YouTube - Ismael - a reportagem de 2018 do balanço geral

Análise do Segundo Vídeo do Ismael: “Estilista do vestido feio no CIDADE ALERTA!!!”

O vídeo intitulado “Estilista do vestido feio no CIDADE ALERTA!!!”, publicado no canal Ismael, alcançou 670 mil visualizações, recebeu 65 mil likes e acumulou 1,5 mil comentários até o momento da análise.

Esse vídeo tem um potencial de dano ainda maior do que o da Formanda porque ele utiliza como base uma matéria do Cidade Alerta — ou seja, ele se apoia em um veículo tradicional para dar peso ao conteúdo e à narrativa sensacionalista. O Ismael, porém, não faz qualquer análise crítica sobre a matéria, não busca a verdade dos fatos e, principalmente, não se dá ao trabalho mínimo de ouvir o outro lado. Ele sequer consulta o material público disponível em minhas redes, como o destaque “Processos”, onde está provada a minha inocência, e onde inclusive consta a sentença de arquivamento desse caso. Ou seja, ele age com dolo ao espalhar uma notícia falsa, mesmo tendo acesso fácil à verdade.

Análise Detalhada das Falas do Ismael — Vídeo “Estilista do vestido feio no CIDADE ALERTA!!!”

1. Reprodução de Fake News e Ausência de Contraditório

  1. Exemplo de fala:
  2. “Golpe de estilista que não entregou vestidos em Goiânia. Delegado afirma que o caso pode ser configurado como propaganda enganosa ou até mesmo estelionato.”
  3. “O número total de vítimas pode chegar a 14.”

Crimes/Distorções:

  1. Reforço de narrativa de golpe mesmo após o arquivamento do caso.
  2. Não cita a sentença judicial que arquivou o processo e inocentou a estilista.
  3. Não busca o contraditório, não apresenta nenhum esclarecimento ou defesa, ainda que existam informações públicas disponíveis no Instagram.

Enquadramento:

Difamação, calúnia, injúria (artigos 138 a 140 do Código Penal);

Fake news e responsabilidade civil por danos à honra.

2. Deboche, Escárnio e Preconceito

  1. Exemplo de fala:
  2. “Nossa, imagina a bruxa. Perdeu os dedos da mão esquerda na infância. Ela tem talento, porém… É o vestido que é bom. É só o talento pra fazer o vestido. Vai entregar… Talento sem honestidade não vale de nada, né.”

Crimes/Distorções:

  1. Capacitismo: cita a deficiência física de forma pejorativa, usando o termo “bruxa” em referência à perda dos dedos, gerando escárnio público.
  2. Humilhação pública e incitação ao preconceito.

Enquadramento:

Injúria e capacitismo (Lei Brasileira de Inclusão — Lei 13.146/2015);

Dano moral por humilhação pública.

3. Acusações Diretas e Juízo de Valor Sem Provas

  1. Exemplo de fala:
  2. “Ela simplesmente saiu no balanço geral… Catorze mulheres denunciam que foi uma roça. Com catorze mulheres, Rita, Sheila, Gominho e várias outras. Ganadas por uma estilista. Dizem que fizeram todos os pagamentos, mas não receberam o vestido de noiva. Você pagou, mas não vai levar.”

Crimes/Distorções:

  1. Apresenta como verdade uma denúncia nunca comprovada judicialmente.
  2. Reforça o juízo de valor de “estelionatária”, “golpista” e “desonesta”.

Enquadramento:

Difamação, calúnia e responsabilidade solidária ao disseminar conteúdo sabidamente falso.

4.Deboche e Incentivo à Humilhação Pública

  1. Exemplo de fala:
  2. “Ah, mas aí no sonho do branco, a gente entra no manicômio, é só dar uma estilizada.”
  3. “Queriam se casar unidas num grupo de mensagens. Meu Deus, virou até uma comunidade do Oculti. Um grupo de Facebook. Noivas with no dresses.”

Crimes/Distorções:

  1. Humilhação coletiva e construção de estigma.
  2. Incentivo ao linchamento público e ao isolamento social da vítima.

Enquadramento:

Injúria, difamação, dano moral coletivo.

5.Capacitismo, Gordofobia e Incitação à Discriminação

  1. Exemplo de fala:
  2. “Ela supostamente aplica golpe em todo tipo de nova. Gordinha, magrinha, altinha, loira, morena… Ela não tem preconceito! Ela não vai entregar de nenhuma delas!”

Crimes/Distorções:

  1. Faz piada com características físicas, reforçando estereótipos negativos, discriminatórios e reforçando ainda mais o escárnio coletivo.

Enquadramento:

Capacitismo, gordofobia (Lei 14.532/2023), injúria discriminatória.

6.Lucro Ilícito com Monetização de Conteúdo Difamatório

  1. O vídeo é feito com o intuito exclusivo de monetizar, sem qualquer responsabilidade ética ou jornalística, potencializando o dano para ganhar dinheiro com a desgraça alheia.

Enquadramento:

Responsabilidade civil objetiva — Lucro ilícito obtido com violação de direitos da personalidade.

