E olha que ainda tem muita história pela frente. Se você está aqui até agora, só posso dizer: continue, porque a verdade não precisa de plateia, só de coragem pra ser contada.

Caso Ana Thássyla Campos Queiroz — Mais uma denúncia sem provas


O próximo caso que analiso aqui é o da Ana Thássyla Campos Queiroz. Ela me denunciou à Delegacia de Crimes contra o Consumidor de Goiânia, alegando “estelionato consumado” referente a um contrato de vestido de noiva fechado em agosto de 2015. Segundo o relato dela no boletim, teríamos firmado um contrato no valor de R$ 1.800,00 para confecção sob medida de um vestido de noiva, mas ela alega que nunca teve suas medidas tiradas, que só recebeu desculpas, e que no fim precisou contratar outra costureira e ainda teria tido um prejuízo extra de R$ 2.500,00.

Vamos aos fatos.

Primeiro, há um contrato formalizado — assinado por ambas as partes — com todas as cláusulas claras sobre modelo, ajustes, pagamentos, prazos e condições de desistência. O modelo foi escolhido por ela, constando na ficha o vestido de noiva com decote V, corpo nude e aplicações. O contrato prevê datas de prova, garantia de ajuste e inclusive a cláusula de desistência: em caso de arrependimento, está previsto o desconto de 50% do valor do vestido como multa, justamente para cobrir os custos de material e mão de obra já utilizados até então.

Além disso, é possível verificar nas conversas por email — que ela mesma anexou ao processo — que houve troca de mensagens, envio de orçamento, confirmação do modelo e, inclusive, marcação de horários para atendimento e retirada de medidas. Não existe nenhum registro de reclamação formal, negativa de atendimento ou pedido oficial de reembolso antes da denúncia. Muito menos qualquer tentativa de acordo extrajudicial ou de reaproveitamento do vestido, como prevê o próprio contrato.

Outro ponto fundamental: nunca foi apresentado um comprovante de que ela tenha realmente contratado outro profissional para executar o vestido, tampouco nota fiscal dos supostos R$ 2.500,00 que ela diz ter gasto para fazer o vestido em outro lugar. Toda a narrativa dela se baseia apenas no depoimento pessoal, sem anexar nenhuma evidência concreta — nem foto do vestido não entregue, nem qualquer conversa que comprovasse negativa de atendimento por minha parte.

Essa é uma característica comum em vários casos que vieram parar nesse inquérito: a denúncia aparece meses ou anos depois, quase sempre impulsionada por um efeito manada após outras pessoas se mobilizarem na internet. No caso da Ana Thássyla, assim como em outros, não há nenhuma sentença judicial, nenhum boletim de ocorrência transformado em processo ou condenação, apenas um registro policial arquivado por falta de provas. E ainda assim, isso foi utilizado como munição em reportagens, matérias sensacionalistas e na construção desse dossiê midiático que segue me perseguindo até hoje.

Esse episódio, além de injusto, mostra o quanto é fácil usar a máquina pública para atacar profissionais autônomas e mulheres empreendedoras, especialmente quando se trata de alguém com deficiência, fora do padrão esperado de “comportamento submisso”. No final das contas, para mim, o que fica é a lição amarga de que não adianta contrato assinado, recibo, diálogo registrado: quem quer atacar, ataca — mesmo sem qualquer elemento real que comprove as acusações. Mas sigo reunindo provas, esclarecendo cada ponto e expondo a verdade — porque meu compromisso é com o que realmente aconteceu, não com as narrativas fabricadas por terceiros.

Análise crítica da “prova digital” apresentada por Ana Thássyla Campos Queiroz


Primeiro, é fundamental destacar que toda a suposta “conversa” apresentada pela Ana Thássyla foi anexada em formato digital, em print ou transcrição simples de e-mails e mensagens. Ou seja: não houve ata notarial — que é o único mecanismo jurídico reconhecido para autenticar conversas eletrônicas como prova real, íntegra e legítima em um processo judicial. Por lei, prints e transcrições podem ser facilmente editados, ocultados ou até mesmo montados para criar uma narrativa conveniente, e não garantem a integridade da conversa. Esse detalhe por si só já fragiliza profundamente o relato dela.

Agora, analisando a narrativa apresentada:

Cronologia dos Fatos

  1. O contrato foi assinado em 01/08/2015, e ao longo de quase um ano, Ana Thássyla manteve contato recorrente sobre provas e entrega do vestido.
  2. Diversas tentativas de reagendamento e mudanças de data, inclusive alteração da data do próprio casamento e pedidos para antecipação do serviço — mostrando que a própria cliente estava em constante mudança e insegurança.
  3. Há inúmeros registros de tentativas da Ana Thássyla de negociar devolução, revenda do vestido, ou realocação do contrato para outra noiva, além de solicitações de reembolso em datas variadas.
  4. Não há NENHUMA prova concreta (foto do vestido, conversa de prova, recibo de devolução, conversa sobre provas presenciais, registros de entrega etc.) de que o vestido não teria sido confeccionado ou de que houve má-fé do ateliê.

