LIVE - Vítimas do TikTok - eu narcisista ?

Análise da Live “Narcisismo e Mitomania”

Hoje nós vamos analisar a live realizada pela página Vítimas da Estilista, transmitida no TikTok e posteriormente publicada também no YouTube. A transmissão contou com a presença de Tatiana (administradora da página), da advogada Selly Barcelos e da psicóloga identificada como Eide, convidada para explicar supostos comportamentos relacionados a transtornos de personalidade.

O tema central foi “Narcisismo e Mitomania”, mas desde o início a intenção ficou clara: insinuar, de forma indireta, que eu, estilista Juliana Pereira dos Santos, poderia me encaixar em um desses diagnósticos. Ao longo da conversa, houve falas caluniosas, persecutórias e estigmatizantes, com associações criminosas ao meu nome, à minha profissão e até à minha religião.

Principais falas analisadas

1. Associação inicial a crimes graves

Logo na apresentação, a psicóloga convidada declarou:

“Eu trabalho com menores infratores, dentro de um presídio. Lido com muitas questões de narcisismo, psicopatia e mitomania, porque é um conjunto de tudo isso que leva a pessoa a cometer atrocidades.”

Ainda que ela diga não estar “fechando diagnóstico de ninguém”, o contexto é claro: ao trazer esse discurso dentro de uma live organizada especificamente para falar de mim, a associação direta feita foi de que eu teria traços de criminosos e psicopatas.

2. Descrição pejorativa do narcisismo aplicada de forma insinuada

“O narcisista se percebe como alguém grandioso, que merece tudo, que precisa ser vangloriado. Ele tem pouquíssima empatia. Se a pessoa está sofrendo, chorando, isso se torna um combustível para ele. O narcisismo é um transtorno de personalidade que define a forma da pessoa existir no mundo.”

Essa fala reforça a narrativa de que eu seria incapaz de ter empatia, que viveria da dor alheia e que minha identidade estaria ligada a um transtorno psiquiátrico. É uma calúnia disfarçada de “explicação técnica”, ainda mais porque toda a plateia da live sabe quem é a “empresária” alvo.


3. Narrativa de destruição da autoestima

“O narcisista vai minando a autoestima de quem se relaciona com ele. Ele faz com que a pessoa se sinta sempre errada, até acreditar que merece as traições ou os abusos. No ambiente profissional, tudo que os colaboradores fazem está errado. Ele destrói as vítimas como se fossem uma florzinha, até murcharem por completo.”

Essa fala, embora apresentada como “teoria”, é construída sob medida para sustentar a narrativa que o perfil propaga contra mim: a de que clientes, noivas e até funcionárias seriam vítimas da minha conduta. É perseguição com roupagem pseudo-científica.


4. Aplicação ao mundo empresarial (alusão direta ao ateliê)

“No relacionamento com clientes e colaboradores, o narcisista sempre quer ter razão. Mesmo que o cliente peça uma comida com óleo de girassol, ele vai servir banha e ainda justificar. No âmbito dos sonhos, como num casamento, ele promete tudo e depois não entrega nada. Transforma o sonho em pesadelo.”

Aqui há uma metáfora cristalina sobre vestidos de noiva, usada para dar a entender que eu prometeria algo e não entregaria, afetando emocionalmente minhas clientes. É um exemplo de calúnia e difamação disfarçada em parábola.

5. Religião usada como exemplo de doença

“Se eu fosse uma narcisista umbandista, eu justificaria tudo dizendo que alguém fez um trabalho contra mim, que Exu ou Pombagira mandaram. Mas isso não existe. É apenas floreação de uma mente doente.”

Essa fala é um ataque direto à minha fé, vinculando Umbanda e Exu a “mente doente” e a comportamento patológico. Configura injúria religiosa e reforça a perseguição contra minha identidade espiritual.


6. Stalking explícito

Em mais de um momento, as administradoras da página deixam claro que monitoram minhas ações:

“Supostamente uma empresária, né, que sempre aparece por aqui para engajar também com a gente. Não vamos citar nomes, mas ela está aqui, possivelmente assistindo a live.”

E mais adiante:

“Ela provavelmente está assistindo agora, já que não publicou nada durante a live.”

Essas falas revelam perseguição em tempo real, configurando stalking digital.

7.Metáfora dos bolos e supostos golpes

“Se eu estiver precisando de R$ 4.000 hoje e você me der, eu sei que não tenho os ingredientes para o bolo, mas vou pegar o dinheiro mesmo assim. Depois vejo como comprar os ingredientes. Pode ser que, no dia de entregar, eu não tenha nada para oferecer.”

🔎 Sentido: Essa fala usa uma metáfora para acusar indiretamente que eu receberia pagamentos de clientes sem ter condições de entregar o serviço contratado.

⚖️ Crime: Calúnia e difamação – atribuir falsamente um crime ou fraude comercial à minha atividade profissional.

8.Transformar sonho em pesadelo

“Quando eu estou lidando com sonhos, como num casamento, e prometo tudo, mas não entrego nada, eu transformo aquele sonho em pesadelo.”

🔎 Sentido: Mais uma vez, clara alusão ao universo dos casamentos e vestidos de noiva, reforçando a narrativa de que eu não cumpro contratos.

⚖️ Crime: Difamação – ataque direto à reputação profissional, induzindo o público a acreditar que minhas clientes são enganadas.


