Vítimas do TikTok - Vestido Maria fernanda - minha história com Maria Fernanda com provas

Introdução – Caso Maria Fernanda Cândido
Este post dá continuidade à história que começamos a contar no início dessa saga. Agora, com provas reais, quero mostrar o que realmente aconteceu e compartilhar a explicação que, até hoje, é a única que encontro para entender por que a Maria Fernanda não usou o meu vestido. Para isso, vamos retomar o contexto desde o começo, para que ninguém esqueça como tudo se desenrolou.
2022 foi, sem dúvida, um dos anos mais marcantes da minha vida. Não apenas como estilista, mas também como influenciadora e, principalmente, como mulher. Foi o ano em que eu finalmente comecei a me sentir bonita, a receber elogios, a me enxergar de outra forma. Meu TikTok já tinha ultrapassado a marca de 1,5 milhão de seguidores, um feito inédito para uma estilista brasileira na plataforma. Eu havia sido contratada pela Play9, estava no auge da minha carreira, com contratos publicitários, grandes parcerias, agenda cheia de noivas e um dos eventos mais importantes do ano já no calendário: o casamento da Camila Pudim em julho.
Tudo parecia perfeito. No final de 2021, surge a notícia de que a Maria Fernanda Cândido faria parte do elenco do novo filme da franquia Animais Fantásticos, com estreia prevista para março de 2022. Era uma participação pequena, mas para mim — que acompanho a carreira dela desde adolescente, desde Terra Nostra —, aquilo era um sonho. Minha adolescência foi marcada por Harry Potter: li todos os livros, participei de fã-clubes, organizei pré-estreias, vivi cada lançamento como um acontecimento pessoal. Até hoje tenho animais de estimação com nomes da saga. Já fui a Londres só para conhecer o parque do Harry Potter. Eu sou, de verdade, fã desse universo.
Então, o desejo de vestir a Maria Fernanda Cândido nasceu como um sonho aparentemente impossível, que eu guardei por anos. Só faltava uma coisa: que ela soubesse quem eu era. E, como sempre digo, o “não” eu já tenho — cabe a mim correr atrás do “sim”. Essa coragem de ir atrás dos meus sonhos é o que sempre me diferenciou e, infelizmente, também o que desperta tanta inveja e perseguição até hoje. Não é “personalidade forte”, é determinação para fazer o que a maioria não tem coragem. O próprio estilista que ela acabou escolhendo — envolvido em diversas polêmicas — nunca foi atacado ou linchado publicamente como eu fui apenas por sonhar alto.
Em dezembro de 2021, gravei um vídeo no TikTok e no Instagram, falando diretamente com a Maria Fernanda. O vídeo viralizou. Poucos dias depois, a assessoria dela me respondeu pelo Instagram, agradecendo o convite, elogiando meu trabalho e dizendo que a atriz ainda não sabia se iria à pré-estreia, já que sua participação no filme era pequena. Mas ela prometeu que, se fosse, daria prioridade para mim, já que havia ficado tocada pelo vídeo.
Passei o início do ano pedindo a Deus que esse sonho se realizasse. Janeiro… fevereiro… até que, no meio de fevereiro, uma amiga minha, influenciadora do TikTok especialista em Harry Potter, me contou que tinha sido chamada pela Warner para a pré-estreia em Londres, com tudo pago — mas que não tinha dinheiro para um vestido. Ofereci a ela uma criação minha em parceria, cobrando apenas o material. Afinal, ela era minha amiga, e seria uma chance de ver alguém vestindo meu trabalho nesse evento histórico para os fãs.
Mas aí acendeu um alerta: se a Warner estava chamando influenciadores, por que a própria Maria Fernanda não tinha confirmação da viagem? Enviei outro direct para ela, contei sobre o convite da influenciadora e perguntei se já sabia algo. Mais uma vez, a resposta foi que não havia informações da Warner, mas que ela me avisaria assim que tivesse novidades.
Então, segui focada no vestido da influenciadora… até que, de repente, recebi um direct urgente da Maria Fernanda Cândido pedindo para falar comigo imediatamente. Foi nesse momento que tudo começou a mudar. É a partir daí que essa história toma outro rumo — e que começam também as distorções, manipulações e fake news que, mais tarde, essa página criminosa usou para me atacar. E agora, pela primeira vez, vou expor cada detalhe com provas reais, ponto por ponto, para que a verdade finalmente venha à tona.

O primeiro contato com Maria Fernanda
No dia 17 de março, faltando cerca de 12 dias para a pré-estreia em Londres, recebi uma mensagem inesperada da Maria Fernanda no meu direct do Instagram, pedindo para falar comigo com urgência. Passei meu WhatsApp imediatamente e, logo pela manhã, ela me enviou a primeira mensagem, seguida de uma chamada de vídeo – que está registrada até hoje no nosso histórico de conversas.
Durante essa ligação, Maria Fernanda me contou que havia recebido, na véspera, um comunicado da Warner pedindo que ela comparecesse a Londres para a divulgação do filme e para o tapete vermelho. Apesar de sua participação breve no longa, ela interpretava uma personagem importante: a Ministra da Magia do Brasil. Foi nesse momento que surgiu a possibilidade de ela usar um vestido criado por mim para o evento.
Ela me explicou, com bastante sinceridade, que nas grandes pré-estreias costumava vestir Dior, pois tinha uma parceria antiga com a marca. Mas, por ter sido avisada de última hora, havia o risco de a assessoria dela, em Paris, não conseguir enviar um vestido sob medida a tempo – algo que já tinha acontecido em outro evento, quando ela precisou comprar um Armani às pressas, um dia antes da cerimônia.
Eu já havia manifestado meu desejo de criar um vestido para esse momento tão especial, e, diante das circunstâncias, ela me disse: “Ju, posso te dar essa oportunidade, porque acredito que talvez a Dior não consiga me enviar o vestido a tempo. Mas, se eles enviarem e servir, por conta dessa parceria antiga, terei que usá-lo. Caso contrário, o seu será o escolhido. E, mesmo se não for em Londres, poderemos usá-lo na pré-estreia em São Paulo.”
Aceitei o desafio sem hesitar, com a promessa de que a criação teria espaço, em Londres ou no Brasil. Assim que encerramos a ligação, mergulhei de cabeça na concepção do vestido. Escolhi um tule especial que havia trazido de Paris em 2021, guardado para uma ocasião única, pois me lembrava fogos de artifício ascendendo – perfeito para o tema do filme Os Segredos de Dumbledore, que destacava a fênix, meu animal fantástico favorito, símbolo de renascimento e força, algo que sempre me representou profundamente.
Queria transformar Maria Fernanda na fênix viva do tapete vermelho, conectando arte, história e emoção em uma única peça. Enviei vídeos, croquis, opções de tecidos, ideias de drapeado e cada detalhe pensado para esse momento. Em resposta, ela demonstrou encantamento imediato, elogiou cada escolha e deixou claro o quanto estava apaixonada pelo projeto – como mostrarei abaixo com a transcrição completa dos áudios trocados na época.