2. Padrão de Comunicação

  1. A conversa mostra claramente que o ateliê estava disponível e respondia as dúvidas dela de maneira respeitosa e detalhada — inclusive explicando procedimentos, possibilidades de ajustes, agenda do ateliê e soluções para a situação.
  2. A Ana Thássyla não demonstra, em nenhum momento, ter sido coagida ou destratada. Pelo contrário: a cliente questiona, propõe alternativas, tenta negociar valores e mostra sempre espaço para diálogo.
  3. A maior parte das mensagens se concentra em datas, ajustes, dúvidas sobre o modelo, preço, formas de pagamento, etc.

3. Ausência de Má-Fé e Esforço de Resolução

  1. Fica evidente o esforço do ateliê em encontrar soluções — seja encaixando a cliente em datas diferentes, aceitando alterações, oferecendo alternativas de revenda, remarcação ou até ajustes para outra noiva.
  2. Não existe qualquer evidência de recusa por parte do ateliê em devolver valores, apenas uma negociação que se arrasta devido a questões logísticas e da própria cliente.
  3. O ateliê inclusive solicita dados bancários para efetuar o pagamento, demonstrando intenção de resolver amigavelmente, mesmo diante do desgaste causado pelas mudanças constantes da cliente.

4. Prova Frágil e Unilateral

  1. Não há conversas presenciais atestadas, imagens do produto final ou qualquer documento registrado em cartório validando a queixa.
  2. Toda a argumentação da Ana Thássyla está baseada em prints de e-mail (que, tecnicamente, qualquer pessoa pode copiar, colar e editar), sem validação de terceiros, testemunhas, ou laudo técnico

5. Inversão de Narrativa

  1. Fica nítido, pelo histórico, que não houve má prestação de serviço deliberada, mas sim um caso clássico de cliente indecisa, que mudou diversas vezes a data do casamento, pediu adiamento, remanejamento, depois desistiu e tentou reaver o valor integral — sem qualquer consideração pelo serviço já executado, tempo reservado na agenda, trabalho do ateliê, e os próprios termos do contrato.
  2. O contrato, inclusive, prevê multas e cláusulas claras para desistência por parte da cliente, como é praxe no segmento de vestidos sob medida.

Conclusão para o blog

A análise técnica e documental do caso Ana Thássyla deixa claro: não existe nenhuma comprovação de crime, de golpe ou de má-fé. Pelo contrário — o ateliê mostrou total disponibilidade para diálogo, apresentou alternativas e tentou resolver, mesmo diante das inúmeras mudanças e inseguranças apresentadas pela cliente.

O uso de “provas” não autenticadas e parciais para construir uma narrativa difamatória é, na verdade, um sintoma do tipo de ataque que tenho enfrentado: quando a verdade não sustenta a acusação, recorre-se à manipulação digital e ao tribunal da opinião pública.

Minha história, minhas respostas, e o volume de clientes atendidas com sucesso mostram quem realmente sou — uma profissional que preza por resolver, negociar e criar, mesmo quando o contexto é adverso.

Sei que toda história tem lados, mas só uma delas é comprovada em documentos, contratos, fotos e pelo resultado real. E é essa que eu vou continuar mostrando aqui.

Caso: Nadhialype Silva Ribeiro Bispo

Relato da Vítima:

Nadhialype participou de um sorteio promovido pelo ateliê Juliana Santos Couture, em parceria com perfis do Instagram ligados ao universo de noivas. O prêmio era um vestido de noiva exclusivo, com a condição de divulgação do sorteio e marcação de perfis, gerando assim vantagem comercial ao ateliê.

Ela foi anunciada vencedora em março de 2016 e entrou em contato dentro do prazo, cumprindo todas as exigências do regulamento. Apesar disso, após o primeiro contato, relata que ficou meses sem resposta do ateliê: mensagens e e-mails não foram respondidos, nem mesmo após várias tentativas. Só após expor publicamente a situação em julho de 2016, a equipe do ateliê entrou em contato justificando dificuldades internas e prometendo resolver o caso.

Nas mensagens trocadas, o ateliê alega problemas sérios (inclusive sabotagem interna e danos a vestidos por ex-funcionária), informa sobre a contratação de nova equipe e reafirma que o vestido seria entregue. Mesmo assim, depois desse contato, a comunicação volta a ser interrompida e, após algumas semanas de tentativas, Nadhialype relata ter sido bloqueada no WhatsApp do ateliê, sem retorno efetivo sobre o vestido prometido.

Diante do impasse, ela se viu obrigada a alugar um vestido em lojas de Goiânia, o que lhe gerou um custo de R$ 2.500,00 — bem diferente do que havia planejado ao participar e vencer o sorteio. Ressalta que divulgou e promoveu o sorteio, como exigido, gerando visibilidade e benefício ao ateliê, mas se sentiu constrangida e humilhada ao ter que explicar publicamente a situação do prêmio não entregue.