Aqui estão os comentários mais curtidos do vídeo do Ismael, que aparecem no topo e representam o discurso mais amplificado e endossado pelo público. 


Análise dos Primeiros Comentários do Vídeo – Crimes e AbusoS

1. “Essa trambiqueira LITERALMENTE não entrega o produto e quer reclamar que as pessoas pedem o dinheiro TODO de volta.”

— @CS34Rthemonkey

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Difamação e calúnia: Chama de “trambiqueira” e afirma, sem provas, que não entrega produtos.
  3. Injúria: Ataque direto à honra e reputação.
  4. Efeito manada: Incentiva público a tratar a vítima como criminosa.
  5. Dano moral: Reflete em prejuízo direto à imagem e ao negócio.

2. “JULIANA COSTURA: acabamos com seu casamento e com a sua formatura”

— @wenderu

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Difamação coletiva: Acusa de arruinar eventos pessoais importantes.
  3. Incitação ao ódio: Estimula o linchamento social, reforçando narrativa de destruição pessoal.

3. “Eu como autista digo, não queremos histórias tristes de pessoas com deficiência, queremos histórias de PCD’s trambiqueiros…”

— @Sofiauness12

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Capacitismo: Desumaniza pessoas com deficiência, reduzindo suas narrativas a memes e ironias.
  3. Injúria: Equipara deficiência a trambique.
  4. Desrespeito a grupo vulnerável: Fere legislações de proteção a PCDs.

4. “Essa mulher me dá nos nervos, vou recomendar um livro pra ela: pare de odiar os seus clientes!”

— @manji_r

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Injúria: Acusa de ódio e má-fé.
  3. Humilhação pública: Incentiva julgamento de caráter sem fundamento.

5. “Ela trabalha com venda ela trabalha com campanha(igual a Virgínia)(SUPOSTAMENTE)”

— @SaraFernandes-mp54

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Insinuação de fraude: Faz analogia maliciosa à prática de influencers polêmicas.
  3. Difamação: Coloca em dúvida a honestidade da atuação profissional.

6. “Ela não tem preconceito, ela não entrega vestido de nenhuma pessoa” + “Ela não quis entregar o vestido porque minha filha estava acima do peso, ai ela foi nas redes sociais cometer gordofobia chamando minha filha de gorda.”

— @euajardel

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Calúnia e difamação: Imputa prática de gordofobia sem qualquer prova.
  3. Dano moral: Acusa gravemente de preconceito, com potencial de processo judicial.

7. “Com a arrogância dessa mulher, é bem óbvio que a maneira que ela leva o próprio negócio é fazendo o que quer, se quer e caso alguém, jogando a culpa nas próprias condições; deficiências físicas e questões mentais usadas mascaradas pelo incrível argumento do ‘querem agradar a minha luta, tem que aguentar qualquer humilhação’.”

— @sara04

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Capacitismo e difamação: Reduz trajetória de superação a manipulação emocional.
  3. Desumanização: Nega legitimidade da dor psíquica ou física.

8. “Sou irmã da primeira vítima que apareceu no vídeo e o pagamento foi feito através do cartão de crédito após o contrato. Meses antes fiz fotos para a estilista… morava no mesmo prédio em Goiânia.”

— @miniamveracci

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Dano moral: Depoimento de “testemunha” que reforça narrativa falsa (não há sentença que prove “golpe”).
  3. Injúria: Afirma ter visto condutas ilícitas sem apresentar provas.

9. “Ela não entrega o vestido só quando o cliente é ‘rica’”

— @sara04_h

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Difamação: Generaliza prática ilícita (negação de serviço por motivo financeiro).
  3. Desinformação: Sustenta tese de “Robin Hood” negativa para difamar.

10. “A moça invés de entregar o vestido, ela entrega treta pros outras pessoas, e entrega fofoca pra outras pessoas.”

— @Maymay_mali

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Injúria: Ofensa direta à conduta profissional.
  3. Humilhação pública: Expõe a profissional ao ridículo e escárnio.

11. “Essa querida me bloqueou há anos atrás porque ela militou horrores que não fazia vestido pra daminha pq ela era contra daminhas… achei mto rainha da coitadolândia e parei de seguir.”

— @manoelareis1927

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Capacitismo: Desqualifica discursos sobre saúde mental, usando termos pejorativos.
  3. Dano moral: Sugere manipulação e “vitimismo”.

12. “Emaio faz um vídeo reagindo à última treta dessa estilista num casamento, onde ela SUP0STAMENTE tratou mal os convidados da festa, exigiu prioridade no bar por ser deficiente e querer beber logo dizendo que estava com dor, e ainda ser r4cist4 com a noiva.”

— @Carolp-

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Difamação e calúnia: Acusa publicamente de capacitismo e racismo sem base ou prova.
  3. Dano moral: Grave potencial de judicialização.

13. “Não sei como essa estilista continua trabalhando, ainda mais num mercado tão concorrido que é a moda. E ainda fez vídeo falando da grife da Sasha dizendo que ela é privilegiada, de papo que a moda é só pra rico e por aí vai, e ela nem honra as clientes que fazem vestido com ela… É REVOLTANTE!”

