Vítimas da estilista Instagram post 16 de abril - minha ex assistente Kath


Análise do Post – 16 de Abril

Conteúdo: Reprodução de um suposto comentário da ex-assistente (Kathy) retirado de um vídeo do canal da Juliana no YouTube.

🧾 Resumo do conteúdo do post:

  1. O perfil afirma que Kathy (ex-assistente da Juliana) comentou em um vídeo no canal da estilista.
  2. A publicação alega que Juliana apagou o comentário por “não aguentar a verdade”.
  3. Exalta Kathy como uma das vítimas que mais sofreu, gerando empatia do público.

🧩 Contexto

  1. Kathy foi contratada como assistente e, inicialmente, demonstrava dedicação e comportamento de fã.
  2. Segundo Juliana, com o tempo, percebeu-se que o envolvimento da kat tinha forte motivação midiática.
  3. Quando o retorno desejado por Kathy não ocorreu, ela se voltou contra Juliana, associando-se ao grupo difamatório liderado por Patrícia Lélis.
  4. A ex-assistente forneceu informações, áudios, prints manipulados e supostos “relatos”, colaborando com a construção de narrativas caluniosas.
  5. kat é constantemente exaltada nos posts do perfil @vitimasdaestilista, numa estratégia de posicionamento de imagem e concorrência desleal.
  6. Juliana optou por apagar o comentário em seu canal para não amplificar a difamação nem ceder palco à ex-colaboradora.

⚠️ Crimes e irregularidades identificados:

  1. Associação criminosa – Envolvimento de Kat com grupo que tem atuado sistematicamente para prejudicar a imagem da estilista.
  2. Calúnia e difamação – Acusações públicas sem provas, com uso de nome próprio, vídeos e comentários para atribuir crimes ou má conduta.
  3. Vazamento de informações confidenciais – Quebra de confidencialidade profissional com uso de dados internos e privados do ateliê.
  4. Manipulação e fabricação de provas – Participação ativa na construção de versões falsas para sustentar ataques online.
  5. Concorrência desleal e sabotagem comercial – Tentativa de impulsionar o próprio ateliê através da destruição da imagem da ex-patroa.

📌 RELATÓRIO CRONOLÓGICO – KATH (EX-ASSISTENTE)

Parte 1: Início da contratação até março de 2023


Nossa relação profissional teve início após a Kath participar de uma seleção aberta que promovi nas minhas redes sociais, em busca de uma nova estagiária para o ateliê. Como parte do processo, ela gravou um vídeo explicando por que seria uma excelente escolha para a vaga. Já havíamos nos conhecido pessoalmente um mês antes, no São Paulo Fashion Week, em novembro de 2022, ocasião em que ela se mostrou muito admiradora do meu trabalho, deixando claro que era uma grande fã.

Após assistir ao vídeo de apresentação dela (📎 Anexo 1: vídeo disponível no Drive), convidei-a para uma conversa presencial na sede do ateliê, marcada para o dia 16 de dezembro de 2022. Na mesma data, propus um dia de teste, para verificar na prática se ela realmente tinha interesse e potencial para integrar a equipe. Ela compareceu ao teste, mostrou-se extremamente proativa e dedicada, o que me levou a convidá-la para concluir aquela semana como período de experiência. Combinamos que, se tudo continuasse bem, ela iniciaria oficialmente em janeiro.

No fim desse primeiro dia, recebi uma mensagem dela visivelmente emocionada e agradecida pela oportunidade — o que reforçou ainda mais sua motivação inicial.

Na época, Kath não possuía nenhuma experiência com alta costura ou moda sob medida. Costurava suas próprias roupas, mas com acabamentos frágeis e modelagens rudimentares. Mesmo assim, percebi nela potencial de aprendizado.

Durante o final de dezembro e os primeiros dias de janeiro de 2023, trabalhamos alguns dias juntos. Desde o início, ofereci passe de transporte, almoço incluído e jornada clara: das 8h30 às 17h30.

Com o início oficial em janeiro, demos largada ao nosso bazar de vestidos. Kath se mostrou prestativa e bem-disposta: organizou peças, gravou vídeos, ajudou nos atendimentos e também nas vendas. Embora às vezes chegasse atrasada por conta de dificuldades com o transporte, eu sempre fui compreensiva e jamais a adverti por isso. No geral, era uma assistente dedicada, ainda que distraída em alguns momentos — o que era compreensível, considerando sua pouca experiência, os 22 anos de idade e o início da faculdade de Moda. Eu acreditava que, com orientação e incentivo, ela poderia crescer bastante.

Em fevereiro de 2023, tivemos um dos eventos mais aguardados do nosso calendário: a produção do look para o Baile da Vogue. Viajamos duas vezes para o Rio de Janeiro, e em ambas as ocasiões Kath me acompanhou com todas as despesas pagas. Esteve presente nos bastidores, teve acesso ao hotel no dia do evento, interagiu com artistas e ainda produziu conteúdo para suas redes sociais sobre a viagem e sobre o atendimento que realizamos à artista Jojo Todynho. (📎 Anexos 2, 3 e 4: Baile da Vogue no Drive)

É importante ressaltar que raramente uma estagiária acompanha uma estilista em eventos desse porte, muito menos recebe autorização para produzir conteúdo vinculado às criações do ateliê. Mesmo assim, sempre fiz questão de incluir minha equipe, dar os créditos devidos e valorizar o trabalho coletivo — afinal, como estilista, sei que nenhuma peça ganha vida sem mãos comprometidas ao meu lado.

Infelizmente, reconheço que nesse período comecei a confundir os limites entre nossa relação profissional e pessoal. Kath, assim como eu, era usuária de cannabis, e com frequência me pedia adiantamentos de salário para comprar — como demonstram várias mensagens salvas 


Ela tinha ampla liberdade de horários. Às vezes, saía mais cedo para sessões de terapia ou para resolver questões pessoais, e nunca a puni por isso. Considerando que era estagiária, sem experiência anterior, em início de graduação, e com um salário acima da média, eu fazia questão de oferecer segurança para que ela se desenvolvesse.

Todo o aprendizado dela foi do zero comigo. Em 25 de março, tirei um dia para dar feedback individual a todas as funcionárias. Fui bastante objetiva com Kath: observei que ela estava se dispersando com frequência, conversando demais, gravando vídeos, dançando durante o expediente e demorando para finalizar aplicações de renda. Mandei alguns áudios chamando atenção, pois ela estava falhando em funções básicas.

📎 Áudio salvo do dia 25 de março de 2023.

📌 Abril de 2023


No mês de abril, demos início a uma nova fase de projetos criados por mim e executados com o apoio da equipe, sempre sob minha orientação direta. Kath, como minha principal assistente na época, ficou responsável por tarefas como aplicação de rendas, detalhes de montagem e cortes de saias. Porém, é importante frisar: ser responsável pela execução de uma criação não torna alguém o autor da ideia.


