Os canais no YouTube que lucraram : Ismael - vídeo 1 - O vestido da Formanda

Vamos dar uma pausa nas postagens do perfil do vítimas para fazer uma análise especial dos principais influenciadores, que trabalham principalmente com vídeos no YouTube, que fizeram não só apenas um react sobre o caso que estava sendo falado sobre mim, mas principalmente lucraram muito dinheiro em cima, fazendo dezenas de vídeos, muitos deles com falas sensacionalistas, preconceituosas, e deixando comentários extremamente abusivos, que destilavam ódio nos comentários dos seus vídeos no YouTube. A gente vai começar avaliando principalmente o Ismael, que foi um dos maiores e que propagou muitas fake news e ganhou dinheiro com isso. Para isso, vamos conhecer um pouquinho do Ismael a partir de uma pesquisa feita, e depois a gente vai vir destrinchando cada vídeo do Ismael gravado sobre mim, consequências, crimes, e principalmente analisar as falas deles, que foram todas salvas a partir de um aplicativo que transcreve todas as falas feitas durante o vídeo.

Quem é Ismael?

Ismael Serafim, mais conhecido como Ismeiow, é um youtuber e influenciador digital natural de Anápolis, Goiás, atualmente com 23 anos de idade. Criador do canal “Ismeiow” no YouTube em maio de 2015, ele rapidamente ganhou destaque com vídeos sobre polêmicas, histórias de golpes, traições e casos sensacionalistas — sempre apostando em uma abordagem dramática e em temas que garantem alto engajamento.

Atualmente, seu canal já soma mais de 1 milhão de inscritos e ultrapassa a marca de 105 milhões de visualizações, com quase 500 vídeos publicados. Ismael construiu sua audiência, principalmente, explorando casos polêmicos da internet e figuras públicas envolvidas em situações delicadas. No auge da polêmica sobre o meu nome, estimasse que em maio de 2024, o canal registrou um faturamento estimado em cerca de 30 mil dólares — somente nesse período.

Isso tudo graças a vídeos de alta repercussão, muitos deles recheados de sensacionalismo, fake news e ataques pessoais.

Ismael não apenas criou conteúdo reativo: ele alimentou uma rede de ódio, incentivando seus seguidores a participarem dos ataques e a manterem o engajamento alto em vídeos que distorciam fatos, expunham a minha vida e, principalmente, promoviam falas preconceituosas e criminosas nos comentários.

Nos próximos posts, vamos analisar um a um os vídeos feitos pelo Ismael sobre o meu caso, detalhando os principais trechos, as fake news, os crimes cometidos e as consequências diretas dessas publicações — sempre com base nas transcrições completas das falas dele, para que não reste dúvida sobre o tipo de conteúdo que foi propagado e monetizado em cima do meu sofrimento.

todos os arquivos utilizados para essa análise estão nesse Drive, com falas completas do vídeo e listagem de todos os comentários para provas

https://drive.google.com/drive/folders/17X4wBAjoa_ICkVeVVw5fE0E0l6TM0A6v

1º Vídeo: “Fiz meu vestido com uma estilista famosa e foi uma DECEPÇÃO”

Vamos começar justamente pelo vídeo que deu início a todo o hype e linchamento coletivo, com o caso da formanda Aline Chaves. O relato dela viralizou rapidamente e, além de ter repercussão imediata no Instagram e no TikTok, explodiu de verdade no YouTube, especialmente depois da publicação desse vídeo do Ismael. O título já sensacionalista — “Fiz meu vestido com uma estilista famosa e foi uma DECEPÇÃO” — entrega o tom da abordagem.

O vídeo acumula mais de 1,9 milhão de visualizações em pouco mais de um ano, mais de 111 mil curtidas e 5,7 mil comentários — a maioria deles recheados de ataques, deboche e discursos de ódio, que foram incentivados pelo próprio tom do vídeo. O conteúdo, apresentado em formato de react, mostra o Ismael assistindo e comentando o vídeo original da Aline, e depois também fazendo react à minha resposta, sempre com uma postura sensacionalista, debochada e parcial, nunca se preocupando em checar fatos, ouvir os dois lados ou apurar minimamente a verdade dos fatos.

Esse vídeo serviu de combustível para o início da onda de linchamento virtual, estimulando não só comentários abusivos no próprio YouTube, mas também a reprodução em massa do conteúdo e do discurso de ódio nas demais redes sociais. A maioria dos comentários — que vamos analisar a seguir — ataca diretamente a minha imagem, propaga fake news e incentiva a perseguição.

Além disso, é importante destacar que o vídeo teve forte impacto financeiro, já que, por conta da alta viralização, gerou lucro significativo para o canal do Ismael, mostrando claramente como criadores de conteúdo lucram com a desgraça alheia.

Análise das falas de Ismael — “Fiz meu vestido com uma estilista famosa e foi uma DECEPÇÃO”

1. Desprezo e Deboche Sobre o Vestido (Humilhação Pública)

“Que vestido horroroso. Meu Deus do céu, parece de brechó. Não porque ele é feio, mas porque ele tem energia de anos 90, anos 2000. Sabe aqueles vestidos, gente, bem antigos que você encontra no brechó, que era muito hit há 10 anos atrás? 15, 20 anos atrás? Ele tem essa energia. […] Mais feio do que bater na mãe. Mais feio do que feriado no meio da semana. Mais feio do que pano de chão de escola pública. Mais feio do que a aranha caranguejeira. Mais feio do que aquela aguinha, sabe, que pinga do lixo quando tem água dentro? Mais feio do que a própria caçamba de lixo! Gente, horroroso! Que vestido tonhudo!”