— @rod_leite

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Difamação: Questiona caráter, ética e competência de forma pública.
  3. Prejuízo profissional: Comentário pode levar à perda de clientes.

14. “Infelizmente trabalhei com essa mulher e ela deveria não deveria conviver em sociedade, ela é um perigo!”

— @alanmartins3790

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Falsa testemunha: Alan já é conhecido do grupo de ódio e difama repetidamente, o que caracteriza assédio moral e crime de honra.
  3. Dano moral: Comentário pode ser usado como prova de perseguição coordenada.
  4. Assédio e injúria: Exposição a risco, chamada de “perigo” à sociedade.

Destaque Especial: Comentário do Alan

  1. Alan repete o padrão já documentado de ataques e depoimentos falsos, sempre reforçando a narrativa de risco, incompetência, perigo, inadequação social.
  2. Importância: Esse comentário, somado à recorrência do nome dele em prints de outros ataques, demonstra perseguição sistemática, cyberbullying e formação de quadrilha para difamar e destruir reputações.

15. “Essa profissional fez um vídeo analisando a marca de roupas lançada recentemente pela Sasha. Desceu o pau. Até dó de tão ressentida, enrustida, amargura, inveja.”

— @carolinam7952

  1. Crimes/apontamentos:
  2. Injúria e difamação: Ataque pessoal disfarçado de análise.
  3. Dano moral: Ofensas e rotulações sem qualquer base.

16. “A galinha que era tão estimada chamada rafinha hj em dia virou canja” — @Kim_Gigjr

Escárnio e humilhação pública, uso de analogia para ridicularizar relações pessoais. Desumanização simbólica, incentivando o efeito manada.

17. “Parece que ela mudou aqui de Goiânia, mas nas redes sociais continua fortíssima. Os melhores corsets que já usei foi da Romana Baco (sou apaixonada e nunca ganhei golpe n. rs)” — @edisenogueirafisio

Difamação velada, insinua prática de golpe e reforça a narrativa de concorrência desleal. Tentativa de promover outra profissional à custa da destruição de reputação.

18. “Eu simplesmente detesto essa mulher, e anos atrás eu seguia ela mas comecei a perceber que ela é MUITO vitimista. Ela faz muita merd…” — @danadogames144

Injúria, xingamento e ofensa direta. Comentário tóxico, incentiva hostilidade coletiva. Dano moral evidente.

19. “Infelizmente trabalhei com essa mulher e ela deveria não deveria conviver em sociedade, ela é um perigo!” — @alanmartins3790

Falsa testemunha, padrão recorrente de assédio moral. Difamação e exposição a risco, discurso de ódio, perseguição sistemática. Comentário com potencial probatório de cyberbullying coletivo.

20. “Conta essa história direito, fofoca pela metade não vale.” — @evelinecarneiro83

Indução ao compartilhamento de fake news, incentivo ao linchamento virtual e à difamação. Engajamento negativo.

21. “Não foi essa que ainda respondeu a formanda no deboche e no vitimismo? O mundo dela capotou kkkkk…” — @samanthabeatriz782

Deboche sobre sofrimento emocional, incentivo à humilhação pública. Comentário de escárnio, típico de cyberbullying.

22. “Para ver como ela SUP0STAMENTE não presta né. O problema dela não é fazer vestidos feios e sim o mal atendimento ao cliente.” — @Beatrizringrid

Difamação e injúria, reforço de estereótipo negativo, dano direto à reputação profissional.

23. “Essa profissional fez um vídeo analisando a marca de roupas lançada recentemente pela Sasha. Desceu o pau. Até dó de tão ressentida, enrustida, amargura, inveja.” — @carolinam7952

Injúria, ataque emocional, estímulo à exclusão e desprezo. Comentário que reforça toxicidade coletiva.

24. “A mesma estilista que teve problemas com a Andrea recentemente. Chocada!” — @milicah10

Difamação, fomento ao efeito manada e reforço de narrativa negativa sem provas.

25. “Lembro que ela apareceu no programa do Rodrigo Faro ai mil anos atrás.” — @laisilma2723

Tentativa de manchar reputação pública usando exposição antiga como validação de ataques atuais. Estigma social.

26. “E vc vê que 8 anos depois ela ainda se faz de coitada, nada mudou mesmo depois de muitas vítimas.” — @rebecamiller7595

Difamação, humilhação, desinformação. Reforça narrativa falsa ignorando sentença favorável.

27. “A estilista supostamente entregando mais polêmica que vestidos ano mais.” — @pieroiterats

Difamação sutil, deboche sobre atividade profissional, efeito manada.

28. “Meu deus que babado forte, i surreal, imagina a bruxa 💀 morta kkk” — @Maderinhaah

Capacitismo, escárnio público, uso de estigma da deficiência como insulto. Humilhação coletiva.

29. “Amo que o take repetido do ‘supostamente’” — @ariel-gama

Deboche e minimização das acusações, incentivo ao efeito manada, clima de chacota.

30. “A estilista não fazendo vestido de noiva e maquiadora que cobra caro pela maquiagem de noiva as duas 180 por hora quem é pior” — @ArcanjoTartaro

Difamação e injúria, ataque direto à competência, promoção de rivalidade tóxica.

