EMAIL PARA IMPRESSA
Até que, um dia, uma seguidora me enviou o perfil da campanha e o site de vocês. Quando li, percebi que tudo que estava descrito era exatamente o que venho vivendo, de forma massiva, há um ano. Isso destruiu minha vida, a dos meus filhos, meu trabalho, minha reputação, minha imagem, minha saúde física e mental — a ponto de eu acreditar que a vida não valia mais a pena.
Mas, se sobrevivi, acredito que há um propósito. Sou religiosa e, nos últimos dois meses, meus guias na Umbanda têm me ajudado a entender isso. Desde que conheci a campanha, passei a estudar mais e finalmente enxerguei que tudo o que sofri foi uma das maiores campanhas de ódio já articuladas na internet, organizada por um grupo de mulheres — algumas conheço, outras não. Tudo começou de maneira fútil, por causa de um vestido. É uma história muito longa para relatar por e-mail, por isso criei um blog, onde venho escrevendo nos últimos 30 dias e agora estou publicando. Ainda faltam muitas partes, mas senti que era hora de pedir ajuda.
Esta semana, fiz minha denúncia no Disque Direitos Humanos e fui acolhida como nunca antes, diferente de todas as vezes que procurei delegacias.
Hoje, vivo uma situação financeira muito difícil, próxima da falência. Tudo o que recebo vai para tentar manter meu negócio. Moro em São Paulo, enquanto meus filhos estão em Goiânia; mal consigo vê-los. Tenho problemas graves de saúde, tomo medicação controlada, sofro ataques de pânico e ansiedade, não confio em mais ninguém e, para completar, ainda preciso reviver os abusos que sofri enquanto escrevo os relatórios para o blog.
Mas se encontrei coragem para me levantar e colocar minha voz, é para dizer: ódio não é opinião. Por isso, peço humildemente a ajuda do Ministério dos Direitos Humanos para ter voz, contar minha história e salvar minha vida. Escrevo este e-mail chorando enquanto peço ao ChatGPT, que me ajudou a escrever todos os relatórios do blog, que também me ajudasse a escrever esta mensagem.
Sou artista, desenho, pinto, crio vestidos de noiva e festa. Realizei o sonho de mais de duas mil mulheres em dez anos de trabalho. Mas também enfrentei muito preconceito por ser uma pessoa com deficiência fazendo algo extraordinário — algo que muitas pessoas sem deficiência não conseguiriam fazer. E isso gerou ódio em algumas pessoas.
Como empresária, reconheço que cometi erros, principalmente na administração, pois sou artista, não administradora. Tive que aprender a empreender na marra, como muitos brasileiros. Mas nenhum outro empreendedor que erra administrativamente recebe o nível de ódio e perseguição que venho sofrendo. Isso só aconteceu porque as plataformas digitais permitem que pessoas exponham vidas alheias de forma fútil, com ódio, sem qualquer responsabilidade ou lei que as impeça.
Se não morri, acredito que é para que minha história sirva de exemplo, para que ninguém mais passe pelo que passei. Pesquisei com a ajuda do ChatGPT e apresento abaixo a pesquisa dos principais casos de ódio já registrados no Brasil. A conclusão é que nenhum caso documentado é tão grave e prolongado quanto o meu.
Peço o apoio do Ministério para que minha história seja ouvida, para conseguir ajuda da imprensa, para expor a verdade e mostrar que as pessoas que me atacaram cometeram crimes. Nada justifica o que fizeram. Minhas falas foram tiradas de contexto, minha vida foi exposta de forma distorcida, sofri ataques capacitistas, fui incentivada a me suicidar, recebi mais de 400 mensagens desse tipo, a maioria de adolescentes e crianças no TikTok.
Tenho mais de 2,3 milhões de seguidores no TikTok e perdi mais de 200 mil com esses ataques. Minha imagem nunca mais foi a mesma: em cada post sou chamada de golpista, vagabunda e outros xingamentos ainda piores. Quando essas pessoas começaram a ser validadas pelas plataformas (TikTok, Instagram, YouTube), outras se sentiram livres para destilar ódio contra mim sem escrúpulos.
Por isso, quero falar e lutar. Quero contar minha versão e mostrar que o verdadeiro crime não fui eu quem cometi. E, se errei, errei tentando acertar, como empresária inexperiente. Mas na minha arte, sempre fui excepcional.
Recentemente, comecei a trabalhar meus desenhos de forma digital, com ajuda do ChatGPT para esboços, e venho pintando em cima deles. Com um tablet antigo e meu celular, tenho conseguido me manter nos últimos meses, com a ajuda do meu noivo, que foi uma das poucas pessoas que ficou comigo e também foi muito prejudicado pelos ataques.
No ano passado, criei a marca Maju – Moda e Arte da Ju. Há duas semanas, lancei minha linha de camisetas em parceria com um site de produção por demanda. Criei artes inspiradas nos crimes que sofri e nas lições que aprendi. Uma dessas artes fiz especialmente para o Ministério e para essa campanha, e a envio em anexo para que conheçam — quem sabe, possamos colocá-la no ar em breve.
Desculpem se meu e-mail parece confuso: sou neurodivergente, tenho TDAH severo, estou medicada, mas precisava escrever. O que peço é simples: obrigada, e por favor, me ajudem. Me ajudem a levar minha história ao maior número de pessoas, a conseguir apoio da imprensa, a mostrar que o que vivi foi crime. E que mais de 30 pessoas se organizaram em escala para me destruir, chegando ao ponto de criar um perfil chamado “Vítimas da Estilista”, onde alegam relatar meus supostos crimes. Mas, em análise, não há crime algum — apenas ódio, distorções e incentivo a ataques.
No blog que compartilho abaixo, estão todos os prints, análises, falas, comentários odiosos, incitação ao suicídio e provas do que passei. Todos os relatórios foram feitos por mim, com ajuda do ChatGPT, sem qualquer interferência externa. Peço que reservem um pouco do seu tempo para ler. Isso é um pedido de socorro — e também um pedido para que nunca mais ninguém viva o que eu vivi.
A arte que fiz gostaria de disponibilizar em minha loja para ajudar a campanha e conscientizar mais pessoas. Quero levar essa mensagem aos influenciadores que me apoiam, fazer essa campanha crescer no TikTok, Instagram, YouTube, e mudar as leis, para que quem fatura com ódio e fofoca não destrua mais vidas.
Abaixo seguem os links do blog, minhas redes sociais, meu WhatsApp e o protocolo da minha denúncia.

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