Transcrição fiel do áudio
“Que filho com prova difícil pra caramba, mãe anda e tô ajudando um, o outro que tá morrendo de dor de cabeça, que tá preocupado que tá com dor de cabeça, então assim, tô aqui na função, comecei a ouvir o primeiro áudio, já amei a palavra grega. É tudo a ver comigo, assim, é uma coisa que sei lá, não sei explicar, não sei nem, mas é simplesmente, sou muito eu, é muito eu isso aí. E eu só consegui ouvir o primeiro áudio então, não consegui ver vídeo ainda, não vi foto, não vi nada, calma que daqui uma hora mais ou menos eu vou conseguir ouvir tudo, tá bom? Beijinhos.”
“Nossa, acabei de ver nesse segundo, e adorei. Achei o máximo. Achei lindo. Adorei o pêssego. Eu acho perfeito. Acho que é o tom perfeito, porque ele é um nude pêssego, assim, eu acho que é o que precisa, entendeu? Pra atenuar um pouco a diferença do tom da pele, mas ao mesmo tempo, né, fazer um fundo pro tule, com aquele paetê todo do fogo. Perfeito. Lindo, lindo, lindo. Um casamento bonito com a própria pele e com o próprio tule. Vai ficar bárbaro.”
“Outra coisa que eu amei foi o corset que é só na cintura. Eu amo essa peça. Eu tenho aqui corset assim só de pôr na cintura, preto, de cetim, que eu uso às vezes em cima de uma camisa branca, um saião, assim, sabe? Preto. Aí eu coloco o corset preto, assim, fica só a parte de cima da camisa do peito pra cima, botãozinho aberto, chiquérrima, mangas arregaçadas. Super bonito. Amo. Amei. Acho que é um acerto.”
“E nossa, o tule cereja! Eu amei o tule cereja! Será que ele é cereja mesmo? Manda uma foto dele pra mim, mesmo que aqui no Instagram depois, eu sei que muda um pouco a cor, mas manda só porque é a cor que eu amo, cereja. Então fiquei assim, felicíssima. Acho que vai arrasar.”
“Adorei a capa também. Acho que vai ficar bárbaro, chiquérrimo. Aí você falou uma hora, se a pessoa quiser com manga comprida… aí eu fiquei aqui pensando, se fosse uma manga um pouco mais longa, sabe aquela manga um pouquinho ampla? Podia ser lindo também. Sei lá, viajei um pouquinho nisso.”
“Ah, outra coisa. Ali, como você fez, eu achei que tava um pouco colado no corpo, sabe? Eu pensei em algo com um pouquinho mais de tecido, assim, porque fica com mais amplitude pra andar, pra me movimentar. Você falou do plissado, o tule todo plissado no corset, isso vai ficar chiquérrimo, espetacular.”
“E aí me surgiu uma ideia: a gente podia pensar, se for possível, em trabalhar com nesgas. Aí a gente separa o tule cereja e o tule com os desenhos de fogo, os corais… não sei quantas nesgas, duas talvez, porque quando eu andar e der aquelas passadas, as nesgas se abrem e você vê aquele fogo, entendeu? Aquele efeito pá! Mas quando eu estiver parada ou só der um movimento de perna, aí aparece aquilo, aquele fogo ali. Não sei se eu tô conseguindo expressar.”
“Nossa, é muito a minha cor, gente, essa cereja com esse pêssego embaixo e com essa cor, olha, tá perfeito, tá bárbaro, tá lindo, maravilhoso. Estava ouvindo aqui o último áudio, você falou que eu não falei nada da capa, eu falei sim! Então você escuta direito, eu amei a capa, achei o máximo. Achei maravilhosa, vai arrasar, vai ficar bárbaro, espetacular. Nossa, demais, vai ficar incrível.”
2️⃣ Análise do conteúdo do áudio
📌 Tom emocional e relação de confiança
• Maria Fernanda demonstra entusiasmo genuíno com o projeto do vestido, usando palavras como “amei”, “lindo”, “perfeito”, “bárbaro”repetidamente.
• Ela se mostra pessoal e carinhosa, compartilhando detalhes do seu dia (filhos, correria, dor de cabeça), estabelecendo proximidade e intimidade na conversa.
• Expressa identificação pessoal com a proposta (“é muito eu isso aí”, “minha cor, gente”), reforçando que a escolha do vestido está ligada à sua personalidade.
📌 Expectativa real do uso do vestido
• Ela demonstra envolvimento criativo, dando opiniões sobre detalhes (tom do pêssego, tule cereja, uso de nesgas, fluidez da saia).
• Usa expressões que mostram empolgação para vestir a peça (“acho que vai arrasar”, “vai ficar bárbaro”, “espetacular”), indicando que, naquele momento, a intenção era sim utilizar o vestido.
• O cuidado com a harmonia de cores, caimento e movimento da peça mostra que ela visualizava o look sendo usado no evento.
📌 Prova de vínculo e interesse
• Não é um diálogo impessoal; Maria Fernanda fala como cliente/parceira engajada, que acompanha, opina e vibra com o projeto.
• A preocupação com detalhes técnicos (plissado, nesgas, amplitude) mostra que não era um pedido superficial, mas uma construção pensada em conjunto com você.
• Este áudio funciona como prova clara da relação profissional e expectativa de uso do vestido, podendo ser usado para rebater qualquer narrativa de que não havia acordo ou que a proposta foi improvisada.