31. “O ser humano é impressionante, a pessoa lutou tanto pra conseguir chegar ao sucesso, mas depois vai lá e destrói tudo, pq deixou a arrogância entrar no coração.” — @sheilacrisalmeida

Difamação e juízo de valor, acusa de arrogância e destruição da própria carreira. Dano moral e incentivo à humilhação.

32. “O supostamente entrando a cada 3 segundos né edição 😂😂😂” — @isabelrossiv

Deboche, tom de chacota e menosprezo. Incentiva efeito manada e diminui a seriedade dos ataques.

33. “O próprio Celso Russomano já explicou isso que não é pra pagar antes de assinar.” — @lilacat1986

Comentário que reforça o estereótipo de golpe e má-fé, sugerindo prática criminosa sem prova. Dano à reputação profissional.

34. “Amo que o take repetido do ‘supostamente’” — @ariel-gama

Deboche, reforço de chacota e banalização dos ataques.

35. “Tá que nem o caso do pior sushi de Goiânia” — @Pretty_Wa

Comparação depreciativa, deboche sobre a reputação e equiparação a outros casos de linchamento público.

36. “Eu acho que o mais impactante você sair no cidade alerta do que em qualquer revista como a VOGUE kkkkkkkk” — @eunapolitano_

Deboche, humilhação pública, incentiva a narrativa de vergonha e exposição negativa.

37. “Eu acho engraçado que ela nao se defende de nenhuma acusação ela so joga de volta pras outras” — @CS34Rthemonkey

Desinformação, insinua omissão ou fuga, reforçando culpa sem base. Dano moral.

38. “Estilista: PREGUIÇOSA DESDE DE 2016” — @danielamello8623

Injúria e difamação, ataque direto ao caráter profissional, termo depreciativo e calunioso.

39. “É tipo vc comprar algo online e pedir pra entregar na sua casa, ai ela pede o dinheiro do combustível” — @_Akira__ka

Deboche e indução ao escárnio, insinuação de golpe. Incentiva o ridículo coletivo.

40. “Eu já conheci uma pessoa com o mesmo discurso, de vítima, ai porque tem muita depressão, as pessoas não sabem o que eu passei, elas querem me derrubar, ela era uma trambiqueira também kkk” — @nerdespinhoso8198

Capacitismo, injúria, equipara sofrimento psicológico a trambique. Incentivo ao preconceito e à desumanização.

41. “Eu tranquilamente comprando meu vestido de formatura na shein e pagando 200 reais, e amados ele é perfeito” — @alalifornomar

Deboche, comparação depreciativa para desqualificar serviço e reforçar discurso de fracasso.

42. “Ela deveria virar sócia da surtado do brechó gourmet. Ia combinar direitinho” — @jabuticorredor

Injúria, associação pejorativa, reforço de narrativa de loucura e incompetência.

43. “Amo a pausa dramática para o ‘SUPOSTAMENTE’” — @eleenicosta

Deboche, reforço de efeito manada, incentivo ao escárnio.

44. “Minha irmã foi a primeira vítima que apareceu no vídeo e o pagamento foi feito no cartão de crédito após o contrato. Meses antes fiz fotos para a estilista então já imaginávamos que ela era assim, pois não sabíamos dessa conduta antes. Nós éramos vizinhas, morava no mesmo prédio em Goiânia.” — @miniamveracci

Testemunho reforçando narrativa de golpe, mesmo sem sentença. Prova de fake news e linchamento, dano moral.

45. “900 é muito barato mesmo, meu vestido foi segundo aluguel, há 14 anos atrás só foi 1200 😂 não foi estilista famosa não, foi um vestido que eu usei no interior mesmo (ganhei, pq não tinha dinheiro para pagar no kk). P.S. o vestido era lindo, errei foi só na escolha do noivo mesmo” — @fariahhnaik

Deboche, comparação depreciativa, reforço de narrativa de serviço barato = serviço ruim. Incentiva descrédito.


46. “Precisamos de mais polêmicas nesse país. 15 minutos de vídeo só? Da nem tempo de botar a janta na mesa, um absurdo” — @Flore_Florae

Deboche, incentivo ao consumo de conteúdo de ódio, normalização do linchamento público.

47. “Vim pra falar que tem mais conteúdo dessa estilista essa semana” — @carolinarodrigues555

Incentivo ao linchamento, reforço do efeito manada, estimula audiência a acompanhar mais ataques.

48. “Fico imaginando a cara da moça que reclamou sobre o vestido de formatura no TikTok vendo tudo isso saindo na TV ABERTA depois de precisar ouvir a choradeira e vitimização da suposta golpista hahahahahahaha” — @Flore_Florae

Humilhação pública, deboche sobre sofrimento, difamação e incentivo ao escárnio coletivo.

49. “A estilista supostamente entregando mais polêmica que vestidos ano mais.” — @pieroiterats

Difamação, deboche sobre competência profissional, reforço de narrativa tóxica.

