Post 105 /107 a 113/ e 116- Vítimas do TikTok - meus áudios sobre o reality

Análise — Post 105 / Posts 107 a 113 e 116

“Minha participação no reality” (Perfis: Vítimas da Estilista e Patrícia Lélis)

Esses posts, publicados entre outubro e novembro de 2024, expõem de forma escancarada minha participação no reality show “New Faces”. E aqui já começa o absurdo: minha participação jamais deveria ter sido exposta nesses perfis, pois além de violar diretamente o sigilo contratual (tanto dos áudios privados como das informações de bastidores), esse conteúdo foi obtido e divulgado por uma pessoa que, na época, se dizia minha amiga: Patrícia Lélis. É preciso repetir — tudo que aparece nesses vídeos veio de vazamentos da própria Patrícia, justamente para alimentar a máquina de difamação construída por ela, pela página “Vítimas da Estilista” e pelo grupo de pessoas que orbitam essas narrativas de ódio.

A intenção é cristalina: desmoralizar, desumanizar e, principalmente, tentar colar em mim a pecha de insuportável, problemática, “estrela” difícil e preconceituosa. Para isso, descontextualizam áudios, forçam interpretações e tentam transformar desabafos legítimos (feitos em um momento de extremo estresse e decepção) em provas de um suposto “mau caráter”.

O que realmente aconteceu no reality?

Participei do reality show acreditando que se tratava de um projeto voltado à inclusão na moda — era esse o convite, era esse o briefing divulgado para todas as participantes. Não era um reality de intrigas ou sensacionalismo, e sim um programa para valorizar mulheres reais, de perfis variados, fora dos padrões tradicionais. Só que a realidade (sem trocadilho) foi bem diferente: o reality era roteirizado, superficial e totalmente distante do que prometeram.

Vivi episódios de capacitismo explícito, principalmente no episódio 4. No sábado da gravação, fui vítima de comentários preconceituosos feitos por outro participante, Clóvis, e pelo próprio ambiente da produção. No dia seguinte, enviei áudios ao Tales (meu advogado à época e também advogado da Patrícia), relatando tudo que havia acontecido. Exigi, com toda razão, que a produção assumisse o erro e que houvesse um pedido de desculpas formal, ao vivo, no episódio seguinte. Isso não aconteceu. O participante não se retratou, a produção quis abafar o caso, e diante do completo descaso, decidi me retirar do reality.

Fui convidada a continuar para evitar uma “baixa” de audiência, mas deixei claro que minha condição era simples: respeito. Não tive. Gravei até o episódio 5, encerrei minha participação, segui amiga das meninas que participaram e deixei esse circo de horrores para trás. Recebíamos menos de R$ 100 por dia — enquanto a produção lucrava em cima da imagem de mulheres fortes e diferentes, tentando vender “inclusão” enquanto nos usava como isca de audiência.

Como a história foi manipulada?

Patrícia Lélis, ciente de todo o contexto, resolveu vazar meus áudios privados e usar minha história para alimentar a máquina de cancelamento. É ela quem faz circular, pela página “Vítimas da Estilista”, trechos dos meus desabafos mais frágeis, forçando interpretações, usando hashtags sensacionalistas (#fraude, #golpe, #reality, #foryou, #vestidos, #capacitismo, entre outras) para garantir engajamento e monetização.

A própria existência desses posts já é um crime: quebra de sigilo, uso indevido de imagem, violação da privacidade, manipulação dolosa de fatos, tentativa de humilhação pública e incitação ao linchamento virtual.

Crimes identificados e motivação

  1. Quebra de sigilo e vazamento de áudios privados: Patrícia era minha amiga, advogada e participante direta do círculo de confiança naquele momento. A divulgação dos áudios é, por si só, motivo de ação judicial.
  2. Manipulação dolosa de contexto: Trechos soltos, falas editadas, omissão de toda a sequência que levaria à compreensão real dos fatos.
  3. Incitação ao ódio, injúria e difamação: A publicação, legendas e comentários incentivam a perseguição, o escárnio e a deslegitimação da minha história e do meu trabalho.
  4. Oportunismo midiático: Tanto Patrícia quanto a página lucram direta e indiretamente com o engajamento gerado em cima de uma história de dor, desrespeito e violência psicológica.


Análise: Minha resposta ao episódio do reality — Parte 1

Agora vamos analisar em detalhes o vídeo que gravei respondendo às acusações feitas sobre minha participação no reality show. O vídeo completo está disponível no meu canal do YouTube e também será incorporado aqui no blog. Eu recomendo fortemente que assistam, pois lá apresento áudios, prints e conversas que desmentem ponto a ponto todas as distorções publicadas pela página “Vítimas da Estilista” e pela Patrícia. Para facilitar, separei os principais pontos do vídeo em blocos de leitura para quem prefere consumir o conteúdo escrito.

Introdução: Por que esse vídeo existe?