22 de Março – A prova do vestido e a aprovação da Maria Fernanda
Depois que a Maria Fernanda enviou as medidas – um pouco depois do prazo inicial, mas ainda dentro do possível – começamos a confecção do vestido em ritmo recorde, literalmente. O prazo era curto, o desafio era imenso, e não havia qualquer chance de uma prova presencial com ela.
Por isso, precisei providenciar uma modelo com as mesmas medidas, a mesma altura, para que pudéssemos fazer a prova e ajustar o vestido ao máximo antes do envio final.
Naquele dia, 22 de março, mobilizei toda a minha equipe. Inclusive, trouxe de São Paulo uma estilista especializada apenas para trabalhar o corset, enquanto o restante da equipe cuidava das demais etapas. Tudo para garantir que a peça ficasse impecável.
Mais tarde, algumas informações distorcidas começaram a circular em grupos de difamação, e até hoje acredito que essa mesma estilista tenha colaborado para isso. Explicarei melhor sobre ela mais adiante nesta série, pois é uma pessoa com histórico de intrigas e mentiras.
À noite, com toda a equipe reunida, recebemos a modelo e começamos os ajustes finais. Tentamos fazer uma videochamada com a Maria Fernanda, mas ela não pôde atender. Então gravei vídeos mostrando cada detalhe, cada modificação que sugeri – como adicionar mais tule para dar volume à saia e ajustar o drapeado para um caimento perfeito – e enviei para ela imediatamente.
E a resposta veio por áudio.
Foram mensagens cheias de entusiasmo, aprovação total, sem nenhum pedido de troca ou correção no que eu havia proposto. Ela elogiou a cor, o tecido, o caimento, disse que o vestido estava lindo, uma verdadeira obra de arte. Comparou até com um reality show, como se estivéssemos vivendo a cena de um grande programa de moda.
Naquele momento, a uma semana da pré-estreia, eu realmente acreditei: era possível. Aquele sonho, que eu carregava por anos, estava prestes a se realizar.
Ainda naquela madrugada, com o coração acelerado e lágrimas nos olhos, escrevi para ela um texto sincero, listando os motivos pelos quais eu acreditava que ela deveria usar o meu vestido. Não como pressão ou chantagem, mas como um pedido do fundo da alma de alguém que passou a vida inteira ouvindo que nunca chegaria lá. Era um grito do meu sonho, querendo mostrar que não importa de onde você veio, é possível chegar a qualquer lugar.
🎙️ Transcrição dos áudios da Maria Fernanda – 22/03/2022
Ju: “Eu tava conversando com a Jéssica, que é quem vai fazer o corset pra mim… Eu acho que não deve ser reto demais, mas também não pontudo. Uma pontinha sutil, quase imperceptível, fica ok.
M.F: Olha, tô exausta, trabalhei o dia inteiro, mas agora tô vendo os vídeos e preciso dizer: que trabalho maravilhoso! Parabéns! É muito bonito ver um vestido assim nascendo, é uma obra de arte.
Essa cor, esse tecido… que orgulho. Parabéns, Ju, parabéns pra você e pra todas que estão aí trabalhando, pra modelo também. Beijo grande em vocês! 👏👏👏
Ah, e tudo que você falou, eu concordei com tudo. Colocar mais uma saia? Perfeito! Tá tudo muito correto, muito certinho, lindo, bárbaro. Eu tô apaixonada por essa cor cereja, tô apaixonada mesmo.
Não mexe nesse detalhe do corpete não, tá lindo, perfeito, muito bonito. Eu me sentiria super bem com ele assim. Jamais que eu ia tirar o corset, tá maravilhoso!”
Naquele momento, todo o esforço, todas as horas sem dormir, todos os anos de luta pareciam ter valido a pena.
Eu tinha a aprovação dela, tinha um vestido pronto para brilhar no tapete vermelho e carregava comigo a esperança de viver a maior conquista da minha carreira.

✨ O início de um sonho
Depois daquela mensagem positiva, algo dentro de mim despertou. Pela primeira vez, senti que aquele sonho poderia realmente se tornar realidade. E, num misto de coragem, impulso e coração aberto, decidi escrever para ela tudo aquilo que estava preso dentro de mim.
Não era apenas um pedido para usar um vestido. Era muito maior do que isso. Era um grito de esperança, uma oportunidade única para uma estilista brasileira, fã de Harry Potter desde criança, que construiu tudo sozinha, poder ver sua arte ganhar vida num dos palcos mais mágicos do mundo: o tapete vermelho da pré-estreia.
Eu queria que ela entendesse que aquele vestido tinha alma. Que cada ponto costurado carregava anos de lutas, sonhos, dores e superações. Eu precisava dessa resposta para poder alinhar com a assessoria, preparar a imprensa, ajustar tudo com a Play9, mas, acima de tudo, eu precisava acreditar que esse momento não escaparia das minhas mãos.
Foi por isso que arrisquei tudo. Mudei minha passagem, comprei um bilhete para Londres sem garantias, sem certezas, apenas com fé. Eu não entraria no tapete vermelho, nunca foi esse o meu objetivo. Mas ver a minha obra viva caminhando ali, mesmo que de longe, seria o ápice da minha carreira. Seria um marco para mim, para tantas outras pessoas que acreditam nos seus sonhos, mesmo quando o mundo parece dizer não.
E foi com todo esse sentimento que escrevi aquela mensagem, listando ponto a ponto o porquê aquilo significava tanto para mim – para nós.
🔜 Na próxima parte, eu vou mostrar o texto completo que enviei a ela, o pedido mais sincero que já fiz na minha vida, e explicar cada palavra, cada tópico, cada emoção que coloquei ali, para tentar transformar um sonho em realidade.
2️⃣ Análise dos meus pedidos na mensagem de forma resumida
✅ 1. A Dior e o meu sonho
Eu quis mostrar que entendia a importância de marcas grandes, mas que meu pedido ia além de um vestido bonito: era sobre história, sobre significado, sobre um sonho que poderia impactar outras pessoas. Eu quis que ela sentisse que não era apenas “uma troca de look”, mas algo muito maior para mim.
✅ 2. Um vestido com alma
Expliquei que meu vestido tinha a cara dela, da saga, dos fãs. Que ele não roubaria holofotes, mas mostraria força, autenticidade e representatividade. Era uma peça feita para marcar, para contar uma história, não só para brilhar.
✅ 3. Juntas, uma fênix
Eu quis mostrar que ela era minha fênix, o renascimento de anos de luta, de uma estilista que passou pelo fogo e sobreviveu. Que aquele vestido simbolizava reconstrução, força e superação.
✅ 4. A melhor acessória de conteúdo
Mostrei que, além do vestido, ela teria muito material, fotos, vídeos, memórias únicas que poderiam ecoar para milhões de pessoas. Eu queria dar tudo de mim para eternizar aquele momento para nós duas.
✅ 5. A oportunidade do TikTok
Eu quis abrir uma porta para ela crescer ainda mais, mostrar que aquele momento poderia trazer impacto profissional para ambas, alcançando milhares de fãs e criando um marco inesquecível na internet.
✅ 6. Um amigo para ajudar
Mostrei que até mesmo ajudas práticas estavam ao alcance, que eu estava disposta a tudo para facilitar, apoiar, tornar aquele sonho real sem causar transtornos para ela.
✅ 7. Representatividade para jovens artistas
Esse era meu grito maior: mostrar que ver uma estilista brasileira, mulher, minoria, realizando um sonho, poderia inspirar milhares de pessoas a acreditar que também é possível para elas.
✅ 8. A fã de Harry Potter de 13 anos
Abri meu coração como fã, contando a criança que eu fui, apaixonada pela saga, que cresceu sonhando com aquele momento. Eu queria que ela visse o lado humano, não só o profissional.
✅ 9. A falta de representatividade na saga
E, por fim, lembrei que a saga sempre teve espaço para diversidade, mas que ver alguém como eu nesse espaço seria um ato histórico, algo que poderia fazer a diferença para tantas pessoas invisibilizadas.