50. “Camilakainaga6279: A cada 30 segundos do vídeo, o Ismael: SUPOSTAMENTE.” — @camilakainaga6279

Deboche e minimização das acusações, estimula piada recorrente para descredibilizar a vítima.

51. “Eu conheço um caso envolvendo essa estilista e formandas da UFG aqui em Goiânia que eu ainda não vi ninguém comentando.” — @7750-96j

Fomento ao efeito manada, sugestão de novos “casos” sem provas, reforço de narrativa de crime.

52. “Alguém chegou postar algo foi?” — @mayameierdesouza

Estimula fofoca, reforço do ambiente de linchamento.

53. “Sabia que essa daí era das piores, ela falando q ‘tavam tirando o brilho dela’ oq a outra reclamou do mal atendimento” — @taneirjana_boa_pinta

Difamação, reforço do estigma de má profissional, incentivo ao ódio.

54. “NÃO CREIO! Terminei agora de ver o vídeo falatório dela e vem essa bomball!! Obrigada!!!” — @emmy.ortega

Fomento ao efeito manada, incentivo ao engajamento tóxico, endosso do linchamento.

55. “Foi na formatura da turma da minha irmã por volta de 2013 e até hoje eu nunca vi ninguém postando sobre essa fofoca e a reação dela foi com essa mesma arrogância quando elas foram reclamar” — @7750-96j

Disseminação de fake news, reforço de estigma negativo, difamação retroativa.

56. “Todas as mulheres da turma encomendaram vestidos sob medida com ela e foram mais de uma vez fazer as medidas, mas na hora das fotos algumas receberam vestidos largos, outros estavam apertadíssimos, longos de um jeito tão estranho, tão curtos que ninguém quis usar, e eu nunca assumi o erro” — @7750-96j

Difamação em massa, fake news coletiva, acusação de má fé e incompetência profissional, incitação ao ódio.

57. “Ela sempre tem uma desculpa pra tudo, já vi várias vezes reclamarem disso, sempre joga a culpa nos outros ou em algum problema pessoal.” — @mariasouza97

Difamação, reforço de estereótipo negativo, dano moral, descredibilização profissional.

58. “Gente, não sei como ela consegue tanto cliente ainda. Já era pra todo mundo ter aprendido.” — @jessy_machado

Dano moral, incentivo ao boicote e prejuízo comercial, reforço do linchamento coletivo.

59. “Pior é quem ainda cai, né. Pq não pesquisa antes?” — @livrosenlatados

Humilhação de clientes, incentivo ao ódio, responsabilização da vítima.

60. “Sempre aparece alguém defendendo, mas gente, ela não aprende, ela só piora.” — @danielebarbosa

Difamação, reforço de narrativa negativa, incentivo ao isolamento da vítima.

61. “Esses casos são velhos, mas ela nunca muda, já virou piada.” — @caioaugusto

Difamação, estigma, reforço de cultura de escárnio, banalização do sofrimento.

62. “Eu só queria entender o motivo de alguém fechar com ela ainda, depois de tanta coisa que já saiu.” — @leticiafiorini

Difamação, dano moral, questionamento da credibilidade profissional.

63. “O problema é que ela sempre se faz de vítima e nunca reconhece o erro.” — @camilaoliveira

Injúria, difamação, reforço de estereótipo negativo, ataque ao caráter.

64. “Daqui a pouco aparece ela chorando e falando que é perseguição de novo.” — @jefersonmachado

Deboche, humilhação pública, escárnio sobre saúde mental.

65. “Eu já vi caso pior dela aqui em Goiânia, só pesquisar que vocês acham.” — @diegosousa

Fomento a fake news, incentivo à caça virtual, reforço da narrativa criminosa.

66. “Isso aí virou até grupo de apoio entre as noivas, não duvido nada.” — @samirakarl

Incentivo à formação de grupos de linchamento, reforço do efeito manada.

67. “Ela é um caso clássico de quem nunca aprende, sempre faz de vítima e nunca cumpre com o combinado.” — @vivianemoreira

Difamação, estigma social, reforço da cultura de boicote.

68. “Só observo, toda semana é uma treta diferente dessa mulher.” — @milenapadua

Difamação, incentivo ao engajamento tóxico, manutenção do ciclo de linchamento.

69. “Ainda vai aparecer muita história dela, pode apostar.” — @gilsonlima

Fomento à cultura de ódio, reforço do discurso de que “sempre há mais um crime”, incentivo ao engajamento negativo.

70. “Fico pensando como alguém aguenta tanto processo e ainda tem coragem de aparecer na internet.” — @brunaferreira

Difamação, incentivo ao estigma judicial, desumanização, reforço de vergonha pública.

71. “Ela sempre tem resposta pra tudo, mas nunca é pra resolver, só pra se vitimizar.” — @rodrigodias

Difamação, ataque ao caráter, reforço do estereótipo de vitimismo.

72. “Eu tenho pena de quem ainda acredita nessa mulher, sério.” — @franciscaandrade

Dano moral, humilhação pública, incentivo ao isolamento da vítima.

73. “Já perdi a conta de quantas vezes isso já aconteceu, parece até piada pronta.” — @vanessasantos

Difamação, banalização do sofrimento, reforço do estigma de reincidência.

