Post 192- vítimas do TikTok - meus stories e a humilhação

O post 192 é mais um exemplo claro do uso indevido dos meus vídeos pessoais para difamação e chacota. O vídeo original foi feito para anunciar a venda de um casaco do meu bazar, uma peça vintage dos anos 80, bordada à mão, comprada por mim anteriormente em um brechó por mais de R$ 100, e que, mesmo com o zíper quebrado, teria um valor estimado de R$ 200 ou mais em qualquer outro brechó devido à raridade e ao trabalho artesanal. Na época, decidi vender a peça não pelo defeito, mas porque a associei a momentos vividos com pessoas ligadas à página de ódio, e eu queria me desfazer dessa energia ruim.


Mesmo sendo uma publicação legítima, feita nos meus stories para o meu público, a página “Vítimas da Estilista” a republica com legendas tendenciosas, insinuando golpe e má-fé, e libera um espaço para comentários depreciativos sobre mim, minha saúde (inclusive zombando do momento em que eu espirro no vídeo, pois estava gripada), minha aparência, minhas roupas e minhas habilidades profissionais. Nenhum crime é exposto, nenhuma denúncia legítima é feita, apenas exposição gratuita para alimentar ódio.

Esse post alcançou mais de 124 mil visualizações e gerou mais de 150 comentários, a maioria com ofensas, deboches e insinuações caluniosas, incentivadas pela própria página que interage e valida essas mensagens. Trata-se de cyberbullying, injúria e difamação, sem qualquer caráter jornalístico ou imparcial, apenas perseguição e tentativa de humilhação pública.

1️⃣ Categorias de Crimes Encontradas

A. Difamação e Injúria (Ataque à reputação e insultos diretos)


  1. “Quem vai comprar essa porcaria??”
  2. “Feio viu 🤢”
  3. “Horrível isso”
  4. “Que coisa horrível”
  5. “Tudo feio, gente, ela é extremamente cafona”
  6. “Peça horrenda, parece mofo”
  7. “Quem compra coisas dessa mulher? Os vestidos dela eu acho HORROROSO.”

B. Humilhação Pública / Escárnio Coletivo


  1. “120 reais por uma blusa de brechó com zíper quebrado kkkkkkk”
  2. “Dou 15”
  3. “120,00 com defeito 😂”
  4. “Compro por 5 e revendo por 120 😂”
  5. “Se me desse de graça eu não ia querer, imagina pagando 120”
  6. “Parece aquelas ricas de novela que perdem tudo e vão vender suas roupas”
  7. “Vendendo tudo pra pagar os processos.”

C. Capacitismo e Ataques à Condição Física


  1. “O que aconteceu com as mãos dela?”
  2. “Por que ela tem as mãos assim?”
  3. “Horrível isso” (em contexto de imagem corporal

D. Insinuações de Doença / Higiene


  1. “A blusa já vem com a gripe dela”
  2. “A blusa já vem com o corona vírus dela kkkkk”
  3. “Tá tossindo no vídeo para dar aquele charme”
  4. “DNA dela que sai no espirro que ela deu”
  5. “O COVID vem de brinde é?”
  6. “Já vem com o cheiro”
  7. “Espírito de cachorro”
  8. “Mofo e energia ruim, quem vai comprar isso?”

E. Acusações de Má Conduta Profissional / Golpe


  1. “Vendendo tudo pra pagar processo”
  2. “Olha para onde vai o dinheiro das noivas”
  3. “Uma estilista que não troca um zíper”
  4. “Trabalho com costura e não teve coragem de arrumar um zíper, senhor amado”
  5. “Nada contra brechó, mas 120 reais com zíper estragado é piada”
  6. “Todo dia sai um otário para comprar essa peça.”

2️⃣ Comentários Curtidos ou Respondidos Pela Página (Conivência com o Ódio)

A página “Vítimas da Estilista” não apenas permite os ataques, mas curte e responde alguns comentários, estimulando a difamação:

  1. Curtidas em frases como “A história de uma caloteira safada” e “Ela está desesperada, só pode.”
  2. Respostas irônicas a comentários que debocham do valor da peça ou insinuam golpe.
  3. Interação com falas que associam a venda ao “dinheiro das noivas”, reforçando difamação sem provas.