Para ilustrar, uso uma metáfora simples: se um arquiteto projeta uma casa, mas é o pedreiro quem ergue as paredes, isso não torna o pedreiro o criador da obra. Ele participou da execução — e isso deve ser reconhecido —, mas não pode reivindicar a autoria do projeto. No caso da Kath, o que ocorreu foi justamente esse tipo de distorção. Por executar modelos desenvolvidos por mim, dentro de um contrato formal com minha empresa, ela passou a se apresentar como a estilista dessas peças, ignorando o fato de que tudo era feito sob meu comando, com aprovação constante em cada etapa.

Print anexo: modelo em que ela precisou me enviar fotos para aprovação antes de apresentar à cliente.

Além das funções técnicas, abril foi um mês particularmente delicado para Kath, que enfrentava problemas familiares envolvendo sua mãe e a irmã mais nova. Ela teve diversas faltas e atrasos nesse período. Apesar disso, mantive minha postura compreensiva. Nunca descontei salário, nem fiz advertências formais, justamente por entender a complexidade da situação pessoal pela qual ela passava.

nao irei expor prints desses pedidos e conversas sobre assuntos pessoais envolvendo sua família, em respeito a mesma.

Tenho inúmeras mensagens salvas que comprovam que nenhuma aplicação de renda, acabamento ou decisão estética em qualquer vestido era feita sem a minha autorização expressa. Tudo, absolutamente tudo, passava por mim. Portanto, a autoria criativa continuava sendo exclusivamente minha.

📌 Maio de 2023

Em maio, recebi um convite para participar de um desfile em um programa de televisão. Kath me acompanhou durante essa ocasião, o que inclusive aparece registrado em um vlog que ela mesma publicou em suas redes sociais. No vídeo, ela deixa claro que estava ali como estagiária, acompanhando sua chefe. (📎 Anexo 6: Vídeo na TV)

Apesar de continuar prestativa em diversas tarefas, Kath seguia com atrasos recorrentes e ausências justificadas por questões familiares. Em paralelo, seu comportamento no ambiente de trabalho demonstrava certa imaturidade: havia distrações frequentes, dancinhas durante o expediente e perda de foco.

Neste mesmo período, eu atravessava uma das fases mais difíceis da minha vida pessoal. Havia me divorciado há menos de um mês e meus filhos, junto ao meu ex-marido, tinham retornado para Goiânia. Isso me abalou profundamente. Exausta e emocionalmente sobrecarregada, comecei a delegar muitas das responsabilidades do ateliê para a equipe — composta, em sua maioria, por funcionários jovens, sem experiência, e muitas vezes dispersos.

Minha capacidade de criar conteúdo para as redes sociais e fazer atendimentos personalizados foi comprometida. Como consequência direta, nossa taxa de fechamento de contratos despencou. A renda caiu pela metade. Os atrasos nos pagamentos começaram a se acumular, o que gerou insatisfação interna. Três funcionárias pediram demissão de forma imediata, incluindo a então gerente geral, Júlia Cunha — que, embora não seja o foco deste relatório, também apresentava sérias falhas em suas responsabilidades.

Diante desse cenário, Kath se ofereceu para acumular a função de gerente, assumindo a liderança da produção no final de maio, início de junho.

📌 Junho de 2023

O mês de junho revelou ainda mais os limites da capacidade de gestão da Kath. No dia 21, um vestido que deveria estar pronto simplesmente não estava. Era função dela supervisionar o alinhavo daquela peça — e, conforme mostram as mensagens salvas, ela sequer sabia que o processo ainda estava incompleto. Esse tipo de falha era recorrente: eu perguntava se estava tudo pronto, recebia respostas afirmativas, mas ao conferir pessoalmente, descobria que muitas etapas estavam pendentes.

Kath havia sido promovida ao cargo de gerente de produção, com um salário de R$ 3.500,00, justamente para que eu pudesse focar em outras frentes: atendimento às noivas, desenvolvimento de conteúdo e criação artística — tudo com o objetivo de recuperar o faturamento do ateliê. No entanto, sempre que eu me afastava para cumprir essas funções, surgiam problemas sérios que exigiam minha intervenção de última hora.

Nesse mesmo mês, contratamos uma nova costureira, Lia, cuja integração e supervisão ficaram sob responsabilidade da Kath. Infelizmente, Lia começou a faltar com frequência, e mesmo após publicarmos novos anúncios, tivemos dificuldade em encontrar uma substituta adequada. Ficamos reféns do desempenho de uma costureira instável, o que sobrecarregou toda a equipe.

No dia 26 de junho, sugeri que a Kath assistisse a um curso especializado em corset, ministrado por uma profissional da área. Paguei integralmente pelo curso, que foi oferecido a ela de forma gratuita. Até então, ela nunca havia feito ou modelado um corset. Todo o aprendizado — desde o corte até os materiais — foi fornecido por mim, tanto nos bastidores quanto em aulas práticas.

Outro episódio marcante ocorreu quando o ateliê foi invadido por um gato de rua. Por ser amante dos animais, decidi resgatá-lo temporariamente. Batizei-o de Sirius. Providenciei comida e areia, e deixei o gato abrigado no ateliê até que ele pudesse fazer exames e ser integrado aos meus outros gatos. Em um dos dias em que eu não estava presente, Sirius acabou fazendo fezes na pia da cozinha do casarão sede — um ambiente reservado a atendimentos, e não utilizado pelos funcionários, que trabalhavam em uma sala comercial do outro lado da rua.

Kath me enviou uma foto do ocorrido. Eu não a obriguei a limpar, mas como não tinha previsão de retorno imediato, ela se prontificou. No entanto, posteriormente, distorceu completamente os fatos ao postar nas redes sociais como se eu a tivesse forçado a limpar fezes de gato, expondo a situação de forma sensacionalista e tentando me pintar como uma chefe abusiva. Isso nunca ocorreu. Naquele momento, inclusive, todas estavam felizes com a presença do Sirius no espaço — o que só torna a exposição ainda mais injusta e desleal.

📌 Julho de 2023

O mês de julho foi especialmente difícil. Meus filhos vieram passar as férias comigo, o que reduziu ainda mais minha presença no ateliê. Ao mesmo tempo, enfrentávamos inúmeros problemas internos: uma costureira que faltava mais do que trabalhava, uma gerente de vendas descomprometida, uma auxiliar sem foco, e eu ainda precisava organizar a mudança do ateliê para o final de agosto, pois o contrato de aluguel estava prestes a vencer.

A Kath ficou responsável por organizar a produção e tocava as atividades do seu jeito, acertando em alguns pontos, errando em outros. Vale ressaltar que nem tudo recaía sobre ela — muitos dos erros vinham da falta de responsabilidade dos demais funcionários. Ainda assim, por ser jovem e inexperiente, ela não conseguia se impor ou gerenciar a equipe de forma firme.


Hoje, olhando para trás, reconheço que errei ao colocar tanta responsabilidade sobre alguém tão jovem, sem preparo e sem formação. Mas, naquela época, eu estava afundada em uma depressão silenciosa e cercada de problemas. Não tinha forças para contratar e treinar novas pessoas, nem recursos para sustentar mais desligamentos. Estávamos constantemente fazendo promoções para fechar contratos e pagar as contas básicas — aluguel, salários e as rescisões ainda pendentes da pandemia.