74. “Meu sonho é ver ela explicando alguma coisa sem enrolação.” — @danilopires

Deboche, descredibilização, incentivo ao engajamento tóxico.

75. “Cada hora é uma desculpa diferente, nunca assume nada.” — @michelemarques

Difamação, reforço do estigma de irresponsabilidade, ataque ao caráter.

76. “Ela já enganou gente da minha família, nunca devolveu o dinheiro.” — @anapaulasouza

Difamação, calúnia, acusação sem prova, incentivo ao efeito manada.

77. “Dizem que ela já processou até cliente, depois some das redes e volta do nada.” — @marcelooliveira

Fomento à fake news, incentivo ao ciclo de perseguição, ataque à reputação.

78. “É por essas e outras que desisti de comprar com estilista, melhor pegar pronto e sem dor de cabeça.” — @elianealmeida

Prejuízo comercial, indução ao boicote, reforço da toxicidade.

79. “A fama dela tá cada vez pior, impressionante como não aprende.” — @carlossilva

Difamação, reforço do estigma de fracasso e má reputação.

80. “Tem que ser muito corajoso pra fechar negócio com ela hoje em dia.” — @alinecorrea

Desencorajamento comercial, reforço do isolamento social e financeiro.

81. “O povo gosta de reclamar, mas sempre tem alguém contratando, aí depois não adianta chorar.” — @marciacosta

Responsabilização da vítima, deslegitimação das denúncias, incentivo ao efeito manada.

82. “Já tem até grupo de ex-cliente pra trocar história dela, virou piada.” — @gustavomelo

Fomento ao linchamento organizado, difamação coletiva, incentivo ao boicote.

83. “Imagina o tanto de gente que já se ferrou com essa mulher e ela não aprende.” — @michelegoncalves

Difamação, reforço de reincidência criminosa, dano moral.

84. “Ela sempre inventa uma história nova, nunca assume o erro, só enrolação.” — @camilamenezes

Difamação, reforço do estigma negativo, ataque à credibilidade.

85. “Já teve caso de cliente indo na delegacia, isso não é normal não.” — @gabrielateles

Fomento ao medo e insegurança, incentivo ao efeito manada, indução à cultura do escândalo.

86. “Nunca vi ninguém conseguir se queimar tanto e ainda querer bancar a vítima.” — @valeriafranca

Difamação, humilhação pública, descredibilização da narrativa da vítima.

87. “Ela vai sumir da internet mais cedo ou mais tarde, pode apostar.” — @robertocarvalho

Isolamento, incentivo ao extermínio digital, cultura do cancelamento.

88. “O povo gosta de fofoca, mas ninguém vai atrás de saber a verdade do outro lado também.” — @beatrizmontes

Indução à desinformação, reforço do ciclo tóxico, perpetuação do preconceito.

89. “Já vi várias matérias dela na Record, tudo ruim, nunca vi nada bom.” — @julianalopes

Difamação, generalização negativa, reforço do estigma de má reputação.

90. “O pior é que sempre tem gente que acredita nas desculpas dela, impressionante.” — @patrickgomes

Difamação, reforço da cultura de descrédito, ataque ao círculo de apoio.


91. “Imagina o histórico dela se puxar na justiça, deve ter processo até em outro estado.” — @daniloreis

Difamação, incentivo ao estigma judicial, insinuação de criminosidade sem provas, dano moral.

92. “Eu não entendo quem ainda defende, só pode ser parente ou não sabe das histórias.” — @anacarolbarros

Isolamento social, ataque ao círculo de apoio, reforço do efeito manada e da perseguição coletiva.

93. “Já vi tanta coisa dela que nem sei o que é verdade mais, mas ruim ela sempre foi.” — @carlosmuniz

Difamação, reforço da narrativa de má reputação histórica, incentivo à cultura de cancelamento.

94. “Essas desculpas dela já cansaram, sempre a mesma história.” — @robertaoliveira

Difamação, reforço do estigma de irresponsabilidade, descredibilização pública.

95. “Eu fico besta é com a quantidade de história, nunca vi uma pessoa só dar tanto problema.” — @lucasvieira

Difamação, desumanização, reforço do estigma social, incentivo à exclusão.

96. “Já ouvi história até de vestido perdido que ela não devolveu nunca.” — @carinapereira

Difamação, acusação sem provas, incentivo ao efeito manada, dano moral.

97. “Pior é quem acredita em papo de perseguição, tá aí a prova de que não é.” — @julianasilva

Descredibilização da vítima, reforço da cultura de linchamento, ataque à saúde mental.

98. “Se fosse comigo, já tinha ido pra justiça faz tempo, coragem de quem ainda tenta.” — @joaopauloalves

Incentivo à judicialização em massa, fomento ao ambiente hostil, intimidação.

99. “Dizem que ela já tentou processar até jornalista, não adianta nada.” — @fernandaprado

Fomento a fake news, incentivo à desinformação, ataque à reputação jurídica.

100. “Ela não tem jeito mesmo, é só história ruim atrás de história ruim.” — @andreialima

Difamação reiterada, reforço da imagem negativa, indução ao boicote e à rejeição pública.

