Post 60 - Vítimas do tiktok- meus stories

Post 60 – Story retirado de contexto e usado para deslegitimar desabafo
Data da postagem: 14/10/2024
Plataforma: TikTok – perfil “Vítimas da Estilista”
Formato: Vídeo de story original, retirado do Instagram da estilista Juliana, editado e repostado com legenda irônica.
🗣️ Resumo do vídeo e fala da estilista:
O vídeo mostra Juliana explicando por que decidiu manter seu perfil pessoal fechado temporariamente após diversos ataques. Ela relata que a maioria dos ataques direcionados à sua imagem pessoal não se repetem na página do ateliê, onde as postagens são focadas nas noivas e nos vestidos. Juliana também menciona o aumento de pedidos de bloqueio e denúncias, além de confirmar que está em acompanhamento psicológico
Ela afirma:
“Se você não pagou nada pra mim, realmente não tenho que te dar atenção nenhuma.”
Essa frase, destacada fora do contexto, foi usada como base para reforçar ataques sobre suposto “desdém” com o público, quando na verdade era uma resposta à perseguição e ao assédio que vinha sofrendo de perfis anônimos e espectadores que não tinham relação com seu trabalho.
🧨 Contexto de perseguição e manipulação
O perfil “Vítimas da Estilista” legendou o vídeo com ironias como:
“Vamos mandar boas vibrações pra querida, recicladora e amiga do meio ambiente”
“Pela saúde mental da querida! Ela só quer bons comentários!”
Essas falas carregam tom de deboche, escárnio e gaslighting, típicos de uma estratégia de deslegitimar o sofrimento da vítima para entreter a audiência e enfraquecer sua credibilidade
Além disso, o uso de hashtags como #suasafada #stalker #julianasantos indica a tentativa deliberada de associar Juliana a termos negativos, construindo um rótulo difamatório que se repete em outros posts da página.
⚖️ Crimes identificados:
- Injúria e escárnio (Art. 140, Código Penal):
- O vídeo foi repostado com legenda de cunho sarcástico, com a intenção de humilhar a estilista publicamente. Termos como “recicladora”, “querida” e a ironia com sua saúde mental configuram zombaria direcionada.
- Violação de imagem e direito autoral (Art. 5º, incisos X e XXVII, Constituição Federal):
- O conteúdo foi retirado de stories privados e reutilizado sem autorização, com objetivo difamatório.
- Cyberbullying e perseguição (Art. 147-A, Código Penal):
- A edição do vídeo e os comentários induzem a perseguição, reforçando a prática continuada de violência digital.
💬 Trechos do discurso que foram manipulados:
- “Eu tenho mais o que fazer da minha vida”
- → retirado de contexto para sugerir desprezo, quando era uma crítica à frequência obsessiva dos ataques que vem sofrendo.
- “Quem tá do lado dela nem serve como cliente ou seguidor”
- → desabafo legítimo diante da polarização causada pela página de difamação. Esse tipo de declaração foi distorcido para parecer soberba ou agressiva.
❤️ Repercussão emocional e impacto direto:
Esse vídeo foi um dos muitos onde a tentativa de manter a sanidade e se proteger dos ataques foi desmoralizada. A forma como a fala foi ridicularizada e descontextualizada teve como objetivo apagar o sofrimento real de Juliana, expondo sua intimidade sem consentimento e incitando comentários cruéis.

Análise dos Comentários – Post 60
Vídeo com legenda sarcástica: “Tudo pela saúde mental da querida”
Publicação: 14/10/2024
Total de comentários visíveis: 20
Perfil publicador: “Vítimas da Estilista”
🚨 Comentários ofensivos, caluniosos ou difamatórios:







- “Contenção de Danos” – Comentário do próprio perfil da página. Insinua que Juliana está tentando se esconder após “ser exposta”, ignorando que ela se retirou por esgotamento emocional.
- 🔹 Crimes: difamação e deboche intencional sobre estado psicológico.
- “Pela 6677554ª vez” – Comentário zombando da decisão de fechar perfis, com tom de escárnio.
- 🔹 Crimes: humilhação pública e cyberbullying.
- “Ela insiste na história do FBI kkkkkk” – Comentário que ironiza e invalida a fala da vítima sobre ameaça real.
- 🔹 Crimes: gaslighting digital, descrédito público.
- “Como que ela tá sendo procurada pelo FBI se grava vídeos?” – Insinuação de mentira.
- 🔹 Crimes: calúnia, ridicularização e tentativa de desmoralização da denúncia.
- “Juliana, todo mundo já sabe sua história… você faz m3rd4 e aplica golpe”
- 🔹 Crimes: calúnia, injúria, e difamação explícita.
- ⚠️ Uso de linguagem ofensiva com imputação de crime sem provas.
- “Tá mas e os vestidos, já entregou?” + “Ela é tão hipócrita” + “rainha da coitadolândia”
- 🔹 Crimes: escárnio, acusação sem prova, humilhação pública.
- “Ela tem sempre o mesmo discurso e prova que é bom nada”
- 🔹 Crimes: difamação. Generaliza e reduz a vítima à invalidação do próprio relato.
- “Fechou os comentários do cafofo também (vulgo ateliê)”
- 🔹 Crimes: humilhação profissional, deboche sobre seu local de trabalho.
- “O que as pessoas sabem da vida dela? Que ela é caloteira, não paga funcionários, tem processos…”
- 🔹 Crimes: calúnia e difamação grave com conteúdo não comprovado, ataque à honra profissional.
⚠️ Padrões identificados:
- Incentivo coletivo ao linchamento digital, com reforço da página que interage diretamente com os comentários.
- Deslegitimação da saúde mental da vítima, tratando como “drama” ou “vitimismo”.
- Uso sistemático de linguagem sarcástica e ofensiva para desacreditar o sofrimento.
- Tentativas de desumanização: “sindrôme de protagonista”, “coitadolândia”, “hipócrita”, “palhaçada”.
- Ataques diretos à reputação profissional (acusações de calote, processos, não entrega de serviços) sem provas.
Conclusão
O Post 60 evidencia a continuidade de uma campanha sistemática de cyberbullying, escárnio público e tentativa de aniquilação moral da estilista Juliana Aurora. A legenda do vídeo já inicia com tom irônico (“Tudo pela saúde mental da querida”), seguida por uma avalanche de comentários que zombam, distorcem e imputam crimes sem provas. O próprio perfil “Vítimas da Estilista” responde aos comentários com emojis e provocações, validando e incentivando o ódio coletivo. Esses comportamentos constituem violência digital em massa e devem ser denunciados judicialmente.
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