Crime: Difamação, injúria, humilhação pública, cyberbullying.

2. Sugerindo Indenização pelo “Vestido Feio” (Escárnio e Dano Moral)

“Essa menina devia ser indenizada por ter tido que usar essa bomba atômica. Gente, de verdade, parece um vestido da Shein. Só que não parece um vestido da parte boa. Parece um vestido daquela parte obscura que custa 150 reais, na foto tá impecável, tá deslumbrante, tá cinderela. Aí quando eu cheguei, é isso aqui. […] Eu acho, novamente, quem ganhar esse vestido tem que ser indenizado, tá? E quem receber esse vestido, gente, entra na justiça que eu acho que…”

Crime: Difamação, incentivo ao ódio, humilhação, dano moral.

3. Desumanização e Ataque Pessoal Direto

“Ninguém tem inveja desse seu vestido feio, não. Tá tudo bem. Seu trabalho é bom, você fez um vestido ruim. Acerta! Meu Deus do céu! Que síndrome de perseguição é essa, meu Deus? Mona, que arrogância e que prepotência! Mona, faz uma terapia! Ninguém te odeia assim, ninguém é tão obcecado por você a esse ponto, não! Ninguém tá aqui tentando acabar com a sua carreira.”

Crime: Injúria, humilhação, cyberbullying, descredibilização profissional.

4. Deboche Sobre a Profissão e o Trabalho Artesanal

“Procura uma costureira do seu bairro, faz uma cola quente, faz um DIY, uma coisa. Eu, hein? Joga esse vestido fora, faz outro. Ah, não, gente, você ficar esperando a boa vontade da Dondock ao horário que ela quer responder. […] Mercado Livre. vestido. Olha, apareceu vários resultados aqui. Olha, bacana! E sabe o que esses vestidos têm em comum? Nenhum deles te demora 15 meses pra responder.”

Crime: Desvalorização profissional, difamação, incentivo ao desprezo público.

5. Distorção do Modelo de Negócio (Fake News e Desinformação)

“Por mais que ela tenha feito sob medida pra menina, ela precisaria devolver o vestido e não ia poder ficar com ele, entendeu? Dito isso, vamos analisar o vestido.”

Crime: Fomento de fake news, desinformação, dano moral.

6. Ironia Cruel Sobre o Futuro da Cliente (Escárnio e Humilhação)

“Faz outra faculdade, boba! Só pra você usar outro vestido. Aí você faz com ela de novo, aí ela vai te enrolar 15 meses. Aí vai ser incrível. Aí ela não vai fazer o vestido do jeito que você quer. Ela vai usar um tecido bem vagabundo, você não vai curtir nada. Vai ser bacana, faz!”

Crime: Injúria, humilhação pública, incentivo ao escárnio coletivo.

7. Ridicularização e Desprezo Sobre a Aparência do Vestido

“A gente espera, né, que seja uma pessoa de muita luz, que esteja precisando… Que esteja precisando muito do vestido feio desse… essa saia amorosa, que não tem nada a ver com a parte de cima, mas que esteja precisando muito.”

Crime: Humilhação pública, difamação, incitação ao desprezo coletivo.

8. Minimização do sofrimento e incentivo ao desprezo

“Vamos aprender que às vezes é melhor a gente ficar sem as coisas. Mais de um ano, né? 15 meses antes. 10 dias pra formatura. Ela não desiste! Ela vai querer fazer com ela! Não, galera, vamos desistir. Olha o que a persistência faz com a gente.”

Crime: Gaslighting, incentivo ao desprezo, desrespeito ao sofrimento da vítima.

9. Desvalorização da experiência pessoal da cliente

“Quando dá a primeira merda, eu já desisto e procuro alguém que queira trabalhar de verdade. Cúmulo ficar de humilhando assim. Beijota é sismé e boa noite. Gente, tá na Shem. Na Shem tem tanto vestido bonito. Quer ver? Vestido verde. Peraí, luxo. Vestido verde, branco, luxo. Não teve, vamos só verde. Aqui, galera. Olha aqui, gente. Não, pelo amor de Deus. 130, tá em euro, né? 500 reais você vai pagar nisso aqui. Olha que lindo o vestido. Não precisou de você se humilhar pra ninguém.”

Crime: Difamação, incentivo ao escárnio, desvalorização do trabalho autoral.

10. Distorção e ironia sobre o valor e materiais do vestido

“Os tecidos não eram importados de ótima posse, ótima qualidade. Mulherão, sim importados, da Rua Jolino Braz. Você não entendeu a proposta? Isso, o tecido parece que vai rasgar.”

Crime: Fake news, difamação, dano à reputação profissional.

11.Incentivo ao público para que continue o linchamento

“Eu depois vou mostrar ele em detalhes, pra vocês verem o quão feio ele é. E eu espero muito que a pessoa que ganhe, possa possivelmente, provavelmente… Você vai. Comprovar, isso foi sarcástico. Ah, não, gente. Assim, vamos lá. O bordado, ele é até bonito. Esse bordado daqui. Finge que essa saia não existe, tá? Finge que essa saia não existe.”

Crime: Incentivo ao ódio coletivo, humilhação pública, cyberbullying.