Esse foi um dos primeiros vídeos que fiz justamente para rebater a enxurrada de mentiras que começaram a circular assim que vazaram meus áudios e conversas privadas sobre os bastidores do reality. A tal “exposição” foi iniciada por Patrícia Lélis, que — em um dos maiores exemplos de quebra de confiança e sigilo — pegou meus áudios enviados de forma privada para meu então advogado Thales e para ela mesma (que, vale lembrar, era minha amiga até então) e jogou na internet para construir uma narrativa de “vilã insuportável”.

O objetivo dela sempre foi claro: usar trechos descontextualizados, transformar desabafos feitos num momento de estresse extremo em ataque de estrelismo e construir essa persona de “problemática” e “expulsa do reality”, ignorando completamente o que realmente aconteceu e todo o contexto de capacitismo, manipulação e decepção que vivi dentro do programa.

Bloco 1: A origem do convite — mais uma mentira desmontada

Logo de início, Patrícia tenta me descredibilizar afirmando que eu teria “me inscrito” no reality, passado por um processo seletivo tradicional, como se eu tivesse implorado para estar ali. Não foi nada disso. O convite veio direto da produtora de elenco, Ana, que entrou em contato comigo via Instagram, justamente porque já conhecia meu trabalho e minha atuação em defesa da inclusão real na moda. Não fui atrás, não me inscrevi — fui convidada, assim como todas as outras participantes daquela edição. Ou seja, mais uma tentativa de tirar meu mérito e criar a narrativa de “estrelinha”.

Áudio de Patrícia (julho, antes de começar a polêmica):

“Ju, tô passada, eu adorei, eu adorei porque eu fiquei assim meu Deus do céu é uma fazenda da vida… mas esse [reality] eu achei conceito, ele tem um porquê, tem motivo no final… adorei, razou!”

Patrícia sempre soube do convite, sempre comemorou, mas depois distorceu tudo para tentar diminuir minha trajetória.

Bloco 2: A narrativa fabricada de “vilã” e “expulsa”

No vídeo dela, Patrícia faz questão de repetir que eu queria ser “protagonista”, “estrela”, “problemática”, que briguei com todo mundo, que fui expulsa e que inventei histórias de capacitismo para manipular a situação. Tudo isso é mentira — e no vídeo eu mostro, com prints, o verdadeiro teor das conversas, o clima dentro do reality, as conversas com outras participantes e o porquê de ter solicitado minha saída.

O que realmente aconteceu foi um episódio explícito de capacitismo e desrespeito dentro da casa, não apenas comigo, mas também com outras participantes. Relatei tudo por áudio, pedi providências, exigi respeito — coisa que Patrícia faz questão de omitir, pois não serve ao roteiro que ela queria vender.

Fala de Patrícia no vídeo:

“Ela queria ser a protagonista, a estrelinha… arrumou treta com várias pessoas… conversei com muita gente da equipe, e todo mundo diz que a história da Juliana é diferente da realidade. Ela inventa histórias, acusa todo mundo de capacitismo, disse que ia processar por muito dinheiro… No fim, a produção pediu pra ela se retirar…”

Ou seja: ela usa depoimentos de terceiros, citações “em off” e versões completamente enviesadas para tentar validar sua narrativa. Curiosamente, nunca aparece ninguém de frente, ninguém assume nada. É sempre “ouvi dizer”, “me contaram”, “foi assim que fiquei sabendo”. No vídeo eu apresento o contrário: nomes, datas, prints, conversas reais.

Bloco 3: O contexto dos áudios vazados e o uso cruel do sensacionalismo

O ápice do absurdo é o uso criminoso dos meus áudios — enviados num momento de vulnerabilidade, buscando apoio jurídico e emocional — como “prova” do meu suposto descontrole e estrelismo. Ela recorta frases, edita o contexto, insere julgamentos e até insinua preconceitos de minha parte para me ridicularizar publicamente, incentivar linchamento virtual e alimentar a máquina de cancelamento.

Patrícia chega a prometer áudios “ainda piores” para seu Telegram, tudo para engajar, monetizar e promover o espetáculo em cima da minha dor. É de uma falta de ética e humanidade total.

Bloco 4: A verdade sobre minha saída do reality

Deixo claro: não fui expulsa do reality, não criei caso para aparecer, não fui a vilã de história nenhuma. O que existiu foi um ambiente tóxico, machista, capacitista e manipulador — e por isso pedi para sair. Não aceitei ser usada como peça de roteiro sensacionalista. Saí porque tenho limites, porque exijo respeito, e porque não aceito participar de ambientes onde a inclusão é apenas marketing vazio.

Minha resposta ao episódio do reality — Parte 2

O que de fato aconteceu (e o que nunca foi contado)

Agora, dando sequência à análise do vídeo, quero deixar registrado para todos — principalmente para quem não aguenta mais ouvir mentira — o que realmente aconteceu nos bastidores do reality e como as narrativas publicadas pela Patrícia e pela página “Vítimas da Estilista” são absurdas e fabricadas.