Análise do Caso

  1. Provas apresentadas: prints de e-mails, directs, WhatsApp e cópia da ação judicial.
  2. Pontos principais:
  3. Participação regular no sorteio, cumprimento das regras e divulgação do ateliê.
  4. Comprovação de contato e tentativa de resolução por parte da ganhadora.
  5. Justificativas do ateliê, apresentando problemas internos sérios, incluindo sabotagem e equipe nova.
  6. Ausência de resposta efetiva e bloqueio do contato da cliente.
  7. Danos materiais (aluguel de vestido) e morais (exposição e constrangimento público.

O caso é emblemático não só pela questão do não cumprimento do prêmio, mas por ilustrar um padrão: demora, silêncio, justificativas internas, e uma comunicação que, ao invés de buscar solução, acaba gerando ainda mais desgaste e constrangimento à cliente

Vale ressaltar que, em nenhum moment, foi feita ata notarial das conversas apresentadas, o que poderia ter reforçado a validade dessas provas. Ainda assim, o volume de prints e a coerência temporal da narrativa sugerem consistência.

Por fim, destaca-se que o episódio resultou em prejuízo financeiro direto à cliente, que precisou alugar outro vestido, e um prejuízo reputacional para o ateliê, já que a própria divulgação, exigida no sorteio, foi revertida em exposição negativa nas redes e no meio jurídico.

O sorteio, o desencontro e o desfecho (com pedido de desculpas e a verdade dos fatos)

Eu já começo esse relato pedindo desculpas à Nádia, porque reconheço que nesse caso, diferente de outros, houve muitos desencontros de comunicação, e não foi por má-fé. É importante deixar claro que, ao contrário do que muita gente gosta de insinuar, este é um caso que já teve resolução judicial, reparação de dano moral e está encerrado há anos.

Na mesma época em que fiz o anúncio de vestidos para noivas carentes, a equipe de marketing – que inclusive será citada nos próximos capítulos por outros motivos – fechou uma parceria com perfis grandes de casamento no Instagram para divulgar nosso trabalho, aproveitando a visibilidade que o ateliê tinha conquistado. Deste acordo, nasceu o sorteio que a Nádia venceu.

Pouco tempo depois do sorteio, o ateliê mergulhou em uma crise interna: tivemos dois casos graves de sabotagem por funcionárias (que serão detalhados depois) e a rotina saiu completamente do controle. Em meio a isso, minha comunicação com a Nádia foi se perdendo em um vai-e-vem de mensagens, promessas e, honestamente, esquecimento. Só fui lembrar de todo esse episódio meses depois, quando fui notificada pela DECON, em Goiânia, e fiquei sabendo que a Nádia não só se sentiu prejudicada como disse que só decidiu fazer a festa de casamento porque acreditava que teria o vestido de presente, e que, por isso, arcou com uma série de gastos que depois não estavam previstos.

Esse é o ponto que sempre me soou um tanto injusto – e sensacionalista. Um casamento não se resume ao vestido de noiva. Quando uma noiva resolve fazer festa, seja grande ou pequena, ela sabe que o vestido é só uma parte (e, geralmente, representa no máximo 10% do orçamento total). A partir do momento em que a Nádia decidiu bancar buffet, decoração, fotografia e todos os outros itens, essa foi uma escolha dela, e não uma obrigação criada pelo sorteio.

O fato de não ter recebido o vestido certamente gerou um incômodo (e eu reconheço isso!), mas dizer que o sonho de casar “foi por água abaixo” porque faltou o vestido gratuito é, no mínimo, exagero. Nada impedia que ela optasse por um casamento mais simples, postergasse a festa ou buscasse outros fornecedores, como tantas noivas fazem todos os dias. Mas não: era mais fácil transformar a estilista famosa em vilã e buscar uma compensação financeira maior por conta da visibilidade.

Nádia, então, entrou com um processo judicial. O caso foi julgado, ela recebeu uma indenização por dano moral, em torno de R$ 3 mil – valor pago integralmente por mim há anos. Só que, ao contrário do que muitos propagam, a história seguiu sendo usada como arma contra minha reputação, ignorando convenientemente o final: ela foi ressarcida, a justiça deu ganho de causa, e o processo está encerrado.

A real é que, se ela tivesse recebido o vestido, talvez o dinheiro que gastou alugando um não teria sido investido em outra coisa, como decoração ou buffet. No fim, foi uma frustração – compreensível, mas longe de ser um caso de “golpe” ou “dano irreparável”, como gostam de pintar. Fica o aprendizado (para mim e para ela) de que sorteios e expectativas mal alinhadas podem gerar histórias desproporcionais, principalmente quando se envolve gente com projeção pública.

E, para quem quiser conferir, o processo é público e está no JusBrasil. O caso está resolvido, e lamento sinceramente o desencontro – mas não aceito carregar sozinho a pecha de vilão, muito menos servir de bode expiatório para mágoas e ressentimentos antigos. Próximo caso.

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