12.Incitação à perseguição e ao cyberbullying

“O vídeo você só piorou a situação, perdeu a chance de ficar calada. Eu recebi uma notificação extrajudicial para que meus vídeos fossem retirados do ar, sim. Ah, tá. Ainda não é processo, não. Achei que já tava na justiça. Não, calma aí. Pera aí, você é militância também. […] E não vai acontecer nada com você, tá? Se você for processada, não vai acontecer nada. Fique bem tranquila, porque você em momento nenhum falou o nome dela. Em momento nenhum você deu a entender qualquer coisa. Você falou que era uma estilista famosa. E tem várias. Fica de boa.”

Crime: Incentivo ao linchamento, desprezo ao direito de defesa, incitação à impunidade.

Análise dos comentários do vídeo de Ismael – Blog


Diante do volume altíssimo de comentários recebidos no vídeo do canal do Ismael sobre o meu caso — são mais de cinco mil —, optamos por documentar absolutamente tudo. Todos os comentários estão salvos em uma planilha de Excel, cujo link se encontra no Google Drive anexado a esta postagem. Fiz questão de tornar esse material público para verificação e consulta, principalmente porque sabemos que conteúdos desse tipo frequentemente são apagados no futuro, e com isso se perde a possibilidade de responsabilização de quem incentivou crimes de ódio.

Ao compilar e analisar esses comentários, conseguimos apontar com precisão quais são os principais crimes praticados pela audiência. O material foi separado em tópicos, trazendo exemplos reais e a análise jurídica de cada um.

Responsabilidade do influenciador e diretrizes de plataforma

É importante ressaltar: o responsável pelo canal no YouTube (no caso, Ismael) é sim corresponsável pelos comentários postados em seus vídeos, especialmente aqueles que incitam ódio, humilhação e linchamento virtual. Segundo as Diretrizes da Comunidade do YouTube e Política de Diretrizes para Criadores, o criador tem obrigação de moderar e remover comentários que infrinjam as regras da plataforma — inclusive ofensas, bullying, ameaças, difamação, discurso de ódio e outros comportamentos tóxicos.

O mesmo vale para o TikTok, que também responsabiliza o criador pela gestão da comunidade no campo dos comentários, podendo suspender ou banir perfis que permitam o ódio, segundo as Diretrizes da Comunidade do TikTok.

Mesmo que o responsável pelo canal não curta ou responda tais comentários, o simples fato de manter, não apagar e dar espaço para que eles sejam publicados já configura conivência. Isso legitima o crime e pode ser enquadrado como omissão na moderação, sendo o criador corresponsável civil e, em certos casos, criminalmente por danos gerados .

Principais comentários de ódio gratuito

Logo abaixo, você encontra alguns dos comentários mais graves e representativos do crime de ódio postados nesse vídeo. Todos constam na planilha aberta ao público. Caso queira visualizar diretamente, o arquivo está disponível no Google Drive para consulta e checagem futura.

  1. Comentário:

“37:04 Destilar ódio??? AI MANA, a moça foi um amorzinho contigo, eu teria falado muito mais, a moça foi feita de troxa umas 20 vezes por causa de um vestido, continuou fazendo o vestido contigo só porque é fã, e ela ainda mete um ‘Destilar odio’ quem destilou ódio foi tu nesse vestido horroroso de feio, o vestido todo xoxo e capengo, amg você não é só pcd, vc é ddc (desprovida de carater) a moça foi toda educada, não conseguiu aproveitar a formatura, foi ingênua, e mesmo assim ela não te xingou em nenhum momento, só falou mal do trabalho mal feito, tecido de pessima qualidade e pessimo atendimento, se essa mana acha que critica é destilar ódio eu tenho PÉSSIMAS noticias.”

Usuário: @Ŋiŋizoca_I

Likes: 4

(Injúria, difamação, escárnio público, capacitismo, incentivo ao ódio)

Por que tem capacitismo?

  1. O trecho “você não é só pcd, vc é ddc (desprovida de caráter)” usa a sigla “pcd” (pessoa com deficiência) de forma pejorativa, relacionando a deficiência a um ataque moral. O comentário reduz sua identidade a uma condição física e imediatamente a utiliza para atacar seu caráter.
  2. Essa estrutura é típica do capacitismo: menciona a deficiência de forma desnecessária para, em seguida, ironizar ou rebaixar (ex: “não é só pcd, é ddc”, como se ser PCD já fosse “algo ruim”, mas ser “desprovida de caráter” seria “pior ainda”). É um uso discriminatório da sua condição física como arma retórica.

2.Comentário:

“Ela falando como se a menina tivesse ganhado o vestido, não gente, ela PAGOU caro e ainda passou nervoso, a desculpa nenhuma justifica esse sofrimento!”

Usuário: @sophiavenancio9634

Likes: 6

(Julgamento de caráter, acusação indireta de golpe, )

Esse comentário ilustra exatamente como a narrativa criada pela Aline foi rapidamente comprada pelo público — sem qualquer checagem dos fatos. Em nenhum momento ela mencionou valores, nem deixou claro que participou de uma campanha promocional, obtendo o vestido por um preço bem inferior ao valor de mercado. O mais absurdo é que, mesmo após solicitar alterações no vestido, nenhum valor adicional foi cobrado dela, algo incomum no segmento de vestidos sob medida.

