Post 47- Vítimas do TikTok - meu vídeo de desabafo

Post 47 – “Eu sou vítima ou vilã?

Neste post, mais uma vez o perfil “Vítimas da Estilista” se apropria de um vídeo de desabafo meu, publicado originalmente em um momento de exaustão diante da onda de ataques, distorções e julgamentos injustos que eu vinha sofrendo.

O vídeo é uma resposta direta a um comentário deixado por uma seguidora e traz um dos pontos centrais dessa perseguição coletiva: a tentativa constante de me reduzir a estereótipos, como se eu fosse apenas uma vilã construída a partir de versões rasas, parciais e muitas vezes mentirosas da minha história.

Trechos centrais do que eu falo no vídeo:

“Primeira coisa, eu não sou vítima em todas as histórias, não. (…) Eu tenho um certo problema com pessoas de 25 anos para baixo, porque não sabem fazer conta matemática. (…) Desenvolveram 5 polêmicas pra cima de mim. Eu já entreguei mais de 2 mil vestidos. (…) Por que quem pagou caro pelo meu trabalho não está aqui falando mal? Só quem não pagou. (…) Eu incomodo. Tem gente que chega perto, me elogia, e na primeira frustração me transforma numa bruxa. (…) Eu fumo maconha, sim, com receita, pra dor crônica. (…) Fui parar na delegacia, sim, e saí de lá limpa. Arquivaram tudo. (…) Vocês não suportam ver uma mulher fazer sucesso nesse país. Ainda mais uma mulher debochada, que fala na cara e ainda vende em cima disso.”

Análise crítica do uso do vídeo pela página

Esse post é um dos exemplos mais perversos do uso recortado da minha fala. A página ignora completamente o contexto emocional, ignora os argumentos racionais que apresento e transforma meu desabafo em munição para mais ataques, deboches e julgamentos.

Aqui estamos no post 47 e nenhuma prova concreta foi apresentada contra mim. São apenas reposts de vídeos meus, sempre retirados de contexto, sempre usados para reforçar a narrativa de que eu sou “problemática”, “vilã”, “desequilibrada”, “inimiga da sociedade”. Isso não é denúncia. Isso é perseguição.

Esse vídeo, em especial, expõe:

1. O uso de comentários ofensivos para provocar reações emocionais.
2. A dificuldade das pessoas em lidar com mulheres que se posicionam sem medo.
3. A constante deturpação do meu histórico profissional, como se centenas de clientes satisfeitas simplesmente não existissem.
4. A tentativa de usar meu uso medicinal de cannabis como justificativa para me criminalizar — um preconceito clássico contra pessoas com deficiência e autonomia

Análise dos Comentários – Post 47

Vídeo de desabafo publicado pela estilista Juliana Santos e repostado com distorção pelo perfil “Vítimas da Estilista”.

Total: 18 comentários registrados

Perfil curtiu a maioria dos comentários depreciativos, validando o discurso de ódio.

💬 Comentários e Violações Identificadas:

1. “E o tanto de noiva que PAGOU e não recebeu o vestido???” – Dee Azevedo
   
2. ❗ Violação: Acusação grave sem provas
3. 🧷 Crimes possíveis: Calúnia (Art. 138), difamação (Art. 139)
4. 🧩 Nota: Generaliza e acusa a estilista de prática fraudulenta sem comprovação.

Cinco polêmicas e a mona com dezenas de processos… Qualquer coisa vai avisando, julinista!” – lari.rassis

1. ❗ Violação: Escárnio, desinformação, injúria
2. 🧷 Crimes possíveis: Injúria (Art. 140), difamação (Art. 139)
3. 💥 Comentário curtido pela página, incentivando o bullying coletivo.

Eu sendo 30+ e achando ela golpista e grossa 😂” – Jakeline Almeida

1. ❗ Violação: Injúria e imputação de crime
2. 🧷 Crimes possíveis: Calúnia (Art. 138), injúria (Art. 140)
3. 🧩 Nota: Uso do termo “golpista” é criminosa e reiterada nos posts analisados.

Ela tem uma coisa de querer chamar todo mundo de burro, sendo que ela…” – jessicaavelinoc

1. ❗ Violação: Desqualificação e humilhação pública
2. 🧷 Crimes possíveis: Injúria e desonra (Art. 140)
3. ✂️ Observação: Frase incompleta usada como ironia, mas com sentido agressivo.

Essa senhora deveria ser processada” – elisabetecabral01

1. ❗ Violação: Discurso incitador e perseguição
2. 🧷 Crimes possíveis: Nenhum tipo penal direto, mas reforça o linchamento virtual.