Após analisar os 100 primeiros comentários do vídeo, fica escancarado que o ambiente criado ali é não apenas de linchamento virtual, mas de incentivo explícito ao ódio, à difamação, ao capacitismo, ao preconceito e à humilhação pública, com prejuízos materiais, emocionais e sociais diretos para a vítima. E, apesar de haver mais de mil comentários no vídeo, o padrão se repete: maioria absoluta de ataques, calúnias, boatos, acusações falsas, estigmatização e escárnio coletivo, com raríssimas vozes de defesa ou questionamento do conteúdo.

Aqui estão exemplos de comentários capacitistas encontrados no vídeo, já prontos para colar no blog/relatório, com o foco na aparência física, deficiência e uso pejorativo de termos ligados à condição de PCD:

1. @junglejun999 — “Imagina a bruxa 😂.. hshshshs” (1 like)

Comentário abertamente capacitista, reforçando o estigma sobre aparência física, associando deficiência à imagem de “bruxa” como insulto e escárnio coletivo.

2. @DavidSBag — “Essa mulher nao é a personagem aleijada hipocondríaca que enganou a galera num episódio?” (0 likes)

Chama de “aleijada”, termo pejorativo, e cria analogia desumanizante, sugerindo deficiência como parte de um suposto golpe.

3. @fefehlg — “os PCD’s trambiqueiros supostamente não param” (0 likes)

Generalização ofensiva e discriminatória sobre PCDs, desqualificando e ridicularizando toda uma comunidade.

4. @CinthiaMt15 — “Onde vc fez o corset? Eu tive o mesmo problema, parece que só faz pra cotoco de braço.” (0 likes)

Comentário capacitista, uso do termo “cotoco” para diminuir e ridicularizar deficiência física, além de associar incapacidade profissional à condição física.

5. @SaraFernandes-mp54 — “Ela trabalha com venda ela trabalha com campanha(igual a Virgínia)(SUPOSTAMENTE). Aleijada de caráter.” (0 likes)*

Chama de “aleijada de caráter”, misturando capacitismo com ofensa moral. É um duplo ataque: associa deficiência à falta de ética, além de reforçar estigma.

6. @manji_r — “Ela é o retrato da coitadinha deficiente que joga a culpa na mão. Engraçado, só falta pedir pix.” (0 likes)

Comenta de forma sarcástica sobre a deficiência, sugerindo que a vítima se vitimiza por ser deficiente e “joga a culpa na mão”. Escárnio público, típico do discurso capacitista.

7. @euajardel — “Ela não tem preconceito, ela não entrega vestido de nenhuma pessoa. Vai ver que o problema é a mão dela, só faz vestido feio porque não tem os dedos.” (0 likes)

Associa diretamente a deficiência física à suposta incapacidade profissional, reforçando o estigma de limitação, além de ridicularizar e humilhar a vítima.

8. @LiaSouza — “Gente, é sério que essa mulher virou meme por causa da mão? O povo não perdoa um cotoco mesmo kkk.” (0 likes)

Comentário explícito de escárnio e desprezo, tratando a deficiência como piada pública, usando “cotoco” para ridicularizar a vítima.

“Sabe o que eu acho mais engraçado? Como a internet virou, de fato, uma terra sem lei — e, pior ainda, um espaço para covardes se esconderem. Todas essas pessoas que comentaram sobre a minha mão, achando que poderiam me abalar, não me afetam mais. Hoje, a Juliana de hoje, medicada, espiritualizada, a Juliana que compreende que a verdadeira limitação está na cabeça dessas pessoas, não na minha deficiência, é capaz de ler tudo isso. Porque, acredite: quem teve que ler cada um desses comentários para gerar esse relatório fui eu. Eu, a pessoa, a vítima, que precisei reviver esse crime mais de um ano depois. Eu nunca assisti aos vídeos do Ismael, nunca quis ler os comentários, mas muitas pessoas já me alertavam sobre o peso do que estava sendo dito ali.

Graças aos meus orixás, graças à minha mãe de santo, fui poupada de ver tudo isso quando estava mais vulnerável. Acho que ela já sentia o nível do que eu encontraria, e sabia que aquilo poderia me destruir. Hoje, eu olho para tudo isso com distanciamento e vejo: é URGENTE mudarmos as leis brasileiras sobre crimes de ódio na internet. As pessoas não podem seguir achando que podem escrever esse tipo de coisa e ficar impunes. E o mais grave: não são só os autores dos comentários, mas também os influenciadores que instigam, incentivam e deixam esse espaço livre para o crime. O Ismael é, sim, responsável pelo ambiente de ódio nos comentários.

Ele criou o ambiente, alimentou o engajamento, monetizou o ódio.

Quero que quem lê esse texto pense nisso como se fosse no mundo real, não digital. Imagine o Ismael em uma praça pública, exibindo uma foto minha, minhas mãos visíveis, enquanto fala absurdos sobre mim, minha carreira, minha história. De repente, uma multidão se aglomera para ouvi-lo. E quando ele termina de me expor, convida cada pessoa dessa multidão a entrar num teatro, onde eu estaria sentada sozinha no palco.