O próprio Ismael, ao publicar um vídeo repleto de acusações e insinuações, sequer se preocupou em ouvir o outro lado, ou buscar informações reais sobre o atendimento, as condições da compra ou as mensagens trocadas. Nenhum dos canais de YouTube que viralizaram o caso se deu ao trabalho de checar os fatos ou ouvir minha versão.

O resultado: um linchamento digital alimentado por desinformação, suposições e julgamentos precipitados, onde a verdade foi ignorada em favor do sensacionalismo e do engajamento.

3.Comentário:

“a persistência é pela admiração que ela tem pela estilista, que não merece, não vale nada”

Usuário: @Maya_Rodriguesp

(Julgamento moral, ataque ao valor pessoal e profissional)

4.Comentário:

“Mano, já peguei ranço dessa estilista TODOS, T-O-D-O-S os vídeos que eu assisto é sobre essa mulher errando, enganando alguém, sempre no mesmo padrão, ela é uma vergonha, nunca mais deveria pegar encomenda de ninguém.”

Usuário: @esterrodrigueselohim

Crime(s):

Difamação, campanha de boicote, humilhação pública, incitação ao ódio coletivo, falsa imputação de crime (“enganando alguém”).

5.Comentário:

“Aaaah eu sou perita em desistir ao menor sinal de golpe, essa mulher tem que ser boicotada em tudo, tomara que ninguém nunca mais caia nessa conversa fiada!”

Usuário: @TassianeMarques

Crime(s):

Difamação, falsa imputação de crime (golpe), incitação ao boicote, ódio coletivo, campanha para destruir reputação.

6.Comentário:

“Mds, eu so fui percebi q a mulher n tinha mão depois de ver o terceiro vídeo sobre ela kkkk”

Usuário: @Gaby.ppv201

Crime(s): Capacitismo, escárnio, exposição desnecessária da deficiência.

7.Comentário:

“Mas, de certa forma concordo com a estilista, se vc não gostou, vc não posta, não marca, não manda mensagem falando que amou, achei estranho, ou a pessoa é bipolar, sei lá atitudes estranhas, gosta, não gosta, fica ruim, vc arrasa, agora na questão que tbm achei feio, porem no corpo da menina ficou bem bonito na foto. Mas, justificar deficiência física, que ela fez um favor, que favor se o produto foi pago ? Kkkkk. Só gente maluquinha kkkkk.”

Usuário: @TheGrazielleklb

Crime(s): Capacitismo, escárnio, descredibilização da defesa por deficiência.

8.Comentário:

“Nunca reparei que a estilista tem uma deficiência, agora que vi, faz sentido umas coisas do vestido.”

Usuário: @GabrielaSouza-fl8ye

Crime(s): Capacitismo, julgamento da qualidade profissional pela deficiência.

9.Comentário:

“Mano, até o momento dela falar ‘Só pq eu sou assim, só pq eu sou a estilista deficiente’ eu nem tinha reparado nisso, mas agora eu entendi porque o acabamento ficou tão porco.”

Usuário: @nikolai9048

Crime(s): Capacitismo, preconceito explícito, difamação profissional.

10.Comentário:

“É o quarto video que eu vejo dela, e so agr eu percebi que ela é deficiente. Será que foi por isso que deu ruim?”

Usuário: @raposinha9053

Crime(s): Capacitismo, insinuação de incapacidade, reforço de estereótipo negativo.

11.Comentário:

“Quase no final eu fui reparar na mão dela e entendi porque reclamam do acabamento dos vestidos.”

Usuário: @emannuellevictoriaoliveira4275

Crime(s): Capacitismo, julgamento, associação direta entre deficiência e qualidade do trabalho.

12.Comentário:

“A querida com: roupa branca, síndrome de vitimismo, mãozinha e desculpa pronta para tudo.”

Usuário: @nm.0610

Crime(s): Capacitismo, injúria, desumanização, descredibilização por deficiência.

13.Comentário:

“Eu tô chocada que eu to vendo essa trend com 1 mão só, é sério mesmo?”

Usuário: @miyapozo

Crime(s): Capacitismo, escárnio, exposição e questionamento do direito de ocupar espaço.

14.Comentário:

“Vamos entender costureira costura produz o modelo e ainda finaliza acabamento a mão, costureira que não faz acabamento a mão, não é costureira, por isso saiu mal feito.”

Usuário: @ketlemwilleman7310

(Capacitismo indireto, insinuação de incapacidade manual, reforço de estereótipo sobre o trabalho de quem tem deficiência)

15.Comentário:

“Essa menina tem os mesmos problemas mentais que a estilista. Uma não entende o que compra, a outra não entende o que vende.”

Usuário: @mayhchristina1638

(Capacitismo psicológico, injúria, ataque mental associado à condição física)

16.Comentário:

“Mal sabia essa diva que reclamando do vestido ela tava dando início ao maior reality de tragédias do YouTube Brasil”

Usuário: @pslyly

Curtidas: 60

Análise:

Não configura crime, mas reforça a narrativa de linchamento e o efeito bola de neve (manada), tratando a exposição como entretenimento.

Comentários mais curtidos e virais do vídeo de Ismael

1.“A estilista se fez TANTO de coitada, que até se ela estivesse certa não ia dar pra engolir essas desculpas. Ela foi de uma arrogância tão grande que o vídeo tá prejudicando a própria imagem dela.”