  4. Comentário: “A história de uma caloteira safada”
  5. Ação da página: Curtida visível.
  6. Análise: Este comentário é injurioso e difamatório, atribuindo crime de calote sem qualquer prova. Ao curtir, a página valida a acusação, estimulando seguidores a repetirem a narrativa falsa de “golpista”.
  7. Impacto: Propagação de boatos sem base legal, reforçando a imagem de estelionato.
  8. Comentário: “Olha pra onde vai o dinheiro das noivas”
  9. Ação da página: Curtida.
  10. Análise: Imputa o crime de desvio de valores pagos por clientes para uso pessoal, sem provas ou relação com o vídeo, configurando calúnia. A curtida legitima a acusação e aumenta a credibilidade do boato perante seguidores.

Comentário de Leandro Queiroz


📌 “Mano eu sempre começo o vídeo com uma imagem que me choca, no meio me dá raiva e no fim eu tô rindo de tamanha besteira. Chocado com esse entretenimento.”

🔹 Resposta da página: “obrigado 😉”

🔎 Análise:

  1. A página agradece, com emoji sugestivo, por um comentário que classifica o conteúdo como “besteira” e “entretenimento”, ou seja, transforma a difamação e o ataque pessoal em forma de diversão para terceiros.
  2. Isso evidencia que o objetivo do perfil não é denúncia ou alerta legítimo, mas sim gerar humilhação pública com caráter de entretenimento, incentivando que outras pessoas tratem a situação como piada.

2️⃣ Comentário de Yco Runge


📌 “120 conto numa blusa com defeito no zíper? misericórdia”

🔹 Resposta da página: “mas a blusa já vem com uma história 😉”

🔎 Análise:

  1. A página responde de forma sarcástica, validando a crítica ao valor da peça e insinuando que a venda é absurda ou enganosa.
  2. Essa interação reforça a narrativa de desonestidade e golpe, sem considerar o valor real da peça, seu trabalho artesanal ou a explicação dada no vídeo original.
  3. O emoji é usado para tripudiar sobre a situação, estimulando outros a continuarem o ataque.

3️⃣ Comentário de Elis


📌 “O brechó do brechó, zíper quebrado, por apenas $120… parece brincadeira!”

🔹 Resposta da página: “mas não é 😉”

🔎 Análise

  1. A página ironiza novamente, insinuando que vender a peça é um absurdo, reforçando a narrativa de charlatanismo ou ludibriação de clientes.
  2. Ao invés de moderar o ataque, incentiva o linchamento virtual, rindo da situação e reforçando a humilhação.

4️⃣ Comentário de Maroca do Santos


📌 “Gente mas ela irá entregar as peças??? 😉”

🔹 Resposta da página: “estou a espera de relatos também

🔎 Análise:

  1. A página sugere suposto histórico de não entrega de produtos, insinuando golpe sem apresentar qualquer prova ou caso real relacionado ao vídeo.
  2. Essa interação é caluniosa, pois cria a percepção pública de fraude, instigando seguidores a acreditar que eu não entregaria a peça vendida.

Conclusão Geral

As respostas da página nos comentários analisados demonstram:

  1. Curadoria ativa do ódio: a administradora interage com falas depreciativas para validá-las.
  2. Insinuações de crimes sem provas: reforço de suposta fraude, golpe e não entrega de produtos.
  3. Transformação da difamação em entretenimento: incentivo a seguidores para rir, debochar e humilhar, tratando a violência digital como diversão coletiva.
  4. Perseguição organizada: a página não se limita a expor conteúdo, ela atua ativamente para difamar, incitar linchamento virtual e perpetuar boatos falsos.

2️⃣ Humilhação e Escárnio Aprovados pela Página

  1. Comentário: “Compro por 5 e revendo por 120”
  2. Ação da página: Curtida.
  3. Análise: O comentário debocha do valor do item, insinuando golpe ou oportunismo, sem considerar o valor histórico e artesanal da peça. A curtida reforça o escárnio coletivo, incentivando mais piadas semelhantes.
  4. Comentário: “Se me desse de graça eu não ia querer, imagina pagando 120 kkkkkkk”
  5. Ação da página: Curtida.
  6. Análise: Mensagem de humilhação direta, sem relação com fato criminoso. Ao interagir, a página amplia a chacota pública e expõe a vendedora ao ridículo perante milhares de visualizações.

3️⃣ Ataques à Higiene e Doença Validada pela Página

  1. Comentário: “A blusa já vem com o corona vírus dela kkkkk”
  2. Comentário: “O COVID vem de brinde é?”
  3. Ação da página: Curtidas em ambos.
  4. Análise: Além de ofensivos, configuram difamação e humilhação ao insinuar que a peça está contaminada, criando associação falsa com doença. Isso não só atinge a imagem profissional, como também é uma acusação grave de risco à saúde pública, sem qualquer fundamento.
  5. Comentário: “DNA dela que saiu no espirro que ela deu”
  6. Ação da página: Curtida.
  7. Análise: Além do tom jocoso, a fala cria a ideia de falta de higiene, gerando repulsa pública. A curtida demonstra apoio à narrativa de produto “sujo ou contaminado”.