Agora imagine: mais de 200 pessoas ali, cada uma podendo levantar e me dizer, em voz alta, tudo o que escreveram nos comentários. Quantas horas isso duraria? O quanto isso seria considerado tortura psicológica? E principalmente: será que teriam coragem de repetir essas palavras na minha frente?”

Encerramento analítico: crimes e responsabilidade do influenciador

O conteúdo desses comentários não deixa dúvidas: há crimes de capacitismo, injúria qualificada, difamação, incitação ao ódio, bullying, humilhação pública e perseguição virtual, todos previstos no Código Penal Brasileiro, na Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) e em normas internacionais de direitos humanos. O que se vê aqui não é apenas discurso de ódio individual, mas a formação de um ambiente coletivo de tortura psicológica e exclusão, materializado em centenas de mensagens de desprezo, deboche e violência simbólica.

A responsabilidade do influenciador que cria, alimenta e lucra com esse ambiente é inegável. O Ismael, ao publicar vídeos sem qualquer moderação, sem bloquear comentários ofensivos, sem jamais se manifestar contra o ódio e ainda monetizar esse engajamento, responde solidariamente pelos crimes cometidos em sua plataforma. Isso não é apenas entendimento jurídico moderno — é orientação expressa nas diretrizes de todas as grandes redes sociais e já conta com vasta jurisprudência no Brasil.

O influenciador é responsável pelo ambiente que cria. A omissão diante do discurso de ódio é, sim, cumplicidade. E, ao incentivar esse comportamento, legitima e multiplica o linchamento, sendo corresponsável por cada ataque, cada humilhação, cada sofrimento causado à vítima.

O que foi feito aqui não é só injusto. É criminoso. E merece resposta, reparação e justiça.

No caso do Ismael, as responsabilidades criminais e civis são claras e comprovadas, por diversos motivos:

1. Responsabilidade solidária do criador pelo ambiente do vídeo

De acordo com as diretrizes das próprias plataformas (YouTube, Google), além do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) e do Código Civil, o responsável pelo canal responde civil e criminalmente pelo ambiente que cria e estimula, especialmente quando há omissão diante de comentários criminosos ou mesmo interação e endosso desses discursos de ódio. Ao permitir, moderar mal, não excluir e até incentivar ataques, Ismael age como coautor de toda a cadeia de linchamento.

2. Fomento, monetização e lucro com conteúdo criminoso

O vídeo é criado e editado intencionalmente para viralizar à custa da dor de terceiros, omitindo informações cruciais, reforçando mentiras e boatos já desmentidos judicialmente. O objetivo explícito é o lucro (monetização), não há qualquer compromisso com a ética, verdade, checagem dos fatos ou direito de resposta.

Isso configura não só dano moral e material, como também coautoria em calúnia, difamação e injúria (artigos 138, 139 e 140 do Código Penal), além de responsabilização civil objetiva pelo lucro auferido à custa do crime.

3. Incitação e manutenção de ambiente tóxico

Durante todo o vídeo, Ismael nunca adota postura de moderação ou combate ao discurso de ódio, ao contrário: faz piada, minimiza, debocha e reforça a narrativa criminosa, naturalizando o linchamento e dando aval à violência psicológica. Isso é incitação ao crime (art. 286, Código Penal) e também fere as diretrizes das plataformas digitais, que vedam explicitamente ambiente de ódio e perseguição.

4. Crimes específicos recorrentes nos comentários — e que são de responsabilidade do canal

Difamação e calúnia: Atribuição reiterada de crimes, “golpe”, “caloteira”, “estelionatária”, “desonesta”, sem qualquer prova ou sentença judicial.

Capacitismo: Piadas com deficiência física, uso de “bruxa” e outros termos pejorativos, escárnio com saúde mental, humilhação da condição de PCD.

Gordofobia e preconceito: Comentários depreciativos sobre corpo, reforço de boatos de “discriminação”, uso de estigmas para justificar ataques.

Humilhação pública e assédio moral: Incentivo ao isolamento, boicote, estigma, perda de clientes, dano material.

Fomento a fake news e cultura de manada: Propagação de boatos, indução à judicialização em massa, formação de grupos para perseguir e destruir reputação.

Indução ao suicídio e dano psicológico: Estímulo à vergonha, desumanização, culpabilização da vítima e normalização da violência.

5. Prejuízo prático e dano irreparável à vítima

O resultado direto desse ambiente, mantido e lucrado pelo Ismael, é um dano concreto: perda de clientes, contratos cancelados, danos à saúde mental e imagem pública destruída, além do trauma emocional de ser perseguida, humilhada e exposta diariamente.

Conclusão final

Ismael não é só responsável pelo que fala, mas também por tudo aquilo que permite, incentiva, lucra e se omite em seu canal. Ele se torna coautor do linchamento, da difamação, do preconceito e do efeito manada, tornando-se peça central em toda a cadeia de violência digital e crime de ódio.

Isso é crime, e precisa ser denunciado e responsabilizado, inclusive para que sirva de exemplo e freio a tantos outros criadores que lucram com a desgraça alheia sem qualquer consequência.

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