📌 Agosto de 2023

Agosto começou com mais um baque: nossa costureira Lia pediu demissão, revelando que estava lidando com problemas sérios com álcool e que precisaria se internar. Ela nos deixou na mão. Contratamos então, de forma temporária, o costureiro José, que fazia alguns dias de freelance e ajudou a segurar as pontas. Porém, os outros funcionários não levavam o trabalho a sério, sobrecarregando ainda mais a mim e à Kath.

Apesar disso, tivemos uma conquista importante: conseguimos finalmente uma casa nova no bairro do Tatuapé, que passaria a ser tanto minha residência quanto o novo ateliê. Essa mudança foi estratégica — um espaço maior, com economia de tempo e custo, já que setembro seria nosso mês mais cheio até então, com 28 noivas previstas. Com fé de que a mudança traria um novo ciclo, iniciamos os preparativos.


Mas nem tudo fluía bem. No dia 23 de agosto, Kath ofereceu um capuz gratuitamente para uma noiva, sem minha autorização. A cliente, acreditando que seria cortesia, não quis pagar, e isso gerou um desgaste entre mim e ela. Tive que assumir a responsabilidade, e chamei a atenção da Kath por áudio, explicando que nada poderia ser oferecido sem meu consentimento — ainda mais sem saber o custo da peça.

No mesmo dia, tivemos outro problema: um vestido feito à distância. Passei as medidas da noiva para a Kath provar numa modelo de prova. Ela informou que a nova costureira, Dani, tinha medidas idênticas e que usaria ela como base. Porém, havia uma diferença de 7cm entre os corpos das duas — e o vestido, quando chegou à noiva (de Brasília), estava pequeno. Tive que arcar com a remessa urgente do material pela TAM Cargo, pagar uma costureira local para ajustar a peça e lidar com a ansiedade da noiva, a poucos dias do casamento.


Chamei a atenção da Kath por áudio, deixando claro que isso era inadmissível. Ela pediu desculpas, disse que não se repetiria, e reforçou que queria “somar”. Mas era evidente que muitas coisas escapavam do seu controle — e quando isso acontecia, era sempre eu quem precisava correr atrás do prejuízo.

📌 Final de Agosto de 2023

Nos últimos dias de agosto, enquanto organizávamos a mudança, Kath me comunicou que começaria suas aulas práticas de direção em setembro. Se não as finalizasse até outubro, teria que reiniciar todo o processo no Detran. No dia 25, ficamos até tarde no ateliê porque ela esqueceu de anotar que uma barra de vestido não havia sido marcada — e o vestido precisava ser entregue no dia seguinte.


📎 Áudio salvo na conversa

Mudamos oficialmente no dia 28. Como Kath marcava as aulas durante a tarde — horário de trabalho — e, se perdesse, teria que pagar para repor, acabei arcando com duas dessas aulas. Paguei de boa-fé, mesmo que isso fosse além das minhas obrigações como empregadora. No mesmo dia da mudança, ela entregou dois vestidos à costureira Daniela para que finalizasse em casa e devolvesse no dia 1º de setembro: um vestido de noiva e um vestido de formatura da cliente Juliana, de Brasília.

Mudamos em meio ao caos, mas com esperança. Já havia emagrecido 9 quilos de tanto estresse. Apesar das falhas, da sobrecarga e das ausências, consegui levar a mudança adiante. Contratamos novas assistentes de acabamento, o José continuou como costureiro freelancer, e a Dani foi efetivada como costureira fixa — mesmo sem experiência com roupas finas, mas com muita vontade de aprender. Kath ficou encarregada de treiná-la.

📌 Setembro de 2023

No início de setembro, o vestido da Juliana voltou das mãos da Dani completamente inacabado: sem barra, sem botões — e faltando apenas três horas para ser enviado. Toda a equipe teve que se mobilizar para terminar a tempo. No entanto, o vestido chegou à cliente com acabamento malfeito: costura torta, tule desalinhado, botões tortos. A formanda cancelou o contrato e exigiu reembolso integral. Foi um prejuízo inesperado e pesado.

Demitimos Dani imediatamente. No auge do caos, ainda não tínhamos outra costureira, e estávamos no mês com maior número de entregas do ano. Kath continuava se ausentando três tardes por semana para as aulas de direção. Como “compensação”, voltava à noite e trabalhava até de madrugada — e, por conta disso, passou a dormir quase todos os dias no ateliê.

Eu sabia que não era o ideal, mas não via outra saída. Tínhamos 28 vestidos para entregar, e a presença da Kath era essencial, já que ela conhecia toda a rotina. Ela voltava das aulas sempre depois das 19h, como comprovam nossas conversas. Inclusive, perdeu o controle remoto do portão em uma dessas aulas e nunca repôs. Mais uma vez, relevei. Eu estava cansada, e minha única prioridade era conseguir cumprir as entregas.

Mesmo dormindo no ateliê, todo o custo da estadia era por minha conta: alimentação, lavanderia (as roupas eram lavadas na minha casa, que também era o ateliê), e nenhum desconto era aplicado ao salário dela.

Durante setembro, enfrentamos bloqueios judiciais em razão de processos trabalhistas e rescisões pendentes. Para evitar atrasos em salários e no aluguel, Kath se ofereceu para receber temporariamente os pagamentos na conta dela. Na exaustão em que eu me encontrava, aceitei — afinal, além de funcionária, eu ainda a considerava amiga.

Por conta dessa proximidade, ela tinha total liberdade na minha casa. Dormia lá frequentemente, às vezes só para não acordar cedo ou porque não queria voltar para Itaquera. Depois, chegou a afirmar que dormia por minha imposição — o que é completamente falso. 📎 Print mostra que ela mesma pedia para dormir lá, inclusive após voltar de encontros. Ela tinha um quarto próprio, com roupas e itens pessoais.


📌 Outubro de 2023

No dia 2 de outubro, viajei para Goiânia para o aniversário da minha filha caçula. Deixei a Kath responsável pela casa e pela produção. Durante minha ausência, meu cachorro (um pug) passou mal e vomitou no tapete da sala e no quarto em que ela dormia. Ele havia comido algo do lixo. Kath me avisou, e a funcionária responsável pela limpeza, Dayane, fez a higienização.

Pedi apenas que medisse a temperatura do cachorro antes de levá-lo ao veterinário, para verificar se era necessário. Nada mais. Mesmo assim, ela expôs isso nas redes sociais como se eu a tivesse obrigado a cuidar do animal, quando sequer foi ela quem limpou o local.


No dia 6, deixei sob sua responsabilidade o envio de um vestido de noiva para Brasília. Em vez de enviar pessoalmente, ela delegou a função à Dayane, que preenchia o formulário dos Correios. O endereço foi registrado de forma incompleta, quase causando a devolução do vestido. A noiva acabou expondo o caso meses depois na página “Vítimas da Estilista”, alegando que eu mesma havia preenchido errado, quando a responsabilidade era, de fato, da Kath.

No dia 15 de outubro, ela me pediu demissão — sem aviso prévio, por mensagem. Saiu me cobrando salários atrasados e horas extras de setembro (sendo que as horas extras foram, em grande parte, compensações por ausências para as aulas de direção). Eu já estava emocionalmente esgotada com suas falhas, então não contestei. Pedi prazo para o pagamento, reassumi o controle da produção e das entregas.