@ (usuário não identificado na imagem)

Curtidas: 13 mil

Respostas: 87

Análise:

  1. Difamação, humilhação pública, reforço coletivo da narrativa de “vitimismo”, campanha de linchamento moral.

2.“Meu Deus, a menina só falou que demorou e que o vestido ficou feio, e a estilista fez maior discurso sobre a vida dele e lição de moral, pai amado kkkkk”

@vih_brj02

Curtidas: 5,6 mil

Respostas: 22

Análise:

  1. Escárnio público, ridicularização, reforço do efeito manada e descrédito total da defesa.

3.“A estilista fala como se tivesse feito um FAVOR, caridade… Keridan, você foi PAGA, é prestação de serviço e precisa ser do jeito que você se propôs a arcar com a vontade da sua cliente. Para de vitimismo!”

@prihstelo

Curtidas: 3 mil

Respostas: 10

Análise:

  1. Silenciamento, tentativa de anular direito de defesa, reforço do discurso de “vitimismo” e difamação.

4.“‘Eu sou uma empresa’, aí falam mal da prestação de serviços da EMPRESA, e ela diz que é pq a luz dela incomoda muito kkkkk”

@Spc22819

Curtidas: 3,4 mil

Respostas: 8

Análise:

  1. Deboche, descredibilização, tentativa de anular reputação, reforço do linchamento coletivo.

5.“Mano a ‘desculpa’ cai por terra quando a cliente pediu um vestido VERDE básico e recebe um AZUL cheio de pedra”

@miminzinga4788

Curtidas: 1,4 mil

Respostas: 8

Análise:

  1. Desinformação, reforço da narrativa falsa, humilhação pública.

6.“Odeio pessoas que fazem um trabalho ruim e culpam a depressão, ou capacitismo, ninguém merece isso”

@mariatheresa3657

Curtidas: 1,7 mil

Respostas: 7

Análise:

  1. Capacitismo, desumanização, preconceito contra saúde mental.

7.“A estilista não é uma simples habitante da coitadolândia, ela é a própria prefeita.”

@Sara-jg20m

Curtidas: 928

Respostas: 7

Análise:

  1. Humilhação, escárnio, reforço pejorativo do “vitimismo”, linchamento simbólico.

8.“quem costura sabe 2 coisas sobre essa estilista: 1) ela usa tecidos de baixo padrão 2) ela faz tudo na correria EXATAMENTE para a cliente não ter brecha alguma para reclamação/alteração.”

@MyPerotti

Curtidas: 797

Respostas: 3

Análise:

  1. Difamação profissional, falsa imputação, tentativa de prejudicar reputação técnica e comercial.

9 “A estilista se fez TANTO de coitada, que até se ela estivesse certa não ia dar pra engolir essas desculpas. Ela foi de uma arrogância tão grande que o vídeo tá prejudicando a própria imagem dela.”

Curtidas: 13 mil | Respostas: 87

Crimes/Infrações:

Difamação, humilhação pública, incitação ao linchamento coletivo, campanha de descredibilização e destruição de reputação.

10.“Meu Deus, a menina só falou que demorou e que o vestido ficou feio, e a estilista fez maior discurso sobre a vida dele e lição de moral, pai amado kkkkk”

Curtidas: 5,6 mil | Respostas: 22

Crimes/Infrações:

Escárnio, ridicularização, ataque à dignidade profissional, efeito manada, incentivo à humilhação pública.

11.“A estilista fala como se tivesse feito um FAVOR, caridade… Keridan, você foi PAGA, é prestação de serviço e precisa ser do jeito que você se propôs a arcar com a vontade da sua cliente. Para de vitimismo!”

Curtidas: 3 mil | Respostas: 10

Crimes/Infrações:

Silenciamento, gaslighting, desumanização e humilhação, reforço do discurso de “vitimismo”, opressão simbólica.

12.“Odeio pessoas que fazem um trabalho ruim e culpam a depressão, ou capacitismo, ninguém merece isso”

Curtidas: 1,7 mil | Respostas: 7

Crimes/Infrações:

Capacitismo, desumanização, preconceito contra saúde mental, reforço de estigma social.

13.“mas, gente, SUPOSTAMENTE, ninguém ta interessado em saber dos seus problemas, o problema em questão é o vestido feio e o atendimento péssimo. usar seus problemas pra justificar seus erros é SUPOSTAMENTE falta de caráter”

Curtidas: 1,8 mil | Respostas: 7

Crimes/Infrações:

Difamação, preconceito contra deficiência e saúde mental, ataque à honra e ao caráter, humilhação pública.

14.“A mente da suposta estilista: ‘Ainda bem que existe inveja e olho gordo. Imagina aceitar que algo deu errado por incompetência minha?’”

Curtidas: 447 | Respostas: 2

Crimes/Infrações:

Deboche, falsa imputação, difamação, incentivo ao desprezo e reforço de preconceito coletivo.

15.“Gente, tenho dó de quem convive com essa mulher. Uma falta de humildade ‘eu mudei a vida de muitas mulheres’, ‘eu nunca errei’, ‘eu tendo problemas de saúde mental ainda continuei trabalhando’. Alem de usar a deficiência para tentar se colocar como melhor que os outros, ainda usa saúde mental por cima…”

Curtidas: 1,4 mil | Respostas: 4

Crimes/Infrações:

Capacitismo, difamação, preconceito contra saúde mental e deficiência, discurso de ódio velado.

16.“Essa estilista é conhecida por tanta treta em que se envolve que eu me choco que ainda tenha gente que dê voto de confiança pra ela.”

