Post 73 - Vítimas do TikTok - meu vídeo

Post 73 – Desumanização da História Pessoal e Infantilização da Dor

O Post 73 do perfil Vítimas da Estilista é mais um exemplo claro de como o conteúdo original da estilista Juliana Santos foi descontextualizado e utilizado com o intuito de descredibilizar e humilhar sua trajetória de vida. O vídeo em questão é parte do projeto pessoal e terapêutico iniciado por Juliana em 2023, onde ela compartilha, em capítulos, episódios marcantes de sua infância — incluindo o grave acidente de queimadura que sofreu aos 4 anos de idade ao tentar salvar sua irmã bebê de um incêndio.

O título do vídeo publicado no perfil original é:

“Capítulo 1 – Guerreira não, sobrevivente.”

✂️ Manipulação e Intenção

No repost feito pela página “Vítimas da Estilista”, o conteúdo é retirado de seu contexto emocional e terapêutico, sendo utilizado como parte de uma narrativa cínica e sensacionalista, reduzindo um trauma de infância a uma pauta de deboche público. A legenda, as hashtags utilizadas e o local do post (São Paulo) reforçam a tentativa de criar um enredo zombeteiro, ao mesmo tempo que capitalizam em cima da dor exposta pela vítima.

Hashtags utilizadas

  1. #fofoca
  2. #julianamitomaniaca
  3. #julianasantos
  4. #estilistajuliana
  5. #golpe
  6. #susasafada
  7. (entre outras que reforçam o estigma de fraude, mentira e engano)

💬 Comentários destacados


Apesar de poucos comentários, o conteúdo reflete a tentativa de deslegitimar até mesmo as memórias traumáticas da vítima:

  1. “Ela não conhece a irmã, mas em um vídeo disse que essa mesma irmã segue ela no Instagram (??)” — comentário debochado e desonesto, que tenta sugerir contradição onde não há.
  2. “Deve ser a irmã adotiva.”
  3. “Deve ser mesmo.”
  4. (respostas que insinuam confusão, tentando provocar descrença no público)

⚠️ Crimes e violações identificados

  1. Violação de direito de imagem e uso indevido de conteúdo pessoal e terapêutico.
  2. Descontextualização dolosa com intuito de escárnio.
  3. Injúria e difamação com base em trauma infantil.
  4. Cyberbullying com foco em deslegitimar sofrimento e sequela física de pessoa com deficiência.
  5. Violação ética ao expor publicamente relatos terapêuticos.

🧷 Conclusão para o blog

Este post expõe de maneira cruel um dos trechos mais íntimos e dolorosos da minha história: o acidente que mudou a minha vida aos quatro anos de idade. Em vez de acolherem a vulnerabilidade de um relato pessoal — feito num momento de reconstrução emocional e abertura com meu público — essa página utilizou o conteúdo para zombar, me expor e continuar sua campanha de desumanização.

Tirar de mim o direito de contar minha própria história, transformar uma tragédia real em espetáculo e tentar criar dúvidas sobre a veracidade dos meus traumas é uma das formas mais perversas de violência virtual.

Não sou mitomaníaca. Sou uma mulher marcada pela vida, lutando todos os dias para transformar dor em força — e não vou deixar que apaguem minha voz.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A resposta de Patrícia - análise jurídica para o dossiê

Carta aberta a Beta - a justiça de Xangô : quem merece recebe, quem deve paga .

Bem vindos : vocês conhecem o vítimas da estilista? E como tudo isso começou?