4️⃣ Desqualificação Profissional Incentivada

  1. Comentário: “Uma estilista que não troca um zíper”
  2. Comentário: “Trabalha com costura e não teve coragem de arrumar esse zíper, senhor amado”
  3. Ação da página: Curtidas em comentários similares.
  4. Análise: São ataques diretos à minha capacidade profissional, com caráter de injúria, desqualificando minha competência sem considerar o contexto do anúncio. A interação da página dá aval para seguidores questionarem minha profissão e qualidade de serviço sem qualquer relação com a peça anunciada.

5️⃣ Perseguição e Ódio Organizado

  1. A repetição de curtidas nesses tipos de comentários demonstra curadoria ativa do ódio.
  2. A página não apenas compartilha conteúdo fora de contexto, mas incentiva e valida ofensas, calúnias e difamações, criando uma narrativa de “golpista” e “profissional desonesta” com base em um simples anúncio pessoal de bazar.
  3. A ação de curtir e responder não é neutra: é um ato de aprovação, estímulo e perpetuação da violência digital, configurando cyberbullying e perseguição direcionada

3️⃣ Conclusão Jurídica Inicial

  1. O post é material de cyberbullying em massa, com ênfase em:
  2. Difamação (ataques diretos à reputação e caráter profissional).
  3. Injúria (insultos pessoais e zombaria direcionada).
  4. Capacitismo (comentários sobre mãos, aparência física).
  5. Crime contra honra (imputação de golpes e desonestidade sem provas).
  6. Danos emocionais (associação com doença, sujeira, vírus).
  7. A página atua como administradora e incentivadora dos ataques, fornecendo espaço, curando conteúdo e até interagindo com falas ofensivas, o que caracteriza perseguição organizada e difamação coletiva.

3️⃣ Conclusão Jurídica Inicial

  1. O post é material de cyberbullying em massa, com ênfase em:
  2. Difamação (ataques diretos à reputação e caráter profissional).
  3. Injúria (insultos pessoais e zombaria direcionada).
  4. Capacitismo (comentários sobre mãos, aparência física).
  5. Crime contra honra (imputação de golpes e desonestidade sem provas).
  6. Danos emocionais (associação com doença, sujeira, vírus).

  7. A página atua como administradora e incentivadora dos ataques, fornecendo espaço, curando conteúdo e até interagindo com falas ofensivas, o que caracteriza perseguição organizada e difamação coletiva.

O Post 192 expõe com clareza a verdadeira essência da página “Vítimas da Estilista”: não é um espaço para denúncias ou busca de justiça, é um espaço para perseguição, humilhação e linchamento virtual direcionado a uma única pessoa – eu

Neste caso específico, não existe qualquer crime relatado, nenhuma denúncia legítima, nenhum conteúdo de interesse público. O vídeo original era apenas um anúncio pessoal de bazar, vendendo uma peça vintage com um zíper danificado, algo absolutamente comum em vendas de segunda mão. O que se transforma em “entretenimento” para a página e seus seguidores é o simples fato de eu existir, de eu falar, de eu aparecer, de eu tentar seguir com a minha vida.

Tudo vira motivo para ataques:

  1. A forma como me visto.
  2. O valor que atribuo a uma peça.
  3. A decisão de vender algo por questões emocionais.
  4. Até mesmo um espirro, consequência de uma gripe, é transformado em motivo de piada cruel.

Não há interesse real em informar ou prevenir supostos golpes, como a página alega. O único objetivo aqui é alimentar ódio, ridicularizar, desumanizar e perseguir uma pessoa em massa, criando um espetáculo de difamação onde cada detalhe da minha vida se torna munição para novos ataques.

O impacto desse post vai além de comentários ofensivos isolados. Ele reafirma para milhares de pessoas que tudo em mim é “errado”, que eu mereço ser julgada, debochada e hostilizada publicamente. Ele reforça a narrativa de que não importa o que eu faça – trabalhar, vender algo usado, compartilhar minha vida – eu sou o problema, apenas por ser eu.

Este não é um espaço para vítimas, é um espaço para fabricar uma vilã e fazer da vida dela um inferno coletivo. E este post é mais uma prova concreta de que a perseguição digital contra mim é sistemática, organizada e sem qualquer base real em fatos ou crimes.



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