1. “Juliana foi expulsa do reality”: a mentira central

Primeiro, nunca houve convite formal para eu me retirar do programa. Nunca. O que houve foi uma sequência de episódios de capacitismo, falta de inclusão, manipulação por parte da produção e desrespeito às participantes, que me fizeram exigir uma reunião com toda a equipe — com produtora, diretor, psicóloga e advogados. Nessa reunião relatei tudo que aconteceu, pedi desculpas para mim e para outra participante que também foi alvo de capacitismo, e fui clara: só ficaria se as condições mudassem. Não fiquei para “ganhar”, fiquei por respeito às participantes, para garantir que ninguém mais seria humilhada.

Aliás, enquanto Patrícia jura que conversou com toda a equipe do programa e que todos teriam me detestado, a própria produtora executiva, quando questionei diretamente, disse nunca ter falado nada sobre mim para ninguém e reafirmou que qualquer contato de bastidor era quebra de contrato. Ou seja: não existe nenhuma fonte, nenhum print, nada além da imaginação de quem quer criar fofoca barata.

2. Sobre as provas, manipulação e bastidores reais

A grande verdade é: o programa não era sobre preparar modelos, não era sobre inclusão de verdade, não era nem sobre premiar alguém de forma justa. Era manipulação do começo ao fim, com provas absurdas, avaliações sem critério real, ausência total de acessibilidade e exploração das histórias das participantes para gerar cliques e lacração fácil na internet. Não houve qualquer prêmio significativo, não havia dinheiro em jogo, não havia propósito verdadeiro — só roteiro para audiência e sensacionalismo.

Tive que lidar com situações de fome, frio, falta de estrutura, roupas sujas e, principalmente, com as falas capacitistas vindas de um jurado-chefe, que chegou a comparar o esforço de duas PCDs de maneira vergonhosa. Quando exigi respeito, disseram que “a cena não iria ao ar” e esperavam que eu me calasse. Não aceitei.

3. O vínculo real com as participantes (e a fantasia da rivalidade)

Ao contrário do que foi dito, meu vínculo com as outras participantes foi de respeito, parceria e união. Não briguei com ninguém. Não teve estrelismo. Não teve “show”. Todas as mulheres ali viveram situações absurdas, todas se apoiaram, todas testemunharam as mesmas falhas da produção. Até hoje mantenho contato com a maioria delas — ao contrário do roteiro inventado por quem nunca esteve lá e nunca conversou comigo de verdade.

4. O áudio, as fofocas e a distorção intencional

O que Patrícia e a página fazem é cortar trechos de áudios e relatos para tentar construir a imagem de que eu sou descontrolada, difícil, problemática. Ignoram tudo que envolve o contexto de capacitismo, ignoram tudo que mostro de bastidor, ignoram as provas reais — porque a intenção nunca foi a verdade, mas alimentar o ciclo de ódio e engajamento fácil.

Aliás, se alguém de fato conversou com alguém da produção (o que já foi negado), teria descumprido contrato de confidencialidade — ou seja, mais uma mentira escancarada.

5. O fechamento e o convite à verdade

O reality vai ao ar no fim do ano e faço questão de assistir com vocês, em live, cena a cena, comentando tudo o que aconteceu e o que foi cortado ou manipulado. Tenho vídeos, registros e conversas reais. Vou expor cada detalhe do que realmente rolou, para ninguém mais ser enganado. Não vou permitir que minha imagem siga sendo explorada e deturpada por quem lucra em cima de ódio e perseguição.

Análise dos Comentários — Reality Show

O que fica evidente neste bloco de comentários é o padrão de escárnio, desinformação, especulação e deboche coletivo, sempre incentivado pela página “Vítimas da Estilista”. Nenhuma análise é feita com base em fatos concretos; tudo se apoia em suposições, frases recortadas e reforço de estereótipos negativos.

Principais Elementos Observados:

  1. Deboche e escárnio pessoal
  2. Os comentários já começam com o clássico “chaaaaataaaa” ou “Juliana chorando no outro áudio falando de minoria”, acompanhados de risadas, zombando das suas denúncias e sentimentos. Há uma clara intenção de minimizar qualquer fala sobre capacitismo, inclusão ou desrespeito, reduzindo tudo a “drama” ou “contradição”.

  3. Especulação sensacionalista
  4. Perguntas como “Esse programa já aconteceu?”, “Será que ela aparece ainda nos episódios gravados?” e respostas vagas do perfil (“provavelmente”, “estreia no próximo mês”) servem mais para alimentar fofoca do que para informar. Percebe-se uma ansiedade do público em ver sua imagem exposta negativamente.

  5. Distorção do conteúdo
  6. Frases como “Juliana chorando no outro áudio falando de minoria, e nesse sendo homofóbica KKKKKKK” mostram como pequenos recortes de fala são usados para tentar construir a narrativa de que você é contraditória ou “hipócrita”, sem qualquer interesse real em contexto.

