Post 202 a 206 - vítimas do TikTok - perfil fake caso Hanna

Caso Hanna –
Posts 202 a 206 | Análise jurídica e crítica do conteúdo
Entre os dias 30 e 31 de outubro de 2024, o perfil “Vítimas da Estilista” publicou uma série de vídeos (Posts 202 a 206) apresentando o chamado Caso Hanna”, em que alegam que um perfil do TikTok chamado @HannaLukeNoivas teria sido criado pela própria estilista Juliana com o objetivo de “falar mal dos próprios vestidos”. A narrativa, além de absolutamente absurda, revela o nível de estratégia persecutória e criminosa que esse grupo tem empregado para sustentar sua página.
🕵️♀️ A farsa do rastreamento de IPs
O ponto mais grave dessa sequência de vídeos é a declaração explícita de que o perfil “Vítimas da Estilista” possui uma pessoa encarregada de rastrear os IPs de supostos perfis fakes associados à estilista.
“Nossa fonte de confiança confirmou que o perfil tá dando no IP da Estiliana.”
“Essa pessoa aqui tá incumbida de rastrear os perfis fakes de Estiliana.”
“Valmir confirmou que o IP daquela conta da Hanna realmente sai do IP da Juliana.”
Esse tipo de declaração expõe práticas ilegais, que violam o Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e os princípios constitucionais de privacidade e liberdade individual. A única forma legítima de rastrear IPs com fins investigativos é por decisão judicial em processos oficiais de investigação criminal. Nenhum grupo de civis, influenciadores ou criadores de conteúdo pode acessar dados sigilosos de usuários, muito menos utilizar essas informações para humilhar e acusar publicamente alguém.
Essas falas confirmam que o grupo não é apenas um coletivo de “exposição de relatos”, mas sim uma organização digital coordenada com práticas criminosas, invasivas e que se posiciona acima da lei — agindo como se fosse uma “delegacia paralela”, onde julgam, condenam e lincham.
🤯 Conflitos inventados: a necessidade constante de vilanizar
Outro elemento central da farsa do “Caso Hanna” é a tentativa evidente de alimentar um conflito que simplesmente não existe na realidade. A página, incapaz de obter reações da estilista (que optou por não alimentar a perseguição), cria perfis e teorias absurdas como forma de manter o engajamento da base.
Essa é uma estratégia clássica de manipulação digital:
- Cria-se um inimigo invisível;
- Acusa-se esse inimigo sem provas;
- Ameaça-se publicamente caso a pessoa não “prove sua inocência”;
- E, se a vítima reage, usa-se isso como “prova” de culpa.
A própria tentativa de “provar” que Juliana é Hanna revela o quanto esse grupo não investiga — fabrica narrativas. Eles exigem que a vítima “prove que não é”, quando o ônus da prova, em qualquer estrutura legal, é sempre de quem acusa. E mesmo quando uma mulher se apresenta como responsável pelo perfil, eles dizem que “ainda vão continuar investigando”, sugerindo que a verdade não importa — o que importa é o roteiro do linchamento.
⚖️ Crimes configurados nos vídeos do Caso Hanna
- Calúnia (Art. 138, CP): Acusação de autoria de perfil fake com intenções criminosas.
- Difamação (Art. 139, CP): Atribuição de condutas reprováveis para desmoralizar a vítima.
- Injúria (Art. 140, CP): Comentários humilhantes sobre aparência, estética, técnica profissional.
- Invasão de dispositivo informático (Lei 12.737/2012): Suposto rastreio de IP sem autorização judicial.
- Assédio moral digital: Pressão, vigilância e humilhação sistemática em ambiente público online.
- Manipulação de audiência com falsidade ideológica: Criação de fatos e conflitos para engajamento.
🧠 Reflexão Final
“Eu nunca entrei em conflito com essas pessoas. No início, tentei me defender, mas depois entendi que era inútil debater com quem não quer diálogo. Dar palco pra maluco é virar personagem da loucura alheia.”
— Juliana
O “Caso Hanna” é mais uma prova de que o perfil “Vítimas da Estilista” não apenas abriga denúncias — ele fabrica narrativas. Em vez de atuar com responsabilidade, escolhe o caminho da perseguição estratégica, alimentando o algoritmo com linchamento moral contínuo.
É fundamental denunciar publicamente e juridicamente esse tipo de estrutura. Não se trata mais de “opinião” ou “relato”: trata-se de uma quadrilha digital coordenada, com práticas organizadas de crime cibernético e destruição de reputações.

💬 Análise dos Comentários – Caso Hanna (Posts 202 a 206)
Período de publicação: 30 e 31 de outubro de 2024
Engajamento geral: Baixo para a média da página
Comentários analisados: 60+
📉 . Baixo engajamento e perda de narrativa
Diferente de outros casos usados para promover linchamento e escárnio coletivo, o “Caso Hanna” não gerou o mesmo nível de engajamento. A quantidade de comentários foi pequena e muitos deles expressam confusão, ceticismo ou descrença diante da narrativa apresentada.
Esse comportamento é sintomático de que a história não convenceu nem mesmo o público cativo da página. Isso indica um enfraquecimento da credibilidade do perfil e desmascara a tentativa desesperada de criar conflito onde não existe.
❗ 2. Comentários de descrença, dúvida e confusão
Muitos seguidores da página manifestam que não entenderam o enredo, que os posts estão confusos, ou que não sabem quem é Hanna. Alguns exemplos:

- “Não tô entendendo nada 😳”
- “Os últimos posts estão confusos hein”
- “Tô mais perdida que cego em tiroteio, o que aconteceu?”
- “Nem eu entendi”
- “Gente, ela não provou que era o número?? Como diz a Patrícia, preciso de provas… kkk só trabalho com provas”
Essas reações reforçam que até parte da própria base da página percebeu a incoerência da acusação e a ausência total de provas técnicas.
⚠️ 3. Reação irônica e cômica à acusação
Outros comentários reagem com ironia ou deboche ao enredo apresentado, mostrando que não levam a sério a ideia de que a estilista criaria um perfil fake para se atacar:
- “Jesus kkkkkkkkkkkk 🤣 hanna oxii meu nome”
- “Ela sendo obcecada em destruir ela mesma lkkk”
- “Caraca meu”
- “Estou chocada com tantas coisas, eu ia fazer meu vestido com ela, melhor não”
- “Oxi, quem é hannah rafaella…”
Isso mostra que a narrativa beira o absurdo e o ridículo, e por isso não conseguiu sustentar o papel de “denúncia séria” nem mesmo entre as seguidoras mais engajadas da página.
🕳️ 4. Tentativas da página de forçar coerência
Diante da confusão geral, a própria página tentou reiteradamente redirecionar os comentários para o post “Caso Hanna Final” como forma de justificar a história:
- “Veja o post ‘caso hanna final’”
- “Tá tudo explicado lá”
No entanto, esse movimento não conseguiu conter a percepção de que a narrativa foi mal construída, o que reforça a hipótese de que o caso foi fabricado para manter o engajamento durante um período de baixa atividade.
📌 5. Conclusão
O “Caso Hanna” não só falha em seu objetivo inicial de desmoralizar a vítima com base em uma falsa acusação de perfil fake, como também evidencia uma crise de credibilidade dentro da própria bolha de seguidores da página.
Ao tentar inventar um conflito onde nunca existiu, a página revela:
- Falta de fatos concretos;
- Abandono de qualquer critério ético ou jornalístico;
- Desespero por atenção e engajamento a qualquer custo;
- Ação coordenada e organizada com possíveis infrações penais graves (como rastreamento de IP sem autorização judicial).
Comentários
Postar um comentário