Post 142 - Vítimas do TikTok - Vestido Maria fernanda

Post 142 – Introdução do Caso Maria Fernanda Cândido
O post 142 marca o início de uma das histórias mais incômodas e injustas que me perseguem desde 2022. Desde então, sempre evitei tornar esse episódio público justamente por envolver uma atriz global renomada, com muita visibilidade e respeito, que é a Maria Fernanda Cândido. Por mais que eu tenha provas de que agi corretamente, optei por nunca expor os fatos reais, justamente para evitar qualquer tipo de desconforto, pois tinha consciência de que a minha voz – uma mulher com deficiência, fora do padrão, sem grande influência na mídia – jamais seria ouvida da mesma forma que a voz de uma atriz internacionalmente reconhecida, querida pelo público, e que representa o padrão de beleza e sucesso.
O que aconteceu, na prática, foi que essa história foi totalmente distorcida por terceiros. Em vez de apurarem os fatos, escolheram transformar meu nome em piada, motivo de chacota em várias redes sociais, especialmente no Twitter. Essa estratégia de fragmentar, distorcer e tirar de contexto tudo o que realmente aconteceu é justamente o que será analisado nos próximos posts, começando por esse primeiro, que já evidencia a tentativa de chamar atenção para um suposto “escândalo” envolvendo meu nome e o da atriz.
Análise da Legenda
A legenda do post segue o padrão sensacionalista do perfil “Vítimas da Estilista”, usando expressões como “Tudo sobre esse rolê e o desfecho de Felipe Neto”, misturando temas e nomes de celebridades para gerar curiosidade e engajamento. O objetivo é óbvio: criar uma narrativa de fofoca, como se houvesse um “bastidor proibido” ou uma briga envolvendo nomes famosos, quando, na realidade, tratam-se de distorções de situações profissionais mal resolvidas. A utilização de hashtags como #fofoca, #foryou, #tiktok e #casamento reforça o interesse em viralizar o conteúdo a qualquer custo, mesmo que isso prejudique a reputação de terceiros e dissemine fake news.
Análise dos Comentários

Dos 6 comentários, já é possível notar o padrão de deboche e distorção:
- Jaqueline Silva: “Ansiosa”
- — Comentário neutro, mas serve para alimentar a expectativa de exposição.
- Jamila Melek: [Emoji de carinho]
- — Neutro.
- Sussu Santtiis: [Emoji de risada chorando]
- — Expressão de deboche, incentivando o tom de chacota.
- eve.cerq: [Emoji de coração]
- — Neutro.
- Cib:
- “Eu lembro do pronunciamento da Maria Fernanda, ela explicou que já tinha vestido escolhido e disse que usaria o horroroso da Estiliana somente se o primeiro não desse certo. Mas a Maria Fernanda usou o vestido já escolhido e a Estiliana surtou kkkkkkkkkk”
- — Crime: Difamação, Injúria, Cyberbullying.
- — Motivo: O comentário deturpa totalmente a realidade dos fatos, reforça a narrativa de que meu trabalho seria “horroroso” (injúria), faz piada com o suposto “surto” (reforçando o estigma de descontrole emocional, o que é recorrente em crimes de ódio de gênero e capacitismo velado), e distorce os fatos para incentivar o linchamento virtual. Esse tipo de comentário, além de reforçar o deboche, se encaixa como difamação e cyberbullying, pois amplia a humilhação pública.
- mimilaribeiro:
- “cade o vestido que a fada das noivas fez?”
- — Comentário aparentemente neutro, mas com tom de ironia e deboche, já que a intenção é reforçar a ideia de que o vestido não existia ou não era digno de destaque.
Conclusão Geral
Esse post é apenas o ponto de partida para uma série de ataques coordenados à minha reputação profissional, usando o nome de uma celebridade para legitimar o linchamento virtual. O padrão se repete: distorcem a história, tiram os fatos de contexto, estimulam o deboche e ainda tentam transformar a vítima em motivo de piada pública. Mais grave ainda é que o comentário de maior destaque (o da usuária Cib) utiliza termos pejorativos, reforça fake news e ainda estimula o público a enxergar a estilista como descontrolada e incapaz, caracterizando crimes como difamação, injúria e cyberbullying, todos agravados pelo fato de eu ser uma pessoa com deficiência e alvo recorrente de capacitismo.
Ao longo dos próximos posts, fica claro como o perfil “Vítimas da Estilista” utiliza a tática de dividir histórias em blocos, manipular informações, dar palco para comentários criminosos e criar uma verdadeira rede de difamação. Esse caso, que deveria ser tratado com responsabilidade, é mais um exemplo de como a internet pode ser cruel, seletiva e injusta, especialmente com quem não tem a força midiática de grandes celebridades.
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