Foi um período duríssimo. Pouco tempo depois, meu cachorro foi atropelado na porta do ateliê, após um descuido do costureiro. Morreu na hora. Sofri sozinha e, mesmo assim, continuei trabalhando normalmente. Reorganizei o ateliê com ajuda de assistentes freelancers, e, mesmo diante de tanta dor, consegui terminar o ano com crescimento nas vendas.

📌 Fim de 2023 e reaproximação

Após sua saída, Kath anunciou em seu Instagram que estava abrindo o próprio ateliê em casa. Oferecia criações sob medida para noivas e festas. Fiquei chateada, claro — mas não falei nada. Inclusive, no fim do ano, indiquei ela para um trabalho com a influenciadora Karol Rezende, nossa cliente. Ela me pediu ajuda para escolher os materiais, realizou a peça (de forma mais simples) e divulgou o resultado em suas redes sociais. 📎 Vídeo anexo 7.

Tivemos pouco contato depois disso, até que, em fevereiro de 2024, no meu aniversário, a convidei para uma comemoração com amigos. Ela aceitou e retomamos o contato e a amizade.

📌 Março de 2024


Após meses afastadas, recontratei a Kath no dia 10 de março de 2024. No primeiro dia, ela já me pediu um vale. Apesar de tudo que havia acontecido anteriormente, acreditei em sua mudança e, mais uma vez, a recebi de braços abertos, com todos os projetos sendo executados sob minha total supervisão. Eram criações minhas, conduzidas por mim, e cada detalhe precisava de minha orientação e aprovação.

Kath voltava a ficar até tarde no ateliê com frequência, não porque havia excesso de serviço, mas porque enrolava durante o dia. Por morar longe, preferia dormir no ateliê a ter que se deslocar de volta para casa. Por isso, deixava que ficasse — mesmo sem gostar da situação. Ela tinha acesso irrestrito a toalhas, roupas de cama, produtos de higiene e até peças minhas de roupa.


Hoje vejo que esse foi um dos meus maiores erros: misturar o pessoal com o profissional. Passei a tratá-la como filha, talvez por nos vermos em espelhos — ela com uma relação difícil com a mãe, e eu com a minha própria história. Queria protegê-la, como gostaria de ter sido protegida, e por isso acabava passando por cima de limites essenciais. Ela dormia e comia no ateliê todos os dias, por minha conta.

A produção de março seguiu intensa. Eu passava todas as instruções, e ela coordenava a execução junto aos funcionários. No dia 14 de março, entregamos o vestido da formanda Aline — nome que se tornaria relevante depois. Kath ficou no ateliê para fazer a entrega, já que a cliente só poderia buscar à noite.


No dia 20 de março, viajei a Porto Alegre para apresentar minha proposta de parceria com a marca Moleca. Kath me ajudou a montar a apresentação e ficou responsável por todas as demandas do ateliê durante minha ausência. Havia um vestido de noiva com bordado pendente que precisava ser entregue no fim de semana; ela me tranquilizou, garantindo que estava tudo sob controle. Quando voltei, a entrega foi feita, com pequenos contratempos, mas conseguimos vesti-la pessoalmente.


Ela sempre usava o próprio carro para se locomover e me pedia vale-transporte para abastecer — algo que, na época, eu não sabia que não era obrigatório, já que a opção de ir de carro era dela. Mesmo assim, eu arcava com os custos, especialmente quando usávamos o veículo para vestir noivas, buscar materiais e realizar deslocamentos do ateliê.

📌 Abril de 2024

Abril começou com dificuldades financeiras sérias. Estávamos com altos custos por conta da troca constante de funcionários, uma demanda crescente de vestidos para entregar e uma queda significativa no fechamento de novos contratos. O aluguel — pago via Quinto Andar — já estava com 48 dias de atraso. Mantínhamos sete pessoas sendo alimentadas todos os dias, além dos salários de dois costureiros e assistentes, produtos de limpeza, materiais e passes. Apesar disso, evitei ao máximo sobrecarregar a equipe com essas preocupações, inclusive a Kath.


Ainda assim, ela usava o espaço e os materiais do ateliê para fazer peças pessoais — inclusive para trabalhos da faculdade — sem me avisar e sem repor nada. No dia 6 de abril, por exemplo, ela passou a noite no ateliê confeccionando um vestido para usar no dia seguinte, quando iria vestir uma noiva. Eu estava fora, em São Sebastião, acompanhando outra cliente, e ela aproveitou para gravar conteúdo para o TikTok (📎 Anexo 9 do Drive). Usou maquinário e materiais do estoque, inclusive uma renda, e só me mostrou o vestido pronto. Fiquei incomodada, mas não falei nada. Hoje vejo o erro de não ter imposto limites: quem pega uma moeda, pega um milhão.

No dia 13, precisei viajar para Goiânia para ver meus filhos, que não via havia quatro meses. Nesse dia, tínhamos três noivas para atender. Kath ficou responsável por finalizar os vestidos e vestir as clientes — uma pela manhã, outra à tarde (do projeto Noiva às Cegas) e a última à noite.


Na noite anterior, revisamos todos os itens. Ela disse que tudo estava pronto, faltando apenas o alinhavo de um vestido. Reforcei que não podia esquecer o brinco reservado para a noiva do projeto e pedi que conferisse todos os detalhes: anáguas, véus, acessórios.

Na manhã do dia 13, às 6h, ela me acordou dizendo que havia dormido sem finalizar o plissado e a aplicação do primeiro vestido. Fiquei nervosa, mas mantive a calma. Ela correu e conseguiu terminar a tempo de vestir a primeira noiva.


Às 9h, perguntei se ela havia levado o brinco da segunda noiva, e ela admitiu que esqueceu. Estava longe do ateliê, em Osasco. Pedi que comprasse outro em uma loja próxima, o que não era o ideal, mas seria melhor do que voltar ao Tatuapé. Ela sugeriu um brinco que viu num salão, mas não servia. Voltou ao ateliê para buscar o original, o que a fez chegar com 40 minutos de atraso para a entrega. Felizmente, apesar de um breve atrito com a mãe da noiva, tudo deu certo — a cliente ficou radiante.


A terceira noiva do dia era a Carol, uma das mais especiais, pois usaria o primeiro vestido do ateliê pintado à mão por mim. No momento da entrega, Kath esqueceu o véu. A noiva, que já estava ansiosa, teve uma crise de pânico. Chorou, se jogou no chão. Quando se acalmou, aceitou entrar sem o acessório. Depois, disse que o vestido era tão especial que o véu teria atrapalhado. Falei com ela pessoalmente e pedi desculpas. Felizmente, entendeu.

📌 Segunda quinzena de Abril de 2024

No dia 15 de abril, voltei de Goiânia à noite e, ao chegar às 21h, resolvi descer até a produção para conferir o andamento dos vestidos que seriam entregues no dia seguinte: o da noiva Carol e o da mãe dela.