Curtidas: 254 | Respostas: não exibido

Crimes/Infrações:

Difamação, ataque à reputação, disseminação de fake news.

Esses são apenas alguns dos principais comentários encontrados sob o vídeo do Ismael — todos altamente curtidos, respondidos e visíveis para qualquer usuário do canal, incluindo o próprio criador de conteúdo. Foram destacados aqui os mais problemáticos, mas vale lembrar que, ao todo, esse vídeo reúne mais de 5 mil comentários, tornando inviável a publicação de todos nesta análise.

O que fica evidente é o ambiente propício ao ódio, à humilhação e à difamação, incentivado pela ausência de qualquer tipo de moderação por parte do responsável pelo canal. Conforme previsto nas Diretrizes da Comunidade do YouTube, o criador de conteúdo é responsável por intervir em comentários depreciativos, ofensivos e criminosos, principalmente quando se tratam de mensagens com milhares de curtidas e respostas, o que torna impossível alegar desconhecimento ou omissão involuntária. Ao não agir, Ismael valida e permite a perpetuação desse ambiente de linchamento e perseguição virtual.

A seguir, destacamos dois comentários que chamam a atenção por partirem de ex-clientes e apresentam perspectivas ou acusações que alimentam ainda mais o clima de hostilidade e condenação prévia. Faremos, abaixo, uma breve análise sobre o conteúdo e impacto desses depoimentos antes da conclusão final deste estudo de caso.

Análise dos Principais Comentários de Ex-Clientes

Entre os mais de 5 mil comentários analisados no vídeo do canal do Ismael, encontramos também manifestações de pessoas que se apresentam como “ex-clientes”, geralmente com relatos antigos e sempre em tom de acusação e difamação, sem qualquer apresentação de provas concretas. Abaixo, listamos o principal comentário desse grupo, acompanhado das respostas, para ilustrar o padrão de perseguição, repetição e incentivo à difamação que se instalou nas redes.

1.Comentário de Fluvia (ex-cliente):


“Gente, essa estilista é acostumada a fazer isso há anos. Passei pela mesma situação em 2012 na minha formatura e ela continua no mesmo modus operandi. Ela foi processada e ganhei, porém ela até hoje não pagou a dívida, não tem nenhum bem no nome dela e nem 1 real nas contas dela. Não tem terapia que resolva algo que é intencional.”

— @fluviaamora6925 (1,1 mil curtidas)

Análise:

Esse tipo de comentário, que inclusive já foi utilizado em outros perfis como o “Vítimas da Estilista”, segue sempre o mesmo roteiro: acusações genéricas, afirmações de vitória judicial sem qualquer documentação, insinuações sobre ocultação de bens, e principalmente a tentativa de pintar a profissional como criminosa reincidente. No entanto, em nenhum momento são apresentados documentos, números de processos, nomes das partes envolvidas ou qualquer prova concreta dos fatos. Trata-se, portanto, de um relato altamente difamatório e sem respaldo, incentivando a audiência a perpetuar ataques baseados apenas em narrativa.

Respostas ao comentário da Fluvia:


As respostas ao comentário demonstram como a audiência embarca imediatamente na narrativa, incentivando bloqueio de bens, prisão, linchamento virtual e ataques pessoais, sem qualquer questionamento sobre a veracidade das informações:

  1. “Aciona bloqueio de recebimento, isso é possível juridicamente, vc ganhou, faça valer…”
  2. “Ela já faz na má intenção.”
  3. “É maldade o que ela faz com as pessoas, e ela nem tem vergonha né.”
  4. “Expor! Tem que expor!”
  5. “Não tem nenhum bem no nome dela para comprovar através do estilo de vida dela, o salário, celular marca quanto a empresa dela ganha por ano etc.”
  6. “Meus pêsames, amiga 😢”
  7. “Isso é um crime… tipo ocultar bens.”
  8. “É só pedir pra seu advogado bloquear o que ela recebe das redes. Simples assim.”

Análise:

As respostas deixam explícito o desejo de punição pública, incentivando ações judiciais sem embasamento, práticas ilegais como bloqueio de renda sem sentença, e reforçando o linchamento virtual. Não há qualquer espaço para dúvida, questionamento ou checagem de fatos — apenas uma torcida coletiva para destruir a reputação da

2.Comentário de henriquelopes8480

“Minha amiga vai casar e foi fazer um orçamento com ela. ELA É UMA INSUPORTÁVEL. Simplesmente não quer fazer o vestido do jeito que a cliente quer”


Análise:


Esse comentário representa o clássico ataque ao profissionalismo da estilista, reduzindo seu trabalho autoral ao estereótipo de costureira que deve simplesmente executar o desejo do cliente, sem qualquer respeito à sua proposta artística ou identidade. Não há qualquer indicação de que a pessoa sequer tenha sido cliente de fato, o que indica grande possibilidade de ser um relato fabricado ou exagerado. O alto número de curtidas revela o quanto o público se alimenta desse tipo de narrativa depreciativa e reforça o preconceito contra o trabalho autoral, a expertise e o direito de recusa criativa. Nas respostas, há reforço do preconceito, além de comentários que beiram o deboche e a misoginia contra profissionais mulheres que se posicionam.

