Post 175 a 177 - vítimas do TikTok - o bazar das minhas roupas

Resumo geral dos posts
Nos posts 175 a 177, o perfil “Vítimas da Estilista” segue o padrão de stalking e humilhação pública já constatado em publicações anteriores. Eles extraem vídeos e imagens dos stories da estilista Juliana , que mostravam roupas, bolsas e objetos pessoais à venda em um bazar anunciado por ela mesma em suas redes sociais. Esses conteúdos são retirados de seu contexto original — que era um desabafo íntimo sobre mudanças pessoais e dificuldades enfrentadas — e usados como base para ironias, ataques indiretos e espaço aberto para comentários ofensivos.

Além disso, os vídeos sugerem que a estilista estaria fazendo o bazar por desespero financeiro, com insinuações maliciosas de que vender suas roupas seria uma contradição ou algo constrangedor. Isso revela o uso sistemático de deboche e exposição pública para fragilizar emocionalmente a vítima e incitar reações negativas no público.
Contexto real ignorado pelas postagens
Juliana já havia explicado, inclusive em stories públicos e vídeos no YouTube, que o bazar foi motivado por três fatores legítimos:
- Mudança de endereço para um local menor, onde não caberiam tantas peças;
- Emagrecimento acentuado por conta de depressão, fazendo com que muitas roupas não servisse mais;
- Desejo de se desfazer de roupas associadas a ciclos passados, especialmente após conflitos com assistentes e clientes que a atacaram.
Nada no conteúdo original indica fraude, vergonha ou ilegalidade. Pelo contrário: o bazar foi feito de forma transparente, acessível e com peças de valor justo.
Análise dos conteúdos e legendas
Post 175
- Vídeo mostra a estilista apresentando o closet de forma leve e descontraída, com estética criativa.
- Legenda irônica: “É só uma sujeirinha!”
- Violação cometida:
- Capacitismo e escárnio: o tom sarcástico tenta deslegitimar a fala da estilista e criar um ambiente de julgamento.
- Estigmatização da saúde mental: desconsidera o contexto emocional e transforma uma reorganização pessoal em espetáculo de chacota.
- Cyberbullying indireto: a frase “só uma sujeirinha” desumaniza, ironiza e convida o público ao deboche.
Post 176
- Vídeo mostra Juliana falando diretamente com o público, usando camiseta amarela.
- Texto sobreposto: “20$ de malha” e “questões óbvias né?”
- Legenda: “Será que vai passar o código de para todos os clientes?”
- Violação cometida:
- Manipulação de contexto e discurso: as falas recortadas buscam insinuar confusão ou desorganização, sem qualquer explicação honesta do conteúdo original.
- Distorção da imagem profissional: tenta associar a fala a um suposto descontrole comercial ou despreparo.
Post 177
- Vídeo foca em uma bolsa usada, com legenda “Bolsa de couro vintage 50$”.
- Legenda do post: “Bazar da estilista para pagar funcionária?!”
- Comentário sobreposto: “mas ela é muito fofa”
- Violação cometida:
- Insinuação maldosa e desonesta: trata um bazar legítimo como se fosse algo vexatório, sugerindo que a estilista estaria se desfazendo de bens por falência ou incapacidade de pagar salários.
- Difamação velada: ao sugerir que a estilista não consegue arcar com sua equipe, coloca em xeque sua idoneidade como empreendedora.
Padrão de perseguição
Mais uma vez, vemos que o perfil:
- Copia conteúdos pessoais e comerciais da estilista sem autorização;
- Edita, recorta e legenda com insinuações depreciativas;
- Utiliza imagens públicas de forma mal-intencionada;
- Dá espaço para que seguidores ataquem nos comentários, curtindo e incentivando esse comportamento.
Essa prática configura:
- Stalking digital;
- Difamação indireta;
- Incitação ao linchamento virtual;
- Violação de imagem e direitos autorais;
- Capacitismo e gordofobia velada em comentários complementares.
Conclusão para o blog e relatório jurídico
Estes três posts revelam um padrão constante de perseguição disfarçada de entretenimento ou ironia. A estilista, que usou suas redes para vender peças pessoais de forma transparente e honesta, foi exposta de forma distorcida e depreciativa. O objetivo não era informar o público ou alertar sobre qualquer irregularidade — até porque não havia nenhuma —, mas sim alimentar um ciclo de humilhação pública, escárnio, ataques à autoestima e desvalorização da imagem profissional.
Essa prática precisa ser denunciada não apenas como difamação, mas como parte de um projeto contínuo de cyberbullying coletivo e perseguição moral, com base em preconceitos, capacitismo, misoginia e instrumentalização do sofrimento de uma mulher empreendedora.
O bazar era uma estratégia legítima de recomeço. Transformá-lo em motivo de escárnio revela mais sobre quem persegue do que sobre quem vende.