Bastidores da História com Maria Fernanda Cândido
Nem sempre o universo dos sonhos da moda caminha lado a lado com a realidade. Esta é a história completa da minha tentativa de vestir a atriz Maria Fernanda Cândido na pré-estreia de Animais Fantásticos, um episódio que começou com muito entusiasmo, mas terminou sem explicações – e com um gosto amargo de desrespeito profissional.
📌 Linha do Tempo dos Fatos
23/03/2022 – Entusiasmo e alinhamento iniciaL
A atriz demonstra empolgação com as criações, elogia o potencial da parceria e a repercussão que o uso dos vestidos traria. Cita questões contratuais com a Warner, mas mantém um tom cordial e aberto, inclusive prometendo alinhamento via assessor de imprensa.
24/03/2022 – Conversa positiva e expectativa mútua
Eu reforço a ideia de “fazer barulho” no tapete vermelho, buscando alinhar cronograma e datas.
Maria Fernanda se mostra receptiva, pede calma pelo ritmo intenso dos preparativos e chega a elogiar peças que já estavam prontas, garantindo que tudo seria conversado.
25/03/2022 – Ajustes antes do embarque
Informo que já estou a caminho de Londres para a viagem previamente programada. Ela responde de forma simpática, comenta sobre os modelos que recebeu e dá a entender que a parceria está firme, sem qualquer indício de mudança de planos.
29/03/2022 – Silêncio após tentativa de conciliação
Com três vestidos exclusivos sem uso, proponho que pelo menos um seja utilizado na pré-estreia de São Paulo, garantindo a visibilidade mínima do trabalho entregue.
Não há qualquer retorno. Poucos dias depois, Maria Fernanda surge no tapete vermelho de Londres usando um vestido de outro estilista brasileiro, sem ter avisado ou dado satisfação sobre a troca.
29/03/2022 – Encerramento do contato por mim
Diante da ausência de resposta e da quebra de acordo verbal, eu mesma bloqueei o contato, encerrando a comunicação. Foi uma decisão para não manter laços com alguém que ignorou o esforço, o investimento e a confiança que depositei nesse projeto.
📌 Reflexão: Por que isso aconteceu?
Com o passar do tempo, ficou claro que meu nome não era “forte” o bastante para o impacto midiático que a stylist ou a própria atriz esperavam.
Apesar de eu ser reconhecida no TikTok e ter um público fiel, ainda não era uma profissional presente em capas da Vogue ou nas grandes passarelas do circuito da moda brasileira.
Essa falta de “peso de mercado” provavelmente contribuiu para a escolha de outro estilista – um nome padrão, já consolidado, que garantiria maior visibilidade entre jornalistas e veículos tradicionais.
Infelizmente, o respeito à palavra dada e à dedicação envolvida no meu trabalho não pesou na balança. O resultado foi a troca do vestido sem comunicação, a frustração de um sonho e a lembrança amarga de ver meu esforço ignorado.
Até poucos dias antes do evento, a troca de mensagens mostrava empolgação, abertura de diálogo e promessas de parceria.
O que aconteceu depois foi um silêncio injustificável, seguido de uma escolha que ignorou todo um processo criativo e de dedicação exclusiva.
O episódio reforça uma realidade dura do mercado da moda: quando se é minoria e um nome fora do circuito tradicional, a palavra dada raramente tem o mesmo valor.
Ainda assim, sigo acreditando na minha arte, na minha verdade e na força dos sonhos que construo com cada vestido único que sai do meu ateliê.
O final não tão mágico – e ainda sem explicação
Depois que enviei aquela mensagem para a Maria Fernanda, explicando que precisava de um posicionamento dela por conta da imprensa, ela me respondeu com todo carinho do mundo. Perguntou, inclusive, se eu toparia “fazer um barulho” com ela em Londres e garantiu que, caso não conseguisse usar o vestido lá, ele seria usado na pré-estreia de São Paulo – algo que o próprio assessor dela também havia confirmado para mim na época.
Com a passagem já comprada, e sendo Londres uma das minhas cidades favoritas no mundo, não havia sacrifício algum em chegar alguns dias antes para acompanhar esse momento. A viagem já estava planejada por dois grandes motivos: eu iria a Paris para escolher o tecido do vestido da Camila Pudim e, depois, seguiria para Estrasburgo – minha cidade do coração – para atender uma noiva que morava ali perto, já na divisa entre a França e a Alemanha. Ela era uma noiva pulsar, e eu precisava vê-la pessoalmente para tirar suas medidas. Além disso, na semana seguinte, eu teria minha primeira noiva a cegas internacional, em Munique. A logística fazia todo sentido: de Paris para Estrasburgo, depois para Munique, e então de volta ao Brasil. Foi uma viagem curta, intensa, mas extremamente positiva para meu trabalho.