A bordadeira responsável era a May, freelancer, uma moça simples que já havia causado vários atrasos. Quando perguntei à Kath se o vestido estava pronto, ela respondeu que só faltava um pequeno trecho do bordado e que May terminaria antes da chegada da cliente, que viria do interior.No entanto, ao ver o vestido, percebi que ainda faltava muita coisa — muito mais do que o combinado. E o pior: o vestido estava com um cheiro fortíssimo de suor. Falo isso sem nenhum tipo de preconceito, mas com franqueza: a May tinha um odor corporal muito forte, que já havíamos notado antes. Mesmo assim, nunca falei nada diretamente a ela. Só que, nesse caso, os vestidos estavam simplesmente impossíveis de serem entregues naquele estado. O da noiva e o da mãe cheiravam tão forte que era insuportável permanecer com eles por perto.

Na hora, coloquei os dois para lavar. Era a única opção. Enviei uma mensagem para a Kath perguntando se ela não tinha percebido o cheiro. Hoje, com distância emocional, é difícil acreditar que ela não tenha notado, pois era algo muito evidente. Especialmente considerando que o vestido havia ficado com a May o dia inteiro — e que eu já havia avisado em áudio que qualquer falha caía sobre mim, e não sobre a equipe (📎 Anexo 11)

Fiquei a madrugada inteira acordada, bordando com o vestido ainda úmido sobre o colo. No dia seguinte, entregamos dentro do prazo, mas dispensei a May imediatamente. Não dava mais.

No dia 24 de abril, já em meio a uma nova leva de entregas, tanto a Kath quanto outra funcionária pegaram dengue. Isso reduziu ainda mais nossa equipe, mas seguimos firmes, com esforço redobrado para não falhar com nenhuma noiva.

Nesse mesmo período, fui convidada para participar do reality show New Faces, do canal E!, com gravações previstas para setembro. Pedi à Kath que me enviasse a agenda de compromissos e entregas daquele mês, para analisar se seria viável minha ausência. Apesar de termos poucas noivas em setembro, eu ainda estava hesitante, pois o ateliê seguia instável em termos de pessoal.

Estávamos com dificuldade para contratar uma nova costureira: a única que tínhamos, a Cris, não estava conseguindo dar conta da demanda sozinha. Kath agendava testes, mas ninguém era aprovado. Eu me sentia sobrecarregada novamente: aluguel atrasado, dívidas se acumulando, falta de tempo para atendimentos e produção de conteúdo — que sempre foi minha principal vitrine de vendas.

Foi nesse momento que decidi começar um projeto especial: uma colaboração com a influenciadora Bel, muito querida no TikTok. Propus confeccionar um vestido pintado à mão para ela e para sua filha de seis meses, como homenagem ao Dia das Mães. Fiz um convite público nas redes e ela aceitou imediatamente. A repercussão foi enorme, os fãs estavam animadíssimos.

A ideia era produzir um vídeo da revelação dos vestidos — que seriam mostrados apenas no dia da sessão de fotos, agendada em Campinas, no estúdio de uma fotógrafa parceira. A filmagem ficaria por conta do meu então namorado, Fábio, um profissional com mais de 20 anos de experiência em audiovisual, que já havia produzido para grandes marcas e até para a Netflix. Seria um conteúdo artístico, com apelo emocional e potencial de grande repercussão

📌 Final de Abril de 2024 – Caso Andréia

Tudo estava caminhando bem até que, na última semana de abril, surgiu uma nova situação urgente: o caso da influenciadora Andréia , que morava na França e tinha casamento marcado para o dia 4 de maio no Brasil.

Ela já havia me procurado no início do mês, interessada em um vestido igual ao que eu havia feito para outra noiva no passado. Expliquei que só poderia fazer mediante pagamento do valor de custo, já que se tratava de uma parceria — e ela, na época, disse que não tinha condições e agradeceu.

No entanto, uma semana antes do casamento, quando finalmente experimentou o vestido que havia comprado em Paris, detestou. A cerimonial dela me procurou em desespero, perguntando se seria possível confeccionar um novo vestido com urgência. Não tínhamos nada no estoque que servisse e o corpo dela era muito pequeno — precisava ser feito sob medida.

Tínhamos apenas cinco dias úteis. Mesmo assim, aceitei o desafio pela visibilidade que isso poderia trazer ao ateliê. Combinamos que eu faria o vestido 100% de graça, como criação artística autoral, em troca da divulgação total do processo e do resultado. Atendi Andréia no domingo, tirei medidas e já na segunda-feira dei início à produção. Na terça, ela veio para a primeira prova (com duas horas de atraso), e trabalhamos até às 20h para ajustar tudo. Kath esteve presente em todo o processo, assim como minha costureira. Tudo foi registrado em vídeo para um documentário.

Andréia fez prova de cabelo e maquiagem no próprio ateliê. Fomos até Boituva no sábado, dia do casamento, com tudo pago por mim: hospedagem, transporte, alimentação. Vestimos a noiva, gravamos o conteúdo. O vídeo viralizou e o retorno de visibilidade foi excelente.

📌 Início de Maio – Conflito com Bel e ruptura com Fábio

Na semana seguinte, voltamos ao projeto com a Bel. A gravação ocorreu na quarta-feira, com fotos e vídeos em Campinas e Holambra. Mesmo com Fábio doente (diagnosticado com dengue), ele gravou tudo e passou a quinta-feira inteira editando o vídeo — que foi filmado com equipamento profissional e não podia ser editado no celular.

Bel, ao assistir à prévia, exigiu mudanças que exigiriam outro dia inteiro de edição. Tentamos explicar que as alterações eram desnecessárias, mas ela se ofendeu. Disse que Fábio estava sendo grosseiro, que não precisava disso, e que queria outra pessoa para editar.

Fábio respondeu, de forma direta, que respeitava a opinião dela, mas que, para ele, era uma “bosta”. Isso causou o rompimento. Bel se irritou, eu tentei contornar, mas Fábio ficou ofendido com o modo como ela o tratava — como se fosse apenas um apertador de botão. Houve troca de áudios num grupo que eles tinham para a edição, e o clima azedou de vez.

A proposta caiu. Brigamos feio. Terminei o relacionamento com Fábio um dia após completarmos seis meses juntos. No domingo do Dia das Mães, completamente arrasada, a Kath me levou para a casa de praia da família dela. Como ela não tinha mãe presente, quis passar o dia comigo, reforçando nossa amizade.

📌 Maio de 2024 – Parte 2: Entrada de Thamires e Caso Aline

Após o término com o Fábio e o cancelamento do projeto com a influenciadora Bel, entrei em uma fase emocionalmente muito vulnerável. Durante esse período, a Kath passou a trazer com frequência uma amiga chamada Thamires para ajudar no ateliê.

Thamires era jovem, tinha 22 anos, e a princípio parecia uma moça responsável. Eu estava fragilizada e precisando de apoio, então aceitei sua presença, mesmo sem formalização. Ela começou ajudando com pequenas tarefas da casa e da produção — muitas vezes recebendo diárias simbólicas.

Apesar de termos a Dayane como responsável oficial pela limpeza e alimentação, a qualidade do trabalho dela era muito ruim. Thamires acabou assumindo algumas dessas tarefas e também passou a acompanhar a Kath em diversos compromissos. Era visível que a Kath fazia questão de incluí-la em tudo, mesmo quando não havia necessidade real.

