Post 220- vítimas TikTok - vídeo Temu


Análise – Post 220 (Perfil “Vítimas da Estilista”)

Descrição do conteúdo

  1. Data: 04/11/2024
  2. Formato: Vídeo de um homem comentando sobre reclamações no Reclame Aqui contra o aplicativo de compras “Temu”.
  3. Legenda: “Já conferiu o Reclame Aqui da empresa ‘Temu’”, seguida de hashtags como #golpe, #julianaestilista, #patricialelis, etc.
  4. Contexto: A postagem insinua que as supostas práticas negativas associadas ao aplicativo seriam “iguais” às atribuídas a você, tentando criar uma associação indireta de golpe.

Estratégia usada pela página

  1. Associação indevida de imagem
  2. O conteúdo não tem relação direta com sua atuação profissional ou com fatos concretos envolvendo você.
  3. Usa um exemplo externo (empresa internacional) para induzir o público a associar reclamações contra a Temu com seu nome e marca.
  4. Uso de hashtags direcionadas
  5. As hashtags conectam artificialmente o vídeo à sua pessoa, mesmo sem qualquer envolvimento com o assunto tratado no vídeo.
  6. Isso amplia o alcance entre pessoas que pesquisam sobre você ou sobre os temas relacionados aos ataques.
  7. Comentário insinuativo
  8. Nos comentários, alguns usuários reforçam a narrativa de “golpe”, enquanto outros defendem a plataforma Temu, demonstrando que parte do público percebe a postagem como irrelevante ou enganosa.

Efeitos e danos identificados

  1. Reputacionais: Tenta associar seu nome a práticas fraudulentas sem qualquer prova, reforçando estigma perante seguidores e público externo.
  2. Comerciais: Pode ter contribuído para o rompimento de parcerias — como no caso citado, em que houve prejuízo na relação comercial com a Temu.
  3. Jurídicos: O conteúdo caracteriza possível difamação e associação dolosa de imagem, visto que insinua práticas ilícitas inexistentes.

Classificação jurídica preliminar

  1. Difamação (art. 139 do Código Penal) – associar sua imagem a conduta ilícita sem prova.
  2. Injúria (art. 140) – uso de hashtags e insinuações depreciativas.
  3. Associação indevida de marca/imagem – podendo gerar ação por danos morais e materiais.

Conclusão

O Post 220 é um exemplo claro de conteúdo fabricado para manter volume de ataques, mesmo sem relação com fatos reais. Ele cumpre a função de:

  1. Manter seu nome vinculado a acusações de golpe;
  2. Preencher o perfil com “material” que mantenha engajamento;
  3. Criar associação mental entre você e práticas fraudulentas, explorando notícias ou reclamações de terceiros para sustentar a narrativa difamatória.


Análise dos comentários – Post 220 (Perfil “Vítimas da Estilista”)

Total: 11 comentários visíveis

Tonalidade geral: mista, com parte neutra/positiva sobre a Temu e parte depreciativa com insinuações de golpe que podem ser indiretamente associadas a você.

1. Comentários neutros/defensivos sobre a Temu

  1. Nina Jursa: Relata experiências positivas com compras no app e questiona a veracidade do vídeo.
  2. Cutebee: Diz comprar frequentemente na Temu (40x) sem problemas.
  3. Desiree Williams: Relata experiências positivas nos EUA, com produtos grátis e sem frete.
  4. Tatiane: Relata compras em Portugal com descontos, explicando que há regras mínimas para receber produtos grátis.

Efeito: Esses comentários não atacam diretamente você, mas contradizem a narrativa de “golpe” usada pelo post, enfraquecendo a associação negativa pretendida.

2. Comentários depreciativos/insinuativos

  1. Isadora Massad: “Oferta a cara da nova embaixadora kkkkk 🤭 só o golpe.”
  2. Insinuação clara: liga a oferta a uma “embaixadora” (possível referência a você), chamando de “golpe”.
  3. Classificação: injúria e difamação, pois associa sua imagem a fraude sem prova.
  4. Iaiaangel: Afirma que o app é “óbvio que é golpe”, usando linguagem disfarçada (g0lp3) para burlar filtros.
  5. Embora fale do app, no contexto do post, reforça a narrativa de que estaria ligado a você.
  6. Profanaaa: “Que absurdo.”
  7. Comentário vago, mas que dentro da narrativa do post funciona como reforço negativo.

3. Comentários de reação genérica

  1. Letícia: Apenas emojis sorrindo, que no contexto podem ser interpretados como deboche diante da insinuação de golpe.

Síntese

  1. A seção de comentários mostra que o próprio público está dividido: parte defende a Temu e desmente a acusação, enquanto outra parte reforça a narrativa criminosa do post, inclusive com ataque pessoal (“embaixadora… só o golpe”).
  2. Para o dossiê jurídico, o comentário da Isadora Massad é o mais grave, pois é o único que faz ligação direta entre a suposta fraude e a sua pessoa, configurando ofensa direta e passível de responsabilização.
  3. O restante serve como prova de ambiente difamatório criado pelo perfil, já que mesmo comentários que não mencionam você são usados dentro de um post que associa o tema a você por meio de hashtags e contexto.



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