Post 208 - vítimas do TikTok - meus stories Temu

O Post 208 publicado pela página “Vítimas da Estilista” traz um vídeo extraído dos stories da estilista Juliana, no qual ela fala sobre a entrega de 19 vestidos de noiva em novembro e sua parceria como embaixadora e afiliada do aplicativo Temu. A publicação é usada pela página para sugerir ironicamente que a estilista está tentando “dar golpe” junto com a Temu, como se fosse incoerente trabalhar com esse tipo de parceria digital.
Apesar de a fala original conter informações legítimas de planejamento de produção e divulgação de uma ação comercial, o vídeo foi usado fora de contexto, distorcido e seguido por comentários maldosos, debochados e caluniosos, configurando linchamento virtual, injúria e cyberbullying.
Fala original da estilista no vídeo:
“(…) Novembro é meu último mês de muitas entregas de vestido. Graças a Deus? Não, graças a todo mundo que trabalhou aqui. Só em novembro nós vamos entregar 19 noivas (…) Fechei como afiliada e embaixadora da Temu. (…) É um aplicativo igual a AliExpress, Shopee. (…) Fui escolhida, fiquei muito feliz. (…)”
Principais crimes e abusos cometidos nos comentários:


💣 1. Deboche e deslegitimação religiosa e emocional
- “Graças a Deus? Não, graças a mim.” — Comentários tiram sarro da fala da estilista, acusando-a de arrogância, egocentrismo ou deboche com Deus, o que incentiva ódio religioso e manipula o público.
- “Caraca, ainda debocha de Deus” — insinua que a estilista é anticristã ou soberba, apelando para o preconceito religioso.
🤥 2. Acusações de golpe e estelionato sem provas
- “Mais um novo calote?”, “Quantas não serão entregues?”, “Golpes novos”, “Tem a mesma linhagem de estelionatária da rede”.
- Diversas mensagens insinuam que a estilista não entregará os vestidos prometidos, chamando-a de “caloteira”, “golpista”, “embaladora da Temu”, sem qualquer comprovação, o que configura difamação.
🎯 3. Ataques à credibilidade profissional
- “Essa mulher não entrega nada, tudo é golpe”, “Como alguém compra esses vestidos?”.
- Comentários sugerem que a estilista não tem capacidade técnica ou credibilidade para executar seus serviços.
🎭 4. Escárnio e desumanização
- “O inimigo é ela mesma”, “Tem a mesma linhagem da Dri”, “19 noivas estressadas”, “Eu e um milhão de pessoas na Temu”, “Imagina se não estivesse conseguindo”.
- Comentários visam ridicularizar a estilista e reforçar que ela seria motivo de escárnio nacional, deslegitimando qualquer posicionamento.
👩💻 5. Incitação ao boicote e perseguição organizada
- “Quem acredita que são 19 noivas levanta a mão”, “Agora até a Temu vai ser processada?”, “A nova fase dela é enganar a Temu”.
- Cria-se uma narrativa coletiva para descredibilizar a estilista perante empresas e seguidores, influenciando boicotes e cancelamentos.
🧾 6. Deturpação da fala e distorção de contexto
- O vídeo original é usado de forma a gerar interpretações maliciosas sobre a fala “graças a Deus? Não, graças à equipe”, omitindo o tom de gratidão ao trabalho coletivo — e não uma negação de fé.
Provas de uso indevido de imagem e incitação pública:
- A imagem da estilista é usada sem consentimento em um vídeo de exposição.
- O nome do vídeo aparece associado a hashtags como:
- #golpe #julianasantos #patricialelis #estilistajuliana #fofoca
- A legenda diz: “Estilista já mudou para a blusinha branca, bem good vibes” — o que ironiza sua aparência, com tons de deboche estético e tentativa de humilhação pública
Conclusão para o dossiê jurídico e blog
O Post 208 representa mais um episódio de uso indevido de imagem e fala, com descontextualização de conteúdo para alimentar uma narrativa falsa de fraude. A publicação desencadeou comentários caluniosos, difamatórios, misóginos e religiosos, que incentivam perseguição coletiva, reforçam uma reputação negativa sem provas, e comprometem a integridade moral e emocional da vítima. A conexão forçada com a plataforma Temu, sem nenhum indício de irregularidade, comprova a tentativa de associar a estilista a esquemas fraudulentos de maneira deliberada e manipuladora.
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