3.Comentário de Helenicemota8093


“Ela fez meu vestido de noiva e é desse modelo mesmo…. veio a renda errada e nem pude reclamar pois faltava 3 dias pro casamento. Pelo menos tava bonito, 🫥”

Análise:

A Helenice foi realmente minha cliente, e todo o atendimento, envio do modelo e detalhes estão registrados em conversas e documentos, inclusive com a entrega dentro do prazo contratual. O relato dela, apesar de afirmar que “não pôde reclamar”, contradiz o fato de que a entrega e a aprovação do vestido sempre foram formalizadas, e a satisfação foi registrada até a entrega. O comentário, apesar de admitir que o vestido estava bonito, serve principalmente para alimentar um clima de insatisfação e reforçar o efeito manada, mesmo não havendo queixa formal ou qualquer manifestação anterior. É importante destacar que, assim como outros casos, ela foi beneficiada por uma promoção, pagou um valor abaixo do mercado por um produto de alto valor agregado, mas ainda assim se coloca publicamente como vítima. Esse tipo de atitude revela o padrão recorrente de clientes que, ao pagar menos por um serviço premium, sentem-se autorizadas a desvalorizar o trabalho e alimentar o ciclo de difamação.


  1. “Eita! então o costume dela é de viver no limite”
  2. Análise: Resposta que reforça o estereótipo de “profissional irresponsável”, generalizando um caso pontual para criar um “costume”. Esse tipo de fala tem função de espalhar uma narrativa negativa, sem nenhuma comprovação ou análise concreta de outros casos.

  3. “imagina se esse vestido não ficasse pronto, o caos estaria”
  4. Análise: Esse tipo de comentário especulativo serve apenas para aumentar o clima de desconfiança, estimulando o medo e o exagero, criando cenários hipotéticos de terror.

  5. “Desculpa a pergunta indiscreta, mas quanto foi?” / “Fiquei curiosa pra saber quanto q ela cobra pra deixar as clientes surtando por meses e ainda entregar no dia do evento.”
  6. Análise: Tentativa de transformar uma reclamação subjetiva em argumento de desvalorização financeira (“tá vendo? pagou barato, levou dor de cabeça”). Isso reforça o preconceito contra produtos autorais acessíveis e já antecipa queixas de “preço x valor” — um dos alvos recorrentes do público nessas situações.
  7. Eu acho que ela usa esse ‘meio tempo’ para que o cliente não possa desistir do pedido…”
  8. Análise: Aqui vemos claramente a teoria da conspiração: insinua que o prazo de entrega é propositalmente curto para “prender” a cliente. Essa narrativa é desonesta, pois ignora contratos, fluxos de trabalho e o contexto real de produção sob medida.

  9. “Promoção um modelo que já tinha sido feito foi o que escolhi e estava ótimo. Fiquei com a impressão que se quem amou color e quem reclamou de modelo que ela tinha pra tela tava bem e tal.”
  10. Análise: Essa resposta da própria Helenice reforça a ideia de que ela escolheu um modelo promocional, já previamente executado, e que o resultado foi satisfatório — contradizendo o tom de reclamação anterior. Mostra também como muitas críticas são contraditórias e, em geral, ligadas a expectativas irreais versus valor investido.

  11. “Se ela não quiser modificar o modelo ou cor, não é possível isso scrr, isso é muito arrogância e irresponsabilidade.”
  12. Análise: Esse tipo de comentário parte de uma falsa premissa de que todo trabalho sob medida deve ser alterado a pedido do cliente, sem respeito ao estilo do criador. Demonstra o preconceito contra a postura autoral da estilista e a confusão entre costureira (que executa pedido do cliente) e estilista (que vende um conceito próprio).

Ex-cliente Hanielle Lemes — Caso analisado


Comentário público no vídeo do Ismael:

“Fiz o meu de noiva com ela e foi a mesma situação do atendimento, minha sorte foi de eu estar tão empolgada por ser muito fã dela e sempre acreditar nesse ‘perfil de artista criativo’, e nas vésperas do meu casamento quando ela foi fazer meu vestido eu mudei tudo que ela propôs, mas eu tive que puxar tanto saco dela que chega da vergonha, e depois que tudo passou eu ainda tive outros problemas com ela pq ela pegou meu vestido emprestado, e o que era pra ser 2 semanas em troca de um vestido de festa, virou meses de ansiedade e um vestido horrível que não me serve e veio inacabado, e por fim depois de muita ansiedade eu entendi que ela não tinha profissionalismo, era arrogante e pra tudo a justificativa era de pura inveja, quando meu vestido chegou tive uma maré de azar imensa, até jogar água benta nos vestidos, de tanta energia ruim que carregou, credo! Mas graças a Deus passou, e a admiração que eu tinha por ela foi junto!”

Resumo factual e provas


Hanielle foi atendida com todo o cuidado desde o início do projeto. Ela pediu mudanças no vestido próximo ao casamento (inclusão de capuz, capa, renda colorida e outros detalhes finos), e todas as alterações foram realizadas sem custo adicional — incluindo uma renda importada maravilhosa, a mesma utilizada em vestidos de uma apresentadora de TV famosa, comprovando a qualidade do material.


Ao receber o vestido, Hanielle enviou mensagens emocionadas, chorou de alegria, agradeceu várias vezes, e disse estar em choque de tanta perfeição. Os prints das conversas mostram claramente a satisfação da cliente:

  1. “Ju, eu dei uma travada de emoção! Ele tá muito lindo, os detalhes do capuz tão igual ao que imaginei… tô em choque de tanta perfeição! Como te disse, confio no seu trabalho… Muito obrigada por ser essa mulher sensível e intensa, você traduz a alma das pessoas em vestido!”

