Post 220- vítimas TikTok - vídeo Temu

Análise – Post 220 (Perfil “Vítimas da Estilista”)
Descrição do conteúdo
- Data: 04/11/2024
- Formato: Vídeo de um homem comentando sobre reclamações no Reclame Aqui contra o aplicativo de compras “Temu”.
- Legenda: “Já conferiu o Reclame Aqui da empresa ‘Temu’”, seguida de hashtags como #golpe, #julianaestilista, #patricialelis, etc.
- Contexto: A postagem insinua que as supostas práticas negativas associadas ao aplicativo seriam “iguais” às atribuídas a você, tentando criar uma associação indireta de golpe.
Estratégia usada pela página
- Associação indevida de imagem
- O conteúdo não tem relação direta com sua atuação profissional ou com fatos concretos envolvendo você.
- Usa um exemplo externo (empresa internacional) para induzir o público a associar reclamações contra a Temu com seu nome e marca.
- Uso de hashtags direcionadas
- As hashtags conectam artificialmente o vídeo à sua pessoa, mesmo sem qualquer envolvimento com o assunto tratado no vídeo.
- Isso amplia o alcance entre pessoas que pesquisam sobre você ou sobre os temas relacionados aos ataques.
- Comentário insinuativo
- Nos comentários, alguns usuários reforçam a narrativa de “golpe”, enquanto outros defendem a plataforma Temu, demonstrando que parte do público percebe a postagem como irrelevante ou enganosa.
Efeitos e danos identificados
- Reputacionais: Tenta associar seu nome a práticas fraudulentas sem qualquer prova, reforçando estigma perante seguidores e público externo.
- Comerciais: Pode ter contribuído para o rompimento de parcerias — como no caso citado, em que houve prejuízo na relação comercial com a Temu.
- Jurídicos: O conteúdo caracteriza possível difamação e associação dolosa de imagem, visto que insinua práticas ilícitas inexistentes.
Classificação jurídica preliminar
- Difamação (art. 139 do Código Penal) – associar sua imagem a conduta ilícita sem prova.
- Injúria (art. 140) – uso de hashtags e insinuações depreciativas.
- Associação indevida de marca/imagem – podendo gerar ação por danos morais e materiais.
Conclusão
O Post 220 é um exemplo claro de conteúdo fabricado para manter volume de ataques, mesmo sem relação com fatos reais. Ele cumpre a função de:
- Manter seu nome vinculado a acusações de golpe;
- Preencher o perfil com “material” que mantenha engajamento;
- Criar associação mental entre você e práticas fraudulentas, explorando notícias ou reclamações de terceiros para sustentar a narrativa difamatória.


Análise dos comentários – Post 220 (Perfil “Vítimas da Estilista”)
Total: 11 comentários visíveis
Tonalidade geral: mista, com parte neutra/positiva sobre a Temu e parte depreciativa com insinuações de golpe que podem ser indiretamente associadas a você.
1. Comentários neutros/defensivos sobre a Temu
- Nina Jursa: Relata experiências positivas com compras no app e questiona a veracidade do vídeo.
- Cutebee: Diz comprar frequentemente na Temu (40x) sem problemas.
- Desiree Williams: Relata experiências positivas nos EUA, com produtos grátis e sem frete.
- Tatiane: Relata compras em Portugal com descontos, explicando que há regras mínimas para receber produtos grátis.
Efeito: Esses comentários não atacam diretamente você, mas contradizem a narrativa de “golpe” usada pelo post, enfraquecendo a associação negativa pretendida.
2. Comentários depreciativos/insinuativos
- Isadora Massad: “Oferta a cara da nova embaixadora kkkkk 🤭 só o golpe.”
- Insinuação clara: liga a oferta a uma “embaixadora” (possível referência a você), chamando de “golpe”.
- Classificação: injúria e difamação, pois associa sua imagem a fraude sem prova.
- Iaiaangel: Afirma que o app é “óbvio que é golpe”, usando linguagem disfarçada (g0lp3) para burlar filtros.
- Embora fale do app, no contexto do post, reforça a narrativa de que estaria ligado a você.
- Profanaaa: “Que absurdo.”
- Comentário vago, mas que dentro da narrativa do post funciona como reforço negativo.
3. Comentários de reação genérica
- Letícia: Apenas emojis sorrindo, que no contexto podem ser interpretados como deboche diante da insinuação de golpe.
Síntese
- A seção de comentários mostra que o próprio público está dividido: parte defende a Temu e desmente a acusação, enquanto outra parte reforça a narrativa criminosa do post, inclusive com ataque pessoal (“embaixadora… só o golpe”).
- Para o dossiê jurídico, o comentário da Isadora Massad é o mais grave, pois é o único que faz ligação direta entre a suposta fraude e a sua pessoa, configurando ofensa direta e passível de responsabilização.
- O restante serve como prova de ambiente difamatório criado pelo perfil, já que mesmo comentários que não mencionam você são usados dentro de um post que associa o tema a você por meio de hashtags e contexto.
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