Post 55 - Vítimas do TikTok - cliente insatisfeita

Análise Post 55 – Blog “Justiça por Juliana Santos”

📅 Publicação original: 14 de outubro de 2024

🎥 Parte 13 – Relato da cliente

Resumo do caso e contextualização

O post 55, publicado no perfil “Vítimas da Estilista”, apresenta o relato de uma cliente real que adquiriu um vestido de bazar com Juliana Santos em julho de 2024. O vestido foi originalmente confeccionado pela própria estilista para uso pessoal em um evento de noiva, e foi colocado à venda durante uma fase de transição, marcada por mudança de residência e preparativos para a participação de Juliana em um reality show.

A cliente demonstrou interesse na peça e foi informada desde o início sobre as condições do vestido — uma criação feita às pressas, sem acabamento final, usada uma única vez. Apesar de combinarem que o envio poderia ocorrer após o retorno da cliente de uma viagem, houve um atraso maior do que o previsto devido à mudança de casa e à complexidade logística enfrentada por Juliana naquele momento.

O vestido foi enviado sem custo de frete (que a cliente, mesmo assim, insistiu em pagar), e nenhuma reclamação formal foi feita diretamente a Juliana. Poucos dias após o recebimento, a cliente gravou um vídeo com tom sensacionalista e teatral, enviado diretamente à página de ataques, onde passa a deturpar os fatos, insinuar ameaças e questionar a qualidade da peça de forma desproporcional.

Trechos do vídeo – Análise crítica das falas e insinuaçõe

🔊 Transcrição e comentários do áudio:

Finalmente acho que chegou a minha encomenda comprada em junho da Juliana. Tô achando estranho porque parece que… né? Olha o estado da caixa, gente.”

  1. O foco inicial é no tamanho da caixa, como se o formato da embalagem definisse a qualidade do produto. Não há qualquer dano ou indício de má fé — apenas o uso de uma caixa compacta para baratear o envio.

E assim chega o meu vestido comprado da estilista famosa do TikTok.”

  1. Aqui começa o tom debochado e depreciativo, que tenta associar o nome e o alcance de Juliana nas redes a um suposto “engano”, usando o vídeo para gerar escárnio e não resolução.

Dá para ver a cola por baixo de toda a renda… você passa a mão, sente a cola grosseira.”

A técnica usada no vestido envolve a aplicação de flores sobre tule utilizando uma cola específica para tecidos, e não cola quente, como insinuado no vídeo. Essa cola é apropriada para esse tipo de trabalho e, ainda assim, cada aplicação recebe um ponto de alinhavo para garantir segurança e durabilidade.

Como a própria cliente afirma no vídeo, a cola é visível apenas na parte interna do vestido, em contato com a pele, sem qualquer resíduo aparente na parte externa. Ou seja, não compromete a estética nem a usabilidade da peça.

Vale lembrar que a cliente viu o vestido no corpo da estilista — exatamente como foi usado —, demonstrou interesse, foi avisada previamente sobre o estado do produto, e concordou em comprá-lo como estava. Portanto, se ela gostou visualmente da peça naquele momento, o acabamento não era um problema até o surgimento da oportunidade de exposição pública.

Diante disso, o vídeo aparenta ter sido gravado com intencionalidade performática, buscando gerar engajamento e justificar sua inclusão no perfil de ataques — e não resolver qualquer insatisfação real de maneira ética ou legítima.

A encenação do vídeo, o foco exagerado na embalagem e nas aplicações de flores, a dramatização das falas — tudo aponta para um objetivo claro: não era sobre devolução, nem sobre resolver um problema. Era sobre ganhar palco.

A seguir, apresentamos a análise dos comentários feitos no vídeo — onde os crimes se acumulam e a página incentiva, curte e responde com escárnio, reforçando um ambiente de violência simbólica e de incitação ao ódio coletivo.

📌 Comentários analisados e suas violações


🔴 Calúnia e difamação profissional

  1. “Um vestido de 800 reais que não vale 50” – Comentário depreciativo que atribui falsamente desvalorização extrema à peça, gerando dano direto à imagem comercial.
  2. “Vestido com cola que eu fazia na faculdade” – Ironia que visa descredibilizar a técnica usada no vestido, mesmo sem conhecimento técnico.
  3. “A mulher envolvida em 1938 mil polêmicas e o pessoal segue comprando esperando que vai vir mil maravilhas” – Distorção histórica, uso de número hiperbólico e insinuação de reincidência de golpes.
  4. “O vestido na caixa da coleção do RBD pela Vizzano, sério que achou que a cliente ia ficar feliz? Inacreditável.” – Desqualificação do produto com sarcasmo gratuito e comparação humilhante.
  5. “A pessoa paga o olho da cara e não tem nem uma embalagem digna” – Afirmação falsa, já que o envio foi feito gratuitamente e a compactação foi proposital para não gerar custos.

🔍 Crimes aplicáveis:

  1. Art. 139 (Difamação)
  2. Art. 138 (Calúnia)
  3. Art. 140 (Injúria)

🔴 Escárnio, humilhação pública e bullying coletivo


  1. “Trabalho porco gente 😢”
  2. “Até a Shein vem mais cuidado kkkk”
  3. “Misericórdia” / “Sério, seria cômico se não fosse trágico…”
  4. “Não dá pra defender essa galera viu 😂”
  5. “Gente, pq as pessoas ainda procuram comprar com ela?”
  6. “Quem encomendaria vestido com essa mulher?”

🔍 Violação ética e social:

  1. Prática de cyberbullying (assédio coletivo com intenção de ridicularizar)
  2. Estigmatização e ridicularização de uma mulher com deficiência em espaço público

🔴 Incitação ao boicote e assédio digital

  1. “Compartilha, pra chegar a mais pessoas pra que vejam que a Juliana é golpista pf” (comentário do próprio perfil “Vítimas da Estilista”)
  2. “As pessoas que compram dela vivem na bolha do Instagram, só com comentários positivos, os negativos ela exclui, por isso são enganadas”
  3. “Ela sempre foi debochada e zero profissional, sempre fiquei chocada em ver um monte de gente defendendo essa mulher”

🔍 Crimes aplicáveis:

  1. Incitação ao boicote injustificado (com base em mentiras)
  2. Criação de ambiente hostil com apoio de página pública

🔴 Incentivo à perseguição, linchamento e arquivamento de vídeos

  1. “Salvem o vídeo, a cliente pediu pra apagar” (perfil criador incentiva que o conteúdo ofensivo seja eternizado mesmo contra a vontade da cliente)
  2. “Me pague, pq eu sou louca” – Deboche direto ao nome da estilista com emoji de banana e palhaçada (uso comum em posts que incitam a desumanização)

🔍 Violação gravíssima:

  1. Violação de direitos de imagem
  2. Desrespeito ao pedido de remoção
  3. Uso de prints e vídeos com caráter de perseguição continuada

🧩 Conclusão: o crime coletivo disfarçado de “denúncia”

O que vemos nos comentários do Post 55 não é uma manifestação legítima de opinião. É um linchamento virtual coletivo, incentivado por uma página que finge ser defensora de vítimas, mas pratica diariamente a incitação ao ódio. A vereadora que gravou o vídeo escolheu se aliar a esse ambiente, mesmo tendo canais legais e institucionais para resolver a questão de forma ética.

A participação ativa da página nos comentários (com curtidas, respostas e incentivo à viralização) confirma que há uma estrutura de ataque organizada e recorrente, que será denunciada formalmente no dossiê jurídico já em produção.





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