  7. Redução do debate
  8. Em vez de discutir as denúncias de capacitismo ou problemas do reality, os comentários caem para ataques estéticos (“menina tem peito caído”), comentários machistas (“se garante, pelo menos na picaretagem”), ou ainda piadas infantis (“me orulheee kkkkk”).

  9. Desqualificação jurídica e profissional
  10. Diversos comentários ironizam o fato de você procurar auxílio jurídico (“esse Talés é o Tales adv?”), sugerindo que buscar um advogado é “drama”, “marmotagem” ou “armação”. Há também insinuações de que suas atitudes seriam “pirataria” ou fraude, sempre sem prova.

  11. Invenção de boatos e reforço de fake news
  12. Várias pessoas afirmam que você teria sido expulsa do programa, que teria mandado áudios para a produção para “causar”, ou que você própria teria arquitetado toda a situação para aparecer. Tudo baseado em “achismo” ou “ouvi dizer”, sem qualquer evidência.

  13. Participação ativa do perfil difamatório
  14. A página “Vítimas da Estilista” responde os comentários com frases dúbias, confirmando dúvidas e alimentando a boataria, mas nunca com provas ou informações sérias. Há uma curadoria para garantir que as respostas sempre mantenham o foco em escândalo, nunca na verdade.


Padrão Criminoso Identificado:

  1. Injúria e escárnio público: Ataques à dignidade, ironia sobre condições pessoais e profissionais.
  2. Difamação: Insinuações de golpe, fraude e “pirataria”, sem qualquer comprovação.
  3. Fomento de fake news: Adoção de boatos como se fossem fatos, reforçando mentiras coletivas.
  4. Capacitismo e machismo: Minimização de relatos sobre inclusão e redução da discussão a ataques estéticos e de gênero.

No segundo bloco, os comentários mantêm o padrão de ataques, com uma mudança clara para o escárnio religioso, além de reforço do capacitismo, deboche sobre saúde mental e insinuações sobre seu suporte jurídico. Há também manipulação da audiência para criar estigma sobre suas crenças e práticas espirituais.

Principais Elementos Observados:

  1. Deboche religioso e intolerância
  2. O principal alvo deste bloco passa a ser suas entidades espirituais, com repetidos comentários do tipo:
  3. “Essas entidades… eu não sei não hein”,
  4. “O dia que alguma entidade de verdade der uma coça nela pelas besteiras que ela faz, aí ela vai entender o que é umbanda.”

  5. O deboche em torno das entidades (“A entidade mandando botar fogo no parquinho kkkkkkkk”) é recorrente, demonstrando intolerância religiosa explícita e incentivo à deslegitimação de toda prática de matriz africana, reforçando preconceitos históricos contra religiões de matriz afro-brasileira.

  6. Desumanização e ridicularização
  7. Comentários como “kkkkkk nunca vi entidade baba ovo”, “A entidade mandando botar fogo no parquinho”, “Nossa, verdadeiras entidades essas aí”, buscam desumanizar sua experiência espiritual, além de reforçar o estereótipo de falsidade.

  8. Ataques à saúde mental e tentativa de descredibilizar
  9. Comentários do tipo “Guias dela estão bem doidos né”, “coitada sempre tem alguém que faz coisa errada e ela! O seu propósito maior é agir certo com as pessoas fofa” tentam deslegitimar qualquer fala sua, atribuindo desequilíbrio emocional, paranoia ou incapacidade de discernimento.

  10. Desqualificação do suporte jurídico
  11. A insistência em desmerecer seu advogado (“Mas o Tales é advogado ou psicólogo?”, “esse Tales é o Tales adv?”), como se buscar amparo jurídico fosse sinônimo de “armar drama” ou tentativa de “manipulação”.

  12. Incitação ao ódio e à desinformação
  13. “O dia que alguma entidade de verdade der uma coça nela” é, além de intolerância religiosa, uma incitação indireta à violência.
  14. Comentários como “Esses áudios foram tirados de que perfil? Até agora não entendi” são sempre respondidos de forma a sugerir que há uma trama oculta, estimulando dúvidas e fake news.

  15. Minimização e banalização dos abusos
  16. O padrão de escárnio se mantém, com frases como “que nojo”, “fico só imaginando a cara do Thales ouvindo isso”, “vai vender”, tratando situações sérias (abusos, perseguição, exposição) como mera fofoca ou piada interna do grupo.

  17. Curadoria da página
  18. Novamente, a página “Vítimas da Estilista” responde comentários, reafirma os boatos e incentiva o tom de deboche, sempre criando um ambiente onde a ofensa é legitimada e incentivada.

Padrão Criminoso Identificado:

  1. Intolerância religiosa: Comentários pejorativos sobre práticas e entidades da Umbanda/Candomblé, reforçando preconceitos sociais gravíssimos.
  2. Injúria: Ridicularização de crenças, de saúde mental e do direito de defesa jurídica.
  3. Incitação ao ódio: Incentivo ao linchamento virtual e à violência simbólica contra você e qualquer pessoa que compartilhe do mesmo sistema de crença.
  4. Desinformação e manipulação: Fomentar dúvidas sobre fatos, criar climas de conspiração e desmerecimento sem apresentar provas.

