Carta aberta a Beta - a justiça de Xangô : quem merece recebe, quem deve paga .

Prezada Beta,


Escrevo para responder às falas do seu último vídeo no seu canal, no qual você reagiu a um conteúdo meu, publicado com o objetivo de apresentar provas concretas sobre as inverdades divulgadas pela Sra. Patrícia. No vídeo, eu estava visivelmente abalada, após repetidas tentativas de relatar os fatos e ser ignorada — inclusive por você, que optou por não me ouvir, mantendo-se alinhada a uma narrativa de hostilidade e difamação.

Quatro dias após a publicação do seu vídeo, passei por um episódio grave de crise emocional que culminou em uma tentativa de suicídio. Tal situação foi agravada por ações e omissões de pessoas que, assim como você, utilizaram minha imagem e minha história como material de entretenimento e monetização, ignorando minha versão e minhas provas.

Ressalto que, à época, você teve contato direto comigo, recebeu áudios detalhando a realidade dos fatos e, ainda assim, optou por não abrir espaço para esclarecimentos.

No dia 10 de abril, minha saúde mental havia se deteriorado de tal forma que considerei encerrar minha vida. Graças a apoio médico, tratamento adequado e acompanhamento, consegui retomar minhas forças e entender que parte das dificuldades que enfrentei estava relacionada a um TDAH não diagnosticado.

Mas os planos de quem me guarda são maiores. E eu fui trazida de volta, para lembrar do meu propósito e da minha missão. De volta, medicada — graças a Deus. Era apenas um TDAH não tratado. Mas claro, eu sei que não posso falar isso porque você vai me acusar de “usar minha deficiência como escudo”, não é mesmo?

Independente de eu ser uma pessoa pública e de compartilhar aspectos da minha vida na internet, em nenhum momento autorizei que você expusesse minha vida da forma como expôs, transformando-a em entretenimento e fonte de monetização para o seu canal. Essa conduta, além de eticamente questionável, é juridicamente reprovável — ainda mais sem uma apuração completa e imparcial dos fatos.

Esse tipo de conteúdo precisa acabar. Não é aceitável que alguém utilize vídeos de terceiros, especialmente aqueles que tratam de acusações sérias, para gerar lucro sem considerar os danos irreparáveis que podem causar à vida da pessoa exposta.

No seu caso, não houve qualquer busca por fontes oficiais ou pelo meu posicionamento direto, apesar de você ter meios para isso. A minha vida, por mais que tenha aspectos públicos, não lhe concede o direito de transformá-la em palco para o seu entretenimento, suas opiniões ou comentários — que, inclusive, nunca foram solicitados. Admito que, como empresária, cometi erros — algo que reconheço publicamente —, mas erros de gestão ou postura profissional não justificam perseguição sistemática. Ainda assim, você produziu 14 vídeos sobre mim, obteve números relevantes de visualizações e monetização, e reforçou um apelido depreciativo que passou a associar diretamente minha imagem a acusações criminais falsas. Dessa forma, você assume responsabilidade pelo impacto e pela perpetuação desse ataque.

Mesmo diante do meu estado emocional visivelmente frágil, em nenhum momento houve, por parte de você, qualquer manifestação de apoio, tentativa de diálogo ou postura conciliatória. Ao contrário: persistiram comentários depreciativos, exploração midiática do meu sofrimento, utilização indevida da minha imagem e estímulo a uma audiência que, em muitos momentos, proferiu ataques contra mim.

Entendo que, como criadora de conteúdo, você tem liberdade de expressão. Contudo, a liberdade de expressão não é absoluta, e encontra limites quando ultrapassa para difamação, calúnia, injúria, perseguição e exploração econômica da dor alheia. Ao reproduzir e comentar sobre acusações falsas, sem apuração direta ou contraponto, você contribuiu para ampliar os danos à minha reputação, minha saúde mental e minha atividade profissional.


Você faturou com a minha dor, destruiu minha reputação e achou engraçado criar apelidos que misturam “estilista” com “estelionatária”. Acha que tem o direito de me dar conselhos enquanto repete, com um ar de neutralidade, as mesmas acusações de quem me difamou. Isso não é imparcialidade. É cumplicidade.

Eu sempre te respeitei como mulher trans. Sempre. No início, até te enalteci. Se fosse mesmo imparcial, teria me procurado, teria visto minhas provas, teria me ajudado a parar essa onda criminosa. Mas você não quis.

Agora, você está oficialmente no meu relatório. Vai responder criminalmente junto com todos os outros. O fato de não ter usado termos tão agressivos quanto o Ismael não te faz menos responsável. Seu ódio foi disfarçado. Seu deboche foi disfarçado. Mas o dano foi real.

Você, Beta, e todos os que lucraram com essa perseguição vão responder. Não só pelos crimes de perseguição, stalking e difamação, mas também pela monetização de uma mentira. Quando ficar provado judicialmente que tudo não passou de difamação, vocês responderão juntos.

Eu aguentei o karma que vocês jogaram sobre mim. Espero que consigam suportar o retorno dele. Não vou me rebaixar nunca mais. Pode me chamar de “Juliana Stiliniza” ou qualquer apelido infantil que inventarem. Meu talento, minha história e meu amor pelo que faço ninguém apaga.

A lei me protege e eu vou usá-la. Vou atrás de cada um de vocês. Vou lutar para que haja um projeto de lei que proíba a monetização de canais que lucram com fofoca e ódio. Porque o que você faz não é jornalismo, não é opinião construtiva — é perseguição disfarçada de conteúdo.

Todos vocês estão no mesmo barco. Patrícia pode ser a “chefe” dessa quadrilha digital, mas vocês foram soldados fiéis, ajudando-a a destruir vidas em troca de engajamento e dinheiro das plataformas. E estas, por sua vez, também responderão por permitir a propagação do ódio.

Reitero que esta não é uma questão pessoal, mas jurídica. A partir de agora, a discussão se dará na esfera adequada: o Poder Judiciário. Lá, não valerão narrativas sem prova, mas sim evidências e responsabilidade pelos atos praticados.


Essa história não terminou. Ao contrário, está apenas começando — agora no âmbito legal, onde cada ação terá consequência proporcional e onde se busca não apenas a reparação individual, mas também a criação de mecanismos para que casos de monetização de ódio e difamação não se repitam.

Atenciosamente,

Juliana Santos

Comentários

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. So uma coisa nao ficou clara, e isso nao é hate ta. Sobre o apelido que a Beta te deu, vc nao tinha feito ate camiseta com ele?

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  3. O q fizeram com vc foi de uma covardia e crueldade sem tamanho. Eu não desejo isso pra meu pior inimigo. Graças a Deus vc está salva e muito bem pra se defender de gnt q não tem argumentos bons e ficam dando voltas no assunto e repetindo umas as outras pq acham assim q está fazendo tudo q as outras fazem e por isso acham q não serão punidas! Deus te livre dessas vagabundas(não tem o q fazer da vida, pessoas atoas)ficam procurando aparecer de alguma forma. Pq não tem mais o q fazer da vida, não são humildes, pq se fossem elas próprias pediam desculpas pelo inferno q fizeram vc passar. Fica com Deus! Bjo

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  4. Vc vai fazer o mesmo texto para todos os outros influenciadores que fizeram vídeos sobre vc?

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