Além disso, Hanielle gostou tanto do vestido que postou uma série de fotos no Pinterest, e até hoje o vestido aparece entre os 20 primeiros resultados ao pesquisar “vestido de noiva colorido”, com diversas marcações e referências, mostrando o quanto a peça fez sucesso e virou inspiração nacional.


Sobre o empréstimo do vestido


Após o casamento, o ateliê pediu o vestido emprestado para uma gravação de TV, e Hanielle aceitou prontamente. Como agradecimento, ela ganhou um vestido de festa exclusivo. A devolução acabou sendo atrasada, mas foi concluída corretamente. O atraso ocorreu durante um dos períodos mais difíceis do ateliê, com problemas de equipe, mudança de espaço e dificuldades financeiras/emocionais — tudo comunicado à cliente.

Mesmo assim, Hanielle continuou elogiando o trabalho, postando fotos e mantendo contato amigável até então.

Virada de postura e crimes cometidos

Tempos depois, já durante o auge dos ataques online, Hanielle mudou seu discurso e passou a atacar publicamente, negando toda a história registrada em prints e depoimentos. No comentário deixado no vídeo do Ismael, ela alega que o vestido veio inacabado, que não servia, que precisou puxar o saco da estilista e até que “precisou benzer o vestido” por energia ruim.

Além de ser absolutamente contraditório com as mensagens anteriores, esse tipo de fala configura os seguintes crimes:

  1. Injúria e difamação: Ofende a honra e a reputação profissional, ao chamar a estilista de arrogante, sem profissionalismo, e alegar má-fé no atendimento e confecção.
  2. Mentira e má-fé: Os prints provam o contrário do que ela alega — as mudanças foram a pedido dela, sem custo, e ela se mostrou satisfeita e grata.
  3. Intolerância religiosa: Ao dizer que precisou jogar “água benta” para tirar “energia ruim” do vestido, associa diretamente o trabalho da estilista a um suposto mal espiritual, num claro exemplo de intolerância religiosa, preconceito e tentativa de humilhação pública.
  4. Aproveitamento de momento de vulnerabilidade: O ataque acontece justamente quando a estilista estava no auge da perseguição virtual, mostrando um claro movimento oportunista para ganhar aceitação ou audiência em meio ao linchamento.

O caso Hanielle é um retrato do comportamento oportunista e difamatório estimulado por influenciadores que lucram com o ódio coletivo. O contraste entre o que foi dito publicamente e o que está documentado nas conversas é a melhor prova da verdade.

Todos os prints, fotos, conversas, registros do Pinterest e provas documentais estão anexados a este relatório.

Conclusão Final sobre o Vídeo do Ismael: Responsabilidade Criminal e Danos

O vídeo analisado, publicado pelo influenciador Ismael, não se limita à crítica ou opinião — ele ultrapassa todas as fronteiras do jornalismo ético, da liberdade de expressão e do entretenimento responsável. Ismael, ao criar e impulsionar um conteúdo completamente unilateral, omite deliberadamente qualquer contato com a parte acusada, jamais buscando minha versão dos fatos ou sequer apresentando a mínima isenção.

É fundamental ressaltar que, desde o primeiro vídeo, em nenhum momento Ismael entrou em contato comigo para ouvir meu lado da história, solicitar esclarecimentos ou buscar provas reais. Essa ausência de contraditório por si só já viola princípios éticos elementares e desqualifica qualquer alegação de jornalismo, caindo no campo da incitação pública e da instrumentalização do ódio para fins de audiência.

Além das próprias falas do criador — muitas vezes repletas de sarcasmo, juízo de valor, e insinuações graves sobre minha conduta e reputação — a seção de comentários tornou-se uma verdadeira arena de linchamento público. Ismael tem responsabilidade direta, inclusive criminal, sobre os comentários, conforme as diretrizes do próprio YouTube, que determinam o dever de moderação diante de discursos de ódio, difamação, ataques pessoais, fake news, capacitismo e incitação à perseguição coletiva.

É impossível alegar desconhecimento: os comentários mais curtidos e destacados (alguns com milhares de likes) se mantêm públicos, sem qualquer moderação ou advertência, reforçando o caráter criminoso do conteúdo e mostrando a anuência do influenciador com esse tipo de prática. Ele não só permite, mas incentiva, a perpetuação de ataques, mentiras, e relatos sem provas, contaminando a percepção pública, manchando irreparavelmente minha reputação e minha saúde mental, e abrindo precedente para que outros influenciadores repliquem a mesma conduta criminosa.

Esse tipo de conteúdo jamais deveria ser considerado entretenimento ou informação. Trata-se de perseguição virtual, prática de cyberbullying em massa, e estímulo ao ódio coletivo — um fenômeno que, se não for responsabilizado exemplarmente, seguirá destruindo reputações e vidas. A postura de Ismael, ao negar espaço para defesa, ao endossar e lucrar com a difamação, o torna não apenas cúmplice, mas autor direto de danos morais, calúnia, difamação e incitação à perseguição digital.

Todo esse material está documentado e será utilizado para responsabilizá-lo criminal e civilmente, além de ser denunciado nas plataformas cabíveis para que sirva de exemplo e limite a normalização desse tipo de crime nas redes.

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