VÍTIMAS NO TIKTOK O INÍCIO DA PERSEGUIÇÃO

Análise do Perfil TikTok “Vítimas da Estilista”

Período de atividade: 9 de outubro de 2024 a 15 de julho de 2025

Número total de vídeos: 593

Seguidores: 23,6 mil

Curtidas totais: 534,9 mil

visualizações:mais de 26 milhões

O perfil “Vítimas da Estilista” foi criado no TikTok com o objetivo declarado de “relatar denúncias e falas problemáticas”. Contudo, o conteúdo publicado ao longo de 593 vídeos revela um padrão sistemático de exposição pública, perseguição pessoal e incitação ao linchamento virtual contra uma única figura: a estilista Juliana Santos.

Sob o disfarce de “relatos de vítimas”, o perfil se tornou um canal centralizador de ódio, promovendo julgamentos públicos, ridicularização, especulações, acusações não comprovadas e até estímulo à desinformação.

📊 Análise dos Títulos e Conteúdo dos Vídeos


Os títulos dos vídeos, em sua maioria em caixa alta e com palavras de impacto, seguem uma estrutura sensacionalista e provocativa. Abaixo, categorizamos os principais temas recorrentes:

1. Acusações criminais


  1. “O que ela fez comigo foi sim estelionato”
  2. “Ela ignorou pedido de cancelamento”
  3. “Golpe de R$ 830 parte 1”
  4. “250 mil por dano moral”
  5. “Planejou pedido de desculpas para não ir pra audiência”
  6. “Foi vítima de golpe ou coação de uma empresa?”

🛑 Crime: Calúnia, difamação, denunciação caluniosa (sem provas jurídicas).

2. Deboche da saúde física e mental


  1. “Sérios problemas de regulação emocional e caráter”
  2. “Ela rasga véu da noiva com a boca”
  3. “Cadê a cirurgia das mãos?”
  4. “Fiz terapia com gente viva e com gente morta!”
  5. “Ela queria ser princesa da Disney”

🛑 Crime: Capacitismo, escárnio público de deficiência, violação do direito à dignidade e imagem.

3. Violação da vida privada e intimidade



  1. Vídeos com prints de WhatsApp pessoais
  2. Supostos relatos de bastidores internos sem autorização
  3. Especulação sobre vida financeira e familiar

🛑 Crime: Quebra de sigilo de correspondência, exposição de conversas privadas, stalking.

4. Fake news e manipulação de opinião pública

  1. “Ela fatura 220 mil por mês”
  2. “Você viu os números reais de golpe?”
  3. “Juliana processou a noiva de novembro”
  4. “Ela sumiu com dinheiro de doação”

🛑 Crime: Propagação de notícias falsas, indução ao erro, danos morais e reputacionais.

5. Assédio moral digital e cyberbullying coletivo

  1. Repetição de vídeos com o mesmo tema (ex: cancelamento, “golpes”, críticas pessoais)
  2. Uso contínuo de palavras como “golpista”, “mentirosa”, “vendedora de ilusão”
  3. Comentários incentivando ataques

🛑 Crime: Assédio virtual, perseguição reiterada, indução ao linchamento digital.

6. Misoginia e desvalorização profissional

  1. “Ela cobra o valor pela cara do cliente”
  2. “Um curso de humilhação?”
  3. “Empresária diz que sua opinião é polêmica”

🛑 Crime: Discriminação de gênero, difamação profissional, incitação ao boicote.

📍 Conclusão Preliminar

O perfil “Vítimas da Estilista” ultrapassa o limite do que seria uma página de denúncias ou críticas legítimas. Ele se estrutura como um instrumento de ataque sistemático, com potencial de causar danos irreparáveis à reputação, saúde mental e vida profissional da estilista Juliana Santos.

A repetição temática, a ausência de provas jurídicas nos relatos, o tom pejorativo constante e a centralização de todos os ataques em uma única pessoa configuram, em conjunto, um caso grave de assédio digital, cyberbullying e incitação à cultura do cancelamento com motivação pessoal.


O próximo passo: análise post por post

Agora que já apresentamos o perfil, sua estrutura e os padrões de ataque repetidos ao longo dos meses, iniciaremos uma etapa fundamental deste trabalho: a análise individual de cada vídeo publicado no TikTok do “Vítimas da Estilista”.

Serão 593 vídeos analisados, um por um, em ordem cronológica — começando pela primeira publicação de 9 de outubro de 2024 até o último post de 15 de julho de 2025.

Em cada análise, vamos identificar:

  1. Quais acusações foram feitas;
  2. Quais crimes foram cometidos contra minha imagem e dignidade;
  3. Quais comentários e reações foram incentivados;
  4. E, principalmente, quais relatos têm base real e quais foram distorcidos, manipulados ou inventados.

Nosso objetivo é claro: montar um relatório técnico e jurídico sólido, baseado em fatos, que permita não apenas a responsabilização dos envolvidos, mas também uma reparação pública à altura da violência sofrida.

O linchamento virtual que enfrentei foi construído dia após dia, vídeo após vídeo. Agora, a verdade também será reconstruída, com a mesma firmeza, uma postagem de cada vez.

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