“Essa senhora já tem vários processos, mas não aprendeu nada” – Vítimas da Estilista (Criador)

1. 🔥 Violação direta da página: difamação, falsa imputação de processos
2. 🧷 Crimes possíveis: Calúnia e uso indevido de dados pessoais (Art. 138, LGPD)
3. 📌 Gravidade: Altíssima – o perfil se compromete diretamente na acusação pública.

Narcisista no dia mais leve” – Vitória

1. ❗ Violação: Patologização da personalidade como forma de insulto
2. 🧷 Crimes possíveis: Injúria (Art. 140), violência psicológica simbólica

Pq as pessoas que pagam caro não falam mal? Simplesmente porque você escolhe quem vai tratar bem pelo dinheiro.” – Yaas

1. ❗ Violação: Distorção da prática profissional como seletiva e mercenária
2. 🧷 Crimes possíveis: Nenhum tipo penal direto, mas de cunho difamatório

Antes era 800 vestidos entregues, agora é 2000 vestidos” – Sabrina Mendonça

1. ❗ Violação: Deboche disfarçado de crítica aritmética
2. 🧷 Crimes possíveis: Nenhum crime, mas reforça discurso de invalidação.

Baseado é diferente de ‘medicinal’” – Fabi Mendes Dia

1. ❗ Violação: Tentativa de criminalizar o uso de remédio com prescrição
2. 🧷 Crimes possíveis: Capacitismo e desinformação sobre uso de cannabis medicinal
3. 
   Ela tá de deboche…” – MN Bayer
   
4. ❗ Violação: Deslegitimação emocional e reforço de estereótipo negativo
5. 🧷 Crimes possíveis: Nenhum tipo penal, mas reforça retórica de desumanização
   

Vai no Reclame Aqui que tem uma lista longa” – Thai Oliveira

1. ❗ Violação: Incitação pública à desvalorização e cancelamento
2. 🧷 Crimes possíveis: Nenhum tipo penal direto, mas reforça perseguição sistemática

2000? Você não vê 10 por mês 😂” – Carla Sanchez

1. ❗ Violação: Escárnio e tentativa de ridicularização pública
2. 🧷 Crimes possíveis: Injúria qualificada

Não eram 300 noivas? Vai entender” – iaiangel

1. ❗ Violação: Ironia maliciosa
2. 🧷 Crimes possíveis: Nenhum tipo penal direto
3. 
   Se o trabalho fosse bom, não teria situação DESSE NÍVEL…” – Ste
   
4. ❗ Violação: Distorção da realidade profissional e ataque à reputação
5. 🧷 Crimes possíveis: Difamação (Art. 139
   

2000 x R$ 3.000 = R$ 6 milhões. Tá falida por quê, gênio da matemática?” – Cruvoir

1. ❗ Violação: Exposição indevida de suposições financeiras
2. 🧷 Crimes possíveis: Nenhum direto, mas com tom sarcástico e depreciativo
   

Quem escreve tudo errado é ela” – dre

1. ❗ Violação: Escárnio e tentativa de humilhação pública
2. 🧷 Crimes possíveis: Injúria (Art. 140)

Fumar maconha em casamento evangélico é pra acabar. Inocentada onde?” – Carla Sanchez

1. ❗ Violação: Preconceito religioso + descredibilização de decisão judicial
2. 🧷 Crimes possíveis: Discriminação religiosa, difamação (Art. 140 + Lei 7.716/89)
   

🧩 Conclusão para o blog

Os comentários desse post revelam não apenas a ausência completa de empatia, mas uma clara estrutura de linchamento público coletivo. Há uma combinação de insultos pessoais, acusações falsas, escárnio público e preconceitos diversos (capacitismo, intolerância religiosa, misoginia, estigmatização de saúde mental). O mais grave é a validação ativa dessas falas pela própria página, que curte, responde e estimula os ataques, inclusive participando diretamente das acusações.

Este tipo de comportamento configura não apenas violência digital e difamação coletiva, como também reforça uma cultura de silenciamento de mulheres públicas que ousam se posicionar com firmeza, ironia e autonomia. O que está em jogo não é apenas a reputação de uma profissional, mas a integridade de uma mulher que decidiu não se calar diante do ódio organizado.

Esse post mostra como qualquer fala minha pode ser distorcida para alimentar uma narrativa de ódio. Nenhuma denúncia real, nenhum cliente com provas concretas, nenhum dado objetivo — só frases minhas editadas fora de contexto, uma legenda irônica e um ambiente fértil para mais comentários violentos.

Até aqui, já são 47 posts com o mesmo padrão: exposição, distorção e escárnio.