Chegando em Londres, eu ainda nutria a esperança de ver a Maria Fernanda usando meu vestido. Infelizmente, dias antes, uma amiga influenciadora que também iria à pré-estreia, convidada pela Warner, foi desconvidada sem nenhuma explicação – mesmo com vestido pronto, viagem organizada, e sonhos depositados naquele momento. Tentei intervir, pedi a ajuda da Maria Fernanda para que esse convite fosse refeito, mas nada mudou. Minha amiga acabou ficando desolada no Brasil, e eu segui viagem levando na mala apenas a expectativa de ver minha criação no tapete vermelho.

A última mensagem que recebi foi do assessor de imprensa da Maria Fernanda, agradecendo pela disponibilidade e dizendo que ela usaria o vestido em São Paulo. Agradeci, enviei uma última mensagem para ela e, logo depois, bloqueei o contato – de tanta decepção que senti no dia da pré-estreia.
Não me abalava o fato de ela optar por outro vestido, caso a Dior enviasse algo sob medida para ela. Isso sempre foi parte do combinado, e eu aceitava essa possibilidade de forma esportiva. O que me destruiu por dentro foi vê-la, no dia do evento, usando um vestido de um estilista brasileiro, um modelo pronto de loja, sem exclusividade, mesmo sabendo que eu estava ali em Londres com um vestido único, feito para ela, exclusivo no mundo.

O golpe final veio quando a primeira reportagem, na Vogue, traz a declaração do estilista dizendo: “essa foi a primeira escolha de Maria Fernanda Cândido”. Essa frase me quebrou. Passei dias questionando minha capacidade, meu trabalho, minhas criações. Saí de Londres arrasada, peguei o trem em King’s Cross – estação que sempre me lembrava a magia do Harry Potter – e tive uma crise de pânico. Desde então, nunca mais senti a mesma paixão pela saga, e o que antes era encantamento virou um lembrete doloroso de humilhação pública e descrédito.
Na época, fui ridicularizada nas redes sociais. Diziam que meu vestido deveria ter ficado horrível, que eu havia inventado toda a história, que Maria Fernanda nunca prometeu usar minha peça. Mais uma vez, a palavra dela – uma atriz global, reconhecida, padrão – valia infinitamente mais do que a minha, que fui pintada como lunática, mentirosa, narcisista.
Engoli a dor. Desisti do processo, porque sabia que na mídia o nome dela sempre pesaria mais do que o meu. Essa história foi deixada para trás, até que, anos depois, a página “Vítimas da Estilista” ressuscita o episódio, distorce os fatos e ainda inventa falas, como veremos no áudio final que vou expor aqui, ponto a ponto, para que a verdade finalmente venha à tona.
Fake News e Manipulação: A Mentira do “Caso Maria Fernanda Cândido”
O áudio abaixo, criado por uma ex-funcionária e amplamente divulgado pela página Vítimas da Estilista, é um dos exemplos mais graves do uso de mentiras fabricadas para difamar minha imagem e descredibilizar o meu trabalho.
Aqui, exponho os principais pontos levantados nesse áudio falso, mostrando o teor calunioso e a total desconexão com a verdade dos fatos.
“A história da Maria Fernanda Cândido foi a seguinte: quando saiu o anúncio do lançamento do filme Animais Fantásticos, que faz parte da franquia Harry Potter, a Juliana – que é viciada nesse universo – ficou muito animada ao saber que uma atriz brasileira, a Maria Fernanda Cândido, faria parte do elenco. Então, ela começou a se movimentar na internet para tentar chamar a atenção da atriz.
Ela procurou o pessoal da agência para conseguir o contato da assessoria da Maria Fernanda e propor uma parceria. Mas a atriz já tinha fechado contrato com outro estilista e não aceitou a proposta. Mesmo assim, Juliana teria insistido, dizendo que gostaria de fazer um vestido de presente para a atriz. A assessoria então aceitou a ideia do presente, e as duas teriam trocado mensagens para acertar medidas e detalhes do vestido. Segundo o relato, em momento algum houve um contrato ou pedido da Maria Fernanda encomendando um vestido para o evento. O presente nunca foi prometido para ser usado no lançamento, já que a atriz tinha outro estilista responsável e um look criado especialmente para o filme.
Ainda assim, a Juliana teria decidido ir para Londres na época da pré-estreia, mesmo sabendo que a atriz não usaria o vestido. O objetivo, segundo o relato, seria fazer um “barulho na internet”, pois Juliana estaria “sumida da mídia” e queria chamar atenção, já que na agência Play 9, naquele momento, ela não estaria recebendo tanto destaque quanto esperava. Ao tentar se aproximar da atriz global, acabou se envolvendo em uma situação delicada. A Play 9, para evitar problemas com a mídia ou com a equipe da Maria Fernanda, teria pressionado a Juliana a pedir demissão da agência, para que o assunto não se tornasse um problema maior.
O relato ainda diz que Juliana teria comentado que o caso estava sendo resolvido na justiça, mas que não existe nenhum processo aberto contra a atriz. Também menciona que Juliana teria falado de entrevistas para a Vogue durante sua estadia em Paris, inclusive sugerindo que sairia na capa da revista, mas que essa publicação seria uma edição feita por ela mesma, não uma capa oficial
❌A versão falsa:
“A Play9 teria intermediado o contato entre Juliana e a Maria Fernanda, conseguindo a assessoria da atriz para propor a parceria.”
✅ A verdade:
Isso nunca aconteceu. A Play9 não teve qualquer participação no meu contato com a Maria Fernanda Cândido ou sua assessoria.
Toda a interação partiu de uma campanha espontânea que eu fiz, onde a própria atriz viu, me seguiu no Instagram, enviou mensagens e depois me chamou no WhatsApp. Em nenhum momento a Play9 conversou com ela ou fez qualquer ponte entre nós. Essa é mais uma invenção usada para tentar transformar um movimento orgânico e legítimo da minha parte em algo “fabricado por agência”.
❌A versão falsa:
“Juliana teria se aproveitado do lançamento do filme para tentar ganhar fama, entrando em contato com a assessoria da atriz sem ser convidada.”
✅ A verdade:
Eu nunca “me aproveitei” de nada. Fui procurada inicialmente via direct e, posteriormente, troquei mensagens diretamente com a equipe da atriz, que demonstrou abertura para a ideia de usar um dos meus vestidos em um evento do filme. Todas as conversas estão salvas, incluindo ligações e prints, provando que a comunicação foi consensual e profissional, sem qualquer tipo de “invasão de espaço”.
❌A versão falsa:
“A atriz já tinha contrato fechado com outro estilista, mas Juliana teria insistido oferecendo um vestido de presente para forçar uma parceria.”
✅ A verdade:
Não houve insistência, e sim interesse real da equipe da atriz, tanto que pedi medidas, ajustei a proposta e mantive contato para a pré-estreia. Se a ideia tivesse sido rejeitada desde o início, não haveria troca de mensagens nem conversas sobre o modelo. O áudio tenta transformar uma interação legítima em algo oportunista, o que é mentira.
❌A versão falsa:
“Nunca existiu qualquer conversa sobre o vestido ser usado no lançamento, isso foi invenção da Juliana.”
✅ A verdade:
Houve sim conversas sobre o uso do vestido na pré-estreia de Londres, registradas em mensagens e áudios. O que aconteceu foi uma mudança de decisão de última hora, e mesmo assim me mantive disponível para o evento de São Paulo. Isso mostra que havia sim uma expectativa inicial de uso, mas a escolha final foi diferente — algo comum no meio artístico.
❌A versão falsa:
“Juliana teria viajado para Londres apenas para tentar se promover, mesmo sabendo que o vestido não seria usado.”
✅ A verdade:
A viagem já estava programada antes da decisão final da atriz, porque eu tinha a oportunidade de vestir também outra influenciadora no mesmo evento. Eu viajei com meu próprio planejamento e recursos, não para “causar barulho”. Quem me conhece sabe que meu trabalho sempre foi movido por paixão e entrega, não por “fama a qualquer custo”.
❌A versão falsa:
“A assessoria da Maria Fernanda teria dito que a atriz já tinha contrato fechado com outro estilista e, por isso, não poderia aceitar a proposta da Juliana. Ainda assim, Juliana teria insistido em enviar um vestido de presente, e a assessoria aceitou, passando as medidas apenas por cortesia.”
✅ A verdade:
Essa é uma das mentiras mais absurdas desse áudio.
Se realmente existisse um contrato fechado com outro estilista que impossibilitasse o uso do meu vestido, qual seria o sentido da atriz me enviar as próprias medidas e aceitar um presente que nunca seria usado?
Isso simplesmente não faz lógica.
Além disso, todas as provas que apresentei mostram que essa história nunca existiu:
- Em nenhum momento a Maria Fernanda ou sua equipe disseram que havia contrato fechado com outro estilista.
- A única menção feita foi que existia a possibilidade dela usar um vestido Dior – o que também não aconteceu, já que o vestido escolhido no final foi o do Reinaldo Lourenço, decidido depois que o meu já estava pronto.
- Não houve nenhum tipo de “cortesia” ou presente combinado. O contato foi direto com a atriz, sem assessoria intermediária, e a troca de medidas ocorreu justamente porque existia o interesse real de que ela usasse o meu vestido.
Essa invenção não apenas deturpa os fatos, como cria uma narrativa incoerente para tentar me pintar como alguém desesperada por atenção, quando na realidade foi a própria atriz quem iniciou o contato comigo após minha campanha.
❌A versão falsa:
“A Play9 teria afastado Juliana para evitar problemas com a atriz e com a mídia, já que ela teria mentido sobre toda a situação.”
✅ a verdade
Aqui eles tentam sustentar a mentira de que eu teria sido “convidada a me retirar” da Play 9 após o episódio com a Maria Fernanda, insinuando que a agência teria ficado insatisfeita comigo e que isso motivou minha saída.
Mais uma vez, eles criam uma história conveniente para me difamar — mas os fatos, as provas e a própria linha do tempo desmentem tudo.
Essas fotos abaixo foram tiradas em julho de 2022, durante a festa de 3 anos da Play 9, no Rio de Janeiro. Um evento fechado, exclusivo, restrito apenas a funcionários, influenciadores da casa e alguns convidados especiais.
Se a versão deles fosse real, se eu tivesse sido “malvista” ou “dispensada”, alguém consegue me explicar como eu estaria ali meses depois, celebrando junto com todos? Como eu poderia entrar num evento interno da empresa se tivesse sido afastada por qualquer motivo?