Elas dormiam frequentemente na minha casa, usavam o banheiro para se arrumar, lavavam o cabelo, faziam maquiagem e usavam meus produtos pessoais. Também pegavam emprestadas minhas roupas — às vezes para vestir noivas, mas outras vezes apenas para saídas pessoais, encontros e festas. Como as considerava amigas, eu deixava.

📎 Anexo 12 do Drive: Vídeo em que Kath reaproveita uma saia do ateliê e Thamires usa um vestido originalmente feito para uma blogueira em 2022, para acompanhar a equipe num casamento. A ida da Thamires sequer era necessária, mas a Kath insistia, e mais uma vez eu cedia.

Esse cenário virou rotina: elas viviam na minha casa, tinham acesso irrestrito ao meu guarda-roupa, ao estoque, à estrutura — e mesmo que me incomodasse, eu silenciava para não gerar conflitos.

Foi nesse contexto que, uma semana após o término com o Fábio, enfrentamos o primeiro ataque público nas redes sociais. Era o início do que viria a ser uma perseguição devastadora.

📌 Final de Maio a Julho de 2024 — Escalada das Acusações e Colapso da Estrutura

Após os ataques vindos da Aline, eu e o Fábio retomamos nosso relacionamento. Conversamos com calma e entendi que havia interpretado de forma equivocada a situação com a Bel. Percebi que ele não havia sido grosseiro — apenas direto, como é do seu jeito, e como muitos paulistas são. Não fazia sentido romper com alguém que sempre me apoiou, especialmente num momento tão difícil. Poucos dias depois, ele me pediu em casamento. Ficamos noivos. Foi um recomeço — ou, pelo menos, parecia ser.

Mas a calmaria durou pouco.

Ainda em maio, uma nova bomba explodiu: a madrinha da influenciadora Andréia — para quem eu havia confeccionado um vestido de noiva gratuitamente em apenas cinco dias — publicou um vídeo no TikTok pegando carona na repercussão do caso Aline. O conteúdo trazia uma narrativa deturpada, me acusando de ter “mandado mais no casamento do que a própria noiva” e de diversos outros absurdos. Aparentemente, atacar meu nome estava rendendo engajamento.

Procurei a Andréia para esclarecer a situação. Expliquei que os vídeos estavam gerando cancelamentos e prejuízos reais. Eu já enfrentava dificuldades financeiras, com três meses de aluguel atrasado e uma ordem de despejo iminente pelo Quinto Andar. Estava priorizando o essencial: entrega de vestidos, folha de pagamento e alimentação da equipe. Andréia, no entanto, se negou a resolver ou sequer rebater o conteúdo da madrinha. Diante disso, fui forçada a gravar vídeos mostrando provas e esclarecendo os fatos, um por um.

Esses vídeos viralizaram — novamente. A reação do público virou contra a própria Andréia, chamando-a de ingrata, já que ela havia recebido um vestido de alto padrão, feito sob medida e gratuitamente, e mesmo assim contribuía com uma tentativa de destruir minha imagem.

Em resposta, Andréia distorceu completamente o contexto de um áudio privado, me acusando publicamente de racismo. O áudio em questão tratava de uma conversa geral sobre representatividade e racismo estrutural no mercado de casamento — especialmente a ausência de noivas pretas nos feeds de marcas e ateliês. Nunca houve ataque pessoal ou generalização. Ainda assim, ela recortou o áudio para construir uma narrativa conveniente de “racismo pessoal”.

Simultaneamente, Bel — a influenciadora do projeto de Dia das Mães — também distorceu uma fala minha em um desentendimento com o Fábio, alegando xenofobia. Durante uma conversa difícil, eu disse que, se ela não conseguia lidar com a forma direta dos profissionais de São Paulo, talvez fosse melhor “voltar para o Cariri”, sua terra natal. A fala foi no sentido de “voltar pra casa” e nunca teve conotação depreciativa. Pelo contrário: o vestido que pintei para ela era uma homenagem ao Cariri, com cada flor e paisagem cuidadosamente desenhada a partir de pesquisas e carinho pelo povo de lá. Foi uma homenagem sincera — agora transformada em ataque.

O que se seguiu foi um verdadeiro linchamento virtual. Andréia expôs até mesmo que eu estava com um processo de despejo, alegando que eu jogaria a culpa nela. Sua cerimonialista também passou a divulgar alertas para que noivas não fechassem comigo, dizendo que eu poderia “fechar o ateliê a qualquer momento”.

Entre maio, junho e julho, foram semanas de terror digital. Grandes influenciadores começaram a fazer reacts dos vídeos, distorcendo os fatos, me ridicularizando, reforçando mentiras. Os ataques não paravam. Minha página no TikTok virou alvo. Contratos foram cancelados em sequência. O prejuízo direto ultrapassou R$ 95.000,00. E isso sem contar o desgaste emocional.

Durante esse período, a Kath seguia trabalhando no ateliê. Se dizia minha amiga, me apoiava, dizia que “ia estar comigo pro que viesse”, que devíamos processar essas pessoas, que eu era uma guerreira e que a gente ia dar a volta por cima.

Foi nesse cenário que a jornalista Patrícia Lélis apareceu. Eu não conhecia suas polêmicas passadas, apenas sabia que era minha seguidora. Ela se ofereceu para me ajudar, dizendo que seu advogado era especialista em crimes digitais e que poderia me defender das acusações da Bel e da Andréia. Confiei.

Paguei o advogado. Entreguei provas. E comecei a me abrir com ela sobre questões pessoais e emocionais, acreditando estar em um espaço de segurança. Mal sabia eu que estava alimentando uma cobra — que morderia com força pouco tempo depois.

📌 Junho de 2024 — Sabotagens e Desconfiança

No meio desse furacão, tivemos uma noiva grávida de quatro meses com casamento às cegas. Esse tipo de caso exige um planejamento cuidadoso. Fizemos a penúltima prova cinco dias antes do evento, e, como esperado, ela já havia ganhado um pouco de peso. Faltava só finalizar com zíper, barra e aplicação de flores. Combinei com a Kath: ela ficaria encarregada de acompanhar a costureira naquele dia e garantir que tudo estaria pronto, as aplicações florais, zíper, botões faltando poucas coisas para a manhã do dia seguinte, pois tínhamos que sair às 11hs pará vesti-la.

No dia anterior ao casamento, eu fui com meu noivo a um compromisso religioso. Quando voltei, já perto da meia-noite, desci para conferir o vestido. Fiquei em choque. Não havia barra, nem zíper, nem flores aplicadas. Nada havia sido feito. E no dia seguinte era o casamento.

Entrei em desespero. A noiva só veria o vestido na hora — era uma revelação às cegas. Se algo desse errado, seria um vexame irreparável. Passei a madrugada inteira acordada, alinhavando, costurando e aplicando renda no vestido. Só consegui finaliza às 11h da manhã, horário exato em que precisava sair para vesti-la em Osasco.