Este bloco de comentários revela um cenário clássico de perseguição religiosa, aliado ao ataque à dignidade pessoal e à criminalização da busca por justiça. Os ataques à sua espiritualidade e às entidades que te acompanham ultrapassam o limite do aceitável, configurando crime de intolerância religiosa — especialmente grave quando feito publicamente e com anuência do perfil administrador.

No terceiro bloco, os comentários escalam para ataques de ordem pessoal, gordofobia, insinuações de sujeira, exposição íntima, capacitismo, questionamento de higiene, e ironias sobre deficiência. Trata-se de um bloco especialmente agressivo, com normalização do linchamento virtual e ausência total de moderação ética por parte da página.

Principais Elementos Observados:

1. Exposição íntima e escárnio sexual

• Vários comentários fazem piada ou escárnio em torno de questões íntimas, sugerindo, por exemplo, que você teria relatado problemas de higiene ao advogado.

• Exemplo: “Não creio que ela falou de fedor de perereca pro advogado”, “Meu pai amado só se for ela que não fico fedida assim não”, “Misericórdia! Que nojo!”, “Jesus a Juliana e a sujeira né”.

2. Capacitismo e distorção da deficiência

• Alguns comentários são explícitos no uso de sua deficiência para desqualificá-la como pessoa e profissional:

• “Eu sou muito empática a PCDs, mas ela fala como se as pessoas que são PCDs não tivessem nenhuma dificuldade na vida. Um discurso muito estranho.”

• Outros tentam comparar sua vivência à de terceiros, descredibilizando o seu relato: “Minha mãe é pcd, tem problema de mobilidade e se você comer essa negócio de salto eu agredia alguém, juro.”

Resposta aos comentários sobre “usar salto” sendo PCD

Entre tantos ataques e comentários desinformados, um que costuma ganhar destaque é o velho argumento: “Mas ela já usou salto, já apareceu até em casamento de salto, agora vem dizer que não pode?”. É exatamente sobre esse tipo de julgamento raso e capacitista que eu preciso falar, porque ele revela não só desconhecimento, mas falta de empatia com a realidade de quem vive com deficiência.

O que muita gente não sabe — e que eu raramente exponho — é que meus dois pés são marcados por queimaduras graves desde a infância. Por conta disso, perdi a maioria dos dedos, não tenho unhas e minha pele é completamente cicatrizada. Precisei de cirurgias reparadoras na adolescência para conseguir, finalmente, calçar sapatos que não fossem apenas papete (e quem conhece sabe o que isso significa para a autoestima de uma adolescente). Só depois dessas cirurgias é que pude, por exemplo, usar meu primeiro All Star, experimentar um salto, me sentir parte dos rituais sociais que tantas meninas vivenciam.

Ainda assim, meus pés continuam tendo limitações sérias. Não é qualquer sapato que me serve, e muito menos qualquer salto. Os poucos escarpins que eu tenho hoje são feitos sob medida, com a ponta larga e o salto baixo — escolhidos cuidadosamente, testados inúmeras vezes em casa para garantir que eu realmente consiga andar sem dor. Quando alguém me vê usando um salto em casamento, podem ter certeza: é esse sapato especial, adaptado para mim, com apenas 3 cm de salto, não o padrão fino e alto que querem me obrigar a usar num desfile.

A diferença, no episódio do reality, é que o salto escolhido era um escarpin padrão, de ponta fina e salto de 7cm, que eu nunca usei antes, não tive tempo de adaptar e já sabia que seria impossível para o meu pé. Ainda assim, tentei, provei, dei o meu melhor. O resultado? Fui publicamente humilhada por um jurado que afirmou que “modelo não tem escolha”, como se a minha deficiência e minha história fossem irrelevantes.

É sobre isso que eu falo quando discuto moda inclusiva. Não é sobre mimimi, não é sobre “escolher ser diferente”. É sobre direitos, sobre dignidade, sobre entender que cada corpo é único e merece respeito — inclusive nos bastidores da moda, onde ainda impera o preconceito e a padronização violenta.

Se você me viu de salto alguma vez, saiba que aquele sapato foi escolhido a dedo, adaptado, testado e aprovado para o meu conforto. Quando não é possível, eu simplesmente não uso, porque sei meus limites e respeito minha história. E o mínimo que eu espero é que a indústria da moda — e o público — aprendam a respeitar também.