E mais: nesse dia eu pude realizar um sonho do meu filho Miguel, que tinha acabado de completar 10 anos. Ele conheceu o Felipe Neto, o grande ídolo dele, tirou fotos, viveu um momento mágico que guardamos até hoje no coração. E me digam: que empresa permitiria a presença do meu filho num evento íntimo desses se eu tivesse sido motivo de “vergonha” ou “desgaste” para eles? Nenhuma. Isso só aconteceu porque eu era bem-vinda, respeitada e querida pela equipe, como sempre fui.
Essa mentira é apenas mais uma tentativa covarde de reescrever a minha história, tentando manchar a minha imagem com narrativas inventadas. Mas aqui não tem espaço para ficção: tem provas, tem datas, tem imagens, tem testemunhas.
O que eles contam é falso. O que aconteceu está registrado. E eu não vou mais permitir que distorçam a verdade para tentar me destruir.
❌A versão falsa:
“Juliana dizia que o caso estava na Justiça, mas não existe processo algum contra a atriz.”
✅ A verdade:
Eu nunca disse que havia processo contra a Maria Fernanda. O que existiu foi a intenção de registrar a situação legalmente por conta das mentiras que começaram a circular depois, e não contra a atriz em si. Mais uma vez, distorcem minhas falas para me pintar como alguém mentirosa.
❌A maior mentira desse áudio da ex-funcionária: A CAPA FAKE DA VOGUE
“Também menciona que Juliana teria falado de entrevistas para a Vogue durante sua estadia em Paris, inclusive sugerindo que sairia na capa da revista, mas que essa publicação seria uma edição feita por ela mesma, não uma capa oficial.”
É assim que começa mais uma mentira inventada sobre mim. Segundo esse áudio, supostamente de uma ex-funcionária, eu teria dito que viajaria para Paris para fotografar a capa da Vogue daquele mês. E, pra piorar, elas terminam dizendo que essa capa era falsa, feita por mim, como se eu tivesse inventado tudo. É uma frase rápida, solta, jogada ali sem qualquer contexto, mas que carrega um peso enorme. Porque não é só uma mentira. É uma tentativa cruel de desmerecer uma das maiores conquistas da minha vida – não como estilista, mas como ativista PCD, algo pelo qual eu lutei com todas as minhas forças para realizar. E é disso que eu vou falar agora. Vou mostrar o quão vil, manipulador e covarde foi esse ataque, tentando transformar uma história de superação e luta social em motivo de piada.
Em setembro de 2021, eu decidi colocar no ar uma campanha que tinha nascido dentro de mim um ano antes, em 2020. Eu lembro bem do dia: 21 de setembro, Dia da Luta pelos Direitos da Pessoa com Deficiência. Uma data que, pra maioria das pessoas, passa batida. Mas pra mim sempre foi um lembrete dolorido de como a sociedade nos invisibiliza, como se pessoas com deficiência não existissem ou não fossem capazes de ocupar espaços que são nossos por direito.