Não contei nada à noiva. Fiz a revelação com um sorriso. O vídeo da entrega foi emocionante e, apesar de alguns comentários maldosos, teve boa repercussão. Mas eu estava destruída por dentro. E muito decepcionada com a Kath. Nesse dia chamei sua atenção ela chorou muito mas pediu desculpas.

Esse foi só um dos casos. Em junho e julho, vieram vários outros:

  1. Vestido com renda entregue ao costureiro de forma invertida, a saia ficou ao contrário e só foi visto depois da montagem feita por ela que inclusive aplicou a renda no Corset sem se atentar que a renda da saia estava ao contrário.
  2. Barras que a Kath dizia estarem marcadas, mas não estavam;
  3. Aplicações feitas de maneira errada, mesmo em modelos que ela já conhecia;
  4. Uma cliente que agendou horário e chegou fora do combinado; eu determinei que não seria atendida — mas a Kath a recebeu escondida e ainda fez alterações no modelo sem minha autorização.

Nessa altura, já parecia sabotagem. Ou uma tentativa de forçar a demissão para receber uma rescisão alta. Também percebi que ela estava usando o ateliê e a mão-de-obra da minha equipe para realizar trabalhos da faculdade no meio do expediente. Inclusive, gastou todo o estoque de uma caneta de tecido do meu estoque para isso.

Eu relevava. Passava pano. Mas a cada dia ficava mais claro: algo estava errado.

No fim de julho, com meus filhos em casa para as férias, presenciei situações de desrespeito direto a eles — inclusive falas de impaciência da Kath que me magoaram. E então, recebemos a ordem formal de despejo. Eu negociei para que pudéssemos sair com dignidade e um novo plano.

Nesse momento, decidi fazer algo simbólico: um teste de lealdade.

Eu queria saber, de uma vez por todas, se ela estava ao meu lado ou contra mim.

📌 Julho a Agosto de 2024 — O Teste de Lealdade e a Saída Final

No final de julho, percebi que a Kath estava supostamente sabotando várias entregas intencionalmente. Mesmo com todas as polêmicas, ataques e a busca urgente por uma nova sede após a ordem de despejo, ela seguia cometendo erros — e não era mais possível ignorar.

Criei um teste. Inventei a história de que uma cliente com alto poder financeiro tinha se interessado em investir no ateliê e que estávamos negociando uma sociedade. Minha intenção era observar se ela mudaria de postura, já que, por diversas vezes, ela demonstrou interesse em “crescer junto” se o negócio decolasse. Ela reagiu com entusiasmo, mas os comportamentos sabotadores continuaram.

Comecei a buscar orientação espiritual. Meus guias alertaram: havia alguém muito próximo que desejava minha queda. Os sinais começaram a se alinhar. A ficha caiu: era a Kath. Ela se dizia minha amiga, mas suas atitudes estavam prejudicando profundamente meu nome e meu trabalho.

📌 A Reestruturação e a Reação de Kath

Faltando poucos dias para a mudança oficial, chamei a Kath para uma conversa séria. Mandei mensagem em visualização única e informei que:

  1. Ela não seria mais gerente de produção, cargo que nunca executou com real competência;
  2. Voltaríamos a tratá-la como assistente ou “estagiária premium”, já que não possuía formação nem experiência para o cargo de gestão;
  3. Uma nova gerente, mais experiente e com perfil profissional, seria contratada;
  4. Não haveria mais reembolsos de transporte se ela seguisse indo de carro, já que sempre optou por não usar transporte público;
  5. Não seria mais permitido dormir no ateliê nem extrapolar horários — o novo local não comportaria esse tipo de flexibilidade.

A resposta dela foi imediata — e reveladora. Ela:


  1. Disse que “carregava o ateliê nas costas”;
  2. Afirmou que, como “estagiária premium”, não faria mais nada além do básico;
  3. Passou a exigir pagamento por horas extras, mesmo sem nunca ter sido obrigada a trabalhar fora do expediente;
  4. Jogou na minha cara custos antigos, como um conserto do carro dela, pagos por mim sem comprovação formal — e que agora ela dizia ter gerado dívidas com a Receita Federal (sem apresentar provas quando solicitado).

📌 A Demissão e os Últimos Dias

No dia seguinte, Kath chegou ao trabalho irritada, ríspida e fria, destratando até a costureira. Saiu no horário exato e, mesmo alegando estar indo de transporte público, vi que pegou seu carro escondida na esquina, já mostrava mais uma mentira.

No outro dia, apresentou atestado. Pouco depois, pediu demissão alegando “falta de valorização”.


Pedi ao contador que fizesse o cálculo certinho de tudo que era devido. Como não cumpriu aviso prévio, teve descontos proporcionais. O acerto foi pago integralmente — tanto para ela quanto para a amiga que também pediu demissão.

Pouco depois disso, reativou seu próprio ateliê — usando todos os conhecimentos adquiridos comigo, copiando modelagens, estilos, croquis. Em seguida, começou a alimentar conteúdos públicos com acusações infundadas, especialmente após ser provocada por Patrícia Lélis.

📌 O Papel de Patrícia Lélis e a Exposição Pública

Patrícia Lélis — que se aproximou de mim com promessas de apoio jurídico — manipulou a Kath, repassando áudios meus onde eu apenas relatava a decepção com a forma como ela havia saído. Usou esses áudios para incitar a Kath, que então passou a fornecer informações sigilosas do ateliê.

As acusações começaram a pipocar: que eu a obrigava a limpar fezes de cachorro com a mão, que eu a “explorava”, que ela “salvava noivas” sozinha. Falas completamente descontextualizadas, que não condizem com a realidade dos prints, cronogramas e mensagens.

O perfil “Vítimas da Estilista” começou a reforçar a narrativa de que:

  1. Kath produzia todos os vestidos, sozinha;
  2. Eu não fazia nada e apenas “aparecia para os vídeos”;
  3. Ela era “a grande salvadora do ateliê” — quando na verdade foi responsável por atrasos, erros técnicos, desperdícios e confusões com clientes.

📌 Pós-saída: Ataques públicos e distorção de fatos

Logo após sair do ateliê, Kath iniciou ataques públicos à minha imagem. Um dos episódios mais graves envolveu um vídeo em que ela comenta sobre um vestido comprado por uma noiva no bazar, em 2024. Esse vestido foi confeccionado em 2023 sob a supervisão dela, e inclusive fomos juntas vestir a noiva no dia da entrega. Tenho o vídeo desse momento salvo.

Na ocasião, identifiquei um erro técnico no vestido: as saias foram montadas com tules de tons diferentes — branco de um lado, off do outro. Isso ocorreu por falha no corte, função que era responsabilidade da Kath. O erro, portanto, foi dela.

A aplicação das rendas utilizou uma técnica de colagem específica, que exige cuidados com armazenamento. Tenho vestidos com essa técnica guardados há mais de seis anos, sem nunca terem amarelecido ou descolado — desde que armazenados e lavados corretamente.

No entanto, a noiva que comprou o vestido optou por não fazer os ajustes no ateliê, influenciada pelas polêmicas, e foi orientada por membros do grupo stalker a procurar a própria Kath para ajustar o vestido. Ao que tudo indica, o vestido foi mal lavado, possivelmente com água quente, o que afetou a cola e causou o amarelamento.

