Post 124/128 - Vítimas do TikTok - novamente o reality

Análise dos Comentários — Posts 124 a 128

1. Volume e Repetição de Conteúdo

  1. Estratégia de Reciclagem:
  2. Esses posts exemplificam o padrão recorrente de reciclagem de histórias já postadas para manter o engajamento do perfil. Não há fato novo, apenas a repetição dos mesmos áudios, agora fatiados em diferentes partes para gerar volume.
  3. Sensação de “escândalo infinito”:
  4. Para quem olha superficialmente, parece que existem centenas de denúncias, quando na prática o conteúdo está sendo constantemente repetido ou rearranjado.

2. Comentários dos Seguidores

  1. Falta de Prova e Incredulidade:
  2. Diversos comentários questionam a veracidade dos relatos, pedem provas e apontam inconsistências. Exemplos:
  3. “Acusar alguém de crime sem provas é algo muito grave, sabe? De repente a Toranja poderia se manifestar… mas eu prefiro ver do que julgar antes.”
  4. “Se tudo isso que ela falou for verdade, eu concordo com o que ela falou… mas a questão é que são muitos lados dessas tais histórias kkk eu fiz, já lavei roupa e fiz tudo ouvindo tudo isso kkk”

  5. Deboche e Apelidos:
  6. A personagem “Toranja” é alvo de piadas e apelidos (exemplo: “Esperando o pronunciamento da toranja se desvinculando dela kkk”), o que mostra o grau de superficialidade e chacota que o tema tomou.
  7. Termos pejorativos e “memeficação” dos envolvidos banalizam qualquer discussão séria.
  8. Comentários de Descrença:
  9. Muitos comentam que as histórias são longas, confusas ou até cansativas (“essa história é tão longa que às vezes eu me perco”). Outros ironizam o fato de não terem entendido nada.
  10. Preconceito e Capacitismo:
  11. Há comentários preconceituosos, como menção depreciativa à identidade de gênero (“que é uma mulher trans, né?”) e à condição de PCD (“uma amiga PCD dela”).
  12. Superficialidade e Fofoca:
  13. O tom dominante é de fofoca vazia, reforçando que o engajamento do perfil é sustentado pelo apelo sensacionalista, e não por conteúdo factual relevante

3. Ausência de Debate Construtivo

  1. Nenhuma Discussão Profunda:
  2. Não há análise, reflexão ou debate sobre fatos concretos. Os poucos comentários que questionam a falta de provas são abafados por piadas, memes e o costumeiro efeito manada.
  3. Pressão por “manifestação” dos envolvidos:
  4. Vários seguidores pedem que a pessoa acusada venha “se manifestar”, como se a obrigação de provar inocência fosse sempre da parte acusada, invertendo a lógica da presunção de inocência.

4. Estratégia do Perfil

  1. Geração de Volume Artificial:
  2. A repetição exaustiva das mesmas histórias e áudios, agora divididos em partes e repostados várias vezes, serve para criar a impressão de que existem inúmeros casos e denúncias, o que inflaciona artificialmente a gravidade e o alcance do “escândalo”.
  3. Engajamento pelo Algoritmo:
  4. Quanto mais postagens, mais o perfil é impulsionado pelo algoritmo, gerando mais visualizações e interações — ainda que seja sempre o mesmo conteúdo requentado.

Resumo Final

Esses posts e seus comentários ilustram bem a dinâmica central do perfil “Vítimas da Estilista”:

repetição ad nauseam de conteúdo já viralizado, ausência de denúncia real com provas, foco em criar volume para simular escândalo, comentários carregados de deboche, preconceito e superficialidade. Até aqui, nenhum crime concreto, apenas um looping de histórias recicladas e memetizadas.

Essa análise evidencia mais uma vez que, por trás do “volume” de postagens e do alarde nos comentários, o que existe é um teatro de engajamento — não um espaço sério de denúncia ou discussão construtiva.

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