CRIMES IDENTIFICADOS NOS COMENTÁRIOS
1. Difamação e injúria
- “Ela é tão irresponsável que gastou dinheiro dos vestidos e agora tá vendendo roupa pra comprar tecido”
- “Ela briga com todos os lugares”
- “Bazar do golpe”
- “Costureira de meia tigela né, se eu fosse arrumava tudo”
Crime: Imputar desonestidade, incompetência e má conduta profissional sem provas, manchando reputação.
2. humilhação pública
- “Imagina comprar com energia de trambique dela? Cruz credo”
- “Se comprar, não vai receber kkkkk”
- “Vai vender até as calcinhas daqui a pouco”
- “Ela mostrando blusas que você acha nas lojinhas de 20/25 e querendo lucrar o dobro
Crime: Escárnio da condição emocional e de saúde da estilista, zombarias sobre sua condição financeira.
3. Cyberbullying coletivo e incitação ao linchamento
- Curtidas da página nos comentários mais cruéis
- Emojis em massa usados para humilhar (“💀”, “😂”, “🙄”, “🤡”)
- “As roupas parecem do lixão”
- “Fubanga”, “brega”, “ridícula”, “roupa com cheiro de gato”
Crime: Ambiente de zombaria estimulado e validado pela própria curadoria da página. Comentários repetitivos e coordenados para gerar humilhação viral.
4. Ataques estéticos e misoginia
- “Tudo brega”
- “Gnt kkkk como assim? Nem no brechó da igreja”
- “A moda agora é vender coisa velha e desgastada e a desculpa de que é vantagem?”
- “5x é usar pouco? Ainda mais pra não lavar”
Crime: Julgamentos estéticos agressivos, com conotação pejorativa direcionada ao corpo, gosto e aparência da vítima. Misoginia estética explícita.
5. Acusações de golpe ou desonestidade
- “Será que quem comprar vai receber?”
- “Roupa da Shein usada por 40 reais? Misericórdia”
- “Tudo que ela posta é coisa do Brás e quer vender caro”
- “Essa roupa tem energia de golpe”
Crime: Acusações falsas que ferem diretamente a honra e a imagem da estilista, além de configurar calúnia comercial.
- A intenção da página é clara: ridicularizar, humilhar e incitar ataques, sem nenhum compromisso com verdade ou responsabilidade.
- O uso sistemático de prints, emojis e frases repetidas reforça o padrão de linchamento digital organizado.
- Os comentários são validados pela própria página, que curte e interage com eles, configurando responsabilidade solidária nos crimes cometidos.
- Muitos dos ataques carregam viés de classe, capacitismo e misoginia, associando pobreza, venda de roupas, desorganização emocional e estética com “falência moral”.
- O tom cínico e desrespeitoso é usado para lucrar com o sofrimento alheio, pois gera engajamento, views e monetização indireta.
Conclusão final
Os comentários dos posts 175 a 177 expõem de forma inequívoca que o objetivo não é criticar um serviço — mas destruir uma pessoa.
O bazar da estilista foi tratado como um espetáculo de humilhação coletiva.
Vender uma peça usada virou motivo para ser chamada de fubanga, golpista e desesperada.
Essa prática não é liberdade de expressão — é violência digital.
A perseguição segue um roteiro cruel:
Expõe, distorce, ridiculariza, valida o deboche e lucra com a destruição de uma reputação.
Todos esses registros foram coletados, organizados e serão incluídos em ação judicial por crimes de:
- Injúria
- Difamação
- Calúnia
- Capacitismo
- Violação de direitos de imagem
- Cyberbullying
- Stalking digital
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