Mesmo ciente de tudo isso, Kath usou o episódio para me difamar, alegando que minha técnica era “horrível” e que o erro na escolha do tule foi meu — sendo que foi ela quem montou a peça.

📌 Distorção de autoria e uso indevido de imagem

Nos comentários do vídeo, que incluirei em print abaixo, Kath curte diversas mensagens afirmando que era ela quem fazia todos os vestidos do ateliê, dando a entender que as criações eram dela — quando, na verdade, ela apenas executava as minhas ideias, sob minha supervisão.


Além disso:

  1. Publicou stories e vídeos com fotos de vestidos feitos no meu ateliê, sem me creditar;
  2. Se intitulou “estilista” de modelos que foram desenhados, pensados e modelados por mim;
  3. Repostou conteúdos do meu feed como se fossem suas criações autorais;
  4. Usou o destaque “Produção” no perfil dela com imagens de bastidores do meu ateliê.

Tudo isso está documentado nos anexos 18 e seguintes.

📌 A verdade sobre a autoria técnica

Kath só aprendeu a modelagem completa em junho/julho de 2024, depois de insistir diversas vezes, pouco antes de sair finalmente dei uma aula completa com minha modelagem que é feita de forma rápida e acertiva.

Antes disso, ela só sabia fazer um tipo de corset, aprendido em um curso que eu mesma paguei pra ela em 2023.

Mesmo sabendo disso, ela tenta vender a narrativa de que sempre fez tudo sozinha. Hoje, usa minhas técnicas e minha imagem para validar a própria reputação.

O perfil “Vítimas da Estilista” reforça essa narrativa com relatos anônimos dizendo que “só receberam o vestido graças à Kath”, como se ela tivesse “salvado” as noivas — sendo que essa era sua função como funcionária.


No caso do vestido citado, por exemplo, era um modelo do bazar, ou seja, um vestido pré-pronto. O atendimento de prova e entrega nunca foi feito diretamente por mim, como previsto em contrato.

📌 Intenção de concorrência desleal e sabotagem interna

Com todos esses elementos, temos hoje uma base sólida para ingressar com processo por concorrência desleal e sabotagem premeditada.

As evidências mostram:

  1. Uso de técnicas e imagens minhas sem autorização;
  2. Difamação direta da minha pessoa e do meu trabalho;
  3. Distorção de fatos para se promover e atrair clientes que cancelaram comigo;
  4. Indícios claros de sabotagem interna nos últimos meses, com erros repetidos que fragilizaram a entrega dos vestidos — e minha imagem profissional.

Conforme também mostrado em prints e vídeos, há registros de membros da página stalker afirmando que “a Kath merece ser reconhecida”, “agora as clientes estão cancelando com a Juliana para fazer com a Kath”, além de comentários que reforçam essa manipulação emocional e distorcida dos fatos.

📌 Reflexão FinaL

Hoje, reconheço os erros que cometi:

  1. Confundi o pessoal com o profissional;
  2. Contratei por impulso, sem exigir formação ou experiência;
  3. Dei poder demais para alguém despreparada, acreditando que amizade era o suficiente.

Aprendi — da forma mais dolorosa possível — que confiança exige limites.

Kath saiu em julho de 2024. Tem meu endereço, meus dados, minha história. Até hoje, não moveu nenhuma ação trabalhista. Porque sabe que o que ela fez, se exposto com todas as provas, não sustenta nenhuma tese de abuso ou exploração. Pelo contrário: expõe o quanto fui paciente, compreensiva, e, infelizmente, ingênua.

Diante de tudo que foi exposto neste relatório, é possível afirmar com segurança que Kath participou ativamente da construção e propagação de uma narrativa criminosa contra mim e contra o meu ateliê, ao lado de pessoas que já são investigadas formalmente por calúnia, difamação, perseguição e associação criminosa digital.

Independentemente dos erros que cometi na forma de contratá-la, na gestão do ambiente de trabalho ou em questões operacionais que caberiam, caso fossem legítimas, ser discutidas judicialmente por meio de ação trabalhista — nada justifica o tipo de ataque público que ela arquitetou e alimentou ao lado dessas pessoas.

Ela teve todas as oportunidades, acesso, acolhimento, confiança, e mesmo diante das falhas, sempre foi tratada com empatia e humanidade. Em troca, optou por se aliar a um grupo que claramente opera por vingança, chantagem emocional e destruição de reputações, contribuindo diretamente para o aprofundamento de um cenário de instabilidade emocional e financeira do qual ainda luto para me reerguer.

Considero que Kath agiu, sim, movida por uma mistura de ingenuidade, vaidade e vingança pessoal. Foi iludida pela promessa de engajamento, visibilidade e reconhecimento fácil. Mas isso não a isenta das consequências jurídicas de seus atos. A responsabilidade pelos crimes cometidos será cobrada no momento e da forma correta. A justiça será acionada, e tudo aquilo que ela ajudou a destruir, agora será peça-chave na reparação que busco — não apenas pelo que perdi, mas pelo que represento como profissional, como mulher e como artista.

Para a Kath, eu deixo aqui minhas sinceras desculpas por não ter sido a mentora ou a chefe que ela idealizou, que talvez ela tenha projetado como alguém que preencheria lacunas emocionais que vão muito além de uma relação profissional.

Como uma jovem dessa geração que acredita que todo esforço merece uma estrela dourada na testa e um aplauso automático, é compreensível que, ao não receber o reconhecimento imediato ou da forma como esperava, ela tenha se sentido frustrada. Mas também é necessário aprender que vida adulta exige estrutura emocional, limites e responsabilidade pelos próprios atos.

Nós duas compartilhamos histórias de abandono parental, transtornos como o TDAH, e um desejo profundo de sermos vistas e acolhidas. Talvez por isso, nos conectamos tanto. Mas, ao contrário dela, eu busquei ajuda. Fiz terapia, busquei diagnóstico e medicação para o TDAH, o que mudou minha vida — e me fez enxergar, inclusive, meus erros, até mesmo com ela. Reconheço isso com humildade.

E por isso, indico o mesmo caminho para ela: ajuda profissional, acolhimento e reconstrução interna. Porque o que foi feito não é irreversível, mas precisa de consciência e maturidade para ser reparado.

Infelizmente, ao se posicionar ao lado de pessoas que agem em rede para destruir vidas, ela também assumiu o risco das consequências — e, por isso, responderá judicialmente por tudo o que foi dito, feito e incentivado.

Anexo o link do drive com os vídeos e prints de conteúdos postados no ateliê por ela em suas redes que estão ativos ate hoje.

https://drive.google.com/drive/mobile/folders/1-oJoY8wpDC3rL6wK3rBNOzGXVraFJQgx?usp=sharing_eip&invite=CP3Zlv8G&ts=67ae3f29&sh=mX4dazBZl-xlvcE4&ca=1

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A resposta de Patrícia - análise jurídica para o dossiê

Carta aberta a Beta - a justiça de Xangô : quem merece recebe, quem deve paga .

Bem vindos : vocês conhecem o vítimas da estilista? E como tudo isso começou?