9.Mitomania aplicada a empresas

“A pessoa maquia a realidade financeira. Diz que vai entregar 170 bolos, mas esses bolos não existem. Ela cria uma ilusão, fantasia, para enganar clientes e colaboradores.”

🔎 Sentido: A associação entre mitomania e “empresa de fachada” é uma forma de insinuar que o meu ateliê seria sustentado por mentiras.

⚖️ Crime: Calúnia, difamação e injúria profissional – insinua fraude empresarial sem provas.

10.Religião vinculada a doença

“Se eu fosse uma narcisista umbandista, eu diria que meus problemas acontecem porque alguém fez um trabalho contra mim. Isso não existe, é apenas floreação de uma mente doente.”

🔎 Sentido: Novamente, o discurso utiliza a Umbanda e as entidades (Exu, Pombagira) como exemplos de delírio.

⚖️ Crime: Injúria religiosa – menosprezo à fé e associação de práticas religiosas a doença mental.

11.Energia e espiritualidade como delírio

“Ah, não deu certo o trabalho porque a energia daquela pessoa era ruim. Isso não existe. É floreação de uma mente doente.”

🔎 Sentido: A fala reforça a tentativa de associar qualquer uso de espiritualidade ou energia a desequilíbrio mental.

⚖️ Crime: Injúria religiosa e difamação espiritual – ataque à minha prática e ao modo como relaciono espiritualidade com meu trabalho.

12.Acusação de compra de seguidores

“Ela ativou a função de esconder seguidores porque levantamos o questionamento de que ela comprava seguidores fantasmas. A quantidade continua a mesma. Ela não excluiu os perfis falsos.”

🔎 Sentido: Acusação explícita de fraude digital (compra de seguidores).

⚖️ Crime: Calúnia e difamação digital – insinuação de fraude em redes sociais sem provas.

13.Especulação sobre mudança e endereço

“A empresária foi lá descredibilizar nosso trabalho, dizendo que divulgamos seu endereço. Mas o endereço dela é público, está no Google e no CNPJ. Se até as noivas acharam estranho que ela estivesse vendendo móveis e questionaram, o problema é dela.”

🔎 Sentido: Exposição de endereço empresarial (e, por consequência, residencial) e insinuação de fraude por “mudança escondida”.

⚖️ Crime: Exposição indevida de dados, perseguição e difamação – ao divulgar dados sensíveis e criar especulação para gerar desconfiança.

Conclusão Geral da Análise da Live “Narcisismo e Mitomania”

Após a análise completa da live transmitida pela página Vítimas da Estilista, fica evidente que o conteúdo teve como objetivo central me atacar publicamente por meio de insinuações de doença mental, acusações falsas de fraude profissional e desrespeito à minha fé religiosa

Durante toda a transmissão, a convidada Eydi Gabrielli, apresentada como psicóloga, descreveu de forma genérica conceitos de narcisismo e mitomania, mas sempre aplicados de forma indireta à minha imagem e ao meu trabalho. As falas foram construídas para que o público associasse automaticamente minhas atitudes às características de criminosos, golpistas e pessoas com distúrbios psiquiátricos.

Um dos pontos mais graves foi o uso da minha religião, a Umbanda, em exemplos de “mente doente”, vinculando práticas espirituais como Exu e Pombagira a comportamentos delirantes e patológicos. Esse tipo de discurso configura claramente injúria religiosa, pois utiliza minha fé como ferramenta de ataque, criando circunstâncias falsas e preconceituosas para reforçar a narrativa difamatória.

Além disso, a live trouxe:

  1. Calúnias profissionais, insinuando que eu receberia valores de clientes sem intenção de entrega, comparando meu trabalho a “prometer bolos sem ingredientes”.
  2. Difamação empresarial, afirmando que eu transformaria “o sonho de noivas em pesadelo”.
  3. Acusações digitais, como a suposta compra de seguidores.
  4. Stalking e perseguição, ao declararem que sabiam quando eu estava ou não presente na transmissão, monitorando meus horários de publicação.
  5. Exposição indevida de dados, ao citar endereço empresarial como justificativa para ataques.

Outro ponto de extrema relevância é a dúvida sobre a própria identidade da suposta psicóloga. Ao pesquisar, não encontrei qualquer comprovação de que Heidi Gabrielli seja de fato uma profissional da área da psicologia, tampouco registros que validem sua formação ou atuação clínica. Isso levanta a possibilidade de que se trate de uma pessoa falsa, criada apenas para dar “autoridade” a um enredo difamatório.

Por fim, destaco a participação da advogada Sally Barcelos. Sua presença na live não apenas validou o discurso criminoso das demais, como também deu a falsa impressão de que tudo aquilo era correto ou amparado juridicamente. A participação de uma advogada nesse tipo de transmissão é gravíssima, pois reforça perante o público que as acusações seriam legítimas, quando na realidade tratam-se de crimes de calúnia, difamação, perseguição e injúria religiosa.

Vale lembrar que Sally Barcelos já foi denunciada à OAB do Distrito Federal e também à OAB Nacional, e será investigada junto às demais integrantes desse grupo por sua participação nessa organização criminosa que atua de forma coordenada para destruir minha reputação.

📌 Essa live, portanto, não foi um debate sobre psicologia, mas sim um instrumento de linchamento virtual cuidadosamente estruturado para atacar minha honra, minha profissão e minha fé.

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