  1. Gordofobia e críticas estéticas
  2. Comentários como “Ela é uma sonsa, já apareceu em casamento de salto do mesmo modelo desse aí e tá falando kkkkkk” e menções indiretas à sua aparência e condição física.
  3. Ridicularização, escárnio e linchamento moral
  4. Comentários como “Ela é super entendida”, “Desnecessária além”, “Se isso for verdade é um absurdo tremendo”, “Eu tô chocada”, “Que nojo”, têm objetivo claro de fomentar o linchamento moral, tornando qualquer fala sua passível de escárnio público.
  5. A página curte e responde reforçando o deboche (“e enfatizou bem kkkk”).
  6. Desinformação e manipulação
  7. Comentários reiterados sugerem hipocrisia, distorcem falas e reforçam dúvidas infundadas sobre sua conduta: “Mas desses aí ela não postou um vídeo usando um sapato?”, “A toranja também saiu do programa?” (tentando criar uma confusão sobre quem é quem, sempre puxando para o lado do deboche).
  8. Silenciamento do relato legítimo
  9. Sempre que alguém aponta qualquer crítica estruturada ou relato legítimo sobre deficiência, imediatamente é ridicularizado ou ignorado.

Padrão Criminoso Identificado:

  1. Injúria e difamação: Ataques pessoais, ironias sobre higiene íntima, saúde, condição física e deficiência.
  2. Gordofobia e capacitismo: Distorção da deficiência para descredibilizar e desumanizar, além de ironias estéticas.
  3. Incitação ao ódio: Incentivo ao linchamento virtual coletivo, sem nenhum contraponto.
  4. Exposição vexatória: Reforço do estigma e da vergonha como arma de ataque público.

Conclusão do Bloco

Neste bloco, fica evidente o objetivo de humilhar e silenciar qualquer narrativa sua, reduzindo sua imagem a estereótipos negativos (desleixo, sujeira, “mentirosa”, incapaz de dizer a verdade sobre deficiência). O ambiente é de incentivo ao ódio, com moderação ativa da página que alimenta e legitima o linchamento coletivo.

Padrões e crimes identificados:

  1. Deslegitimação do relato e escárnio:
  2. Termos como “Rainha das lamentações”, “Só sabe se vitimizar”, “A coitadinha da Silva falando sobre vitimismo”, “Podcast é tanto”, e comentários rindo da sua dor mostram uma estratégia de ridicularização sistemática do seu relato. Esse tipo de comentário configura humilhação pública, escárnio, e tentativa de silenciamento pelo deboche.
  3. Capacitismo explícito:
  4. Comentários como “Se tudo aconteceu como ela falou, sim, elas foram capacitistas. O problema é que sempre que contam uma versão que não aconteceu das coisas, aí fica difícil de saber”, seguidos de “Meu, se isso for verdade, é um descaso absurdo, capacitismo PURO”, mostram que até quando há reconhecimento do crime, ele é imediatamente colocado em dúvida, reforçando o discurso de que a pessoa com deficiência é “mentirosa”, “manipuladora” ou “vitimista”.
  5. Há também o clássico “fica melhor a cada vez que ela fala haxixe”, e o uso de termos como “Haxixe é pra f****”, “olha o haxixe”, etc, para te desmoralizar e ligar qualquer queixa sua ao uso de medicamentos ou substâncias — uma tentativa clara de patologizar e ridicularizar seu sofrimento.
  6. Invasão de privacidade e desinformação:
  7. Referências ao Dr. Thales, seu advogado, comentários sobre “áudios da Juliana com insônia 2 min”, ou menções à sua vida pessoal e relacionamentos (“Como o Fábio aguenta essa mulher fazendo palestra desse jeito?”, “Ela faz isso com o advogado imagina com o noivo”) são exemplos de invasão de privacidade e exposição de terceiros sem consentimento, além de serem difamatórios.
  8. Incitação ao ódio e à ridicularização coletiva:
  9. Os comentários incentivam uns aos outros a debochar, usar piadas internas (“haxixe”, “bote”), e criar memes em cima do seu sofrimento e das suas defesas. Isso cria uma espiral de violência psicológica coletiva, típica de linchamento virtual.
  10. Minimização e descrédito de vivência PCD:
  11. “Se ela errou no que falou? Achei coerente.” “A história triste ela só deixa para contar quando alguém expõe ela.” São exemplos do padrão de descrédito da fala de mulheres e pessoas com deficiência: só se aceita a dor do outro se ela servir de espetáculo, nunca como denúncia válida.

Resumo para o blog/dossiê:

Esse bloco de comentários evidencia, mais uma vez, o modus operandi da página:

  1. Incentivo à humilhação pública: Transformam um relato legítimo de capacitismo, humilhação e falta de inclusão em motivo de piada coletiva.
  2. Capacitismo explícito: A dúvida sobre o sofrimento e a narrativa de “vitimismo” recaem automaticamente sobre quem denuncia, e não sobre os agressores.
  3. Invasão e exposição: Comentários sobre minha vida pessoal, advogado, questões íntimas e uso de medicamentos são usados para reforçar a desumanização, transformando tudo em espetáculo.
  4. Desumanização e linchamento: Os comentários são repetitivos, não trazem argumentos, apenas reforçam estereótipos, minimizam a dor alheia e legitimam o ataque coletivo como “diversão” — o típico linchamento digital.