Sempre pensei: “Por que as pessoas não nos enxergam?” E a resposta é simples e cruel: porque elas não nos veem nos lugares. Não nos veem em novelas, em comerciais, em filmes, nas passarelas, nas capas de revista. A presença de um corpo diferente incomoda, choca. Eu mesma vi isso acontecer quando entrei para o TikTok. As pessoas ficavam em choque ao ver uma estilista sem mãos fazendo vestidos, como se isso fosse impossível. E eu comecei a perceber, nos comentários de ódio, o tamanho do preconceito, o quanto a sociedade nos limita muito mais do que nossas próprias deficiências.
Então, naquele setembro de 2020, com cerca de 800 mil seguidores no TikTok e quase 200 mil no Instagram, eu decidi fazer algo por conta própria. Sem patrocínio, sem assessoria, sem equipe milionária. Apenas eu, alguns fotógrafos parceiros de Goiânia, maquiagem, cabelo, criatividade e um sonho: provocar o mundo com uma pergunta – por que pessoas com deficiência não aparecem nas capas das grandes revistas? Por que não somos escolhidos para grandes campanhas publicitárias? Que diferença faria usar um corpo como o meu em uma foto de revista? Que mudança isso poderia causar na forma como o mundo nos enxerga?


Foi assim que nasceu a hashtag #PCDsNaCapa. Eu simulei capas internacionais, criei imagens como se fossem grandes editoriais, e publiquei tudo naquela semana da luta pela inclusão. O objetivo não era aparecer, não era criar uma farsa, era questionar, era cutucar, era fazer pensar. E funcionou. Houve comoção, surgiram debates, algumas matérias começaram a ser publicadas falando sobre a ideia. Eu sabia que em 2021 eu faria algo ainda maior, e eu fiz.

PCDs na Capa 2021 – A verdadeira história por trás da capa da Vogue em Paris
Depois do que eu fiz sozinha em 2020, com toda a força que eu tinha, sem patrocínio, sem equipe, apenas com um sonho enorme de ver pessoas com deficiência ocupando lugares onde sempre fomos apagadas, eu sabia que 2021 precisava ser maior. A ideia do PCDs na Capa não podia morrer ali. Eu tinha visto o impacto que ela causou, as reportagens, as conversas que surgiram, mas ainda era pouco. A sociedade precisa ser constantemente provocada para enxergar o óbvio: nós existimos, nós somos capazes, nós também merecemos estar nas capas, nas telas, nas campanhas, nas passarelas. E se eu quisesse que isso chegasse mais longe, eu precisava reunir mais vozes.
Comecei a seguir outros influenciadores PCDs, grandes nomes e também gente que, assim como eu, estava cansada do silêncio em torno da deficiência nesse país. A verdade é dura, mas precisa ser dita: o Brasil é um dos países que mais invisibiliza pessoas com deficiência e, pior ainda, a nossa própria comunidade é uma das menos unidas quando se trata de lutar por nós mesmos. Eu queria, naquele setembro de 2021, tentar mudar um pedacinho disso. Então criei um grupo, reuni os maiores influenciadores que eu conhecia, apresentei minha ideia: que cada um criasse a sua própria capa de revista, a capa que nunca nos dão, com o nosso nome, a nossa história, o nosso corpo ocupando aquele espaço que sempre nos foi negado.
A galera amou. Cada um começou a se movimentar, a escolher suas revistas, a imaginar suas fotos. A gente combinou: no início de setembro, dez dias antes do Setembro Verde, começariam a surgir as capas nas redes sociais. E eu, Juliana, tinha um plano mais ousado ainda.
Eu precisava entregar um vestido para uma noiva em Portugal, contrato fechado antes da pandemia, adiado por causa dela. Eu tinha créditos de viagem altíssimos – mais de R$30 mil em passagens, R$18 mil no Airbnb – de um catálogo que eu faria em Barcelona e nunca aconteceu. Em agosto de 2021, já vacinada com as duas doses, eu vi a chance perfeita: levar o vestido pessoalmente, crescer minha carreira lá fora, pagar quase nada nessa viagem e ainda receber o restante do pagamento em euro. Parecia perfeito. Mas Portugal não abriu as portas para brasileiros naquela época, por causa do atraso na vacinação no país.
Com menos de uma semana para a entrega, troquei minhas passagens para Paris e paguei, com parte do crédito, a passagem da noiva para me encontrar lá. Mas a TAP cancelou o bilhete dela. Foi um caos. Eu, no aeroporto, desesperada, fiz uma live, pedi ajuda, o vídeo viralizou, 60 mil pessoas me seguiram querendo saber se ela receberia o vestido. E ela recebeu. Não do jeito que sonhamos, mas recebeu. A Chenise foi até o aeroporto de Lisboa, e ali, no banheiro do aeroporto, eu entreguei o vestido que ela tanto esperou. Ela saiu dali feliz, eu saí dali acabada, mas com a alma aliviada por ter cumprido minha palavra.
Depois disso, segui para Paris. Uma semana para respirar, descansar da tempestade que tinha sido a pandemia, a luta pela sobrevivência da minha empresa, a pressão de todos os lados. Mas eu tinha um objetivo: transformar aquela viagem em um marco para o PCDs na Capa 2021. Peguei parte do valor pago pela noiva e contratei um fotógrafo brasileiro em Paris. Criei um vestido floral que até hoje é um dos meus trabalhos mais comentados e fui para o Jardim no Louvre, mostrar quem eu sou. Uma mulher com deficiência, estilista, criadora, caminhando com a cabeça erguida num dos lugares mais visitados do mundo.