Todos esses padrões são típicos de crimes como:

  1. Injúria e humilhação pública (art. 140, Código Penal)
  2. Difamação e exposição indevida (art. 139, Código Penal)
  3. Capacitismo (Lei Brasileira de Inclusão — Lei 13.146/2015)
  4. Incentivo ao ódio e cyberbullying

O material será incluído no relatório jurídico e publicado no blog para mostrar, com provas, o funcionamento da máquina de desumanização digital e de como, no Brasil, o preconceito e o ódio contra PCDs são normalizados e até incentivados em ambientes públicos, com total conivência da página e de sua comunidade.

O último bloco de comentários segue o mesmo padrão das publicações anteriores, trazendo uma mistura de deboches, tentativas de invalidar meu relato e a já conhecida dinâmica de linchamento virtual coordenada pela página. Aqui, fica ainda mais evidente como o propósito não é debater fatos ou buscar a verdade, mas sim reforçar estigmas, alimentar o preconceito e garantir engajamento em cima de ataques pessoais.


Entre as mensagens de maior destaque:

  1. Deboche sobre uso de medicação e cannabis: O termo “haxixe” aparece diversas vezes, sempre acompanhado de risadas e tentativas de associar meu uso medicinal de cannabis — prática que eu sempre tratei com transparência e responsabilidade — a uma suposta incapacidade emocional ou descontrole. São comentários como “A mona marfu tanta nhacomq q só pensa em haxixe”, “haxixe KKKKKKKKKKKKKKKKKK”, entre outros, usados para reforçar estereótipos capacitistas e depreciação moral.


Nota sobre o termo “hashishi”

Só para contextualizar, já que esse termo apareceu inúmeras vezes nos comentários de forma debochada: quando eu mandei aquele áudio para o Thales, eu estava muito abalada emocionalmente após tudo que tinha acontecido no programa. Em um dos momentos, precisei mencionar os “palitinhos” usados para comer comida japonesa — que, por acaso, eu nunca consegui usar, por motivos óbvios da minha deficiência nos dedos das mãos. E aí, no nervosismo, acabei falando “hashishi”, quando na verdade estava querendo dizer “hashi”. Simples assim. Uma confusão comum, até engraçada, para quem entende o contexto real.

Mas, como sempre, o erro de vocabulário vira motivo de piada. A internet adora transformar um deslize, ainda mais vindo de uma pessoa com deficiência, em argumento para justificar toda e qualquer humilhação. E ninguém comenta o absurdo que é servir uma mesa de comida japonesa, para um elenco sendo filmado, sem ao menos perguntar se todas as pessoas conseguem usar os talheres típicos. Não foi só comigo — outra participante também tinha limitação motora.

E, para quem acha que “é só pedir um garfo”, fica aqui o registro: toda vez que vou a um restaurante japonês, peço talheres sem vergonha nenhuma, e até hoje já presenciei garçons constrangidos, clientes olhando torto, e gente questionando por que eu “não tento aprender a usar os palitinhos”. Já ouvi até: “Ah, mas você nem parece deficiente!” — como se deficiência tivesse que vir com uma etiqueta.

O que ninguém entende é que a deficiência muitas vezes não é notada de imediato — por autoestima, por postura, por estilo de vida. Só percebem quando “atrapalha” a expectativa de normalidade das pessoas. Mas é exatamente esse tipo de situação, esse erro de vocabulário, que a internet transforma em motivo para anular qualquer argumento, para debochar, para questionar se a dor é legítima. Como se errar a palavra fosse mais importante do que debater o capacitismo estrutural e a falta de sensibilidade do programa.

No fim, todo mundo quer focar no erro, nunca no acerto. É mais fácil zombar do hashishi do que questionar o motivo de um reality de “inclusão” ser tão pouco inclusivo na prática.