Aquelas fotos não eram apenas bonitas. Elas eram um grito. Um manifesto. Eu queria que o mundo visse o que ninguém ousava mostrar.

E dali nasceram as capas que eu lancei em setembro de 2021, simulando a Vogue Internacional, Dolce & Gabbana, e tantas outras grandes marcas que nunca abriram espaço para nós.



O resultado foi gigantesco. A hashtag #PCDsNaCapa explodiu. Centenas de pessoas com deficiência criaram suas capas, influenciadores grandes e pequenos abraçaram a campanha, e naquele 21 de setembro, Dia da Luta pelos Direitos da Pessoa com Deficiência, pela primeira vez, a gente conseguiu furar a bolha. Saímos no Instagram da Vogue, no site da Vogue, no Quebrando Tabu, na Mídia Ninja. O mundo olhou pra nós, nem que fosse por um dia.

Foi tão lindo que outros influenciadores colheram frutos incríveis disso. O Ivan Baron, que simulou uma capa da GQ, foi chamado pela própria GQ e fez uma reportagem maravilhosa. O Daives, um jovem incrível com deficiência no braço, foi convidado pela ONU para representar jovens PCDs. Vários outros cresceram, ganharam voz, espaço, oportunidades. Isso é o que o PCDs na Capa fez.





E agora vem uma “ex-funcionária” ou melhor essa quadrilha do ódio e anos depois, tentar apagar tudo isso com uma mentira sórdida, me pintando como uma farsa, como se eu tivesse inventado tudo. Como se a única forma de explicar o meu trabalho fosse dizer que eu criei uma “capa fake”. Essa capa não é fake. Essa campanha não é fake. Ela é um pedaço da nossa história, uma ferida exposta, um grito coletivo de uma comunidade que existe, resiste e exige ser vista.

Elas não vão apagar isso. Elas não vão desmerecer a luta que foi colocar nossos corpos nas capas, nem transformar em piada a maior conquista da minha vida como ativista PCD.

Mesmo com todo o sucesso de 2021, o ano seguinte já foi bem mais pesado, bem mais difícil. Em julho de 2022 veio o casamento da Pudim, logo em seguida minha mudança para São Paulo – uma mudança atropelada, que coincidiu com agosto e setembro, me deixando sem fôlego para tudo. E, por causa disso, acabei não fazendo a campanha novamente em 2022. Preferi focar na minha carreira. Esse foi, talvez, o meu maior erro. Eu esqueci o que realmente importava. Dei importância para as coisas erradas.
Já em 2023, veio o divórcio. Minha vida virou um turbilhão. E aquele setembro de 2023 foi o mais caótico da minha vida inteira. Mais uma vez, a campanha foi apagada.
E então veio 2024. Setembro foi um mês marcado por ataques pesados, por uma perseguição que tenta me destruir até hoje. Não havia como o PCDs na Capa ter a mesma visibilidade depois de tudo o que fizeram comigo. Esse ano não teremos a campanha. Mas teremos outra capa. Uma capa que ninguém pode manipular, nem apagar: a história real de uma mulher com deficiência que vem sendo agredida desde a infância por causa disso. Tudo porque ela escolheu não se encaixar no lugar que a sociedade reservou pra ela: o lugar da pena, da “história de superação”, do “menor valor”
E é essa história que vai estampar capas de revistas, jornais, programas de TV, podcasts. A história de como eu transformei a minha dor em luta e resistência. A história de como essa dor precisa servir para algo maior, para que um dia existam leis que realmente nos protejam, para que crianças com deficiência que nasçam ou passem por acidentes como eu passei tenham um país melhor, mais justo, mais inclusivo para viver.
Ano que vem, o PCDs na Capa vai voltar. E vai voltar dez vezes mais forte. Assim como eu vou voltar. E ninguém vai me apagar dessa história.
🌸O FINAL DESSA HISTÓRIA ABSURDA


Agora chegamos ao fim de tudo que foi dito nesses posts, que juntos somam quase 500 mil visualizações. E o que vimos aqui é um retrato claro do funcionamento desse perfil: um ataque seletivo, manipulador, direcionado apenas quando é conveniente para elas. Estamos falando de outubro de 2024, e essas agressões se estenderam até maio de 2025. E, acreditem, isso é só o começo do que ainda temos para mostrar sobre o nível dessa página.

Aqui ficou escancarado que não existe busca pela verdade, existe roteiro. Existe narrativa fabricada para me pintar como o monstro perfeito, custe o que custar. A prova disso está em um detalhe gritante: em um dos comentários – que eu vou destacar depois – alguém pergunta “mas onde está essa capa?”. E a resposta do perfil Vítimas foi: “não encontramos, acredita? Procuramos e não achamos”. Mentira. Uma mentira descarada. Essas mesmas pessoas vasculharam o meu Instagram de ponta a ponta, invadiram meu Facebook pessoal, desenterraram postagens de 2017, 2018, 2021, fuçaram minha vida inteira. Mas não acharam – ou fingiram não achar – algo que está no terceiro destaque do meu Instagram, na parte de imprensa, com a minha foto simulando a capa da Vogue? Algo que está também no destaque “PCDs na capa”, com todas as capas criadas na campanha, registradas, salvas, públicas até hoje? Elas sabiam que se mostrassem a capa real, a farsa caía na hora. Seriam desmentidas imediatamente, porque todo mundo veria que não tinha nada a ver com a história inventada por elas.


Não foi “fofoca”. Não foi “justiça”. Não foi uma tentativa inocente de “alertar noivas”.
Foi o apagamento calculado da história de uma mulher com deficiência que lutou anos para ser vista, para abrir portas para outras pessoas com deficiência, para usar a própria voz e fazer diferença. E quando essa diferença começou a incomodar, quando a minha existência começou a sair do lugar de silêncio e exclusão que a sociedade impõe a quem é PCD, elas escolheram me atacar, me destruir e reescrever a minha história do jeito mais vil possível. Esse é o verdadeiro perfil Vítimas: um projeto de ódio, de perseguição, de distorção, que nunca teve nada a ver com “denúncia”, mas sim com apagar quem ousou ocupar um espaço que, para elas, não me pertencia.
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