  1. Insinuações de que meu relato seria “vitimismo” ou manipulação: A acusação de que tudo seria manipulado por mim aparece novamente, inclusive com frases como “a coitadinha da Silva falando sobre vitimismo”, “olha o haxixe”, e “Se for do jeito que ela está falando é complicado. Mas se for as vozes da Casa do Cheiro de Café é outra.” Essas falas escancaram o objetivo do grupo: esvaziar qualquer denúncia ou relato de dor, tratando tudo como piada ou histeria, independentemente dos fatos relatados ou das provas apresentadas.
  2. Duplo padrão e ataques à saúde mental: Comentários como “coloca os áudios da Juliana com insônia 2 min”, “rainha das lamentações”, e a repetição de piadas sobre depressão e ansiedade reforçam o estigma em torno de saúde mental, que é sistematicamente utilizado como arma para descredibilizar e desumanizar.
  3. Desqualificação do advogado e dos profissionais envolvidos: Há um esforço claro em desmoralizar qualquer pessoa que atue na minha defesa. Um dos comentários diz: “coitado do advogado gente. será que ela pagava ele pra escutar os lero lero dela?” — uma tentativa clara de ridicularizar o trabalho jurídico e invalidar toda e qualquer postura de defesa diante dos abusos cometidos.
  4. Reconhecimento de coerência e manipulação de narrativa: Curiosamente, em meio a tantos ataques, alguns comentários pontuam que meus áudios soam “coerentes e convincentes”, mas rapidamente surgem respostas alertando para a “periculosidade” do meu discurso, insinuando que eu manipulo tudo e todos, mesmo sem qualquer prova. Trata-se da velha tática de duplo padrão: quando relato algo grave com detalhes e provas, a resposta do grupo é dizer que eu manipulo até a verdade, como se nenhuma mulher com minha trajetória pudesse falar em primeira pessoa sem ser acusada de mentira ou histeria.
  5. Piadas e estereótipos homofóbicos e transfóbicos: Em vários momentos, surgem termos como “bicha velha” e trocadilhos pejorativos que cruzam a linha do crime, evidenciando mais uma vez a prática sistemática de ataques baseados em preconceito e discriminação, sempre sob o pretexto de humor ou sarcasmo.
  6. Tentativas de descredibilizar toda a trajetória: Comentários como “Se tudo aconteceu como ela falou, sim, elas foram capacitistas. O problema é de quem quer acreditar, porque toda vez que escuto uma versão que não aconteceu das duas, eu já fico com preguiça.” mostram o esgotamento moral típico das bolhas de cancelamento — é mais fácil duvidar de tudo, rir e minimizar do que se responsabilizar por algum tipo de violência.

Esse último conjunto de comentários deixa cristalino o objetivo da página e de seus seguidores: invalidar relatos de pessoas com deficiência, reforçar preconceitos e, acima de tudo, isolar, ridicularizar e desumanizar qualquer tentativa de defesa. O padrão de linchamento se mantém do início ao fim da sequência, seja usando piadas sobre saúde mental, seja atacando características pessoais, seja debochando de questões sensíveis como deficiência física ou uso de medicação. Não há debate, apenas massacre simbólico.

Além disso, fica evidente a orquestração e a passividade diante de comentários criminosos, com piadas capacitistas, homofóbicas e ataques pessoais sendo não só permitidos, mas curtidos e reforçados pelos administradores da página. Mais uma prova concreta de perseguição organizada, incitação ao ódio e de um ambiente digital absolutamente tóxico — que vai muito além de qualquer crítica legítima e se transforma, dia após dia, em território fértil para crimes contra a honra, a integridade emocional e os direitos humanos mais básicos.

Esses registros, somados ao histórico já apresentado nas outras análises, reforçam o pedido de responsabilização judicial e servem como mais uma amostra do que significa ser alvo de uma rede de ódio digital. Cada comentário, cada piada, cada deboche registrado aqui será incluído no relatório final, como evidência não só dos crimes praticados, mas também da absoluta necessidade de responsabilização dos envolvidos.

Conclusão geral: quando a verdade vira alvo, e o deboche vira regra

Analisando tudo que foi exposto nesse caso — desde os áudios publicados sem consentimento, passando pela distorção dos fatos sobre a minha participação no reality show, até os comentários recheados de deboche, capacitismo, misoginia e desinformação — fica evidente o verdadeiro propósito da página “Vítimas da Estilista”: criar uma caricatura de vilã, a qualquer custo, alimentando um ciclo de perseguição online que nada tem de jornalístico ou educativo.

O que se vê nos comentários e nas próprias postagens é o retrato perfeito do linchamento virtual brasileiro: não existe análise crítica, não existe empatia, não existe sequer a tentativa de buscar a verdade ou ouvir todos os lados. Basta uma edição sensacionalista, um áudio recortado, uma palavra falada no impulso — e pronto, a sentença já está dada. A vítima real (eu, no caso, junto com qualquer outra pessoa que ouse não se encaixar no padrão) vira motivo de piada, escárnio e até ódio coletivo.

É curioso notar como o foco quase nunca está nos fatos ou na discussão construtiva. O erro de vocabulário, a limitação física, a vulnerabilidade humana — tudo isso vira combustível para um tribunal digital onde o objetivo é rir, humilhar, distorcer e espalhar fake news. Enquanto isso, questões graves como capacitismo, abuso de imagem, violação de privacidade e manipulação de narrativa são tratadas como piada interna de grupo de WhatsApp.

A conclusão é simples e, infelizmente, repetitiva para quem acompanha qualquer caso de cancelamento virtual: não se trata de justiça, não se trata de denúncia, muito menos de proteger consumidores ou expor supostas vítimas. O que se constrói aqui é uma indústria do entretenimento do ódio, alimentada por perfis anônimos, influenciadores oportunistas e espectadores sedentos por polêmica.

Enquanto isso, quem realmente é atacado, exposto, prejudicado emocionalmente e financeiramente — precisa gastar energia, tempo, dinheiro e saúde para se defender de uma guerra que nunca deveria existir. E a lição que fica, para quem ainda acredita em diálogo e respeito, é que precisamos urgentemente de uma internet mais humana, menos covarde e mais responsável com as vidas que escolhe julgar.









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